O documento discute o ultrassom, definindo-o como uma modalidade térmica capaz de causar alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e não-térmicos. Descreve seus efeitos fisiológicos como hiperemia e aumento do fluxo sanguíneo, além de aspectos biofísicos como propagação, efeito piezelétrico e características como reflexão, refração e absorção. Também aborda regimes de emissão, intensidade e exemplos de cálculos para tratamentos.
O documento discute o ultrassom, definindo-o como uma modalidade térmica capaz de causar alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e não-térmicos. Descreve seus efeitos fisiológicos como hiperemia e aumento do fluxo sanguíneo, além de aspectos biofísicos como propagação, efeito piezelétrico e características como reflexão, refração e absorção. Também aborda regimes de emissão, intensidade e exemplos de cálculos para tratamentos.
O documento discute o ultrassom, definindo-o como uma modalidade térmica capaz de causar alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e não-térmicos. Descreve seus efeitos fisiológicos como hiperemia e aumento do fluxo sanguíneo, além de aspectos biofísicos como propagação, efeito piezelétrico e características como reflexão, refração e absorção. Também aborda regimes de emissão, intensidade e exemplos de cálculos para tratamentos.
2021 Definição • Modalidade térmica de penetração profunda, capaz de causar alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e não-térmicos. Definição • Energia do tipo mecânica. • Frequências utilizadas entre 1 a 3 MHz. • Produz-se ultrassom através de cristais piezelétrico que convertem energia elétrica em mecânica (efeito piezelétrico). • Quanto mais denso o meio, maior velocidade de propagação. Efeitos fisiológicos • Efeitos térmicos: Hiperemia e aumento do fluxo sanguíneo: aumento da permeabilidade capilar - acentua a transferência de fluidos e nutrientes ao tecido - fonoforese. • O aumento da permeabilidade celular auxilia no retorno venoso e diminuição do edema; • Incremento do metabolismo local: Estimulação das funções celulares e regeneração tecidual. Efeitos Mecânicos • Vibração; • Cavitação; • Lipólise/Necrose; • Síntese de fibroblasto; • Retração do colágeno; • Neoangiogênese. Características • Som: toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano (20 Hz a 20.000 Hz); • Infrassons e Ultrassons: não são perceptíveis; • Terapia Ultrassônica: Tratamento mediante vibrações mecânicas com uma frequência acima de 20.000 Hz (20 KHz); • Criado na década de 40 a 50 (medicina terapêutica); • Fisioterapia/ Medicina: As ondas sonoras são geradas através de instrumentos chamados “transdutores”.; • Conectados à uma cerâmica pizoelétrica (ou cristal); • Transformação da energia elétrica em energia mecânica. Aspectos biofísicos do us: • 1)PROPAGAÇÃO: • O som não se propaga no vácuo – água, óleo ou gel; • A velocidade da onda US é maior nos meios onde há maior agregação molecular (maior densidade de massa); • Ex: F (1 MHz), em tecidos moles, a veloc. de propag. é de 1540 m/s e, no osso é de 4000 m/s. Aspectos biofísicos do us: • 2) EFEITO PIEZELÉTRICO: • Fenômeno natural encontrado em certos cristais minerais (1880, por Pierri e Jaques Curie); • Cristal piezelétrico: transforma energia mecânica em elétrica (reverso); • Mais utilizados: cristais cerâmicos e na fisioterapia são os de Titanato Zirconato de Chumbo (PZT); • Um cristal de baixa qualidade: razão pela qual o paciente relata sentir dor ou aquecimento intenso (ou desigual) do transdutor. Vídeo da ilustração do efeito piezelétrico https://www.youtube.com/watch?v=9cyFsKkxN80 Classificação da potência • Faixas de frequência: • 1 MHz- Lesões profundas (traumato-ortopedia) • 3 MHz- Lesões superficiais (dermato-funcional)
• Regime de emissão de US:
• Contínuo (Crônica ; calor é indicado) • Pulsado (Aguda ; calor é contraindicado; reparo tecidual) Características • Reflexão: a onda sonora emitida volta ao meio de origem. É eliminada quando se usa um meio de acoplamento (gel específico ou água). Características • Refração:
Mudança do meio de propagação
Características • Refração: onda emitida que desvia sua direção, sofrendo mudança na velocidade.
• OBS: Para minimizar a refração, o feixe US deve ser aplicado sempre
perpendicularmente à superfície de tratamento. Características • Absorção: Retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultrassônicas.
• As ondas absorvidas aumentam o movimento molecular, provocando
vibração e colisão entre as moléculas, gerando efeito térmico (calor). No que diz respeito à absorção:
Quanto maior a Freq, menor
será o comprimento de onda US e menor será a absorção.
OBS: A gordura tem coeficiente de
absorção baixo, logo, o US sozinho não tem ação lipolítica (BORGES, 2010). Características • Atenuação: À medida que as ondas US passam através do meio, a amplitude e intensidade dessas ondas diminuem. Características • TIXOTROPIA (EFEITO TIXOTRÓPICO):
• Propriedade que apresentam alguns líquidos de diminuírem sua
viscosidade quando são agitados mecanicamente.
O US transforma substâncias em estado de maior
consistência em estado gelatinoso (Ex: celulite e fibrose) Características • TIXOTROPIA (EFEITO TIXOTRÓPICO): • Capacidade de diminuição da viscosidade de alguns tecidos, quando esses são agitados mecanicamente. • O US tem a capacidade de “amolecer”substâncias em estado de maior consistência. • Indicado: FEG, pós operatório de cirurgia plástica (fibrose), cicatriz hipertrófica e quelóide. Aspectos Biofísicos do US: • ONDAS ESTACIONÁRIAS: • Se formam por meio de sobreposição das ondas US emitidas pelo transdutor. • Pode ocasionar danos às células endoteliais dos vasos sanguíneos. • Aquecimento acentuado e localizado. • F (1 MHz): dor perióstica (superaquecimento do periósteo) = dor em agulhada. • Importância de sempre movimentar o transdutor. Aspectos Biofísicos do US: • CAVITAÇÃO: • As ondas US fazem células e moléculas oscilarem de maneira cíclica, havendo formação de bolhas de ar/gás.
Liberação de energia, com
• Cavitação estável produção de radicais livres. • X Cavitação instável Também danifica os tecidos e as células sanguíneas (BORGES, 2010) Características • Ondas estacionárias • Ocorrem devido a reflexão de ondas US, levando ao aquecimento acentuado e localizado.
meio
• OBS: Para evitar, manter o transdutor (cabeçote) em movimento
Análise do campo acústico do feixe ultra- sônico • É utilizado para detectar alterações da energia emitida pelo transdutor, é aconselhável que se faça o teste 1 vez por semana.
• Para realização do teste deve ser colocado no cabeçote 1 ml de água,
sobre a superfície metálica. O aparelho deve estar em modo continuo com a frequência de 1 MHz, é então ligado e deve-se observar a lenta e constante elevação da intensidade e a qualidade da cavitação, homogêneo ou não, e o feixe acústico. • Campo acústico irregular
• Campo acústico homogêneo
Aspectos Biofísicos do US: • ERA: • Área de Radiação Efetiva • Depende da área de superfície do cristal • Defeito na colagem do cristal ao transdutor: ineficácia do US terapêutico • Normalmente, a ERA é < que a área do transdutor (20 a 30% a menos).
• -Transdutor grande = ERA grande
Tempo de aplicação Não é recomendado ultrapassar 15min na mesma área (BORGES, Área: 15 x 8 = 120cm2 2010) ERA: 5cm2
120/5 = 24min Caso uma determinada área tenha
seu tempo de aplicação calculado Ou para mais de 15 minutos, deve-se dividir está área em quadrantes e Tempo = Área/ (ERA x 1,5) realizar mais de uma aplicação, e as áreas menores que o cabeçote, se tratam, em geral, por poucos minutos (3 a 5 min.) Tempo de aplicação Regime de emissão de ondas ultrassônicas • Contínuo: sem interrupções, causa efeito térmico • Pulsado: com interrupções, não há efeito térmico, apenas mecânico. Regime de emissão de ondas ultrassônicas • Contínuo: sem interrupções, causa efeito térmico • Pulsado: com interrupções, não há efeito térmico, apenas mecânico. Intensidade • Para a determinação da intensidade correta, em cada caso, devemos tem em mente a dose ideal que deverá chegar no lugar dos tecidos afetados, levando-se em consideração a atenuação das ondas sonoras nos tecidos superficiais à área da lesão (pele, tecido subcutâneo, gordura, músculos, etc). Intensidade
Tabela de redução de 50% da potência
1 MHz 3 MHz OSSO 2,1 mm -- PELE 11,1 mm 4,0 mm CARTILAGEM 6,0 mm 2,0 mm AR 2,5 mm 0,8 mm TENDÃO 6,2 mm 2,0 mm MUSCULO 9,0 mm 3,0 mm (tec. Perpendicular) 24,6 mm 8,0 (tec. Paralelo) GORDURA 50,0 mm 16,5 mm AGUA 11500,0 mm 3833,3 mm Intensidade • Em qualquer caso, o paciente não pode sentir sensações desagradáveis ou dolorosas.
• É permitida uma leve excitação. Se por consequência do tratamento
aparecer dor de cabeça, desmaios, fadiga e/ou outras reações do Sistema Nervoso Autônomo a terapia posterior deve ser administrada numa intensidade mais baixa.
• Quando se usam ultrassom pulsado ou contínuo com alta intensidade pode
sentir-se uma reação de calor. Só é permitida uma leve sensação de calor. Exemplos de tratamento: • Exemplo 1: Se um feixe ultrassônico de 1 w/cm2 passar por 50 mm (5 cm) de gordura sua intensidade cai na metade, ou seja, cai para 0,5 w/cm2 (de acordo com a tabela acima).
Ultra som - 2 Wcm2
Gordura (20 mm)
Músculo (9 mm) Tendão (3 mm) Bursa Exemplos de tratamento: • Exemplo 2: • Obs.: Ao passar por 20 mm de gordura a intensidade cairá de 2 w/cm2 para 1,6 w/cm2 (atenuação de 20% = 0,4 w/cm2); ao passar por 9 mm de músculo sua intensidade cairá de 1,6 w/cm2 para 0,8 w/cm2 (atenuação de 50% = 0,8 w/cm2); ao passar por 3 mm de tendão sua intensidade cairá de 0,8 w/cm2 para 0,6 w/cm2 (atenuação de 25% = 0,2 w/cm2). Neste exemplo estaria chegando na bursa, 0,6 w/cm2 de dose de US, após acontecerem as atenuações nos tecidos localizados acima da área lesionada. Intensidade • Hoogland (1986) menciona uma guia de intensidade para o ultrassom contínuo: • * 0,3 w/cm2 - intensidade baixa • * 0,3 - 1,2 w/cm2 - intensidade média • * 1,2 - 3 w/cm2 - intensidade alta
• No caso do ultrassom pulsado deve considerar-se um valor médio.
Por exemplo, o ultrassom pulsátil de 1 w/cm2 na relação 1:5 equivale ao ultrassom contínuo de 0,2 w/cm2. Técnicas de aplicação • Método direto (contato direto); • Fonoforese – Técnica que consiste no método direto, utilizando uma substancia com propriedades terapêuticas em forma de gel como meio de acoplamento, objetivando com isso a introdução de substancias medicamentosas através da pele, mediante a energia ultrassônica • Método subaquático; • Reflexo segmentar. Método de aplicação direta Fonoforese (ou sonoforese) • Utilização de substância com propriedades terapêuticas em forma de GEL como meio de acoplamento cabeçote – pele da cliente.
• Objetivo: Introduzir a substância através da pele, utilizando energia
ultrassônica. Fonoforese (ou sonoforese) Alguns agentes ativos • Castanha-da-índia, centelha asiática, hera, cavalinha, ginkgo biloba; • Enxofre e cavalinha para cicatrização de feridas; • Cafeína, thiomucase, ácido tri-iodotiroacético para estimular a circulação; • Hidrocortisona para ação anti-inflamatória; • Mecholyl para ação anti-inflamatória e analgésica; • Lidocaína para ação analgésica e anestésica; • Iodo para ação anti-inflamatória e vasodilatadora; • Salicilato para ação anti-inflamatória; • Zinco para ação cicatrizante. Método subaquático Método subaquático Aplicação por bolsa de água Reflexo segmentar Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos em fisioterapia Dermato-Funcional • Efeito mecânico: moviment. de fluídos intra e extracelular. • Aumento da permeabilidade da membrana • Efeito térmico • Vasodilatação • Aumento do fluxo sanguíneo • Aumento do metabolismo • Ação tixotrópica • Liberação de substâncias ativas farmacológicas • Estimulação as angiogênese • Regneração tissular • Reparação dos tecidos moles Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos em fisioterapia Dermato-Funcional • Antiinflamatório • Analgésico • Fibrinolítico/ Destrutivo • Antiedematoso • Transtornos circulatórios (????) • Tecidos em cicatrização (cuidados) • Pós lipoaspiração (fibrose) • FEG (Fibro edema gelóide) • Pós subcisão • Tratamento de gordura localizada Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos em fisioterapia traumato-ortopedica • OBS.: O início da terapia com U.S. para o traumatismo agudo deve-se iniciar somente após 24 a 36hs, pois o TTO. direto, poderá danificar os vasos sanguíneos em recuperação. • Epicondilites; • Neuropatias; • Lombalgias; • Dor fantasma (pós amputação); • Processo fibróticos e calcificados; • Distensão muscular; • Entorse; • Contratura de Dupuytren. Contraindicações • Áreas com hipoestesia • Tromboflebites/ varizes • Áreas com insuficiência vascular trombozadas • Aplicação ao nível dos olhos • Implantes metálicos • Útero grávido • Sobre área cardíaca • Tumores malignos • Osteoporose • Testículos/gônadas • Epífises férteis • Diretamente sobre marca-passo • Em cima de feridas abertas Obrigada!