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CAPÍTULO I – NOTA INTRODUTÓRIA
Este Manual de segurança e higiene no trabalho destina-se a servir de guia orientador aos responsáveis
pelas micro e pequenas empresas quanto aos aspectos considerados mais significativos que devem ter em
consideração nas suas actividades.
A segurança, higiene e saúde no trabalho é uma das muitas actividades que os gestores das micro e
pequenas empresas têm de enfrentar e pelas quais são responsáveis. Esta responsabilidade não pode ser
delegada pelo menos na sua totalidade.
Por outro lado, como é conhecido a nossa realidade empresarial, muitas empresas não possuem recursos
humanos adequados para desenvolver internamente competências técnicas específicas à sua actividade,
quer pelo número reduzido dos trabalhadores quer dificilmente podem dedicar recursos a desenvolver
competências em matéria de segurança e higiene no trabalho.
Assim, em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho as micro e pequenas empresas caracterizam-
se por:
• Elevados níveis de sinistralidade
• Falta de organização de serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho
• Falta de conhecimento sobre as obrigações dos empregadores e trabalhadores em matéria de
segurança e saúde no trabalho
• Falta de formação dos responsáveis sobre os riscos que caracterizam a sua empresa
• Quando existem serviços externos, são normalmente apenas serviços reduzidos que não
desenvolvem serviços mínimos representativos
Face a esta realidade, espera-se com este manual poder contribuir com alguma informação para sensibilizar
os gestores das empresas para a quantidade e complexidade de trabalho que há a fazer no domínio da
segurança higiene e saúde no trabalho para melhoria do bem-estar de todos e para aumento da
produtividade das empresas.
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CAPÍTULO II – CONCEITOS
Vários conceitos são utilizados em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho, pelo que neste
capítulo se apresentam algumas definições de alguns termos que são utilizados com mais frequência neste
manual.
ACIDENTE DE TRABALHO
Acontecimento ocasional e imprevisto, ocorrido no local e no tempo de trabalho, que provoca, directa ou
indirectamente, lesões no trabalhador, da qual resulta a morte ou a redução da capacidade de ganho.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Análise sistemática de identificação de perigos e estimativa do nível de riscos a que os trabalhadores estão
expostos no local de trabalho
ERGONOMIA
Estudo dos postos de trabalho e dos locais de trabalho, com o objectivo de os adaptar aos trabalhadores e
com a finalidade de garantir o conforto e bem-estar para a optimização do rendimento do trabalho.
HIGIENE DO TRABALHO
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Conjunto de metodologias, não médicas, necessárias à prevenção de doenças profissionais, tendo como
principal campo de acção o controlo de exposição aos agentes físicos, químicos e biológicas presentes nas
componentes materiais do trabalho.
LOCAL DE TRABALHO
Todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu
trabalho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador
PERIGO
A propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do trabalho (materiais, equipamentos, métodos
e práticas de trabalho), potencialmente causadora de danos.
PREVENÇÃO
Acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que
devem ser tomadas em todas as fases da actividade da empresa
PROTECÇÃO
Conjunto de meios e técnicas para controlar os riscos através da adaptação de dispositivos de segurança,
equipamentos de protecção individual, normas de segurança e sinalização de riscos, disciplina e incentivos
RISCO
A probabilidade do potencial danificador ser atingido nas condições de uso e/ou de exposição, bem como a
possível gravidade do dano.
RISCO PROFISSIONAL
Probabilidade de que um trabalhador sofra um dano provocado pelo trabalho
SAÚDE NO TRABALHO
Conjunto de metodologias que tem por objectivo a prevenção de doenças profissionais e o
acompanhamento da saúde dos trabalhadores face à influência dos componentes materiais do trabalho
SEGURANÇA NO TRABALHO
Conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho, tendo como principal campo
de acção o reconhecimento e o controlo de riscos associados aos componentes materiais de trabalho.
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TRABALHADOR
Pessoa singular que mediante retribuição se obriga a prestar serviço a um empregador, incluindo estagiários
e aprendizes e os que estejam na dependência económica do empregador em razão dos meios de trabalho
e do resultado da sua actividade.
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CAPÍTULO III – NORMATIVOS GERAIS APLICÁVEIS E IMPERATIVOS NORMATIVOS PARA MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
A legislação nacional e comunitária, bem como o conjunto de normas técnicas no domínio da segurança
higiene e saúde no trabalho, é muito vasta e atende sobretudo à natureza e características dos riscos ou
dos trabalhadores envolvidos, ou às actividades desenvolvidas pelo que não se pode identificar
exclusivamente legislação para micro ou pequenas empresas.
Assim, neste capítulo referem-se alguns diplomas legais que se aplicam a todas as empresas e que têm a
ver com o enquadramento geral da segurança, higiene e saúde no trabalho, a organização dos serviços de
prevenção, a regulamentação dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Indicam-se, de seguida, um conjunto de diplomas que, não sendo uma lista exaustiva, se consideram mais
importantes, porque permitem a identificação dos factores de risco mais significativos nas pequenas
empresas e porque enquadram e fundamentam a conformidade legal a avaliação de riscos.
A informação indicada fornece um conjunto de referenciais normativos que se aplicam a todas as empresas
independentemente da sua dimensão.
Estabelece as regras relativas à informação estatística sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais
Aprova o modelo de relatório anual da actividade dos serviços de segurança e saúde no trabalho
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Portaria nº 1179/95, de 26 de Setembro
Aprova o modelo da ficha de notificação da modalidade adoptada pela empresa para a organização dos
serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho.
Aprova o modelo da ficha de notificação da modalidade adoptada pela empresa para a organização dos
serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho e altera a portaria nº 1179/95, de 26 de Setembro
Aprova o modelo de relatório anual da actividade dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
.Aprova o modelo de ficha de aptidão, a preencher pelo médico do trabalho face aos resultados dos exames
de admissão, periódicos e ocasionais, efectuados aos trabalhadores.
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Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nº 89/686/CEE, de 21 de Dezembro, relativa às
exigências técnicas de segurança a observar pelos equipamentos de protecção individual.
Aprova as instruções para os primeiros socorros em acidentes produzidos por correntes eléctricas.
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nº 90/269/CEE, do Conselho, de 29 de Maio, relativa
às prescrições mínimas de segurança e de saúde na movimentação manual de cargas.
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Decreto - Lei nº 72/92, de 28 de Abril
Transpõe para o direito interno a Directiva nº 86/188/CEE relativa à protecção dos trabalhadores contra
os riscos de exposição ao ruído durante o trabalho.
Regulamenta o D.L. 141/95 relativo às prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de saúde
no trabalho.
Aprova as medidas de segurança contra riscos de incêndio a observar nos estabelecimentos comerciais
e de prestação de serviços com área inferior a 300 m2.
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CAPÍTULO IV – AS OBRIGAÇÕES DOS EMPREGADORES E DOS TRABALHADORES EM MATÉRIA
DE SEGURANÇA HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO
A segurança e saúde no trabalho e a prevenção dos riscos profissionais devem ser uma preocupação de
todos os intervenientes numa empresa, desde os empresários, às chefias, aos trabalhadores, aos
fornecedores e outros prestadores de serviços como aos visitantes. No entanto, em qualquer empresa ou
estabelecimento a responsabilidade máxima pela organização e pela manutenção das condições de
segurança compete sempre ao empregador.
Estas responsabilidades vão desde a selecção da modalidade de organização dos serviços de segurança e
saúde adaptados à actividade e dimensão da sua empresa até às funções desempenhadas e exercidas no
âmbito da prevenção.
Mas não é apenas à entidade empregadora que estão atribuídas responsabilidades, aos trabalhadores
compete, também, respeitar um conjunto de obrigações que permitem minimizar o risco de acidentes de
trabalho e doenças profissionais a que podem estar expostos.
De entre as diversas obrigações específicas que advêm dos diversos diplomas legais, salientam-se, pela
sua importância e abrangência as previstas no Decreto Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, as mais
significativas para os empregadores e para os trabalhadores.
Obrigações do Empregador
Para tal, o empregador deve aplicar as medidas necessárias, tendo em conta os seguintes princípios de
prevenção.
• Proceder, na concepção das instalações, dos locais e processos de trabalho, à identificação dos
riscos previsíveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus efeitos, de forma a
garantir um nível eficaz de protecção;
• Assegurar que as exposições a agentes químicos, físicos e biológicos nos locais de trabalho não
constituam risco para a saúde dos trabalhadores;
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• Planificar a prevenção na empresa, estabelecimento ou serviço num sistema coerente que tenha em
conta a componente técnica, a organização do trabalho, as relações sociais e os factores materiais
do trabalho;
• Ter em conta, na organização dos meios, não só os trabalhadores, como também terceiros
susceptíveis de serem abrangidos pelos riscos e a realização dos trabalhos, quer nas instalações,
quer no exterior;
• Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a que se
encontram expostos no local de trabalho;
• Adoptar medidas e dar instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de perigo grave e
iminente que não possa ser evitado, cessar a sua actividade ou afastar-se imediatamente do local de
trabalho, sem que possam retomar a actividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos
excepcionais e desde que assegurada a protecção adequada.
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• Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas que
possam ser afectadas pelas suas acções ou omissões no trabalho;
• Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, aos trabalhadores a que
se refere o artigo 13.° as avarias e deficiências por si detectadas que se lhe afigurem susceptíveis de
originarem perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito verificado nos sistemas de
protecção;
• Em caso de perigo grave e iminente, não sendo possível estabelecer contacto imediato com o
superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham funções específicas nos domínios
da segurança, higiene e saúde no local de trabalho, adoptar as medidas e instruções estabelecidas
para tal situação.
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CAPÍTULO V - A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NAS
EMPRESAS
O regime de organização e funcionamento dos serviços de segurança e higiene e saúde no trabalho nas
empresas está regulamentado pelo Decreto Lei 109/2000, de 30 de Junho, que procede à republicação do
Decreto Lei 26/94, de 1 de Fevereiro, com a nova redacção dada pelas Leis nºs 7/95, de 29 de Março e
118/99, de 11de Agosto.
A actual legislação prevê antes de mais a separação entre os serviços de segurança e higiene no trabalho e
os serviços de saúde no trabalho anteriormente denominados de medicina no trabalho. Os primeiros são
exercidos por técnicos de segurança ou técnicos superiores de segurança no trabalho e os segundos
exercidos por médicos no trabalho e cada um tem as suas funções e as suas actividades que devem
exercer em complementaridade e cooperação com o objectivo comum de proporcionar as informações para
a melhoria das condições de trabalho nas empresas.
No entanto, tratando de micro ou pequenas empresas com menos de 9 trabalhadores e com actividades de
risco não elevado a actividade de segurança e higiene pode ser exercida directamente pelo empregador ou
por um trabalhador designado desde que tenham formação adequada e estejam permanentemente nas
instalações. Evidentemente que a formação em segurança e higiene deve ser uma formação reconhecida,
no domínio dos riscos inerentes à sua actividade e ir sendo actualizada regularmente.
No âmbito da saúde no trabalho e também para empresas com menos de 9 trabalhadores e com actividades
de risco não elevado podem recorrer ao Serviço Nacional de Saúde.
As actividades de saúde podem ser organizadas de forma diferente e separadas das actividades de
segurança e higiene.
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Independentemente de qual a modalidade que a empresa tiver ou vier a adoptar deve tomar as mediadas
necessárias ao controlo dos riscos com vista à prevenção dos acidentes de trabalho e doenças profissionais
dos seus trabalhadores e desenvolver as actividades previstas nos Capítulos VI e VII.
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CAPÍTULO VI – AS ACTIVIDADES DO SERVIÇO DE SAÚDE NO TRABALHO
É, pois, uma obrigação do empregador providenciar a vigilância da saúde dos seus trabalhadores através do
recurso aos serviços de saúde no trabalho que podem ser organizados como foi referido no Capítulo V.
A função do serviço de saúde é fomentar e manter o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em
todas as profissões, prevenir os danos na sua saúde provocados pelas condições de trabalho e assegurar
que o trabalhador é colocado num posto de trabalho adequado às suas aptidões físicas e psicológicas.
As actividades dos serviços de saúde no trabalho devem ser efectuadas de acordo com as características
do sector de actividade da empresa, mas no mínimo devem corresponder a:
9 exames médicos:
. de admissão – a efectuar antes do inicio da entrada ao serviço /prestação do trabalho,
ou nos 10 dias seguintes
.periódicos – a efectuar anualmente para todos os trabalhadores com menos de 18 anos
e com mais de 50 anos, e a efectuar de dois em dois anos para os trabalhadores com idade entre os 18 e os
50 anos.
. ocasionais – a efectuar sempre que se verifiquem alterações significativas nos
processos ou organização do trabalho com reflexos prejudiciais na saúde dos trabalhadores, ou sempre que
um trabalhador regresse após uma ausência superior a 30 dias devido a acidente ou doença.
Devem efectuar-se exames ocasionais sempre que se verifiquem, por exemplo, introdução de novos
equipamentos ou produtos perigosos, mudanças de funções, trabalho por turnos, por solicitação do
empregador ou do trabalhador, por frequentes ausências e absentismo por outros motivos de saúde.
Os médicos do trabalho devem desenvolver a sua actividade na empresa para melhor conhecer os riscos a
que estão expostos os trabalhadores, e devem assegurar um número de horas necessário à realização dos
actos médicos , garantindo pelo menos:
- em estabelecimentos industriais, pelo menos uma hora por mês, por cada grupo de
10 trabalhadores
- em estabelecimentos comerciais, pelo menos uma hora por mês, por cada grupo de
20 trabalhadores
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Para além dos exames gerais, os médicos devem solicitar exames específicos se os trabalhadores
estiverem expostos a situações de riscos particulares tais como: ruído, chumbo, radiações ionizantes,
agentes cancerígenos ou mutagénicos, agentes químicos, agentes biológicos, trabalho nocturno,
equipamentos dotados com visor, trabalhos em altura, trabalhos que impliquem manipulação de alimentos,
ou motoristas.
No caso de serviços externos, recomenda-se que os exames médicos devem ser bem especificados antes
de ser feito o contrato para que sejam adaptados à actividade da empresa e aos riscos a que os
trabalhadores estão sujeitos e expostos, para que não sejam efectuados exames que não tenham
aplicabilidade ou fiquem em falta outros importantes.
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CAPÍTULO VII – AS ACTIVIDADES DO SERVIÇO DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO
Os serviços de segurança e higiene no trabalho incluem todas as actividades relacionadas com a prevenção
dos acidentes de trabalho e têm, sobretudo, como campo de actuação os factores que podem afectar a
segurança e saúde dos trabalhadores, nomeadamente os locais de trabalho, o ambiente de trabalho, as
ferramentas, as máquinas, as matérias, as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos, os
processos de trabalho e a organização de trabalho.
Assim, quer o responsável pelos serviços internos, serviços externos, ou empregador ou trabalhador
designado, deve tomar as providências para prevenir os riscos profissionais e as empresas devem garantir
que asseguram as seguintes actividades principais no âmbito dos serviços de segurança e higiene:
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• Manter lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado ausência por incapacidade para o
trabalho bem como relatórios sobre os mesmos que tenham ocasionado ausência superior a 3 dias
por incapacidade para o trabalho
• Listagem das situações de baixa por doença e do número de dias de ausência para o trabalho, e no
caso de doenças profissionais, a respectiva identificação das mesmas.
• Elaborar listagem de medidas, propostas ou recomendações para melhoria das condições de
trabalho
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CAPÍTULO V – AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO DE RISCOS
Sendo a avaliação de risco um dos princípios gerais de prevenção mais importante e centrando-se
actualmente a prevenção no processo de avaliação de risco há que considerar as seguintes etapas da
avaliação dos riscos:
• Identificar os perigos
• Determinar os trabalhadores que estão expostos a esses perigos
• Estimar o risco: qualitativa e/ou quantitativa
• Estudar a possibilidade de eliminar o risco
• Valorizar o risco
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• Verificar a necessidade de tomar novas medidas para prevenir ou reduzir o risco, no caso de não ser
possível eliminá-lo
• Identificar e implementar as formas de controlo do risco
Neste capítulo identificam-se as fontes e factores de alguns riscos que são mais comuns nas pequenas
empresas e as medidas de prevenção e protecção associados.
1) RISCO DE INCÊNDIO
2) VIAS DE CIRCULAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
3) O RUÍDO
4) A ILUMINAÇÃO
5) MAQUINAS
6) OS CONTAMINANTES QUIMICOS
7) AS VIBRAÇÕES
8) A MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
9) A MOVIMENTAÇÃO MECÂNICA DE CARGAS
10) OS LOCAIS DE TRABALHO
11) A SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
12) OS EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL
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1) RISCO DE INCÊNDIO
O incêndio é um factor de risco que está normalmente presente em todas as micro e pequenas empresas
quer industriais quer comerciais ou de serviços.
A melhor forma de prevenir um incêndio é verificar a quantidade e natureza de materiais combustíveis que
existem nas instalações, manter um bom estado de limpeza e arrumação e não juntar materiais inflamáveis.
Face à carga térmica existente deve seleccionar um sistema adequado de detecção e alarme de incêndio e
escolher os meios próprios de extinção.
Os meios de extinção mais utilizados nas micro e pequenas empresas são os extintores e por vezes os
bocas de incêndio.
CLASSES DE FOGO
O fogo é uma reacção química que se desenvolve de forma controlada entre um combustível e um
comburente e com origem numa energia de activação, prosseguindo com uma reacção em cadeia.
Um incêndio é a mesma reacção que se desenvolve mas de forma incontrolável, pelo que se não o
conseguirmos dominar rapidamente pode provocar danos materiais ou humanos.
O combustível, o comburente, a energia de activação e a reacção em cadeia são os elementos do fogo que
constituem o tetraedro do fogo.
O conhecimento dos elementos do fogo é importante uma vez que os modos de extinção dos incêndios se
baseiam na actuação sobre cada um.
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De acordo com o material combustível são estabelecidas as seguintes classes de fogo:
Butano, Propano,
Classe C GASES
Acetileno, Metano,...
OS EXTINTORES
Um extintor é um equipamento que contém um agente extintor que pode ser projectado e dirigido sobre um
fogo, por acção de uma pressão interna.
Os extintores são classificados como meios de primeira intervenção de combate ao incêndio e devem ser
instalados independentemente de qualquer outra medida de protecção julgada necessária.
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AGENTES EXTINTORES MAIS ADEQUADOS ÀS CLASSES DE FOGO:
Em caso de incêndio, e após ter sido dado o alarme por quem o detectar, devem tomar-se as medidas de
combate para tentar anular um dos elementos do fogo.
Um dos meios de extinção de incêndios mais utilizado e mais disponível nas pequenas empresas são os
extintores pelo que é essencial conhecer a adequabilidade de cada tipo de extintor a cada tipo de classe de
fogo.
AGENTE EXTINTOR
CLASSES
DE FOGOS Água Água Pós
Espumas Pó BC Pó ABC CO2 Halon
em jacto pulverizada especiais
A B E B NC B NC NC NC
A - Sólidos
B NC B E B NC B B
NC - Líquidos
C NC NC NC B B NC A B
D NC NC NC NC NC A NC NC
Legenda:
E – Excelente
B – Bom
A – Aceitável
NC – Não conveniente
I - Inaceitável
• Não deve existir acumulação de pó ou de desperdícios nas instalações e nos equipamentos que
permita a deflagração de incêndios
• Deve existir protecção especial contra reacções perigosas que possam provocar explosões
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• Os meios de detecção e combate contra incêndios devem ser definidos em função da dimensão do
edifício onde estão instalados os postos de trabalho e das características dos materiais e
substâncias neles existentes
• Não deve permitir-se fumar nos locais onde existe risco de incêndio e deve colocar-se a sinalização
adequada a essa proibição
• Não deve permitir-se fazer actos de foguear nos locais onde existe risco de incêndio e deve colocar-
se a sinalização adequada a essa proibição
• O número e tipo de extintores devem ser adequados ao nível de risco de incêndio e à classe do fogo
mais frequente
• Junto dos sistemas eléctricos e quadros eléctricos devem existir extintores de CO2
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• Os extintores devem estar sinalizados de acordo com a legislação aplicável
• Todos os trabalhadores devem receber formação de manuseamento correcto dos meios de primeira
intervenção, nomeadamente extintores.
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2) VIAS DE CIRCULAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
As vias de circulação e as saídas de emergência são dois factores de risco que podem provocar lesões
diversas com origem em quedas ao mesmo nível, choques contra objectos ou máquinas ou dificuldades em
evacuação em caso de incêndios ou explosões.
Por este facto algumas recomendações devem ser tidas em consideração para evitar alguns riscos:
VIAS DE CIRCULAÇÃO
• As vias de circulação (veículos e peões), vias de acesso aos postos de trabalho e vias de
emergência devem estar delimitadas com traçado (linha a cor amarela).
• As vias de circulação para peões devem estar sinalizadas com a seguinte sinalização de segurança
• As vias de circulação no interior da nave industrial devem ser em número suficiente e dispostas de
modo a permitir a evacuação rápida e segura dos locais de trabalho.
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• As distâncias a percorrer para atingir a saída devem ser tanto menores quanto maior for o risco de
incêndio ou de explosão.
• A largura das vias de circulação não pode ser inferior a 1,20 m quando o número de utilizadores não
ultrapasse cinquenta.
• Não devem existir nas vias de circulação objectos imóveis susceptíveis de ocasionar riscos de
choque, tropeçamento ou queda ao mesmo nível.
• As vias de circulação para veículos (ex.: empilhadores) devem estar sinalizadas com sinalização de
segurança
• Quando as vias de circulação que se destinem ao trânsito simultâneo de pessoas e veículos, devem
ter largura suficiente para garantir a segurança da circulação de uns e de outros.
• As vias de circulação devem permitir a circulação fácil e segura das pessoas, para que os
trabalhadores na sua proximidade não corram qualquer risco.
• Sempre que as vias de circulação apresentem zonas de perigo devem ser devidamente assinaladas
• O traçado das vias de circulação deve ser respeitados por todos os trabalhadores.
• Sempre que de pretender alterar o layout deve-se respeitar as marcações das vias de circulação
existentes ou marcar novamente vias de circulação
VIAS DE EMERGÊNCIA
• A instalação de cada posto de trabalho deve permitir a evacuação rápida e em máxima segurança
dos trabalhadores.
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• O número, a localização e as dimensões das vias de emergência devem atender ao tipo de
utilização, às características do local de trabalho, ao tipo de equipamento e ao número previsível de
utilizadores em simultâneo.
• As vias de emergência devem estar sinalizadas de acordo com a legislação sobre sinalização de
segurança em vigor.
1,80 m 2,20 m
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3) O RUÍDO
O ruído é todo o som que produz uma sensação auditiva desagradável, incomodativa ou perigosa capaz de
alterar o bem-estar dos trabalhadores e de provocar lesões que podem levar à surdez.
O ruído nos locais de trabalho tem origem nas máquinas e nas ferramentas usadas e na concepção dos
locais de trabalho.
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MEDIDAS DE PROTECÇÃO E PREVENÇÃO
Para evitar que os níveis de ruído ultrapassam os níveis aceitáveis as empresas devem adoptar os
princípios gerais de prevenção desde a fase de concepção das suas instalações de forma a eliminar ou
reduzir a fonte produtora de ruído. Não conseguindo evitar que o ruído ultrapasse os 85 dB(A) as medidas a
tomar podem ser :
• Medidas organizativas
• Medidas construtivas ou de engenharia
• Medidas de protecção colectiva
• Medidas de protecção individual
As medidas organizativas:
• Seleccionar e adquirir máquinas menos ruidosas
• Alternar periodicamente os trabalhadores de posto de trabalho
• Separar as tarefas mais ruidosas por áreas diferenciadas
• Eliminar postos de trabalho em locais mais ruidosos
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• Formar e informar sobre os riscos provocados pelo ruído
• Manter a vigilância médica
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4) A ILUMINAÇÃO
Os olhos são os órgãos dos sentidos mais importantes pelo que devem ser protegidos. Uma forma de
prevenir problemas de visão é com uma iluminação adequada.
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• Nos locais em que a iluminação artificial produza o efeito estroboscópico, devem observar-se as
disposições regulamentares aplicáveis.
• A iluminação geral deve ser de intensidade uniforme e estar distribuída de maneira a evitar
sombras, contrastes muito acentuados e reflexos prejudiciais.
• Quando for necessária iluminação local intensa esta deve ser obtida por uma conveniente
combinação de iluminação geral com iluminação suplementar no local onde o trabalho for
executado.
• A iluminação deve ser adequada ao tipo e duração tarefa executada e à idade do trabalhador
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5) MAQUINAS
As máquinas são, por definição perigosas e a sua utilização e manuseamento traz muitos riscos e é a causa
de grande número de acidentes no trabalho.
O Decreto Lei n.º 82/99 de 16 de Março estabelece o regime relativo às prescrições mínimas de segurança
e de saúde para utilização de equipamentos de trabalho, transpondo para a ordem interna a Directiva nº
95/63/CE, do Conselho, de 05 de Dezembro de 1995 e o Decreto lei 320/2001, de 12/12, estabelece as
regras relativas à colocação no mercado e entrada em serviço de máquinas e dos componentes de
segurança, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 98/37/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 22 de Junho.
As empresas devem ter em consideração se estes diplomas se aplicam às máquinas que têm em
funcionamento nas suas instalações e mandar verificar a conformidade legal das mesmas face aos
requisitos legais e simultaneamente exigir aos seus fornecedores na aquisição de novas máquinas o
cumprimento das novas directivas comunitárias.
• Entalamento
• Esmagamento
• Corte
Se as máquinas possuem elementos móveis não protegidos, como sejam correias de transmissão, polis,
correntes e engrenagens, o seu grau de perigo aumenta, uma vez que colocam em posição de risco os
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seus operadores. Outros riscos estão associados às posições incorrectas dos postos de trabalho e a
outros factores ergonómicos.
• Todos os botões de emergências das máquinas devem estar sinalizados de acordo com a legislação
em vigor
• Os elementos móveis de motores e órgãos de transmissão, bem como todas as partes perigosas das
máquinas que accionem, devem estar convenientemente protegidos por dispositivos de segurança, a
menos que a sua construção ou localização sejam de molde a impedir o seu contacto com pessoas
ou objectos.
• As máquinas antigas, construídas e instaladas sem dispositivos de segurança eficientes, devem ser
modificadas ou protegidas sempre que o risco existente o justifique.
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• As verificações e ensaios dos equipamentos de trabalho referidos nos números anteriores devem ser
efectuados por pessoa competente, a fim de garantir a correcta instalação e o bom estado de
funcionamento dos mesmos.
• Deve ser dada aos trabalhadores e seus representantes para a segurança, higiene e saúde no
trabalho a informação adequada sobre os equipamentos de trabalho utilizados.
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6) OS CONTAMINANTES QUIMICOS
Os contaminantes químicos são todas as substâncias que existam ou tenham probabilidade de vir a
existir no ambiente de trabalho e que pela sua natureza e quantidade podem vir a provocar danos na
saúde dos trabalhadores.
Estes contaminantes químicos podem existir no estado sólido, líquido e gasoso e são classificados de
acordo com a sua forma de apresentação em poeiras, fumos, aerossóis, gases e vapores.
Estas substâncias são perigosas e representam em todos sectores um risco potencial para a saúde dos
trabalhadores. O seu efeito traduz-se em doenças profissionais tais como a asma, dermatoses, cancro,
danos em fetos ou futuras gerações e uma variedade de outros efeitos negativos na saúde e bem-estar
dos trabalhadores.
De acordo como Decreto Lei 290/2001 de 16 de Novembro, relativo à protecção da segurança e saúde
dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes químicos no trabalho, o empregador
deve assegurar que os riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores resultantes da presença no
local de trabalho de um agente químico perigoso sejam eliminados ou reduzidos ao mínimo, mediante a
aplicação de medidas gerais de prevenção. No entanto, se os resultados da avaliação dos riscos
revelarem risco para a segurança e saúde dos trabalhadores devem ser aplicadas medidas específicas
de protecção e prevenção.
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g) A redução da quantidade de agentes químicos presentes ao mínimo necessário à
execução do trabalho em questão;
j) Medição da concentração dos agentes químicos que possam apresentar riscos para a
saúde dos trabalhadores, tendo em atenção os valores limites de exposição profissional
estabelecidos.
• Junto dos produtos químicos ou outras substâncias perigosas devem estar afixadas as respectivas
fichas técnicas de segurança.
• Junto dos produtos químicos ou outras substâncias perigosas devem estar afixadas as instruções
de segurança
• Junto dos produtos químicos ou outras substâncias perigosas deve existir sinalização de segurança
bem como o seu significado.
• Todos os produtos químicos utilizados ou outras substâncias perigosas liquidos devem estar
armazenados com bacias de retenção.
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• A utilização dos produtos químicos outras substâncias perigosas deve ser restrita a um número
específico de trabalhadores devidamente formados
• Nos locais de utilização dos produtos, devem permanecem apenas as quantidades necessárias
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7) AS VIBRAÇÕES
No ambiente industrial é frequente a existência do efeito de vibrações, que afectam o corpo inteiro.
A origem das vibrações está sobretudo em máquinas que não possuem apoios antivibratórios, ou estão
colocadas em pisos inadequados e têm falta de manutenção.
A resposta do corpo humano às vibrações externas depende da postura do trabalhador (de pé, sentado
ou deitado) e do ponto de aplicação das forças vibratórias.
As vibrações que afectam o corpo inteiro pode corresponder a posturas em pé, em solos ou plataformas
em vibração ou à condução dos mais variados meios de transporte.
As consequências das vibrações no corpo humano dependem essencialmente dos seguintes factores:
- ponto de aplicação no corpo;
- frequência das oscilações;
- aceleração das oscilações;
- duração da acção;
- frequência própria e ressonância.
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• Assegurar uma vigilância médica mais continuada e específica.
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8) A MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
Para além dos riscos associados às lesões dorso-lombares que são normalmente as mais frequentes e
as mais gravosas, as lesões provocadas por quedas de objectos e choques contra ode objectos são
outros riscos com origem na deficiente movimentação manual de cargas.
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Os factores que podem influenciar o nível de risco são:
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• Reduzir os esforços de elevação ou abaixamento da movimentação
• Adoptar uma posição correcta de trabalho
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9) A MOVIMENTAÇÃO MECÂNICA DE CARGAS
A movimentação mecânica de carga é efectuada muitas vezes nas empresas com o recurso de
empilhadores.
A utilização de empilhadores pode originar acidentes de trabalho e doenças profissionais, sendo os
riscos mais frequentes associados:
• Atropelamento
• Queda de cargas
• Capotamento
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10) OS LOCAIS DE TRABALHO
Genericamente os locais de trabalho devem estar limpos e arrumados e constituem um importante factor
de segurança nas condições de trabalho.
• Os pavimentos dos locais de trabalho devem ser fixos, estáveis, antiderrapantes sem
inclinações perigosas, saliências e cavidades.
• Nos pavimentos não devem estar objectos susceptíveis de ocasionarem perigos de queda ao
mesmo nível, choque e tropeçamento.
• Em redor das máquinas ou cada elemento de produção deve estar reservado um espaço para
assegurar o seu funcionamento normal e permitir as afinações e reparações correntes.
• Nos locais de trabalho, os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter uma
largura de pelo menos 0.60 m.
• As zonas de perigo (movimentação das máquinas, aberturas no pavimento, etc.) devem estar
identificadas e sinalizadas.
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• A empresa deve proceder à avaliação da iluminância de forma a avaliar se os valores são
adequados às tarefas.
• Junto dos locais de trabalho devem estar afixadas instruções de segurança e procedimentos
de trabalho.
• Em redor de cada máquina ou de cada elemento de produção deve ser reservado um espaço
suficiente devidamente assinalado para assegurar o seu funcionamento normal e permitir as
afinações e reparações correntes assim como o empilhamento dos produtos brutos em curso
de fabricação e dos acabados.
• Em redor das máquinas ou cada elemento de produção deve estar reservado um espaço para
assegurar o seu funcionamento normal e permitir as afinações e reparações correntes.
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•
11) A SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A sinalização de segurança é uma forma de informação aos trabalhadores e demais pessoas que
frequentam um local de trabalho sobre os riscos que foram identificados e avaliados e a que podem
estar expostos.
A sinalização de segurança é uma forma de controlo dos riscos.
A legislação define as regras relativa às cores e formas a adoptar em termos de sinalização de
segurança e cujo significado principal se apresenta em seguida.
Compete ao empregador:
• Afixar a sinalização de segurança de acordo com a avaliação de riscos efectuada
• Formar e informar os trabalhadores sobre o significado da sinalização
• Fazer cumprir a sinalização de segurança
CORES
As cores utilizadas para a sinalização de segurança são o vermelho, o amarelo ou amarelo-alaranjado, o
azul e o verde que têm um significado específico e que dão indicações sobre o comportamento a tomar,
conforme se indica na tabela seguinte.
SIGNIFICADO OU
COR INDICAÇÕES E PRECISÕES
FINALIDADE
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Também as formas associadas às cores têm o seu significado:
Cor/Forma
Geométrica
Material de combate
Proibição
a incêndios
Aviso
Obrigação Informação
Segurança em
situações de
emergência
TIPO DE SINALIZAÇÃO
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Sinalização de obrigação Sinalização de emergência
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OUTROS EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Substância Via de
Substância Substância Protecção Protecção Protecção do Protecção da
circulação
inflamável explosiva nocivas dos ouvidos dos pés corpo cabeça
para peões
Direcção de Direcção de
Proibição Sentido Direcção a Direcção a
Perigo Bebedouro segurança a segurança a
de foguear proibido seguir seguir
seguir seguir
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12) OS EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL
A utilização dos equipamentos de protecção individual só deve ser implementada quando todas as
restantes medidas dos princípios gerais de prevenção não foram possíveis de aplicar. Ou seja deve
iniciar-se a prevenção pela fase de concepção dos equipamentos e dos métodos de trabalho, dando
prioridade às medidas de protecção colectiva e apenas se não houver outras alternativas se devem
utilizar os equipamentos de protecção individual.
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• O calçado de protecção
• As luvas de segurança
• Os óculos de protecção ou viseiras
• Os aparelhos de protecção respiratória
O VESTUÁRIO DE PROTECÇÃO
O vestuário destina-se a proteger o corpo trabalhador de:
• Projecções de materiais
• Frio ou calor
No primeiro caso podemos incluir o aventar e o colete associado por exemplo a trabalhos de soldadura e
no segundo caso os fatos de trabalho que devem ser seleccionados de acordo com as tarefas
desempenhadas de forma a serem confortáveis e não se tornarem um outro factor de risco.
O CAPACETE DE PROTECÇÃO
Destina-se a proteger a cabeça em situações de queda de objectos, projecção de materiais ou
pancadas.
Os capacetes devem ser adquiridos de acordo com as tarefas a que se destinam e não
indiscriminadamente
Na utilização o trabalhador deve ajustar o capacete à medida da cabeça.
Capacetes não ajustados, não protegem.
Não deve utilizar capacetes que já tenham sofrido choques, porque podem ter perdido a resistência.
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PROTECTORES AURICULARES
O CALÇADO DE PROTECÇÃO
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Para proteger os pés contra quedas de materiais e choques devem ser utilizados botas ou sapatos de
protecção adequados:
• Botas com sola antiderrapante
• calçado com biqueira e ou palmilha de aço
• botas de borracha
AS LUVAS DE SEGURANÇA
Para proteger as mãos contra riscos mecânicos, químicos, eléctricos ou térmicos devem ser
seleccionadas as luvas que melhor se adaptem ao risco a que está exposto o trabalhador.
As luvas podem ser de diversos materiais:
• tecido algodão ou sintético
• couro
• borracha
• malha de aço
• PVC
OCULOS DE PROTECÇÃO
Os óculos de protecção ou as viseiras servem para proteger os olhos contra riscos de choques, radiações,
calor, poeiras, projecções de materiais, como limalhas, faúlhas, líquidos corrosivos ou irritante.
deve também utilizar óculos de protecção ou viseiras em todos os trabalhos de soldadura, polimento, corte
ou perfurações
MÁSCARAS
• Utilize os aparelhos de protecção respiratória sempre que esteja exposto a poeiras, fumos, gases
ou vapores.
• As máscaras de protecção ou outros dispositivos filtrantes como os aparelhos de protecção
respiratória devem ser sempre escolhidos em função do tipo de contaminante a a questá
exposto.
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