Você está na página 1de 29

Ativos fixos tangíveis e depreciações

❑ Rubricas
✓ Terrenos e recursos naturais
✓ Edifícios e outras construções
✓ Equipamento básico
✓ Equipamento de transporte ✓ Depreciações
✓ Equipamento administrativo ✓ Perdas por Imparidade
✓ Equipamentos biológicos
✓ Outros ativos fixos tangíveis
✓ Activos fixos tangíveis em curso
✓ Adiantamentos por conta de investimentos

1
• Descrever a importância da área dos activos tangíveis;
• Identificar os principais aspectos de natureza contabilística
• Identificar os objectivos de auditoria
• Discutir aspectos relevantes na determinação da estratégia
de auditoria e aplicar o conceito de materialidade;
• Identificar os riscos inerentes á área;
Objetivos de • Descrever porque é importante para o auditor
compreender os controlos internos implementados,
aprendizagem identifica-los e realizar testes aos controlos para testar a
sua eficácia;
• Desenvolver e executar um programa d eauditoria;
• Descrever como os procedimentos analíticos podem
identificar possíveis distorções nesta área
• Explicar os procedimentos substantivos

Venâncio Chirrime 2
Activos fixos tangíveis e depreciações

Custo
aquisição
/produção)

Valor Revalorizaçã
residual o

Política
contabilística

Juros de
Vida útil empréstimos
obtidos

Método de
depreciação

3
Aspectos de natureza contabilística

• Um activo fixo só pode ser reconhecido como tal se for provável que fluam para a empresa
benefícios económicos futuros associados à esse bem e o seu custo possa ser mensurada com
fiabilidade;
• A mensuração inicial é feita pelo custo, que engloba o preço de compra, os directamente
relacionados com a colocação do activo na sua localização e condições necessárias para que
funcione de forma pretendida, estimativa inicial dos custos de desmantelamento e restauro do
local onde está localizado;
• Apos o reconhecimento um activo fixo pode ser mensurado segundo modelo do custo ou de
revalorização, (i) modelo de custo, o valor do activo é escriturado pelo seu custo de aquisição,
deduzido das depreciações acumuladas e de quaisquer imparidades acumuladas (ii) modelo de
revalorização, a quantia escriturada resulta da diferença entre o justo valor do bem e as
depreciações e perdas por imparidade acumuladas. Os aumentos do activo por revalorizações são
levados aos Fundos Próprios, se forem uma perda são levados para resultados.

Venâncio Chirrime 4
Aspetos de natureza contabilística
Os custos de empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis á aquisição ou
construção do bem podem ser capitalizados até que o bem inicie as operações
produtivas, por exemplo construção de gasodutos, Projectos de construção de Linhas
Férreas, Auto estradas, Projectos de construção de Navio ou Aeronaves cujo período
de construção é superior a 1 anos;

Contabilização dos subsídios do governo – os subsídios não reembolsáveis são


escriturados nos Fundos Próprios. Posteriormente se o subsídio se referir a um activo
depreciável, será imputado a rendimento numa base sistemática ao longo da vida útil
do bem, em respeito ao princípio de balanceamento entre rendimento e gastos, caso
não seja depreciável mante-se nos Fundos próprios, a menos que haja imparidade;

Venâncio Chirrime 5
Aspetos de natureza contabilística
Imparidade dos activos – as Empresas devem verificar se existem alguma
indicação de que os seus activos encontram se em imparidade. Há imparidade
quando o valor contabilístico do activo excede o seu valor recuperável;

Valor realizável liquido – é a diferença entre o preço do mercado do activo e os


custos com a venda desse activo.

Valor de uso – define se como sendo o valor presente dos fluxos de caixa
futuros estimados, que se espera que surjam do uso continuado de um activo!

Venâncio Chirrime 6
Os activos tangíveis estão devidamente protegidos, tendo a empresa
uma adequada política de avaliação do risco, tendo contratado os
seguros adequados face ao seu valor contabilístico;

Os activos tangíveis são propriedade da empresa, possui

Objectivos documentação que comprova e as eventuais restrições de uso e gozo


estão divulgados nas demonstrações financeiras;

de A valorização dos ativos fixos foi feita e acordo com as Normas


Internacionais de Relato Financeiro;

auditoria Os activos tangíveis evidenciados nas DF existem, estão em


condições de funcionamento e estão relacionados com actividade da
exploração da empresa;

Nos activos tangíveis foram tidas em atenção as depreciações do


exercício, estabelecidos sistematicamente em função da vida útil do
bem, bem como eventuais perdas por imparidade;

Venâncio Chirrime 7
Os activos tangíveis encontra se mensurados pelo menor valor
entre o contabilístico e o valor recuperável;

Os activos não correntes detidos para venda existem e são

Objectivos mesmo detidos para venda;

de
Os activos não correntes detidos para venda são avaliados em
base apropriadas e são contabilizados perdas por imparidade em
caso de diminuição de valor;

auditoria Os activos não correntes detidos para venda não foram


depreciados;

Há controlo interno adequado e funcional e as revalorizações


encontram se adequadamente suportadas

Venâncio Chirrime 8
Ativos fixos tangíveis e depreciações
❑ Asserções
Asserção A ter em atenção (exemplos)
Ocorrência ▪ Registo de aquisições
▪ Registo do abate/alienação
▪ Identificação de movimentos/transações significativas
ou não usuais
Existência ▪ Observação Física
Plenitude ▪ Inclusão de todos os AFT
▪ Revisão das contas de gastos

9
Ativos fixos tangíveis e depreciações
❑ Asserções
Asserção A ter em atenção (exemplos)
Rigor, valorização e imputação ▪ Aceitabilidade do critério valorimétrico
▪ Registo dos movimentos pelo valor correto
▪ Depreciação sistemática
▪ Teste/recálculo/razoabilidade das depreciações
▪ Teste às aquisições
▪ Teste à revalorização
▪ Teste aos juros capitalizados
▪ Avaliação indícios de imparidade
Corte ▪ …

10
Ativos fixos tangíveis e depreciações
❑ Asserções
Asserção A ter em atenção (exemplos)
Direitos e obrigações ▪ Propriedade da empresa
▪ Direito de usufruto
▪ Identificação e cumprimento de covenants
Classificação ▪ Registo adequado
Apresentação ▪ Validação divulgações no anexo (correta desagregação
dos itens)

11
Ativos fixos tangíveis e depreciações

Risco de auditoria
(avaliação ao nível das asserções)

Risco de distorção Risco de


material deteção

Risco Risco de
inerente controlo

12
Problemas frequentes nos activos tangíveis
Valorização, sendo que podem incorporar juros, impostos, custos de desmantelamentos;

Distinção entre gastos com conversão e manutenção capitalizáveis e considerados como gastos de
exercício;
Cálculo das depreciações e das imparidades

Proteção física do património via seguros ou condições de acesso e uso;

Alienação não registada e apropriação indevida de receitas;

Subsídio de investimentos não reconhecidos como rendimentos á medida que o ativo tangível esta a
ser depreciado;

Venâncio Chirrime 13
Alteração das vidas úteis e/ou do valor
residual;

Capitalização de gastos que deveriam


ser considerados como custos;
Risco
Inerente Não contabilização de perdas por
imparidade;

Contabilização de locações financeiras


como locações operacionais

Venâncio Chirrime 14
Risco Inerente e o efeito sobre auditoria
Fator de risco Efeito sobre auditoria
Mudança de legislação que regula o sector • Recalculo do período de vida útil dos bens ou seja
capacidade para gerar rendimentos futuros
Operações com sectores muito instáveis (Vg. Operações • Assegura-se da probabilidade de cumprimento dos
de aquisição de máquinas contratos de fornecimento de activos tangíveis
Efeito da mudança da actividade produtiva nas • Recalcular o valor dos bens afetados;
empresas sujeitas a constantes mudanças tecnológicas • Verificar a política de investimentos em activos fixos
nos seus activos fixos tangíveis (por exemplo as tangíveis;
empresas de telecomunicações, o caso na NOKIA • Testes substantivos para as rubricas mais importantes

Mudanças alheias a empresa que afetam os critérios de • Aumento de teste substantivos e de controlo
valorização

Venâncio Chirrime 15
• Existência duma ficha de imobilizado onde estão
detalhados os bens que são sua propriedade, e é
Risco de efectuada uma reconciliação entre fichas do
imobilizado e os bens registados na contabilidade;
Controlo • Assegurar que todas as compras estão
devidamente autorizadas e correctamente
valorados, classificados considerando o fim a que
se destina;

Venâncio Chirrime 16
Ativos fixos tangíveis e depreciações
❑ Procedimentos substantivos (ex.)

Procedimentos analíticos substantivos Testes de detalhe


Inspeção documental dos aumentos,
Revisão do movimento global do ano
abates/alienações
Teste à razoabilidade dos gastos com depreciações
Verificação da titularidade
(n vs n-1 ; vs orçamento; peso no valor bruto, …)
Comparação de saldos com ano anterior com
Revisão de actas, contratos, planos de investimento
previsões e face à evolução do negócio
Comparação de saldos de AFT e de gastos de
Recálculo das depreciações
depreciação com níveis de atividade

… Recálculo dos juros capitalizados

17
Activos tangíveis – Testes de detalhe

• Em relação às aquisições

• Selecionar itens adquiridos e conferir o valor com os documentos de


compra;
• Inspecionar a documentação de compra, revendo a observação dos
critérios de procurment no processo de aquisição;
• Rever os limites de competência de autorização para aquisição dos
bens;
• Nos casos de construção própria, verificar se foram debitados no ativo
imobilizado todos os custos associados
Activos tangíveis – Testes de detalhe

• Em relação às alienações

• Selecionar os itens a serem testados e conferir se concordam com o


valor dos abates demonstrados no papel de trabalho;
• Certificar-se da autorização dos abates segundo regras internas
estabelecidas;
• Certificar se para os bens abatidos, foram efetuados os ajustamentos
necessários nos registos contabilísticos e mapas de amortização
Activos tangíveis – Testes de detalhe

• Em relação às aquisições em curso

• Verificar a regularidade dos débitos, sendo que a sua falta pode ser um
indicativo do abandono do investimento;
• Inspecionar o plano do projeto, contracto de construção e orçamento de custos
e comparar com a situação prevalecente e discuta com equipa técnica sobre a
hipótese de derrapagem;
• Para os Projetos encerrados durante período, verifica se todos os custos foram
transferidos para as contas definitivas do activo imobilizado e confira a data de
transferência com documentos comprovativos como V.g Certificado de
engenharia
Activos tangíveis – Testes de detalhe

• Em relação a confirmaçao dos Edificios

• Obter certidão negativa dos Imóveis e verificar se os mesmos estão


em nome da empresa e se não recai sobre eles algum ónus;
• No caso o Imóvel ter sido dado em garantia de um financiamento,
certifica se o passivo está registado nas contas da empresa e se foram
efetuadas as necessárias divulgações em notas explicativas
Activos tangíveis – Testes de detalhe

E relação as despesas de conservações

• Seleccionar itens a testar e verificar se os gastos de manutenção não adicionam a vida útil do bem;
• Inspeccionar a documentação que comprova os gastos respectivos
• Aferir sobre a política de capitalização e certificar se a mesma é observada
Activos tangíveis – Testes de detalhe

• Em relação às depreciações

• Verificar se a vida útil, estabelecida para cada classe de bens é razoável e se é consistente;
• Verificar se as beneficiações de imóveis de terceiros estão sendo amortizados de acordo com o
prazo de contracto de aluguer;
• Verificar a consistência do método de amortização;
• Certificar-se da concordância entre a data da aquisição dos bens com a data de amortização
Venancio Chirrime

Activos tangíveis – Testes de detalhe


• Em relação a perdas por imparidade

• Inspeccionar fisicamente as unidades obsoletas ou danificados e verificar se o seu valor


contabilístico excede o valor recuperável e em função disso avaliar a necessidade de constituir
imparidade

2021/06/01 24
Venancio Chirrime

Activos tangíveis – Testes de detalhe


• Em relação a revalorização

• Caso a empresa tenha reavaliado o activo imobilizado durante o exercício, inspecciona o Laudo dos
Peritos ou da Empresa avaliadora e confira com os registos contabilísticos e obtenha evidências de
que o registo dos resultados de reavaliação teria sido aprovado;
• Avalie a idoneidade da Pessoa ou Entidade avaliadora e certifica se foram feitas as devidas
divulgações;

2021/06/01 25
• Os principais riscos inerentes estão relacionadas com
as asserções da valorização, da imputação e da
existência;
• A valorização requer consideração da razoabilidade, da
consistência e da exactidão das depreciações do
exercício, ponderando eventuais perdas por

Conclusões imparidade, análise do suporte para reavaliações;


• Atenção especial á manipulação dos resultados através
de alteração das taxas de amortização ou capitalização
de gastos que deviam ser reconhecidos no exercício
como custo;
• O maior desafio é análise de imparidade e da vida útil
dos bens, bem como a auditoria aos activos intangíveis
e leasing

Venâncio Chirrime 26
A utilização de um sistema de fundo fixo de caixa,
em que o mesmo é fixado em 50 000 meticais:
a) Significa que em cada momento existe a mesma
quantia em notas e moedas;
b) Conduz ao risco de os documentos não serem
contabilizados no período a que respeitam,
Questão I perdendo-se a dedução do IVA;
c) Permite uma melhoria do sistema de controlo
interno no que respeita aos pagamentos e aos
meios financeiros líquidos
d) Só é possível em pequenas Entidades, face ao
montante de fundos geralmente movimentados
pelas empresas de maior dimensão;

Venâncio Chirrime 27
• Da análise ao corte de operações o Auditor Externo constatou ter
sido contabilizada em Dezembro de 2013 uma factura de um
fornecedor Sul Africano, datada de 27/12/13 no valor de
1 600 000 meticais, cujos bens foram expedidos na data da
factura (FOB – Durban) e recepcionados pela empresa
moçambicana em 14/1/14. O valor dos inventários considerado
no balanço é o que decorre da contagem física efectuado por
competentes empregados em 31 Dezembro de 2013. Face a tal

Questão II a)
constatação, o Auditor externo deve sugerir:
Que a factura seja contabilizada apenas em 2014;
b) Que seja solicitada ao fornecedor a substituição da factura;
c) Que seja considerado como mercadorias em transito no valor
de 1 600 000 meticais
d) Que se mantenham os registos da empresa sem alteração,
tendo em conta que a factura a recepção dos bens foram
contabilizados nos exercícios em que ocorreram;

Venâncio Chirrime 28
Relativamente aos activos tangíveis, a capitalização
de juros de financiamento é possível:

a) No momento de entrada em funcionamento


de tais activos;

Questão III b) Em qualquer momento da vida dos bens


desde que devidamente fundamentada;
c) Só enquanto os activos em causa se
encontrarem em curso
d) Só quando os activos são adquiridos em
regime de locação financeira;

Venâncio Chirrime 29

Você também pode gostar