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Boa noite professora e colegas,

Sou uma docente iniciante na área das linguagens, porém lido com as

contradições entre a teoria e prática no ensino desde 2012, quando comecei a estagiar

para a licenciatura em História. Era uma luta para que pudéssemos por em prática de

maneira eficiente as novas metodologias do ensino de História e me lembro que, à

época, eram poucos os recursos que a escola tinha. Portanto, graças à parceria com a

Universidade que eu estudava naquele momento, pudemos realizar as atividades

propostas.

Uma dessas atividades envolvia o trabalho com a escrita de um texto

jornalístico, onde o educando deveria fazer uma releitura do fato histórico por ele

escolhido e transformar em uma notícia. A escola tinha computadores, mas poucos eram

os professores a utilizá-los. Portanto, foi suficiente para que os alunos pudessem

executar a atividade e me recordo que, na época, foi um sucesso.

Eles tinham que justamente trabalhar a linguagem que direcionaria o seu jornal,

de maneira a manejar a variedade culta ou a popular, dependendo para quem se

direcionasse aquele material. Passados quase 10 anos deste evento, creio que um maior

conhecimento sobre os gêneros textuais teria enriquecido ainda mais aquele exercício.

Indo ao nosso tópico, creio que as novas metodologias propostas desde Bakhtin

são essenciais no sentido de inclusão do aluno da educação básica. Contudo, nos

esbarramos com algumas questões, sobretudo de ordem político-social: quais são os

alunos que terão acesso a essa inovação no ensino de língua portuguesa? Devemos

lembrar que, dentro da esfera pública, estamos falando de aprovação automática e

educação ainda na modalidade bancária, citando o nosso eterno mestre Paulo Freire.
Sem contar os casos de alunos que estão em busca apenas de alimentação e da falta de

estímulo do profissional da educação.

No mais, estou de acordo com a colega Maria Fernanda González no que diz

respeito à defasagem no ensino. Apesar disso e das questões que coloquei mais acima,

creio que este modelo de ensino tende a mudar por conta da linguagem do ENEM, que

vem sendo mais abrangente no que diz respeito aos gêneros textuais.

REFERÊNCIAS:

 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/322091/mod_resource/content/1/

MARCUSCHI%20G%C3%AAneros%20textuais.pdf

 https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/7919 sobre o projeto de jornais que fiz

na minha primeira licenciatura.

 FREIRE, Paulo. Pedagogy of the Oppressed. Translated by Myra Bergman

Ramos. 30th edition. 2005

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