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ESCOLA DE FORMAÇÃO CRISTÃ

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Curso Especialização em Ciências Religiosas


Disciplina Novo Testamento 2
Discente Alda Leopoldina Fortes Duarte
Docente José Eduardo Afonso e Edson Soares
Ano Académico 2020/2021 – 2º Semestre

Curso de Especialização em Ciências Religiosas


Filosofia do conhecimento e da ciencia
Exgese do texto Biblico 1 Tessalonicenses 1;2-10

V1.2 — Orações. Seguindo o padrão da Igreja em Jerusalém, estes primeiros homens a


implantar Igrejas entregavam-se à oração, bem como à pregação do evangelho (At 6.4).
Como em outras cidades, eles sofreram dores de parto para dar à luz a Igreja em
Tessalónica, e essa jovem Igreja que estava profundamente arraigada no coração deles
(1 Ts 2.13, 17; 3.5,6).

 V1.3 — Lembrando-nos. A vívida lembrança que Paulo tem da excelência espiritual


dos tessalonicenses leva o apóstolo a usar pela primeira vez a tríade fé, caridade e
esperança, que apresenta a causa imediata e a essência das orações incessantes deles.
Observe que não são somente as virtudes que chamam a atenção do apóstolo, mas o
modo como estão voltadas para Cristo. A fé dos cristãos em Tessalónica havia
produzido o verdadeiro arrependimento. Quando se voltaram para Deus, eles
abandonaram os ídolos (v. 9). Nota se que Paulo vê o arrependimento dos
tessalonicenses como consequência da fé deles, não o contrário. Trabalho da caridade.
O amor dos tessalonicenses por Cristo resultou em serviço (v. 9) em meio à perseguição
(v. 6). Observe o contraste entre obra e trabalho. Enquanto a obra pode ser agradável e
estimulante, o trabalho muitas vezes implica um esforço tão árduo a ponto de chegar à
fadiga e até à exaustão. Paciência da esperança. Os cristãos em Tessalónica depositavam
firmemente sua esperança na volta de Jesus Cristo (v. 10). Nota se que cada uma das
virtudes tem Cristo como Seu objeto. Jesus sempre é o foco. Um bom padrão para
avaliar qualquer serviço cristão deve ser: o que estou fazendo glorifica a Cristo?

V1.4 — Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição. Os missionários dão graças
não somente pelas boas obras resultantes da fé dos tessalonicenses (v. 3), mas, o mais
importante, pelo que Deus havia feito por estes. Deus os havia escolhido para ser Seu
povo santo. Nos versículos 5 a 10, Paulo lista a prova incontestável de que os
tessalonicenses foram eleitos por Deus: sua resposta alegre ao evangelho, sua fé sólida e
seu avanço em termos de santidade. Deus foi generoso ao escolhê-los, uma clara razão
para se alegrar (v. 2; Ef 1.3-14).

V1.5 — Paulo não define seu evangelho neste momento, mas pregou-o de modo claro
quando esteve com eles. Por três semanas ele disputou com eles sobre as Escrituras,
expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos
mortos (At 17.2,3). A mensagem de um Cristo crucificado era muito diferente das
expectativas messiânicas que Paulo tinha em sua própria instrução como fariseu. Os
judeus daquela época não estavam à procura de um salvador sofredor, mas de um herói
conquistador. Portanto, Paulo teve de demonstrar por meio das Escrituras do Antigo
Testamento que os profetas haviam prenunciado o sofrimento, a morte e a ressurreição
do Messias. Não foi a vós somente em palavras, mas também em poder. Paulo não
deixou de usar as Escrituras de um modo cuidadoso, preciso e persuasivo em suas
pregações. Contudo, ele percebeu que, não fosse a obra de convicção do Espírito Santo,
ninguém poderia ou iria voltar-se para Cristo (Jo 16.8). Mas, com a bênção de Deus, a
pregação de Paulo convenceu alguns dos judeus na sinagoga, também uma grande
multidão de gregos religiosos e não poucas mulheres distintas (At 17.4).

V1.6 — Nossos imitadores e do Senhor. Todos precisam de mestres, especialmente os


novos convertidos. Algumas vezes, Paulo incentivou os novos cristãos a imitarem-no (1
Co 11.1), assim como ele estava imitando Cristo. Todos os escritores do Novo
Testamento conduzem seus leitores às pegadas de Cristo, como mostram as Escrituras
(Fp 2.5; Hb 12.2; IPe 2.21; l]o 2.6). Este deveria ser nosso alvo também: levar os outros
a Cristo por meio de nosso próprio exemplo virtuoso. Enquanto nos concentrarmos em
Jesus, refletiremos Sua imagem para os outros (2 Co 3.18). Recebendo não é a palavra
comum para recepção, mas uma palavra que expressa uma acolhida calorosa. Os
tessalonicenses recebiam o evangelho com alegria, ainda que isso significasse enfrentar
perseguição.

V1.7 — O efeito do evangelho foi tão poderoso na vida dos tessalonicenses que eles se
tornaram exemplos para toda a província da Macedônia, da qual sua cidade era a capital.
A palavra exemplo [gr. tupos] é singular no original e refere-se não somente a um
número de exemplos individuais da vida cristã, mas, melhor dizendo, ao padrão único
de resposta à Palavra. Era essa disposição de obedecer às boas-novas e crer em Cristo
como o Messias prometido no Antigo Testamento que Paulo elogiava.

V1.8 — A vossa fé [...] se espalhou. O testemunho da fé extraordinária dos


tessalonicenses percorreu toda a Grécia e a Macedônia. Uma vez que Tessalônica era
uma cidade portuária e ficava na movimentada Via Egnatia, os que viam a vida virtuosa
e a fé persistente dos cristãos tessalonicenses espalhavam a Palavra de Deus por toda a
região. O mesmo havia acontecido na igreja de Jerusalém (At 6.7); ou seja, a vida cristã
plena daqueles irmãos estava causando um impacto nas pessoas que viviam na cidade e
passavam de viagem por ela.

V1.9 — Eles mesmos anunciam de nós. Estes relatos não eram de missionários, mas
de viajantes comuns que estavam dando suas impressões acerca dos cristãos
tessalonicenses. Dos ídolos vos convertestes a Deus. A verdade do evangelho expôs a
falsidade da idolatria. Uma vez que os judeus evitavam a idolatria, Paulo estava,
basicamente, falando a um público de gregos (At 17.4).

V1.10 — E esperar dos céus a seu Filho. Paulo esperava que a volta do Senhor
ocorresse a qualquer momento. A expressão esperar descreve a expectativa ansiosa e
cheia de esperança pela volta de nosso Senhor Jesus, que nos livra da ira futura. Esse é
um livramento futuro, mas o versículo em questão não deixa claro se Paulo está
referindo-se a um momento específico ou à ira de Deus sendo derramada sobre os
incrédulos em um sentido mais geral. O ensino geral de 1 Tessalonicenses favoreceria a
primeira opção. Uma vez que Cristo suportou a ira de Deus no calvário, todos os que
estão em Cristo escaparão de todos os aspectos da ira divina (1 Ts 5.9). Portanto, eles
não têm nada a temer. 

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