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O NON P t Ü S U L T R A

DO L U N A R Í O . •
EPRONOST1CO PERPETUO, G n R ^ i
e particular para todo? os Reines ,
r Pròvincia*. d 4~/~/j£
C O M P O S T O . : -
POR IPRONYMO COR TEZ ,
VA L E . N C IA N O :
Fmendado conforme o Expurgatorio da Santa Inquifi-
çaõ . e traduzido em Portuguez
POR ANTÔNIO DA StLVA ÜH", BRITO,
E n o fim vai açeiefcçntàdo com huma jnvançaó curiõfa d<".
huí v ; apontamentos, e regras para qUé íc faibaõ fazer pio*
ncíncos ,e difciírfosanniiaeS fobre a falta, ou abundân-
cia do anno , e hiim memorial de remédios univeí-
íaes para varias enfermidades.

LISBOA, M' DCCC|,

NA O F . D£ JúquiM THOMAE DE'AQUINO Pur.jít

Com íicenjK. da Meia do Desembarco do lJa$é,


.5V3.0é2<
JJOGO
AO DISCRETO LEITOR.
IZ S. Gregorio Nazianzeno , que o
bsm na5 he bem , fe íe naõ ufa de lie;
porque naõ lie baftante fazer-íe huma
coufa boa, fe fe nao obra conforme he. Pe-
la qual razaÓ , diffe Seneca , que nofinsfe canta
a gloria. Querendo dizer que os effeitos, que íe
cauíaõ do bom , íaõ bom ; como também os do
mao, íaô" máos; alludindo ao ^ nos diz o Evan-
gelho Santo : Arbor bona honos fruclos facit, &
mala maios, Nefte Lunario { amigo Leitor ) te-
mos viíto taes effejtos, pois com ferlivrin.no taõ
pequeno , até o preíente fe vem tao fublimes , e
extrao.ainarios proveitos para todo o gênero
de gente , e affim naô pareça novidade a di-
vejíidade de tantas ímpreííoens, porque ainda
oais fe gaftariaõ , fe mais fe fizeraõ 3 eípecial-
íente com efta ultima correção,
E fe a vontade de Deos. he fua mefma Lei , t
Lei hum preceito , que nos obriga a amar huns
5 outros,.que muito afaço eu, fenclo Chr»*1.
, e devedor a todos ( como diz S. Paula )
OLo G o.
jiisde meu trabalho , e ferido meti
imprima , e de novo o communique,
s devo , o que voluntariamente faço, po»
jendo-o efcuzar , comd diz Pindaro. Ê pois a
vontade lie querer fazer , e o fazer determi-
nar , e o determinar obrar, que he o que diz *
Obras fon amores, que no buenas razoens ;
cm execução o tenho pofto t e como o fim he
vqueile , ao qual fe referem todas as coufas $
:onforme Santo Agbftinho, e eííe as faças
louváveis s a efle me remetto, que eile áeílas
dará JUíZO , deícubrirá naô íómente o que tem
ao principio, mas o que coinprehánder no
meie, e dá por agradável no fimt.e pois a
caufa final he a cauía das cauías, jem fe fe-
gue que a minha tem fido de caridade, e a-
proveitamento para todos, e íemear nao me-
nos que bdas obras , como diííe Cícero , e
grangear amigos, como Terencio , e também
fazer de ignorantes, e infipientes Meilres ?
conforme Tilo Liyio.

Vatte.

^^^*Wí^H*"- |)í
Pag.

DOMÜNDO
^

SUA DIVISÃO.
E L O Mundo fe entende todo o Uni-
verío, no qual íe comem os Cêos ,
Eílrellas, e Elementos•, com as mais
coufas creadas. Os Gregos chamarão a eftà
univeríal machina Cufmos , e os Latinos
Mundus, que quer dizer ornamento , e a-
dorno, pela formofura , e peifeição , que em
íi contém;..o qual foi çreado (conforme gra-
ves Aulhores. )'no Outono, que he pelo mez
de Setembro , fundando-fe em que as naço-
ílimás começava© a ccniar o anno
bro , como fòrsõ os Egypcios
is, e todos os Orientaes, e porque
?s Pais logo que foraô creados
tü udo prohibidoi e o tempo natu-
ral »
% ' hunarw
tú ? è perfeito dasfrudas maduras lie no Equi-
nocio Àutumnal. Porém o mais certo , e con*
forme a razaÕ , he que o mundo teve principio
.10 Equinocio Vernal, que lie pelo mez de.Mar»
*o, entrando o Sol no primslro-gráo de Aries ,
?ue agora fuccede a 21, do dito mez; e convi-
da que foííe creado o mundo no dito tempo»
por íer ..mais temperada, mais apto para a gera-
rão , e augmenro das coutas, do que o Outono S
o qual tempo antes fe diminuem as coufas, do
•que fe augmentaô, por lhe eftar taÕ vifinho o
inverno. Outra razão ha mui efficaz para pro-
var que o mundo í„ve principio ? e foi creado no
equinocio Vernal , s he que Chriíto noíTo Re-
iemptor quiz morrer no Veraõ , e em festa fei-
;a , e quiz que opuzeííem na Cruza hoía da Sex-
ta, no qual tempo, dia , e hora. noííos primeiros
<ais quebrarão o preceito de Deos: com o que
;ca concluído que o mundo teve principio no
Equinocio Vernal 3 e naô no Àutumnal; pois
Chriílo nao quiz morrer no Outono, íenao no
Teraõ, na décima quinta Lua de Março, em
?xta feira , que foi antes de Abril, aos trinta e
res annos de íua idade naô cumpridos. Divide-
'". o mundo em duas partes , em TÇjjjfâj/gBBÈBffi
1, e Etherea : deltas fallaremc
J; Deos, com aquella brevidade
Obra requere.
Perpétuo.' 3
Do tempo.

T Empo he a tardança do movimento da


Equinoccial, ou:, conforme o Filoiofo , ( 4.
Phiííc.) lie a medida do movimento dó primei-
ro movei, do qual nafce também a medida das
idades, aílim do mundo, como do homem, e
de todas as mais partes maiores , e menores
do tempo , e alteração de todas as couías a elle
fujeitas. Teve principio o Tempo (conforme
eícreve S.Joaõ no A poça ly pie -Cap. 10.) defde
a creaçao do mundo, o qu'al , conforme os He-
breosj he que foi creado sté a prezente Impreííaõ
5"6éo.
Geralmente fe divide em três partes o Tem-
po , conforme as três Leis , que Deos noíTo
Senhor em differentes tempos tem dado ao
mundo aíaber: Em tempo da Lei natural, que
teve principio defde noííos primeiros Pais, e
durou até a'Lei da Eícritura, que foi em tempo
de Moyíes , no qual pairarão" 2433. annos «
A fegunda parte teve principio deíde a Lei
da Eícritura , eícripta por Moyíes ,a qual duro-ü
até á Lei da Graça , que foi em tempo do verda-
deiro Meílias Chriíto Redemptor noíTo, e paíí!-
raõ ••15'40. annos.
A terceira parte começou em tempo da Lei
da Graça dada por jESU Chriíto, Dess, e Ho-
mem
4 Lunârh
mtm verdadeiro: o qual tempo he que dura ,
correndo de ide a morte do meíuio Chriítoj 17Q3»
annos.
Mais adiante dividimos o Tempo em particu-
lar ern Idades , Annos, Mezes , Semanas, Dias ,
Horas , ê Quartos. E iuppofto íe poíía dividir
em partes maiores, emenores.; com tudo , para
a iritelligencia deíle Repertório, bailará o que
eítá dito.

Das idades do Mundo.

r Odo b tempo paffado , e por vir (corçfbr*


me a Sagrada Eícriptura ) íe reparte era íeis
idades.
A primeira idade teve principio deídé AdaÔ
e durou até o geral dilúvio , e conforme o Gene-
íis Cap. 5. paílara6 165*6. annos.
A íegunda idade durou deíde o dilúvio até
Abraham , e teve 202. annos.
A terceira idade íbi deíde Abraham aíé a Lei
ie Moyíés, e durou 505% annos.
A quarta idade durou áeíâc a Lei dada por
'vlovíés até que íe-deo principio ao Templo de
)'Iomao , e paííarao 48Q,, annos.
â quinta idade durou deíde a edificação
emplo até íua deftruiçao ; e paííaraÔ 440.
s.
 íexta idade durou deíde a deílruiçao do
Tem»
Perpetuo', f
feliciffimo parto de MariaVirgemy
e ditofiítlrno Naícimento de Chriítü noffo Ra-
demptor , e paliarão 587» annos*
Com o que do íobrediío fe coíhe que 'defde ô
principio do mundo aié o Naícimento de Ciiri»
íto paííarao 39Ó0. anãos.

Das idades do homem*

A S idades do homem (conforme Galeno)


laófinco: Puericia , Ádoleícencia , juven-
lude , Virilidade , eSeneclude. Efta variedade do
idades naíce áã mudança de huma qualidade era
outra,deixando a certo tempo, e annos, num tem*'
peramento , e adquirido outro mui dírretente.
A primeira idade íe chama Infância , ou Pue-
ricia, cuja qualidade he quente , e humida, a qual
dura deíde o naícimento até os 14. annos,
Aíegunda idade íe chama Adolêieenciâ , cuja
.qualidade he quente, e íecca , edura deíde os
24. annos até òs 25".
A terceira idade íe chama Juventude, ou Mo-
cidade , a qual he mui temperada ao principio , e
dura deíde os 2 5*.a ré os 40.
A quarta idade fe chama Virilidade çonftâri-
íe, cuja qualidade !ie algum tanto fria, eíecca,
dura deíde os 40. até os 5$.
A quinta idade fe clráma Senetude , ou Ve-
lhice , cuja qualidade he t\h} e ícctâ excefiva-
mente
6 Lunorio
mente y e dura dcfde os56 annos até ofimda vi-
da. Eftas cinco idades fe podem reduzir ã quatro,
que íaõ: Puericia,Juventude , Velhice ,e Decre-
pítaçaõ, como íe verá adiante por huma Taboa«
da.
Do anno.

A Nno íe dirivou ah innovâüone , porque


em cada hum anno íe renovaõ" as her»
vas, e plantas, o qual naõ he outra coufa íenao
hum efpa^o de tempo , em idade de doze mezes
Solares , que fie aquella fardança .••', que o Sol
faz em dar volta , com íeu próprio movimen-
to, paffando por todos os doze Signos , até tor-
nar ao ponto , donde íàhio ao principio do an-
no. Júlio Ceíar inftituio o anno, de que hoje
ufamos, de 365". dias ,.e íeis horas naô perfeitas;
a qual quantidade nao.he preciía, pois vemos
claramente adianíar-íe o tempo , eanticiparern-
feos Equinoccios. EiRei Dom Âftonfo , naquel*
Ia junta, que fez de Aílrologos, e Filoíòfos , •
inveftigando a perfeita quantidade do anno,
achou que tinha 365'. dias, j . Horas, 49 minutos,
e ió. íegundos, conto íe vê nas íuas Tabosdas.
E conforme efta opinião d4ElR-ei D. ÂfFonfo
( recebida por todos os Aftrologos ) fe naô pôde
formar em 2. annos hum dia inteito, porque
faltariao 42. minutos, e jo. íegundos. Mas por
naÓ andar com minutos, a Santa Madre Igreja
ufa do anno, que ínílituio Júlio Cefar, toman-
do

Perpetum ^^^^^^^^
um snno as leis horas , dividindo
hurn dia inteiro em cada quatro anãos : por cuja
cauia o Santo Padre Papa Gregorio XIII. man>
dou que fe reformaíle p. tempo-no anno 1582.
a 5. de Outubro, íírando 10. 'dias do dito mez,
mudando-íe a letra Dominical G., que entãoeras
ernC. *. e pela fobredità cauíá.tem ordenado que
de 300. annos fe tira huai dia,
Do Mez,
Ez fe diriva díe M.etior, Mettris, que quer ,
dizer medir, ebuma parte das 12. que
mede o anno. Três maneiras ha de mezes: Mes
Uíual j mez Solar ,e mez Lunar, Mez Uíual he
aquelie, que iepÕern nos Kajendarios; e por-
que toda a Ig,r-ej.'a Romana ufa deíle , por iíío
íe chama Uíual. Mez Solar fe chama .aqueile ef«,
paço de tempo, que fe detém o Sol em paiíar
por hum dos doze Signos. Mez Lunar he em ge
maneiras : mez de Peragraçad, mez de Confecu-
çaõ, e mez deAppariçaõ. Mez de Peragraçaô
he aquelie eípaço de tempo.» que fe detém a Lua
em paiíar por todos os 12. Signos", que lie em
27. dias et, horas, Mez de ConíecuçaÔ he aquei»
íe tempo, que tarda a Lua apirtando-íe do Sol ,
até que com. íeu.ptoprio movimento íe torna
a ajüntar com o Sol , e eíle eípaço he de vinte e
nove dias e meio, Mez de Appariçaõ*, ou Medi-
cinal, conforme os Médicos ,'he aquelie efpaço
o
8 Lunar ia
de tempo , que a Lua íe detém defde que a ve-
mos nova , depois da conjunção, até que a torna-
mos a ver nova, paííada outra conjunção. Os me-
xeu íaô i i . cujos.nomes íaõ : Janeiro , Feverei-
r o , Março , Abril, Maio, Junho J u l h o , Agoí-
to , Setembro, Outubro , Novembro, e Dezem-
bro.
Da Semana.

S Emana lie horaeípaço dátempo, que con-


tém íette dias , e vem de Septem , $ " NLa-
#£» que quer dizer íette.manhâás, ou íette luzes ;
porque no dito efpaço íette vezes fahe o Sol. Os
nomes deites dias laõ ps íeguintes : Domingo,
Dies Soüs i Segunda feira , Dies Lun& , e aílim
os demais , todos conreípondeiites aos íette Pla-
netas celeíles : aílim cs nomeavaó também os
Gentíos, poique achavaõ por curío Aíkonomi-
co que a primeira,hora em que íahia o Sol ao Do-
mingo , era do mefmo Pianeta Sal , e a primeira
3iora da Segunda feira era da Lua , e aílim dos
mais. Porém noiTa Santa Madre Igreja , por ti-
rar a Genti'íidade,( em tempo do PapaSilveftre )
pôs mui difFerentes nomes aos d ias" da iemana ,
dizendo ao Domingo àies Dominica , ouprima
feria , ao íegundo áíâfegunda feria, ao tercei-
ro dia terei % feria y e com efta ordem os demais,
excepto o Sabbado ,, que íe chama Sabbathum,
que quer dizer alliyio , e defcanço ; porque em
que dia delcsncou o .'Corpo Sacroíanto de noíío
Mef-
Perpetuou ^
Mel! cdemptbr JESÜChriílo no Sepul-

Do DU.
Ta he o mefmo que dizer luz, ou claridade l
porque de allumiar o Sol o noíío Himisferio
íe fegueodia, o qual heem 2 modo?, Artificial ,
e Natural.Dia Artificial;confbrme o Filoíofo, he
o eípaço de tempo , que íe detém o Sol deíde que
naíceaté que íe p6em. Chama íe Artificial, por-
que os Artifícesneíle eípaço de tempo exerci»
taõ íeiis officíop ,e tratao de/eus negócios;. Dia
Natural he num eípaço de 24 horas , que he def-
de que íahe o Sol até que outra vez torna a íahir:
o qual tem vários princípios porque os Caldeos,
Perías,eBabylonios ocomeçavaõa cont3r deíde
que íahia o Sol até q OUíí ! vez tornava a fahir ,
e os Hebreos deíde que íe punha o Sol. Á Igreja,
coníiderando ifto mais profundamente, começa
o dia da meia noite , porque naquella hora naí-
ceo íeu Eípofo,e Redemptor noíío JESU Chri-
fto. Os Áílrõlogos o corneçáraõ do meio dia até
o outro meio dia feffuin.ie.-

- Dã Moral
Ora he huma parte dacuellas vinte e qua*
I. tro,q'üe tem o dia natural, ou htía das do»
se , que contém o dia artificial, das.quaes-fallava
Chrifto noíío Redemptor , quando diíXe a íeüs
Apofioios: Nonne duodecimfunt hora diei ?'E S..
+* João
Io L-wtfírh
João Cap. l i . fez menção deites horas aríifícíaes
quando diíFe : Erat quafi horafextâ quaâo cruel'
fixas e/l JESUS.:QúC quer di2er que era quafl
ao meio dia quando crucificarão o noíío Salva-
dor, entendendo por hora de Sexta ás 12. horas
do dia. De forte que ás 6. da manhã diziao os He-
Jbreos hora de Prima ,e ás 9. horas de Terça, e ás
li. hora de Sexta , eás 3. da tarde hora de Noa,-
como parece por S. Mattheus Cap. 2 4 , , que diz ;
ForaÕ feitas trevas fobre.toda a terra deídea ho-
ra Sexta até á hora Nona : ifto he deíde o meio
dia até ás três da tarde. Deftes nomes uía hoje a
Igreja no rezar das Horas Canonicas.

Do quarta da hora.

Q Uarto lie huma paite de quatro partes , que


tem a hora, que he omefmo que quinze
atos , porque quatro vezes quinze fazem juf»
tàmente 00. minutos, que he huma hora inteira.

Dos quatro tempos do annos, efuas qualidades*

O Anno íe reparte em quatro tempos: em


Veraô" , Eftio , Outono ', e Inverno ; e cada
parte deites (conforme os Aftronomos) convém
três mezes.
O Verão tem principio a 21. de Março , cuja
qualidade he quente , e humida , eneíla priròeira
PJHe do Anno perdomina o íange: e íe o,Ve-
Perpetuo. . li
iaÔ, ou Primavera for mui humida, as 5"'idlas
apodrecerão nas arvores, haverá abundância de
hervas, porém íeraô de pouca fuítancia, e pro-
veito, Se for muito quente, as arvores daráo tem-
poraá aflor»fruclo,, e folhas, nas quaes fe criarão
muitos bichos s e as rozas íahiráô' antes de íeu
tempo y edaráõ menos cheiro do que coílurnaóV
Se for frio , e íecco, denota haver huma grande
geada no fim do VsraÕ , que deütuirá as fruclas,
e fará naô pouco damno na? uvas. Se for mui íec-
co haverá pouco trigo, e menos frucla , porém
boa. Se for frio, tardarão os fruclos, e íeráo bons,;
e de proveito.
O Eftío começa a 22. de Junho, e acaba a 23.
de Setembro, cuja qualidade he quente, e íecca, e
neíla fegunda parte do ^;.no predomina a cóle-
ra, E íe o Eftio for muito hiimido, feus fruclos
spodreceráõ, e denota pouco trigo , menos ceva-
da, e muitas enfermidades. Se for mui íecco , feus
fruclos feráõ bons,e faos, porém as enfermidades
íeraô mui agudas. Se for mui quente, haverá
sbundancia de fruífas com muitas enfermidades.
Se. for frio , íeus fruclos íerao íerodios., e o atino..
algum tanto trabalhofo.
Ò Outono teni principio a 23..de Setembro, e
ácaba-íe a 2f. de Dezembro, cuja qualidade he
fria , e fecca.; e neíla terceira paríe do anno per-
domina a melancolia. E fe o Outono for mui hu-
mido , íerá caufa de apodrecerem as.uvas, e tol-
darem-fe
Lunâfio
ílios no Veraó-* e ao trasfega-lo?»
iiín do Outono -chover muito , prome?ts
pcüco trigo , e menos cevada no anno feguinte s.
porém íe for muito fecco haverá falta de todo
omantimento , e muitas enfermidades na fegun*
da parte do anno feguinte, Se o Outono foi mui
frio s fuás fruétas teraÔ pouco fabpr , e goílo, co-
mo:íu>:R.omaãs, Azeitonas, Canas doces, e outras
mtes, que íe colhem no dito tempo- Se
_•>, e fecco temperadamente, promette bom
íO , e muita íaude.
QInverno começa a 22..deDezembro, eaca-
:;ba a 2C?„ de Março: 3 quslsdade defta quarta par-
te do anno he fria , e hurriida , na qua! predomina
a fleuma. E íe o Inverno for qjüentè , e liumido ,'•
fera damnoío ás piais? , ; á fsude. Se for mui ven»
tofo, gaftàrá os fruílos , e diminuirá as íemèntes.
Finalmente otrocarem-íe as qualidades naturaes
dos quatro tempos do anno he certo final de ef-
terilidade, e falta de mantimentos , e diveríida-
de de enfermidades.

Dos'Equinocios\"e Soljlhlos, que tem d Anno,

Anno tem dous Equinocios , e dous Sòlfti-


cios,que íao dous tempos, nos quaes os dias
faõ iguaes corri as noites \ e outros tempos no
mefmo anno, que em hu he o dia maior de todo
o.díino, e no outro lie o dia menor do dito anno.
Perpetuo. 13
O primeiro Equinocio he quando o Sol co-
p e ç i a entrar no Signo de Aries, que hea 21 de
Março , e aqui faõ os dias iguaes comas noites.
O ourrò Eqqinoció lie qumdo o Sol entra no
Sign) de Libra , que hea 23 de Setembro , e
aqui íaó os dias outra vez iguaes Com as noites.
Dos Solfticios hum fe chama Hiemal , e outro
Eftival. O Solfticio Hiemai he quando o Sol co-
meça a entrar no Signo de Capircormo que he a
22 ie Dezembro, e aqui íaõos dias menores de
toJo o auno.a íaber ; de nove horas,e hum quarto
de hora , e a noite de 14 horas , e três quartos.
O outro SoJfticio Eílival he quando o Sol co-
meça a entrar no Signo de Câncer , que, he a 22
d e j u n h o , e aqui faõ os dias maiores de todo o
anno, a íaber: de 14 hora^e três quartos de ho-
ra ,e a noite de nove horas , e hum quarto de ho-
ra , conno Ie verá pela Taboada feguinte.
A feguinte^Táboada fe entende âejlevhedo^
que a 23 de janeiro Jahe o Sol ds 7 horas,
o hum quarto, e fe põem ds quatro hords ,e
três quartos, E o dia tem nove horas ,e dois
quartos , e a noite quatorze horas ; e dous
quartos.^ E afftm por efie mez , e exemplo ,
fe entenderão todos os mais*

B EJia
14 Lunar to
Bjia táboaàa ferve para ffiker a que herafaht o
Sol, efe. põem , quantas horas tem o dia , e a
noite por todo o decurfo do anno
*
Sah e 1 PÍ5e-!t Tem 1 T e m a
Sc i. 0 Soi.j 0 dia. 1 noite.
b, q. Si. q, li. q j li. q.
**
A 23 de janeiro. 7. 1. 4. 3. 9 . 21I4. .*••
A 6 de Feverei. 7. 0 . f. 0 . 1 0 0 4 1 4 . 0 .
Á \ t de Feverei. ó. -> 5" • • I tO 2.) I 3 . 2
3
A 1 de Março. 6. 2 5". 2 . | u . 0 : 1 3 . O.
A 11 de Março, ó. .!•>> 3 I í . 2f Í 2 . 2.
A 21 de Marco. 6. O.jó. 0. 1 2 . O . I 2 . 0.
A 1 de A b r i l í- 24Ó. 1. 1 2 . 2.LÍ. 2.
A 12 de Abrik sv 2 . ó . 2 . 13. o . | I I . O.'
A 13 de Abril. 5" I . ó.r 3. i j . } 2.! 1 0 . í .
A 6 de Maio. ç: D. 7. 0. 14. p i l o . O.
A 2Tí de Maio, >i» 3' 7. 1. ' 4 - 2 - 9 - 2.
A. 22 de Junho. 4- 2 . 7. 2 14. 3.19. I.
•À 26 de junho. 4. i.i7. 1.14. 2.9. 2.
• A - T O d e A 0.7. 0.14. o J t o .
g o í t o . ^ . O.
A 22 de Agofto.k 1.7* 3 1 3 . 2 . 1 0 . 2 .
A a d e S f t e m b r . k ' . 2 . 0 . 2 1 3 . O.:í r . O.
A i r d e S e t e m b c . 3 6. 1. I I . 2.ÍÍ I . 2.
A 22 de Seíébr. 6. o- ó. 0. I I . 0 . 1.2 O.
A 5 de Outubr.jó. 1 . c "Ò i í 1 "> r . 2 2»
A 15" de Outubió. 2 . J. 2. 11 0. *3- O.
A 26 deOutub.jó. 3- )• I- 1 0 . 2. J 3 - 2.
A 7 d ê N o v é b r . 7 . 0. 5". 0. IO. 0. 14. O.
A 2T de Novéb.|7. i - 1
9. 2. 14. . 2 .
A 22 de DezeU Í7V 2 . 4. 2 9. i. 14. 3-
Perpetuo. iç
Da Regiaõ Ekmental, e dos Elementos.

A Região Elemental he tudo quanto ha crea-


do defde o O be da Lua até o cétro da ter-
ra , tudo quanto eflrá compoílo de 4 corpos ílm-
plices, que chamamos Elémetos, e íaÕ os íeguin-
tes : Terra , Agoa , Ar, e Fogo.Chamaò-íe cor-
pos íimpliees , porque nao íaõ compoltos de ou-
tro^ corpos, como os demais corpos íe com-
põem delles.
A Terra naturalméíe, cbmo corpo grave, eftá
no meio, e centro do Uniyerío , cuja qualidade
he fria ,e íeçca ,e tem de redondeía , conforme
a melhor opinião, 6480 legoas: poder-íe-hia
andar toda a terra em redondo a 10 léguas ca-
da dia em hum anno, nove mezes, e 13 dias.
Tem de diâmetro, que vem a íer deíde eíta parte
da terra até a outra debaixo , 2 0 6 1 . legoas, e
pouco mais de meia. Do que íe infere que daqui
até o centro , ou inferno , haverá U30 legoas,
e 3 quartos de iegoa.
Logo affima da Terra íe fegue immediatamé-
te a Agoa , cuja qualidade he fria , ehumida , e
conforme a op?niao dos Filoíofos , he Io vezes
tanto como a Terra em raridade, e naô em quan-
tidade.
Depois da [-Tçrjra , e Agoa íe fegue o Ar,cuja
qualidade he quente , e humida , e he dez vezes
B ii mais
JQ t ,;
15 ~ Lunar?o t.
• mui que a Agm em raridade. Naõ tratamos 3-
q'?i dos ventoi, porque em outro lugar mais con-
veniente íe fefà menção delles , por ficar mais
çta.ro aos Navegantes.
O quarto Elemento He o Fogo , o qual eftá Co-
bre a região do Ar , cuja qualidade he quente,
e J>CC3 , e dez vezes mais raro , e fmipies que
o Ar.
Pela prefente Tahoada fe conhecerá de que
qualidade: fao os quatro elementos, as quatro
partes do mundo , os quatro ventos\, as qua-
firo partes do anno , os quatro humores , as
quitro idades do homem , e natureza dos do*
ps? Signos'.

ãé, £ fàfo fü? € § J

Tabo»
Prepetuo. t?

As IQuenteU QuenteA Fria* 1 Fria ,


QuaüdãA e 1 <? 1 e 1 e
des- \hum\do.\ Cerca. \humida\ fecca.
Os 4. I Ar. 1 Fogo, 1 Agoa. ij Teira.
Eítmet- ! 1 I I
~2fs 4. 1 Meio i Occi- lOrrente.l Septtín-
part. do\ dia. i dente. 1 1 triaõ.
Mundo. 1 I 1 1 .
Ws 4 . T Sul. 1 Leite.'1 Oeíte. I Noite.
Ventos. 1 i 1 1
J _J!_ _J J_ ^_
Hjr 4. JPrimavei Eííio. JInvernoJ Outono.
partdol ra. 1 1 J
Anua. 1 I 1 1
Ox 4. 1 S a n g u e Cólera. lFleuma.l Mejan*
humor es^ 1 I I cqjis,:
JTA. jTnrfãcTaTl Juv5n iVc1 h 1 ce.í UtcTê~
IdadesA __ _____ 1 tude._J p i d«Õ.
/li quúiüGemintsV Aries. XCancerA Tàürns.
Ida desde) Libra. 1 Teo. \Sccfpio\ Virgo.
l_o s-ign<AÂquario\8<tgit&r\ Ptfcis, 1 Capite, \

Do*
Jú Lunario

Do numere, e natureza dos Ventoí

Ento ( conforme os Filofofos ) he* huma


V exalaçaõ a modo de bafo , quente , e íec-
ca ,que íe faz nas entranss da terra , e depois
de ter fahido, com a virtude, e forças dos «aios
do Sol, íe move ao redor delia com tanta força ,
e vehemencia , como muitas vezes vemos , e
experimentamos. A cauià efficif e dos Ventos ,
como eftá dito, he o Sol» 'tirando , e attraHindo
para ü as exalaçoen? , as quaes, íando evapo-
radas, e querendo fubirsoako , íaõ expeliidas
da frialdade, que eftá na meia região áo Ar ,- e
ícgun-
Prepetu». 19
fegundo que diverfamente faô expeüidas , sffim
os ventos Ía6 movidos diveríaínetite pela re- .
dorideza da terra ,. e,conforme faó as terras, e
regioens, por onde paílaõ ? affim coítumaó ler
nomeados , e recebam qualidades differentes ,
e cauíaõ, diverfos eíFeiíOí. Antigamente os Fijo-
fofos fomente iiíavao de 12 diríerenças de .Ven-
tos ,e deites, quatro fe chamaÕ Cardeaes , por-
que nafcem , e correm das 4 partes do Mundo,
e os outros oito fe chamaÕ Collateraes. O pri-
meiro dos Cardeaes fe chama Sul , e Meridio-
nal, porque vem da parte do meio dia , e ou-
tros lhe chamaÕ Vendava!: he quente , e humi-
do , fulminoio jgera nuvens, e chuveiros , cem-.
denÍ3 a A r , cauía chuvas , íslvo em África , que
caufa íerenidade ; colluma íer pettilencial, como
diz Santo ííidoro. O Gollateral defte Vento,que
eftá para o Poente , fe chama Libanotho , e Sütl-
íudoefte, he quente rémiííamente , e excisiíi- .
vãmente humido, he vento damnofo , e enfer-
mo.
O outono Collateral, que eílá para o Oriente, /
fe chama Penicias, e Suríueíle , he quente , e
humido , congrega Nuvens , e eoftuma cauíar
chuvas.
O fegundo vento Cardeal he chamado Tras-
montano, e Norte, o qu3l he oppofto 30 Me-
ridional : hefrio , e íecco, cauía frio, deíeeca
os chuveiros , aperta os corpos 3 purifica os hu-
1 mo-
%o Lunamo
humores 3 aíFugenta o ar corrupto , e peílileri^
ciai, e cauía " lerenidádé , e tem dous Ventos
Cólíateracs.
OvVéto Collateral,e que eílá para o Occiden*
te , chamado Cerco , e Nproefte., e alguma ve-
zes Nornprdefte, he temperadamente frjo , e e i -
ceífivamente íecco : cóftuma caular pedra , e ne-
ve , e na Província de Narbona (como àlz Plí-
nio) corre taÕ furioío , que leva os telhados
das cazjís.
O outro Vento Collateral, que eftá pata o O - '
'rienté, he chamado. Aquilo , e -Nordefte : e he de
natureza frio,e Iecco danmoío ás flores,e írucloá
tenros , queima , e abraza as vinhas , parece que
tira a força , e virtude'ás arvores ^aperta as nu-
•vens,caula trovoens^e he fulminoío. Quando éí-
te vento corre, diz Vlino que nao lavrem , nem
lancem femente na'terra.
O terceiro Vento Cardeal íè chama Levante,
eLefteí he, quente , e íecco • temperadait-iente.
Temaffim meímo dous Collatetaes, hum p3ra o
tiieiodia , chamado Euro , e LefnQfdefte , outro
para a.Triofínvíntana ,.ou Norte, çhamado.Gre-
gai, ou Leílueite, os quaes íaõ benignos, iegun-
•do a qualidade do "principal;
Oqua:to Cardeal vem do ücciui?<te,o qual íe
chama Poente , è Oelle , íua natureza , conforme
escreve Sarito Thomaz íob'e os Metlieoros , he
fria; e hujiida , fàz oioduiár, as flores, revoive as
' .ne-
Perpetuo. ii
r>eves , geadas ; e cm Valençia he quente * e lec«
co, porque quando !á corre tempera os f/ios, der-
rete as riéflsj càüía enfermidades, e algemas ve-
zes "trovosn.;, e chuvas.
Hiiffl dos íeus Gòliâtèráes lie Chorus , e Ha-
effe Noru•:.'{!<; :• he moderadamente humfdo',*, s
íxceílivaméntè frio, he hürrj vento pernicicfifli»
mo i e peíiil^iiciai, No Oriente dizem alguns
cauiar chaveiro?'» e na índia ferenidades,
O outono CoJIateral he AÍ]rico,e. Oííe Suduefte
he'f-r'io ternperadamente , e excéílmmímte ha-
ínido : he cliuvoíò, e tempeüuoio , coftuina rouH
tas vezes cauiar tempeftad.es , trovoens, e relâm-
pagos,

Avijos pârâ conjervar os mântimentos.

Sadegas ,,e lugares, 'onde hao de e^ar os


vinhos,convém que recebiò a luz, éij ven-
to do'Norte,porque o vinho eftará fréíGo,e enxu-
to , e ie confervará melhor/conforme Plinio
Iib.4., e naoje tenha vinho azedo na adíga^por*1
que damrjari o bom.
'0$ celieíros devem ter janellas abertas para o '
Norte , porque rh§^ modo íe conierva o trigo
mais tempo, üo que fe rectbeile luz , even«
tos de outra pai te.;
T-mbero as fruclas f que íe colhem para guar-
dar,- hàú de eftar wn ííüo.. que receba luz dá .par*
' . te
. %i Lunario
te do Norte; porque efte vento he frio , e fecco
e natural para a confervaçao dos vinhos, trigos,
e frudtas, como íaõ romaas , uvas, noâes, ar.en-
, doas, peras , caraoexas , e outras íimilhantes ,co-
eomo adiante íe dirá. Eftas früclas íe naó^deca*
lher, para melhor íe coníervarem, no minguante
da Lua , e depois do meio dia , ou no mais forte
do Sol.
Os.apozeníps tpara dormir devem receber a
lus da parte do Oriente, porque lie bom , aííirri
para a conservação da faude , eorno para que os
appfentos íejaó limpos , e íaõs.
Aílsm mel mo as livrarias, e eícrítôrips devem
recebera lii2 pela parte Oriental, paraqueefte-
J3Ô limpos dà traça, e mofo.
O azeite -repete a luz do meio dia , ou eítar
em parte quense no Inverno , e no Eltio em par-
te frente i e para que receba hurna coufa , e ou-
tra , ne bom que o tenbaõ em lugares fubterra-
neos, como uíao em muitas partes.

Da Regiaõ Etbsreay ou Cekjle.

Téqui íe tem tratado da Região Elementar


A com a brevidade poífivel, convém agora
que digamos alguma couía com a mefmà brevi
idade da Regiaõ Ceíeíle, á qual chamou Ariftó-
tel. (Lib.i. de-Coei. Cap.8.) quinta eííencia^uja
náíyresa he mui differente da que íerà os qua
irò
Perpetuo* 23
SroEleraentos. Eí|a Região Etherea, ou Celef-
fia] comem 11 Geos,conformea-cC5mu.a opinião,
emaisapp.royada.de todos os Aftronomos. O
primeiro em ordem natural , e onzeno em quan*
to a nós-ourros , como dizemos Xheologos * he ò
Ceo Empireo , morada , e defcanço dos Bema-
veíiturados , 0 qual naõ eftá fujeho amovimen-
to , como os demais Geos.
Logo depois do Ceo Empireo íe íegue ode»
cimo Ceo , ou décima Esfera , achada por EIRei
' Dom Afíbnfo, e tida pelo primeiro movei, por
cujo movimento íaõ arrebatados os demais
Ceos inferiores , e daõ huma volta á roda da ter-
ra em efpaço de 24. horas.
O n mg Ceo, ou Esfera , Fchada, e tida de Pro»
lomeu-no primeiro movei, he o Ceo , que clia-
maÕ Chriítalino , aonde que cm alguns doutos
queeíliveílem aquellas ágoar, das quaes fe faz
menção noGeneí. E diz Béda Cap 1, de'/Natura
ver. Cíp.4, qye forao 31 li detidas para a alegação
do mundo feita pelo dilúvio geral.
Depois do Céo Criíhllino íe íegue por ordem
natural o oitavo Ceo , ou Firmanienío j-nò qual
èítaõ todas as Eftrellas fixas, excepto os íete
Planetas , ou p <r outro nome Eftrellaí errantes ,
que eftaô nos Lie orbes, ou Ceos inferiores. Di-
•çem-íe Planetas , ou Eftrellas errantes , porque
nunca eft.aõ igualmente diftantes humas das ou-
tras , como o eftaõ todas as do Firmamento , e
., OÍtíK
i\ Lunarh •
oitavo Geo. Deílas lejte Eílrellas , ou Planetas \
fallaremos adiante, de cada huni em particular*

Regra'para conhecer de noite que hora


fera pelo Norte,

Norte he hurna Eftrellaconíideradá no oi-


tavo Ceo , a qual eftá 'mui perro do ponto ,
çfobre òquai í-é' movem todos os üsbes. Eità Eí-
trella SJOU Norte , cahe para 2 íranfriiontsna , a
qual íe conhecerá voltado o ro!!o para Levante ,
e a Eítrelia mais reluzente , que eíHver defronte
do hoiiibro eíquerdo , squella he chamado Nor-
te, pela qual íe regem os marcantes, e aílim mef-
mo por eila , e por

Cahí
rerpèim.

o
«> ''O
cr* O
cx.
o ^' 1
cs
o

Pé.

outra de duas juntas', que eü õ no cabo da bo«


fuia, a mais reípbndcceme chama Horologial ,
íe conhecerá; que hora í ei a da noite em qualquer
tempo.rio anho.-Conhecido pois o-Norte, vol-
faíeiGroftopara eJlé de tal modo , que o meu
braço direito olhe para o Levante, e o eíq.uer-'
da para o Poente ! poíro aítlm , imaginarei no
Norte liurm Cruz , cujos quatro braços', hum
chegue deíronfe., nu , íobre a minha cabeça, e
o .outro contrario chegue até os pés; e os outros
doUs braços da Cru/,, hum eíreja-para o Poente
e o outro para o Levante. Agr a íe.ha-de imagi-
•**- nar
a6 ' Lunar io
guiar ao redor do Norte hum circulo , que com-
prehenda 4 braços da Cruz. E he de notar que a
Eftrtlla Horologi%l,a qua! deÇcreve o dito circu-
lo, dá volta em eípaço de 14 horas ao redor do
Norte , deforte que de braço a braço íe detém 6
horas, e aííim íe dividirá cada quarta parte da
Cruz em feis partes 3 que cada huma repreíenta
huma hora.
Entendido o, íobredito jhei-de cohíiderar em
que tempo eílou do anno } quando quero faber
que hora he da noite j porque no primeiro do
m e z d e M a i o a Eftrella Horologiaí faz a meia
noite no braço í'ã Cruz , que cahe defronte da
cabeça : e ao primeiro do mez deAgoílo faz a
meia noite no braço esquerdo da Cruz , e ao pri-
meiro de Novembro íe acha a dita Eftrella á
meia noite nobraçt da Cruz , que cabe defronte
dos pés : ao primeiro de Fevereiro fe acha á
meia noite no braço direito.
Mas adiante íe ha-de notar que eftes pontos
da meia noite íe viraô de l y em i f dias por
huma hora , de forte que fe no primeiro de Maio
fe acha a Eftrelia Horologiaí á meia noite
no braço da Cruz, que câhe defronre da cabeça,
daííi a If dias , que fera a 16 de Maio , fará á
meia noite a dita Ettrella huma hora mais adian-
te para obraçoe«querdo,e dalli a outros 1," dias
íatá a meia noite r«a fegunda hora daquellas 6
que íe contém de braço abraço : obièrvados já
, os
Pi
jferpetm. 27
os qü3lro pontos, nos qiíàeS fe acha 3 Eílreíla
Horologia! á rcsia noite , vejo, e confidero no
primeiro do mes de Maio quanto eílá apartada
k dita Eiireiía do ponto , que faz a meia noite, e
iíio parada mão direita , e íe eílá apartada três
partes,( que reprefentSG 3 horas, como tenho
dito) dsrei que faó as 9 horas , porque faitaÔ
aquellas três parres dss 6 que ha-de' hum braço
ou outro para chegar á meia noite.*E íe pafíar
outras três partes m|is adiante da cabeça para o
braço eíquerdo, direi que já iaõ as três. horas da"
mânhãá .* e com efte difeurío, econíideraçao íe
íaberaõ as horas , que forem Ba noite , em qual-
quer tempo doannò;- lem íaitar hum ponto.
Regra para faber pela mm ^ e pelo
Sol, que hora he ao dia.

Ois íe tem dado regra para conhecer as ko«


ras da noite íem relógio de finco , bom íerá
que fe dê outra regra pára fe íaber que hora he
do dia pela mão; e aííim leva íempre eomfigo ca-
da hum o relógio. O que quizer faber que hora
he pala mão, ha-de voltar as codas ao Sò! direi-
tamente : e para que perfeitamente o efíejá*, po-
nha huma varhüiã no chão,ea fombra ,'que fizer
colha entre os dous pé^ S pofto aílim, ponha hu-
ma palhinha , ou pao.fin.ho na mão , do compri-
mento do dedo iadcx, na racha da linha vital
2^ Lunario
( que h<? ê que rode^ o dedo pollegar) é eíla»"
do o bsaço eíquerdo/direitsmeníe para a ponta
do pé elquerüíi; a mão do dito braço . íe nâõ le-
vante., nem abaixe ma íS do que eíti Per o braço , e
rà voltando a palma da mão de modo que, nao
f,íÇ3 o dedo polegar íombra á palma da dita maó.
E note íe que/ao íshir do Soldem qualquer tem»
p í d i a o n o dará a íombra da palhina no dedo
indcx . Pois fup.ponhãmos que o Sol ia lie.ás 5"
• '-fooras, a lornbra dará na extremidade do indexe
íe a'íombra der na extremidade do outro dedo do
1 meio., ierao" ás 6 horas., e íe no feguinte , íe-
raÓ 7 » e. íe dei- 3 lornbra no cabo do dedo peque-
no , Ierao 8 , defcehdo mais abaixo , íeraõ 9 , e
fe na junta do meio do dito dedo , íeraõ 10 , fe
na junta mais abaixo, ierao . I 1 , e íe entrar a íom-
bra na palma da mão defronte dapalhinrn , íe-
raõ as li.
Agora para faber as horas depois.do meio dia,
.íe ha-deriorar que torna a íubir a íombra pelas
rneírnas juntas , por onde deíceo" de manhã; e
;. aílim tomando a'íombra a junta mais b<ixa do
dedo pequeno,, íerá huma hora , íubindo á fé*
gunda junta, feráô 2 horas, e á terceira junta, íe-
raõ as 3 horas, e no ü-vi do dito dedo íerao as
Cjustro , e no outro dedo as finco ,'e rio cabo do
dedo do meio aí íeis ,e no cabo do index as íet~
te. Adverfíndo-íe qu? <e ò Sol fahir ás íeis horas
da manhã? 3 í e ha-de fazer a conta das horas pe-
las
2p
Ias juntas mais chegadas ás extremidades dos de-
dos, descendo também pelo dedo pequeno até
onde aíliBalamos adiante pelo exempiojá dito;
c tornando depois dos mais dias pelas meímas
juntas moftrars as horas da tarde. SeoSolíahir
4s 7. damanhaã íe tara a conta pelas juntas dos
dedos, começando íempre pelo dedo index. £
porque a experiência dirá o que íe ha de fazer ,
me nao alargo mais ; pois pelo exemplo das cin-
co horas , a que fahe o Sol , íe entenderão os mais
para cuja hora tomareis a Maio , Junho , Julho,
e Ágofto, e-para as leis Março, Abril, Setembro,
e Outubro.
Roda perpetua das letras- DominisMs.

T J Ebprefente roda fe achará a letra ,'ou letras


ÍC Domioicaes, que fervi r ao em cada hum àn-
3o Lfinartó
no perpetuimente até ?o anno de 1800. come
çando a contar defde a letra G, que he a 14. pela
parte direita da Cruz , e eílá aílignado debaixo
delia o anno de 1663. Â qual letra G. íerve no an-
no de 1665". de Dominical , e no anno leguinte
1666. íeraÕ Dominicaes as letras F. E» o F. deíde
o primeiro do anno até o dia de S. Mathias , e
o E . , que eftá debairi, o reílante do anno de
16Ô5., e no anno de 166). íervirá a letra Domini-
cal D. Eadvim-f" que os 3. números de annos ,
que eítaõ declarados, e fazem perpetua , cuja de-
claração íe achará na uboada da pronoíticaçaó
dos annos.
Perpetuol 31

Roda perpetua do Áureo numero.

P Ela preíente roda íe achará perpefuamente


o Áureo numero de cada anno , advertindo
que em chegando 3 9 1 . íe ha de tornar a contar
defde lium. E para que melhor fe entenda a dita
roda , moftrarei alguns exemplos. No anno de
1710. íerá Áureo numero 1 . , e na csíinha fegún-
da , começando a contar deíde a caía , aonde "ci-
ta o numero 1. , no anno íeguintede 1171. fe^á
Áureo numero 2. e no anno de 1721. (erá 3. e nó
d e i - 1 3 . íerá 4. , e aflim nos mais anrios, aog*
mantando huma unidade em cada anno j e em
C ii . che-
37
chegando a 19 íe tornará a ccníar 1 de Áureo
numero, que, íerá no ânno de 1729.

Do Advento , e quando começa.

Advento he tempo quafí de Iiurn mez , e


fempre fe começa a contar do Domingo,
qiíe mais próximo Vftiver a reíla de Santo An-
d r é , e acaba na vefpera do Naícimento dejE».
SU Ghrifto Senhor notíp, Neíle íenipo a Santa
Madre Igreja dá graças a Deos por aquell.a mer-
cê taó-grande ? que fez ao gênero humano em
querer vir ao mundo feito homem. Com o que-,
íe Santo André cahir *> fegunda , terça, ou quar-
ta feira , o Advento começará do Domingo an-
tecedente. E íe Santo André for em quinta , fex-
ta , ouSabbado, ccmeçará o Advento no Do-
mingo feguinte. E. íe Sanro 'André fcr em D o
mingo,delíe começará o Advento 1 para vir bem
á memória he boni aquelíe verfo , que diz: Por
diante. é por detrás, da Dominga^que mai$ che-
gada a Santo André for , o Advento conterás*.

Das Veíaç&ens.

Eiaçoens fe chamao aqüellas benções, que


recebem os deípoíados quando ouvem
Mi (Ta nnpcia! ; e ^orque nas taes Velaçoés íem-
Perpetuai 33
>pu1as csrnacs , por cita raza.õ a Santa Madre
Igreja em certos tempos as prohlbe, e em ou-
tros as admitte. O Santo Concilio de Tren-
io na Seíí. 24. Gap. 10, manda que hao haja
Velaçoens deíde o primeiro Domingo do Ad-
vento até o dia de Reis , e deíde 1 o primeiro
dia daQuarefma até 3 Oiiava,da Paícoa da Re-
íüírtiçàôiftc/ujive.

Das quatro Têmporas.

S Têmporas fao fertos jejuns, que celebra


a Igreja nos quatro tempos doanno , eíla-
belecidas por S, Califto Papa. A cauía , por-
que a Igreja celebra eftes jejunsnos quatro tem-
pos doanno, he ( como diz S. Joio Daniafce-
no) para applacaf os movimentos , que cauísõ
nos corpos humanos os quatro humores nas qua-
tro partes doanno, vifto por occaííaõ do movi-
mento ceiefte. E aíílm fe jejuáõ as primeiras
Têmporas na quarta feira , iexra , e Sabbado da
íegunda (emana da Quareínia , que hé no Verão ,
psra que íe reprima em nós outros o íangue , que
nota! tempo coftuma predominar , e inclinar ao.
vicio çra carne . c, vangloria.
Jejuaó-íe as íegundas Têmporas no EíBo a íef
mana antes da Santifllma Trindade ; para que íe
reprima 2 cólera , que no tal tempo coílunia per-
dominar, e mover os homens a na , ódio , e en-

le-
j '
34 uunario
Jejuaô-íe as terceiras Têmporas no Outono
quarta , fexta,.. e.Sabbado depois da Santa Cruz,
para qííe íe tire, ou diminua , e adelgace em nós-
outros a melacoiia , que notsl • tempo coítuma
predominar, a qual move a trifteza , e avareza,
Jejuao-íe as ultimas Têmporas no .'Inver-
no á quarta , íe.xta, e Sabbado depois de Santa
LusÉ* , para que nao crefça em nós-outros
a fleuma , qus no tal tempo cofturna predo-
minar , e cáuíar perguiça , e froxidaõ corpo.,
ral , e eípirituaU

De'dara-fe a pronojiicaçao particular \ ainda


que breve, pára cada\Reino, e Província
de Lamcgo.
inda que nas paffadas impreííoens apure*
A alguma coufa da pronoílicaçaõ particular
de cada Reino, e Província , como fe vê nas obras
de Agriculturas ; com tudo, quero dar maior noti-
cia tvefta da dita pronoílicaçaô. E aífim o que
quízer faber algua coufa em particular do que em
feu Reino poderá íucceder naturalmente em
cada humanno,e note , e advirta ,conforme o que
douta , e difcreíamente notou o perito Aftro*
logo Leopoldo de Aufrria, e he que façaô re-
paro em qual dos meze.s do anno íe ouvem os
primeiros trovoens; e notando o mez , íe irá ao
,Ka!endmo dos mexes, e Santos, e na pagina
que cahe á mm direita 3 no fim delia achará
Perpetuo. e 35"
quatro", ou feis couías notáveis, e naturaes, que
moítra íucceder naquelle anno, ênaquelle Rei-
no , aonde forem ouvidos os primeiros trovoens ,
c naô os fegundo , começando a contar o anno
defde o mez de Janeiro.

Dos cbeias , canjunçoens perpétuas ,e gemes da


Lua pelo Kalendario dos mêzes.

P Ara faber perpetuamente , affim em Hef-


panha, conp fóra delia, o próprio dia da
conjunção , e cheio da Lua pelo Kalendario
dos rnezes , fe ha dever o Áureo Número, que
iervir o anno, que quizerem laber a Lua nova,
e cheia. Sabido o Áureo Número, (o qual íe
achará nopreíente Lunario por huma roda per-
petua a folhas 20.) bufcaráÕ na margem da
máõ efquerda , e direita de cada mez , e defron-
te do dia , em que eftiver o tal Áureo Nume-
ro , íerá a cunjunçfao, e cheio da Lua-, adver-
tindo que á maõ eíquerda eílaõ as conjunções ,
ou Luas novas , e á triaÕ" direita os cheios , que
lie a Lua cheia. Exemplo do annb de 1710. no
mez de Janeiro fera Lua nova a 28., eLua cheia
a 14. de Fevereiro; porque notai anno lera 1,
de Áureo Numero, o qual r. eftá no mez de Ja-
neiro á maõ efquerda defronte.p"e 20. , e á maõ
direita defronte de 14. 9 e aífira nos riiais rne-
zes.
D&
3* Lunari»

Do modo de ficbhr as fefins'mudãveis pelo Ka-


lendario até ò fim do Mundo.

A S fefhs mudãveis faô oito : Septuageíima l


Cinza , Paíchoa da .ReíurreiçáÕ , Ladai-
nhas , ou Rogaçôes , AíceníaÕ , PentecoíleB-,
Trindade , e Corpo de Deos. E a feita de S.Vi-
cente Ferreira fégue a,ordem das feitas muda-'
veis. ChamaS-íe mudãveis , porque nad cem
•lugar certo no Kalendario, como as demais fei-
tas , que pelo ter íe chamaô fixas. Pois para íe fa-
ber a quantos , e.de que mez íerao as ditas fei-
ras em qualquer anno, íe ha de faber quantos
íaô de Áureo Numero, eque letra Dominical
corre o anno que as quizerem faber. Sabido o
Áureo Numero daquelle anno, o buícaráô no
Calendário deíde fete de Março até qu3tro de
Abril, e achado, contarão deües 15". dias adian-
te inclufive , e na primeira letra Dominical, que
acharem naqueile anno depois de contados 15%
dias, fera a feda da Paíchoa da Reíurrelçao. E
ie contando o decimoquintd dia , acertar a pa-
rar na letra Dominica! daquelle snno ,-nadíe fará
conta delia , íenaõ da outra que íe fegue. Acha*»
da a Paícoa da 'Refúrreiçadv, fe eatenderáõ as
"niais feitas mudãveis com íe faber quanto eí-
tso apartadas da Pafcoa ; o que fe faberá, pela
Taboada íeguinte , notando que a Septuageíi-
má 3
Perpetm,
na , e Cinza íempre cabem antes da Paícoa da
ReíurreiçaÕ.

Da Paicoa áSepíUageíima vaõ 64. dias.


T
Xi Paícoa á Cinza vaõ 47. dias.
x>i Paícoa a S. Vicente Ferreira vaõ' 19. dias.
,Da Paícoa as Ladainhas vaõ 37. dias.
Da Pafcoa á Aícençaõ vaõ 40. dias.
D i Pa!coa aq/Efpirito Santo vaõ fo. dias.
Ba Paícoa á Santiííirwa Trindade vaõ 57. dias.
D;* Paícoa ao Corpo dçDeosvao • 61. dias..

E not€»íe que todos efêes dias fe contao incla~


five, ifto he , contando o dia da Pafcoa até á ou-
tra- fefta , como fe entende á por efte exemplo;
*^U3ro íaber no anno de I7S0. a quantos, e de
que mez fera a Septuageíima, veja-fea quantos
íerá a Pafcoa pela fobredita regra, e acharáõ
que íerá a 17. de Abril: pois contem-fe donieí-
rao dia de Pafcoa para traz 64. dias s e onde eí-
tiver o numero 4. ahi fera a Dominga da Septua-
geíima que he S 14. de Fevereiro: e com efta
ordem íe achasáõ as outras feitas mudèveis»

Aqui entra o Kdhndario dos mezes, dias,e feftás


de todo o atina, aotando que asfejlas, que tiverem
efta ^ fera de guarda.fi nos dias em q fe achar ef-
ta% nao ha trihunaes na Cidade de Lis boa pôr Je-
rem dias feriaes* Âcbar-fe°haQ ne àito Kalenda-
rio
3g Lunar ío
rio as Luas novas, e cheias de cada mez pela or>
dem acima declarada.Tambsm je acharão as abras
de Agricultnra de cada mez, ajjimna LuacreJ*
ceníe , coma minguante.^

JA-
Aur.N.J J A N E I R O , dias y . íAUíVM*
í A. !.•£<( Cireunciíaô d«s> Senhor.a j 13
17 b.i. S.ífidoro Biípo, e Mart. b.|
' c.3. S Antero Papa Mart. c. 2
6 d.44 S.Êugenio, e íeus comp. d. 10
le.5*. S.Simeaõ Eítylita.
I4jf.ó, >J< Oia de Reis.
o Ig.j. S.Tfaeodoro Monge. g* /
3 liJA.8 S.Lourenço Juftiniano h,.
191 b.,9 * S.juliaÕ Martyr. i. 18
Oi. c.io.S.Paulo primeiro Êrem. k. 4
o-
a>
d. 11 .Santo Hygino Papa M. 1. rs
re 16.8 e 1 t. S. Satyro Martyr. m. 12 as
w
as f.13. Santo Hiiario Bifpo. n. n
B-
g 1 4-*Os Martyr. do Carmo. o. n»

f
O ..
5 A.i j . * Santo Amaro. p. *
TS
<r> •
r-i 13 b.j.6. Mart. de Marrocos. q. 9 -a ,
-c c.17. Santo AntaÓ Abbade. r. OI
tu
«i c
3 1 d, 1$. A Cadeira de S. Pedro. í 6 as
O CA
< e,io. S.DioniíioCarameiita. s.

w> t.20.* S. SebaíHaõ Manyr. t. üa
TJ g.21 Jej. Santí Ignez V. M. v. [ 14 "«
~» a»
*T3
ri
7 t\.2i. ifc. S.Vicente Mart, u - f t ,ra
ca
»»• 15" b.23. S. IldefoníoBiípo. x. 11
"e
18 c,24s,N.?enhora da Paz. J-\
rs 4 d.2>.Converíaõ de S.Paulo, z. 19
e.2Ó. S.Policarpo B.M. , 2 8
as 12 f.27. S.Joaô Chryíoftomo. f.
1 g 28.Sata Ignez, e S. Cyrillo. a. 16
tA.29. S. Franciíco de Sales. b. $
9 jb 30. SSta Marinha V, M'. c»
Pa.4. ,.«1.
4o Lunario

Ohras de Janeiro , conforme Plínio

O creícente da Lua de Janeiro devem


os Agricultores en?certat" a$ arvores, que
daõ flor têmpora , como fâõ árhendoeiras, pef-
fegueiros , ameixieirás , e outras fímilhantes.
Devem femear em terras quentes as pevides
azedas de laranjas, limas , e cidras. Deitar ga-
linhas», plantar roceiras , pôr baceílos, e fazer
msjrgulhias.
Eno mingusnte convém cortar madeira para
ediíficios, de arvores que perdem a folha , e efta-
cas para as vinhas ; podallas , porém íó aquellas
que efriveresn em terras quentes ,alimpar as ar-
vores, mondar os trigos, eftercar as vinhas, e
hortas , femear ai bos ,.e cebollas. Diz Plínio lib.
i2. que toda acoufa ,que íe houver de colher
para guardar, ou calfrar, cortar, podar, ou ro-
çar , íe deve fazer em minguante da Lua.
Se neíle maz íe ouvirem os primeiros trovões ,
íignifíca fertilidades de fíüílòs , e efterilidades
de boíques,e campos, abundância de águas. , ven-
tos doentios', alterações de povos, mortes de ho-
mens, e de gado no Reino , ein que íe ouvirem.
. FBVE-
uxM FEVEREIRO dias iS Aur.N;
d.f,jsj. Santa Brigida Virg, e.
17 é.i-4 ^ Purificação de N. S. f. 2
í,: 3, * S. Braz Bíípo. g«| r o
6 g-4.S.Ândré Coriin. Carmel. h.
jÁ.y.Síota Agueda Virg.M. i. iS
a i 4. fpÁ Santa Dorothea V. M. K. 7
1 ic.7. S, Romualdo Abbade. 1.
d.8.S.J03<5 da Marta. m.
19 e.ç>, * Santa App.oiIoníaV.M,n. 4
jtio.Santa.. Eícohítica Virg. o. ca
:a- Sjg.í i.S.Euíroíina V.3 doCar. p. I. i à o
^ 16JA. 12. Sapxá Sulalia Vi M, <j o»..
% ib.13.-S,-1';Gr.egorio Papa, r.ít m
i c 14.* S. Val.entim M. .S..Í9 •xs
rs»
d i3.5jd.15". T>asiadaç,de3.Aníoti. t | —e
4
r e.ió.'Santa Juliana'V. 1.J17 **^
2sf.i7.S.Fauíl.cÔ 44 cop. Mm. •. -6 CA

:3 iojg.18.
1ÍJ Santo Th-eoton. li.
O
<j jA.19. Santa S-uíana V. M.
CJ
18 b.20. S. Euleutherio Biípo. y« 1 4 ca
<jj
<-t
ir. 1 Santo,Hilário Papa. 2» 1 1 sã'
ri 7 d. 22. A Cadeira de S.Pedro. 2-j
c
OS
I > e.2 3t/é'_;.S.Gíra!d.Arc.deBra. 5.'9
v> f.14. »$« S.Maíhias Apoftcl. a.í
í*
' 4 g.25. £>« Avertano Csrmelií, b.[8
5*3 1 2 â.26. S.Felixcó 24'.c(3p.Mm.c.;i(í
~i
as b.27.S..\lex,M.com g.comp. d.f;
I C.18* S. Romao Abbade. c f I
0 JVí? #««0 quebe btfezto terd\ -
s.
42 hunarh

Obras de Fevereiro , conforme Paládio,

N & Lua crefcente de Fevereiro íe coftuma


íemear unho no regadioj e íe podem íe?
meac alguns legumes, meloens j pepinos , moí-
tarda , e abóboras para temporão , enxertar perei-
ras , maceiras , e outros íimilhantes , plantar
loureiros ,' heras , e murtas , traníplantar laran-
geiras, limoeiros , alamos , e acipreftes: pôr bá-
cellos, e mergolhias , e enxerta-las em terras
temperadas.
No minguante de Fevereiro as canas, e vi-
mes para fazer ceítos, e para obras groífas ; e s
conforme Paládio , he melhor que íe cortem no
minguante de Janeiro * podem-le podar as vi*
nhas 5 e cavá-las , empar parreiras , fazer valia*
dos, podar a? arvore? tardias, ver as colmeas ,
quando naô fizer máo tempo. Finalmente por
todo eíte íriez he perigpfo o mal dos pés.
Se nefte mez íe ouvirem os primeiros tro-
voens , denota mortes de homens ricos , e pode.
rotos, enfermidades de cabeça, e dores de ore-
lhas , muita geada, e pouca fruta.
M A1
M A R C A dias 31. «Aur.N.
d. 1» S. RoíendoBiípo. f.
e. 2. S. Siinplicio Papa. g
f.-j.Começ.a nov.de S.Fr.Xav.h
g,4.Santo Adriaô Martyr. i,|]
A.j.Santo Eufébio Bifpo. K.
4, ^Ib.ó.S.Vi&or^Vi&orino Mm. 1. 18
c.7.*SatoThomaz deAquino.m. 7
I d. 8. S. JoaÒ de Deo?. n,
[9 e.o.S.Franciíca viuva. Rcman. o.
f. 10: San to Alexandre Papa. p. c
g.Il.S.Cadido,e 20cõp.Mrrwq. 4
A 12. *Gregorio P. r. O
.8.16 b.J3.SátaEufrafia Carmelita. í. I. 12 £f
5 d 4.Traslad3çaÕ de S.Boav. s. co
d.if.S. Longuinhos M. t.
13 e. 16. S. Cyriaco M. V» 17 -o
f. rft S. Patrieio Biípo. u.

g.l8. S. Gabriel Arcanjp. x. «O

1 0 ^ . 1 9 , ^ SJofé Eíp.daV.N.S.y..
18,b,2o,S, Joaquim Pai de N, S. z, 14 00
c 21, S. B e rito. Sol em Aries. i'3
7Jd,22,Santa Helena Rainha. 5. I I aí o»
e.íaj.S.F-lix M. a.j
i-ç í. 24. hj.S.Marcos M. b. ,19
g.2) .^4 A Annunciae. deN.S.c.
4 A.^ó.S.Théodoíio» e 4. Mm, d.
I2ib 27.S. Roberto B. e.
C28.Santo Alexandre M, f. It5
i 29.S,Bettoldo Carmelita, g.
•c2.o,S. Ang.de FulginoF.ranc.il.
!
• '- • " r -•.•':•• ' 'O . '-•U - -í r.15 h í
44" Luxaria

Obra's ãe Março, conforme Paládio.

N A Lua crefcentc de Março he bom plantar


melões, pepinos, cardos, e abóboras ; e
em terras quentes femear milho, linho , grãos,
bredps,- alfaces , e todas as pevides azedas., e nas
terras temperadas plantar figuras.f
No minguante de Março fe devem íachar as
hortas ,.. os trigos , e lavrar os campos;, para que
naõ criem herva , alimpar as figueiras, amprei»
ras, romeiras , e a* mais arvores ,que bíotaÕ tar-
de ; o podar das vinhas n*o deve paffar do min-
guante defte mez, porque já ccmeçaõ a brotar.
Nefte tempo he muito bom trasfegar os vinhos ,
e mete-lc^ nas adegas, ou íotaos. Finalmente efte
mez gera máos humores , e as doenças da cabe-
ça (ao perigo ias.
Se neííe mez íe ouvirem os primeiros trovões ,"
íignificaÔ haver muitos ventos, e abundância de
herva , e de pães; diííeníoens, eípanros, e mortes,
conforme Leopoldo, no Reino em que íe ouvi-
rem.

ABRIL,
AurN. ABRIL, dias 30. íAur.N.
g. x.Converl. de S.Mar.Mag.íc. 2
A. 2. S. Francifco de Paula, l.i
b. 3. Santa Theodoíia Vírg. m. 10
c. 4. Santo Adriaõ M. n. 18
d. 5'. S. Vicente Ferreira. o.
n i ií s. 6. S. Gerardo Carmelita, p
o f. 7. S. Eufemia Virgem. q i^*
«2.
c' g. 8. Santa Apolonia M. r.
3
«O
19
Oi A. 9/i'rasladaç, de S. Monic. 1.
n b. íO. S. Macario Biípo.
CO 4
Ou 8 c. 11, S. Leaô Papa. t. 12
rES 16 d. 12. S. Júlio Papa. v. 1
W 5 e. 13. S.Hermenegildo M. u. 9
O £ 14. S. Máximo M. s.
c g. 15. Santa Helena Virg. y, 17
£13.2 A.16. Santa Engracia. z. 6
- to 1 0 b. 17. S. Aniceto Pap. e M. 2.
3
O
•<
c. 28. S. Eieutherio Biípo. 5. 14
83 d. 19. S. Hermogenes M. a.
e. 20. S.Marcellin.iSW.ífWz Ta. b.
«• 7 f. 21. S.AnceIm.Arc.de Cant." c.
g. 22. Santa Senhorinha. d. 1 1
to
A.23.*S.Jorg.defenl.dePort. e. 19
o
b. 24, S. Alberto Biípo. f.
et 25".*S. Marcos Evangelift. g« 8
d. 26. S. Pedro de Rates. h.
I e. 27. S. Anaftaíio Papa. i. 5". i ó
9f. 28. S. Vitai Martyr. k,
g. 29. S. Pedro Martyr.Dom. 1.13
Í7IA.30. S^Catharin.de Scn.D. nu'
D
46 Lunaria
Obras de Abril, conforme AbenecniJ*

N A Lua creícsnte de Abril. h'é .bom femear?


ou plantar toda a câíía de hortaliça , como
meloens 3 pepinos , abóboras , alhos porros, alfa-
ces , e alcaparras, E notem que toda a hortaliça s
ou a maior parte delia em todo o tempo íe pode
plantar: digo dçíde Janeiro âté o mez de Agof-
to , ou em partes de muito regadio. Neítemez,
e creícente de Lua fe plantão melhor as eftacas
de amoreiras, ç romeiras , do que em outro tem-
po. He bom enxertar os Altnos.de eícudo, damaf-
eos, e peíFegos.
No minguante de Abril íe devem começar a
regar ps' pães, ou trigos , que Te regaõ em terras
quentes, e feccas. Eite mei he muito bom tem-
po para aiimpar as colmeas de muitas fevandija"
e aranhas,que a ellas fe recolhem. Finalmente .
couía faudavel purgar-íe nefte mez, e qua? ,
anal da garganta lie perigòío.
Se neíte ínsz íe ouvirem os primei' /o-
KS,
Perpetua* A7
TÓens i denota© o 3nno íer profperò i é «u,,,,.
abiin»
dante de vinho,gados, e trigos nos lugares íec
cos ,e ferras, porém denota perigo no mar(con
forme Leopoldo ) nos Reinos, em que íe ouyi
rem.

D li •MAIQ.
í
Aur .N. MAIO dias 31. 1
Aur.NJ
6 b.f, 4(S.Filip,e S.Tiago Ap. n.J2
14 c.2. S. Atanafio Biípo. o.|io
d . 3 . ^ A Invenç.da Satã Cruz P«
e.4. Santa, Monica Viuva. q. í 8
f. 5. S. ?io Quinto Papa, r. 7
h II g.ó. SJoao ante porta Latin. i
o 1.9 A.7.S, Eftanisiáo Bi(p. e M. é.
3 <*'
«MA*
c
b.8. Appariç. de S.Mig. Are., t.
3
O c.o. S. Gregos Nazianzeno. V.

3
oi
8 d.io.S. Antonin.Arc. de Flor. u. 4
CL. 16 e.ií. Santa Máxima M. X. i.uÇ

r« 5 f. 12. B.Joanna Virgem. y. CO

c g.i3*N. S. dos Martyres. z. 9 3 * 0


ES
13 A.14.S. Bonifácio Biípo. 2. i? CO
O 2 b.i$, S. Maneio M. Portug. •-a
c c.16. S. Simaô Stoch. Carm» 5- a. 6 n
1 0 d. 17. S. Poíildonio. b. 14 "n
r
» e.18. S. Felício Biípo. f%
C
C
CO »
3
O
18 f. 19. S. Ivo Franciícano. d •et

•*:
ca 7 g.20. S. Bernardino Gonfef. e. 3 «*
T5
rs &.2i.S,T\úmM.Selem Gei;.!£ tr era
15 b.22.S.Pxomaô
s
Abbade. g- i9 n
c.2 3.S. MiguelBifpo. h. P
na
c/> d.24. Trasl. deS, Douiing. i. 8
4 e.25". S. Mar. M3g. de Pazzi. k. 16
era [2. I f.26.S. FilippeNeri. 1.
BI
g.27. S. Joaõ Papá Mart. in. $
(O
9 Á.28. S. Germaó Biípo. n.
b.29. S. Máximo Biípo. 0 . '3
17 c.30, S.Felis Papa Mart.
P- 2,
Perpetuai

Obras de Maio conforme Paládio.

N A Lua creícente de Maio lie bom tempo


paraalimpar os açafroens, ecrefhr ascol-
meas , e ajuntar as cabras com os machos. He
tempo di(poílo para plantar as pevides azedas ,
e fe íaõ novas , pegaõ melhor que as velhas. Pó-
de-fe plantar todo o gênero de hortaliça , e en-
xertar de efcudo peíTegueiros , damaíqüeiros ,
amendoeiras, cidreiras , e larangeiras.
| No minguante de Maio he adríiiraveltempo
para cozer os ladrilhos,e telhas, e outras couías,
que fe fazem de barro , porque feitas, e coíidas
nefte tempo ficaõ Angulares. Agora convém la-
vrar os campos , que íe haÕ de íemear pelo Ou-
tono , íe for terra fria ; e fe podem caftrar os be-
zerros,porcos,e cordeiros. Finalmente : qualquer
damno , e mal nos braços he perigofo nefte mez ,
c muito mais íe fe curarem com ferro,
Se nefte mez íepuvi remos primeiros trovões ,
(entende-íe do anno ) íignifica abundância de
agoas, e falta de aves , porém quantidade de paC5,
e legumes no Reino em que le ouvirem.
1 ó JU-
âu* ,N. JUNHO dias 30." [Úur.N
e. r. S. Nicomedes M. ' r. 10
3 f.2. S. Marcello Papa M. í.fiS
jg.3. S. Franciíco Biípo M. s.
A.4. S. Alexandre Biípo, t.
It b.j. S. Marciana M, T.
19 c.ó. S. Cláudio Biípo. U. í £
i. 7. S. Luciano Bi í'po. X
s.%.S,Scvcnno.B. Bat.-de Atné*y. 4
f.$ S. Meiania Terc. do C. z. 1
16 g.io. S. Onofre Eremita. 2.
l . i 1..* S. Barnabé Apoítolo 5
b . u . J ^ . S . BafilioM. a.
n c 13. )$< Santo Antônio.
I14. S. Marcello Biípo.
b.
c* 6
ca

**
e. 1 $, S. Vito, e Modefto Mm. d. f»
16. S. Aurélio Bifpo. e. 14 c,
«a-
18 g 11. S. Tude advog. da toíle. f.
A.18.S. Marcos M. g. 3 rs
7 b.iç.S. Gervafio, ePoríaílo. h. II
c.20. S. SílverioPapa e M. i. *"»
1.21. S.Luiz Gonzaga. k. 19 O»

n e.?2. S. Paulino. Sol em Gauclfó


12 f.23. Jej. * S. Joaô Sac. M. m.
g. 14.^ ONafc.de SJ«,aóB. n. 16
A.25". S. Amandio Brípo. o,
6.26. S.Joaó,eS. Paulo M« p
c.27. S. Ladisí. Rei(de Hung. q
í,2%.Jej. S. Leão Papa. r. 13
2
' 9- * S.Pedro, e S.PauI.Ap. í. 2
VJQ.*S. Marcai, s. 1.0
Perpetuai $%

Obras de Junho, conforme Paládio.

N À Lua crefcente de Junho íe poderrrenxer-


tar deeícudo as arvores, que temacaíca
grolla , como larangeiras, cidreiras > figueiras,
oliveiras, amendoeiras , loureiros, e outras íi-
mi!hantes,e nas terras frias, he bom femear mi-
lhos , arrancar os alhos , íemear borragens , con-
vés , coutras hortaliças, para que íejaõ tempo*
raas.
N o minguante de Junho he bom colher, e ma-
lhar as favas, grãos, e outros legumes, íc eíti-
verem íeccos. Diz Paládio que neíte minguante
íe naõ devem regar as figueiras , porque madu»
recém mais brevemente os figos, e laó melhores,
e mais íaboroíos, A lâã,que agora íe toíquiar, íe-
rá melhor que em outro tempo , por fer mais íiia-
da. Finalmente nefíemez íaõ perigoías as enfer-
midades nos peitos , eftomago , e fígado.
Se nefte mez íe ouvirem os primeiros trovões,
ílgnificaã abundâcia de pao, e pefca, poré?rs falta
de fruétãs, inquietação de povos, e cheas de rios.
cõforme Leopoldo,no Reino em que le ouvirem,
JU-
Lur.N.. J U L H O , dias 3 r ; Aur.N*
jg.l.S. Quintino M. t tH
3 À.2.* A'Vifítaçaô" de N. S. V"
b.3. S.Gregorio M. u. 7
21 c.4. S.Laur.M.S.IÍab.R»de P. X.
Io d.?, S. Anfelmo M, y '%
e,6* S. Dominica V. e M . z.
i 8:f. 7. S.Vitorino co. to. Mm. 2 . 4
g.8. S. Procopio Abbade. 5^
í 6] A.9. S. Cyriílo Bifpo M. |a. £ . * * a
5 b.io. Os íetce Irmãos Mm. b.
C.í 1 *TrasÍad. de S. Bento. c. 9 0
ar
. 13 d 12. S. Procol. e S.HilaríaÔ. d. n
61
« 2 s. 13, Si Anacleto Papa, e M . e. 17 10
10 f. I4.*S, Boaventurâ Dout. £ 6
g.15. S. Henrique Imperad. g 14
18 A.16. N . Senhora do Carmo. h.
* 7 b.17. Santo Aleixo Confef. i. i
15 c.iS. Santa Marinha V, e M. k. f»
d.19, S, Jufta eRufina Mm. 1. 11 ri
4 e.2C\ S. Margarida V. e M . m. *9
f.2i.S.Vi£lorM. n. ?*
12 g.22. * S. Maria Magdalena, 0 . 8
A.23.S. ApoWmv.Sõlem Lea. P- 16
[ I b.24. Jej, S. Chriftova6 M . q-
» c i ^ . ^ S. Tiago Apoftolo. r. 5
, ç d . s é . >J)S.Anna Mãi d e N . S . í.
1 17 e.27.S. Bertoldo Carmelita. s. 13- t
| 6 í 28. S. Pantaleaó Man. t.
* g.29. S.Marth.V. e S.Beatriz. V. JL\M*

r -• A . j c S . Rnfiino M. u.
3. I^nacio d^ t.s?n^í. 7f> «g
35" hunarh
Obras de Julho, conforme Palâãtoi
hua, crefcente , e piinguaníe de Julhffk

N O crefcente da Lua de Julho fe coíhima6


plantar nabos , cenouras , cebolas, rüoftar-
da. He muito bom cobrir as cepas , porque naó
as queime o Sol, cortar a grama da terra , a qual
nao torna a cralcer como err. outro tempo.
No minguante he mui proveitoío legar o tri-
go , para que melhor le guarde , e conferve; e o
mefmo íe fará ás amêndoas. Finalmente as an«
cias , e doenças do coração nefte mez íaÕ pefi-
goías , e também as purgas, íangrias , e banhos»
e ò dormir ao meio dia»
Se nefte mez íe ouvirem os primeiros trovoess
denota grandes perturbaçoens de Reinos , com-
moçoens de pc-vos , careftia de paó , e abundân-
cia de frudlas, conforme Leopoldo, no'Rei no'
em que íe ouvirem©

Af?QS«
SHur.N.1- AGOSTO, dias 31? Aur.tM,.
c r . Cadeira de S.Pedro y
d.2. N.S. dos-Anj.Jub.da Proc. z.
I I 'e.3. Invenção de S. Eftevaô. 2.
f.4.*S. Domingos Confeííor. 5- 13
19 5.* N. S. das Neves.
g a. 4
o 8 b.y. A.6.A Transüg. do Senhor. b.
o 16
S. Caetano,eS, Alberto. e. Í 2
.2.
c
c.è. S. Cyriaco Bifpo. d
a d.9. Jej. S. Rotnaõ. c. 9-1 CS St'-
«•o
o 5
•n
. CA i «
13 e. IO >J< S. Lourenço Marr. f.\ í7
f.ir. Santa Sufana Mart. g-
na.
g.12. Santa Ciara Virgem. . h
s
sa io A.13. S. Hipolyto Mart. i. •CS
b.14. Jej. S. Eufebio. k. 14 os:
c.iy. >$< AtTumpçaõ de N. S. I. -5
7 d. 16.*S. Roque Confeííor. rn. 3 Ri
ia
«A e.17. S. Mamede Mart. n. 11
£3
!© *5 f.18. Santa Helena. o 19
cm
-«a g. 19. S. Luiz Beltrão Bifpo. P

o» 4 A.20.*S. Bernardo Abbade. q te
T» b.2i.*S. Anaftaíio Mart. r 8
r» 12 c.22, S. Tnnothco. 1. 16
C
w
«1
I à.i^.jej.S. Lopo Mart. s.
9 «•2'4.>í<S.Bartholonieu Apoft. \\<ç
J
7 f.25. S. Luiz Rei de Franga. v.
g.26. S. Vi dor Mart. u. 13
BI

A. 17. S. Rufo Confeííor. X.
oi b. 28.*S. Agoíl. D. da Igreja. y to
14 c29.Degollac.de SJoaõBap. zz.|i8
3 d.jo.Santa Roía Dominica." 2 .
^3 i.S. R-aymundo Nonato. ç.'7
Trepetm.. ff
Obras ãe Agofto, conforme Paládio.
Lua crefceníe, e minguante âe Agofto*

N O crefcente,e minguante da Lua de Agofto


he bom eítercar os campos , em que fé ha
de íemear trigo , e arrancar as cebolas para guar-
dar , e depoi*s de chover íemear.os tremoços , ra-
baós, nabos , e couves tardias.
Nefte tempo fe coftumao fazer as paíTas de fi-
gos . pecegos , e ameixas , e .feroear favas , e
verias, Finalmente, nefte mez he damnoíiííima a
companhia de mulheres, o fomno do meio dia , e
o banho naõ he mui bom ; as purgas , e íangrias
íe naò devem tomar íem grande neceílidade.
Se nefte mez fe ouvirem os primeiros tro»
voens, íigniíicaó mortandade de peixes no mar,
enosanimaes quadrúpedes ; quietaçaõ , e íoce-
gonas Republicas^, e muitas enfermidades no
Reino, em que fe ouvirem., conforme Leopol-
do.
Aur.N. SETEMBRO, dias 30. lAur.N, «*
I I f. I. Santo Egydio Abbade. 1.
g.z. S. Blocando Carmelita. b.
19 A.3.S. Euíemia V. e M. c.
8 b.4. Santa Roía* Franciícana. d. 4 1
0,5-. S. Viiíloríno Bífpo M . e 12
i6* d.6. Santo Eugênio Biípo. f
S e.7. Jej. S. João M.
f. 8. ^ Natividade de N . S.
g.9. S. Gregorio M. * *7 ow
2 /l 10. S. NicoláodeTolenf. (A

b . n . Santa TheodoraCarm. o s*

10 C.12. S.V.iíeriano M. m A»
K
18 d.13. S. Filippe Mart, ri 14 -cr
e.14. * Exaltação da Cruz. °- r»
-t
7 f. 15% Trasladaçaô' de S. Vic. P ri -o n
s;.i6. S. Cornelio Pap. è M. * s
\ . I 7 . As Chagas de S.Franc. q a>

b.i8,S.Thom.de Villa Nova. r. OQ


-.19. S. Januário Mart. í. 8
E. lu
12 j.20. Jej^S* Euftáquio M. n
t.
9 è*2iv^i S. Mattheus Apoíl. V. o»

1 f. 22. S. Maurício M.
^ 2 3 . S.Lino ?M.S'olem Lib.
u.
17 A.24. S. Gerardo Carmelita *•• 13
6 b.sj. S. FkmianoBiípo.
C26. S.Gypriano,eSJuftino 7- 13
14^.27. S. Co (me, e S. Damiaõ. Z
L 2 8 . S Wánceíláo Duque. 7
3|f. 29, >J< S.Miguel Archanjo. 5
•£•3°.*S Jcronjrmo D. da Igr. a-,
b.
c.tf
Perpetuo, $%

Obras de Setembro, conforme Faladio*

N A Lua^creícente de Setembro he bom fe*


mear o centeio, e cevada, as favas, tremo»
Çoi, ç dormideiras nas terras quentes: porque nas
frias he melhor que já nefte tempo eftejad íe?
meadas.
Nefte crefcente he muito bom tempo para fe^
mear os linhos, que fe na6 regaõ.
No minguante defte mez he natural tempo
para vindimar, e para colher as uvas para pen-
durar; porém haôfe de colher na força do Sol,'
Hs bom lavrar, cavar, e eftercar as terras para
hortaliça, ou para iemear nellas as fementes tre-*
mezes, que íaõ milho,e painço. Finalmente \ pof
todo efte mez he boa a fangria , e qualquer mal
nos rins, e nádegas he perigoío.
Se nefte mez íe ouvirem os primeiros trovões,"
áenotaõ fer o principio do anno fecco, e no fim
humido'•, abundância de pa6, porém caro, amea-
ça de morte a gente popular ( conforme Leopol-
do )nqs Reinos , em que íe ciivirem.
Atfr.N. OUTUBRO, dias 3 r . ?4ur.N.
i i A.i.*Os Martyres de Lisboa.d.
IO b,2,Os Anjos da nofla guard. e.
c.3, S, Cláudio M. f 4
a d.4. S. Franciíco Gonf. g
16 e.f.-S. Plácido M. h 1. i i
£6. S. Bruno fund. da Cartux. i-
g.7, S. Marcos Papa. k.
Ajft. S. Demetrio Mart* 1. 9
13 b.9. S. Dioniito. m. C
2 c i o . S. Franciíco de Borja. n. a»i

d. 11. Santa Plácida Virg. o. 6 Sr


18 e.i 2. S, Cypr iano Biípo. P '4 Mo-l
1 0 f. 13. S. Celedonia Virgem. q
gJ4.S.Eduard.ReideBohem. r. oi
t i
7 A. 15. S.TherezadeJefusC. f. i t "ai
15 b.ió. S. Martiniano. s. et!
c
c.17. S. Lucina Romana V. t. 19 ~i a i
•ca .
4 d.i8^*S. Lucas Evangeliíla. V. ar
ç.iqj, S. Pedro de Alcântara. u. 8 üsil
I f.20. S. Eyria Virg. e M. X. 16 -SI
mi
g.21. As orize mil Virgens. y-
9 A. f 2. S. Marcos Biípo. z. S
0.2I3. S. Se ver i no Bi<po. 2.
6 c.24. S. Formn. Sol em Scorp'. 5. 2.13
d.25\*S. Criípim , eCrilp. a.
e.26. S. Evarifto Papa e.M. hhZ
Ç.ij.Jej. Santa Sabina. c. IO
g.28.>J»S.Simaõ , ejud- Ap. d.
t.29. S. Feiiciano Mart. e.
b.jo.S. Serapiaó Biípo Oarm. f. r. 1$
11 c.$i.Jej. S. Quintino M í W . "
Perpetuo*
Obras ãe^Outubro* conforme Akcewf,

TVT Efte mez íe deve fazer o azeite para comer,


X%l e também fe pode vindimar nos lugares
enxutos, e tardios; he muito bõa eccaíiaõ para
femear todo o gênero de grãos, que fervem para
paô , como fao trigo, centeio, e cevada, e outros
íimilhantes, Podem-fe femear favas , e tromo-
ços. D«vera-íe colher as bolotas, eaftanhas, ave-
laãs, e nozes; as romaas, os marmelos, e todas
as fruclas do tarde. Podem-fe plantar cereijeiras,
gingetras, pereira», e macieira?. Finalmente, to-
da a chaga nefte mea hedifficül to fade curar» t
muito mais as doenças nas partes oceultas.
Se nefte mez íe ouvirem os primeiros trovões,
moftra haver tempeftades de ventos, e commo-
gões nos ares; careftla de paens, e fruâas, com
pouca vindima ? e morte de peixes, e gados nos
Reinos em que fe ouvirem, conforme Leopoldo»
ftur.N. NOVEMBRO, dias 30. \Aur.N.
i r . >J< Feft.de todos os Satos. h.|
Z .2.* Gõmemor3ç. dos defunt. i.
c. 3, S. Germano Mart. k. {4.12.
16 g.4, S.Carlos Borroraeu Card. 1
5 A. j . S. Zacarias. ni.
b,6. S.Leonardo Confeflbr. n.
*3 £.7. S. Forentim Biípo. o.
2 4.8. Os Satos quatro Coroad. p. ' 7
e.o. Os Ss. da Ord. de S. D. q ó
f. 10 Os def. da Ord. de S. D. r. cr»
10 &tn>
18 g.li.S. Martinho Biípo. f. r 4 » 1 m

A.12.S. MartinhoPapa. s. O

CA
b.i3,Feft.de tod. os Ss.de S.B. t. "T3.
I5 c.14, Feít. dos Ss. do Carm. v. 3-n 0•n
T3
•à.if, CÔmemoraç. dos def. u. l9 n
e.16. SanêoEuquerio Biípo. x. aa»
4 f. i7.S.Gregor.Thaumaturg. y. 8* SM 4

12 g.18. S, Romaõ Mart. ^ ^ a


1 A. iQ.S.Ifabel Rain.de Ung. i ó era
b.io.S. Felís de Valois. n
<-t
9 as
eu
c.2Í.*Aprelentaçaôde N. S. t <n
17 d.22*. S. Cecil. Virg. e M. i.ijr
2.23. Clemente Papa.
6 f. 2 4 * S . ChryíogonoM.
14 g-25. S. Catharina.ViM. e D. e. o
\,2Ó.S.Pedro Alexaod.B.e M. f. 18
b.27.S.Fecund.ePrimit.Mm. g.
3 C.28.S. Gfegorio Papa. . h.fy
11 L19. Jejum S.Satwmno. i.
-.30..^ S.André Apoítplo. k
Perpetuo* 6M

Obras de Novembro, conforme Abeccnif.

N EÍle mez fe coírumaô* lavrar os campos, é


terras,que brotarão hervás inuteis,para que
ie percaõ, e naõ tornem a naícer, alimpar as ar-
vores dos reíeccos , eírcrcallas , e também as vi-
nhas , as quaes fe podem mui bem plantar nas
terras feccas , e quentes , deitar merguihias, ai-
porcoens, e plantar alhos.
No minguante deíl? m e z , e do que vem, h e
tempo mui apto para fazer íalmoiras , ecortar*
madeiras para obras. Finalméte efte mez hebonv
para banhos, e íangrias, para curar qualquer do-&
ença : porém mal nas pernas he j^rÍgoíe^e"r5iís
nefta terra , que era ox^pa-ypõr ler taõ humida*
Se neíle mez irtítívirem os primeiros Trovões „
fígnificaõiaTta degadoovelhum , abundância de
trigo , conWíitaméto ,e alegria nos homens: an-
dará bom 6 tempo, e choverá com proveito, fup»
poílo qua as frudlas cabido das arvores antes de
tempo, (conforme Leopoldo) no Reino emf
cjuc fs ouvirem.
E DE*
'Aur.Nf D*"ZE* O. dias 31. |Âur;.N
Ei» O K 1.
i
oi Bibiana Virgem, m.Í4
IÓ 'S.FfàneJ.cO" Xavier, n.; 12
b.4.* Sinta Barbara V. e M> o.' 1
5!c.5r,S,Gj-raÍdo:Àrceb.deBrag.p.
n 4 6 . *.S. Nicoláb Bi/po. q. n
o
o I ? le.7.S. âmbroilo D. da Igréj. r.j.17
c 2>ií'.8. N.S. ; da Conceição. í.l
O I°ig.o, Santa Leocadia V. e M. s.!66
«
iÁ.io,Santa Olsia Virgem, í.j 14 CO
• %&
*§ b.íi,S.DamaícoPapa Porrug.v.| O
-Ç.-Í2', S. Juftino Mariyr. u. 3 i—1

7 d,i j . Santa Luzia V. e M. x.! I í sa


eo
I e
5j 'l4.SJoaÔ da Cruz Carmel.y. -O
<m
ff-15"- Santo Euíebio Biípo. z. T 9 T3
c
sa

Jg.ió. S. Valenr.co feus eõp. 2, f»
f ^

co i
£3 4] A. 17.í>.Franco deSenaC.ar.m.^. 8
O
< I-ib,iíL * N. Senhora do O. a. >*
1
O) pio.S.Giemente B Garme!. S'.|16 0
ÜQ
. -5
^ 9\à;2ò.jrj, S. Domingos Abb. c. 5 -*
ca
1/ |e^^H^S^Thonié Âpoítol. d. liJ
«•a
#••> jf 2 s.S.HonoralfoiSz/m Cap. c'2.13 »ra
e
(O
ig.23. Santa;Viftoria^V><Jí2Uf.i|io''
^ A 2 |.j.S.Gre^M.*aíé osRei.g
x
4 b . 2 j . ^ Nafc."de ChriílS. N. h. i S
3 Ic 2vl}Jí i.Oitav.S. EftevaÕ, i.
-to p.27.^«2.0ií.S.Joâ6Evãg, £ .
. ]-.2:8.)J< 3. Oit. Os SF. Innüc. í.
1I

$?. m u
1 29 b.30, S. S.íbino Bifp., e M. n.\
Perpetuol 63

Obras de'Dezembro , conforme Paládio,

S Uppoíto feja verdade que faõpqucaf as obras


do campo nefte mez, com tudo nas hortas íe
pôde plantar toda a cafta de hortaliça para a Pri*
mavera. Êa madeira, que íe cortar no minguan-
te deite mez, fera mui durável. Ao lavrador,, que
for curiofo , nsó lhe faltará que fazerem feu of-
"ficio, como diz Paládio,como recolher feno, ef-
tercar onde for neceíTârio, pizar eípartp , e fazer
cordas,e preparar cubas,e alimpar vafilhas,eade-
gasjpóde também no campo concertar vallados 9
c tapar portar.
Muitas mais couías havia que dizer em cada
mez tocante á Agricultura , porém a brevidade
da obra , e pequenez do volume naódá lugar
para mais. As doenças dos joelhos íaõ perigolas»1
Se nefte mez fe ouvirem os primeiros trovões ,'
denotaó profpera faade ; e bom anno, paz, e
concórdia nas gentes, conforme Leopoido, nç
Reino em que ie ouvirem.
Eii S%u*
>4 ÍMnâviG
Aqui fe dd principio ãpronofii cação natural^
e geral dos tempos•;, pelo dia primeiro ? em
que entrar o anuo s di(correndo pelos fetti
dias da femana. (ut fcribit Leopoldo de Éu*
jlria ) cujos nomes reprefentao os fette Pla->
netas do Ceo, que faõ: Saturno, Júpiter,
Marte, Sol} Veups rMercnrio% e Lua; edas
qualidades >€ effeitos , que caujaonos que naf-:
cem debaixo dos feus domínios , ãa Phy/iofw
mia, que da a cada hmn, e das condiçoenS, ofji-
cios% e aríete que cada hum f$ poder á applicar „

Ntes de entrar na Pronoíli cação, dos an»


A nos,quero deícrever bum Ptoverbio,que an-
da nas eícóias ? e entre os Aftrologos difcretos, e.
Chriftãos s porque vem ao propoíico do que ha-
vemos de trãtar5 o quai diz aílim : Ãftra movent
Jsmiines yfeâ Deus AJlra movei. Quer dizer que
as Eftrellas movem , íncitaõ , e inelinaó aos ho-
mens a diveríos eíFeitos» cauíando o mefmo em
todas aà demais couías creadas nefte Mundo vi-
ventes s fenfiveis , e íníenfíveis , influindo nellas
fuás próprias qualidades j boas , ou más. Porém
úvi mais adiante o Provérbio ífque Ocos move as
EftreÜas , dando-lhes com íeu poder infinito, e
íabedoria eterna , aquelía virtude nativa ,e com-
rrtunicante para influir nos homens, enas mais
couías fuás oieímas propriedades , e naturezas ,"
pelai *[uaes cada hum yaiicguindo íua natural
incli-
Terpetuo. 8'J
.inclinação. Donde naice o outro Provérbio an-
tigo Ariftotelico, que diz : Ouod a naturainejl,
femper inejÍ:Q$ex dizer que o que cada hum tem
por natureza , com dificuldade o pôde apartar
de fi, antes bem o cnníeiva ;affim he verdade ,
cada dia o experimentamos em nó^outfos mef-
mos ; e nos demab. Porém também he cetto que
pode o homem com dilcriçaÕ , e prudência do-
minar qualquer má inclinação , que por nature-
za tiver , aííim com razão íe dííTe 5 Sapiens do-
minâbitur njlris. Que quer dizer: O Sabio íerá
senhor das Eltrelias, mudando a forte , e aípera
natureza cm brãda,e fuave ; e a .má incljnaçaÕ em
boa , e deleitavel, Para o que o noflb Deos , que
íeja para íempre bemdito, e louvado;, deo ao
homem aqueija fortaleza do livre alvedrio, que
naõ digo eu as Eftreílas do Ceo , porém nem os
demônios do inferno , nem todas as mais coufas
creada? faõ baítantes a obrígallo, íe elle nap qui-
zer : muito menos o poderão conftranger , íe for
ajudado com a graça de íeu Creadór. Digo pois ,
que as Eftreílas podem inclinar aos homens, po.
tem naõ conftrangellos, e obrigallos \ da qual in-
clinação pertendo fallar em iodo odilcurloda
pronofiic3ça6 natural dos Planetas., iubmetten-
do-me em tudo , e por tudo á correcçaô , e obe-
diência da Santa Madre Igreja Catholica Roma-
na.

Da
TjMnarfa

qualidade, e pronofihaçaõ natural\eefi


jiiíoí de Saturno,

ri

T"? Sfe Planeta, tem íeu aílenío no íertimo C e o ,


J E L e em ordem natural he primeiro que outros
Pianetas, o qual he frio , e (ecco , melancólico ,
térreo j mafculino , e diu no , he inimigo da na-
tureza.humana, Cauía trabalhos, fomes, ãffiic-
çoens, eíterilidades nos annos , e careftías nos
.snantimen-tos.. Traz choros, fufpiros, cárceres ,
deftruiçoens , perigr.inaçpens-, mortes. Repre-
íenta inquietaçoens , delaííoceyos, tsrdanças j
miferias , e deíconfianças. Goftuma efte Plane-
ta caufar nos que faÔ" da íua.natureza , aborreci-
mentos, trifteza?,•melarjçblias, .aneias, penas , eí-
pantos , anguíHas ,'foiedade , e retirp> Tem do-
minia íübre os velhos 5 caducos , e íoiitarios, ío-
Fêrpetm*. 67
bre os avarentós ; uíuraitos , trlftes , e melancó-
licos; íobre os homens vis, miferaveis , edeícon-
fiados ; fobre os glótoens, feiticeiros, mágicos ,
e nigromanticos , e íobre os que abrem íepultu-.
ras, e-exercrtao çbras humildes j e baixas.

Pronojíkaçaõ dejie Planeta Saturno.

Dia deite. Planeta he oSabbado, fua hora


a primeira ao fahirdo Sol , e oitava depois
de ter fahido. Se o anno entrar em Sabbado , fe-
ra íecco, e eftenl de niartim-enfos', o Inverno
comprido ,e algum tanto frio com poucas agoas.
Na Primavera denota.ventos» No Eftio hurnida-
des. O Outono íe^á íecco , e freíco. Moílra pe-
núria de trigo. De vinho ,• azeite ,mel; íerá quaíi
nada a colheita. O linho pouco , e caro. De fru-
ílàs abundância , e pouca de peixe freíco. Moí-
tra efte Planeta que íe moverão, e tratará^ mui-
tos caíamentos ,e que íe arruinarão , e cahiráo
algumas caias velhas.Reinarão febres , terça as ,
e quartas , em muitas , e diverías partes do mun-
dopelas intemperaiiças dos corpos. Muitos ve-
lhos, e caducos acabarão ícus dias em tal anno,
por lhes íer demaíiadamenté o tempo contrario.
Denota mortandade no gado miúdo , e mais nas
ovelhas, e nos bichos da feda , feâ' Dçm1 Juper
omnia.

Ã
©8. v Lmtarh
A Fyjiogmmia , que dú Saturno*
S que naíeeni debaixo do domínio deite
Planeta ,-faó de gatureza iria, e íecca. Cof-
íutnaé ter o ròfto grande , e feio , os oiho.s
ííieaoens, e inclinados para a terra hum ma-
ior que outro ; o nariz grande , e groíío , os
beiços groílos, fobrancelhas junras , a côr do
foítò preta, os cabéjlos negros , duros, e aí-
peros, e os dentes huns maiores que os ou-
tros, e mal proporcionados , os peitos mui
. veiloíos j de muitos nervos , e enxuros de
carnes, as veias íubiíí ? porém mui deícober-
ías j as pernas compridas, e tortas , e o tneí-
mo as mãos. E. ie Saturno efteve Occidentsi ,
iaz o homem mactlenro , e de pequena efta-
l a r a , de pouco cabello , e corridio.

Às condiç&ens, que ittfius &aturn®.

O S Saturnaes fao imaginativos , tímidos, e


de profundos peníamentos , e amigos da
Agricultura, Saõ inconfhntss, t ri(tes , e melan-
cólicos , cheios de enganos , pérfidos y e con-
forme o Füofofo, mui luxuriofos pela muita
flatofidáde , que nas compleições dos iaes íe ge*
r.a. Amao a íolidao } aborrecem os tumultos, re-
gozijos , e alegrias: por pouco íe agaílaõ , e te-
jgiçm muito o enfado : porém a todas eftas más
infiuen-
''Perpetuei ég
Jüfltiencias j, é inclinaçoens faberá reíiftír o Ca-
tão ',. e prudente com dilcriçaõ-, e liberdade
do livre aivedrio.
Efte Planeta (conforme AiíYagario) he maior
que a terra 95; vezes, leu metal he o chumbo,
lua luz como côr de cinza , leu domínio he na
terra , da qual eílá apartado 28 contos 89U560
iegoasVcujo corpo tem 589UJ60 iegoas,
Da qualidade , e pronofticâçaâ natural %e
effeitos do Planeta "Júpiter,

E Ste Planeta tem feu aíTento no íexto Geo.


He quente, e hurnido . aéreo , fanguineo,
maículino , diurno, e mui benigno a natureza
humana por íeu temperado natural; e aíTim com
íua influencia fe clarifica o ar , e correm ventos
faudâveis , eíao as chuvas á terra de grande pro-
veito, He coufa de que no Eílio íe tempere o ca-
lor,
70 -Lanaria
lo.r, e no Inverno a fnsldade. Diminiie as enfer-
midades ; affugenta as peíhíençias, purificando
o ar. He próprio, déíte'-Planara caufar nos ho-
mens amizades , concórdia?, focegôs' , p a z e s ,
tranqüilidade ,e benevólencíás , principalraeníé
nos joviaes.
Tem domínio (obre os, homens íabios , lro-
neftps', e vergonhoíos; ípbre os liheraes, juf-
tos , ,e ípiedoíòs l íobre /os leaes , e bem in-
clinados , e Religiofos , ípbre os que traía'6
verdade , magníficos , e vircuotòs , íobre os
Juizes reflos , e níiíerico-rdioíos : íobre 'os
compaílivos , e ajudados es dos pobres, e" da-
divofos: (obre os inclinados a.muíiiereá,. ale-
gres , e amorofos .: .fo.pre os bem diípoítoá ,
'..prudentes , e mui formoíos , febre os caulos•-,
-e tementes a Deos.

JPronoJii"cação ãefis Planeta.

G Dia defte Planeta he Quinta feira , fua ho-


ra a primeira, e oitava. O anno que entrar
nefte dia de quinta feira,, o Inverno feíá tempe-
rado , a Primavera veníoía , o Eftio aprazível , e
o Outono com chuvas, 'Haverá- abundância de
trigo., e mantimentoà". De vinho haverá muita
falta , dos demais fruclos haverá abundância , o
mel pouco , e nao faltará toucinho","'nem peixe
freíco. Pelas bènevolas influencias deite Planeta
fe faraõ algumas pazes» e conçordias, fal.vando
;
. fetiipre'
Perpetuo. jt
íempre o livre alvadno do homem , .como cila
CJÍ!>.
Os que naícem debaixo do domínio,deite Pla-
neta iaõ de mui boa eíbíura , bem diípoíros , e
temperados, alguma coufa louros , barba de
côr caftanha, cr-élpa , eicmdjda ,a vifra-íangui-
nèa , e naò mui forte ; nem ^giiaa , os olhos _íie-
gros, for.nóíbs » a reíh grande , -carnpía , os
dentes grandes, e bem cerrados, os cabeUos lou-
ros ,;é nao mui, e!peí!.)s., .os tá es vem a ler cál-
vos , e finalmente tem as veas bem defcobertas.

âx coni'íÇoans , que injlue Júpiter*


v 8 íovhes Lio homens 'pacificas \ modeflos,
" amigáveis , íém düblez" , nem engano ; íao
temperados no comer, e beber ; virtuofí*s ? fieis ,
ciados a íaber, n?,o ia o vingativos , porém a-,
gsíti.o com legitima, cauía ,' cumprem íuas
promeflas com fidelidade , trarão íuas comas
com grande diícripcáõ , coftumaõ dar bons
coníelhos, e feguros V percebem, as couías com
facilidade , e íem muito trabalho , porque íao
cie claro engenho ; íso mui aptos para ge-
rar, -vivem i»5s j e finalmente faÔ bem acon-
dicionados.
Efte Planeu(conforme Alfragano) he m.%ior>q
a terra 05" vezes, íeu metal he o eílanho. Tem
duminio no »x, e difta da ferra dezaíere contos, e
2. /BU200 íegoas> cujo corpo tem 6 I J ü 6 . Q O le-
"goas.; .,,; / Dét
/* Lunario M

Da qualidade, e prrmoftkaçao natural ]e ef-


jeitos do Planeta Marte.

E Ste Planeta eftá no quinto Ceo, he quente


e fecco,coíerico, ignco, maículinoje noétur-
»>o , inimigo da creatura humana por fua peíli-
ma natureza. Efte Planeta he cauía de íe reíolve-
rem os vetos, fazerem grandes frios , temporaes
geadas, pedras, e elcuridades , e a feu tempo
grandes calores, ventos deitem perado?, e de
má compleição', caufadores.de enfermidades
e he de taó contraria, e per veria natureza, e qua«
lidade , que move os ânimos dos mortaes , e pe-
Jejas,queftoens: bandos , guerras ,• parcialida-
d e s , contendas , derramamento de íangue, e
inimizades. Coítuma também caufar laírocinio ,
incen-
Perpetâõ. 72
incêndios, mortes, injurias , affrontas, e fubitaí!
culeras nos MarciacE.
Tem domínio íobre os homens de guerra ,
íobre os coléricos ; facinoroios , inconíian*
tes ; e mais mentirofôs , íobre os goLtoens,
deíavergonhados , e bellicoíos ; íobre 05 pen-
denciadores , eípadaehins , temerários', e-fu-
rioíos , íobre os ladroens , fakeádores de ca-
minhos , e rnaüciüfos , enganadores , nove-
leiios , e-invejoíòs j - fobre os pérfidos , in-
conítantes , loucos , frenéticos, iracundos , e
'íangüinosentos.
Pronofiicaçâõ do Planeta Martei
Ç Eu dia dtfte Planeta lie terça feira: íua ho-
i 3 r a s primeira , e oitava. O anno que entrar
neífedia , o Inverno lera mui frio; chüvoío , ef-
curo com muitas nuvens, A Primavera lera im-
unda , 0 Eftio quente , o Outono íecco. No mar
haverá infortúnios ,,?eHTpeftades, e naufrágios,'
JVjõítra que haverá carecia de trigo , e omeímo
denota no? mais gfiaás rhiüclos. ,De mel, e azei*
te mediania í os legumes íeraõ muitos, o vinha
pouco, e medianamente ;fruelas. De gado miú-
do morrerá muito pela abundância de iangue, e
muito calor^ que reinará nelie. Denota efte Pla-
neta enfermidades , e mortes no íexo feminino ,
e denota algumas mortes repentinas, e que ai?-
gumas peííoss illuftres, e grandes vitam cuvt
'-'"•' mor- .
j/á Lunar to
morte commutahunt*'Á finâsmenie haverá quef»
tocas j e comendas entre os fyrannos.

A Fyfigyomiã., que dá Marte.

S qu? naCcém debaixo do domínio dei-


te Planeta tem o rofto grande, e feio
com alguns grãos vermelhos, e tem muitos
finaes , os cabeilos poucos , e vermelhos , ou
luivos, o olhar agudo, e eípãntoío , o pef-
coço comprido, os olhos incendidos, e- en-
carniçados, narizes grandes , e abertos, os
dentes alvos, e apartados huns dos outros s
e mal proporcionados, poucas barbas, o cor*
po algum tanto encurvado. E le Marte for
Occidental, denota que tesão o peícoço deU
gado j as pernas fubtis , o andar de grandes
paílos, os pês groííos , os calcanhares peque-
nos , e a cabega grande.

Âs condi çoens >que ivjiuè Marte.


que íaq dç ratufexa de Marte coítumaá
O :'r coléricos cheios de ira , faltos de razaÕ s
ede ras , buícadores de arruidos, e de pen-
o e i v í s , inimigos da paz, e da quietaçaÔ , e
r

ar<- ii : íeus fimilhantes, e de jogps, e mulhe-


írn»õ íer enganadores, meníirofos , e
ma piedade; faô inclinados a furtar;
:abia , e prudente he fenhor das Eftrel-
las,
Berf)etii&, 7$
Ias , e de iodas ss inclinaçocns.
Efte Planeta!( conforme ASfragano ) he maior
que a terra hurna vez e meia , e huma oitava
parte mais. Tem feu domínio febre o fogo , íeu
metal be o ferro j e cobre , e diffa da terra dous
contos 379U mil k g o a s , cujo corpo íerri 12530
leííoas.

Dá qualidade..,' e prQKoJiicaçaõ- natural <, e


effeitos do $fíli

ír^
á ^

0• /1
* • : ,. J

,. •/) . Vi)|
i v

Ste Planeta eílá eonftituido no meio dos


< íeüe Ptançtas, que he no quarto C e o , como
R e i , e íeniíof delles;, de quem todos recebem
luz. He quente , e íecco temperadamenre, diur-
no , e maículino, pelo qual íe madurecem, e ía-
zonati todos os fruíios 3 e chegaé á fua perfeiça®
j6 'Lunar to
as herva? , e plantas do campo, He de fanta in-
fluencia efle Planeta, e lhe. deo Deos noíTo
Senhor tanta virtude para produzir, que veio
a dizer o Filoíofo que Toi',& homo generant
hominem, Quer dizer : Que o Sol, e o homem
geraõ ao homem. Do qual Planeta diz HàJi \
que por íua infiuencia naícem todas as couías
na terra, e íe geraõ todo o vegetarívo, e ani-
wiaes: inípira „ move , e iníi.ta efte Planeta os
homens a cargos importantes , governos , a
liberdades , honras, e dignidades , cauíando
authoridades , ambição , e gravidades , e mui-
tas vezes Crueldades.
Tem domínio íobre os Reis,e grandes (çhkà?
res : íobre os homens graves, e magnânimos , fo«
bre os de grandes cotíjelhos., e magníficos: e fi*
nalmenre íobre todos aquelles, que íaõ coníe*
Jheiros de Reis, e grandes Senhores.

Tronojlicaçoens do Planeta Sol.

S Ei» dia defte Planeta he Domingo/ua hora a


primeira , e oitava. O anno que entrar em
Domingo, o Inverno íerá algum tanto afpero,
A Primavera temperada. O Eftio quente em de»
maíia.O Outono ventoío. De mantimentos ha'
verá abundância : de trigo, cevada, e dos de-
mais g?aos haverá baftante. De vinho , azeite *
e mel Terá boa colheita , e naõ faltarão fructas
np tal anno, & finalmente haverá muitos gados.»
aílira.
^^^^^Ê Perpetuo, 77
aífim grandes>como muidos.Significa efte Plane-
ta que haverá pelejasse queftoens entre Cavalhei-
ros, e nobres, que faliaráÕ muitas, e varias cou-
í&s dos Principes,e Grandes. Efinalmete que ha-
verá algumas difíerenças , ainda que denota pa-
rar tudo em paz,e concórdia, e morrerão muitos
meninos , e moços. Sed Deus fuper omnia j
A Fyjiognomia que dá o Sol.

O S que nafcem debaixo do domínio do Sol


faõ alvos,, e de muitas carnes, tem o rofto
claro , a boca mediana , os beiços hum pouco
groíTos, a tefta redonda , as fobrancelhas delga-
das , os dentes brancos,e formofos, o nariz direi-
to, e bem proporcionado , o pefcoçõ , e peitos
redondos , corpo direito , e bem formado 3
coftuma5 fer fortes, e bem diípoftos.
As condiçoens , que infiue o Sol.

O S Solares fad homens graves, ehoneftosj


francos, ede grandes cônfelhos, deíejaô
fer honrados ,fa.Õ de animo leal, bem fallantes ,
e generoíbs , coftumaõ fer continentes , e ma*
gráficos.
Efte Planeta ( conforme Alfragano) lie maior
que a terra 166. vezes. Tem domínio íobre o fo-
go, e feu metalfceo ouro jeftá diílante da terra
F hum
78 Lunàfio
hum conto 213, mil 333. lego-a?, cujo,corpo tem
hum milhão, e mais 74U680 kgoas.
Da qualidade , e pronoftnaçaõ natural, e ej-
feitos de Vttws*

I ?|Ste Planeta tem íeuaíTento no terceiro Ceo.


L He frio, e humido temperadamente, aqueo,
feminino , noclurno , e algum tinto fleumat-i-
co , amigo da natureza humana. Efta Eftrella ha
a que mais allumia de noite depois da Lua: e he
a que coífoárnaõ chamar Luzeiro da manha , mof«
tra-íe algumas vezes de dia depois de fahido o
Sol , e efpecialmente. no Inverno.
Tem domínio fobre as mulhes, e meninos»
íobre os Muficos, e bem fallanres; (obre os dt-
íofos,ebem affbrrunadoe; íobre os juílos , e pru«
dentes j fobre os agradecidos -, e piedoíos j-e fi-
nalmente
Perpetuoi 79
nalmente íobre todos os qüe íe prefaÔ" de po-
lidos j e aííèadòs.

Pronofticáçaõ âo Planeta Venus.


Dia deíle Planeta lie Sexta feira , fua hora
a primeira, e oitava. O anno que entrar
neítedia , naÔ faltarão, ágoas. O Inverno lera pe-
zado , e mui frio. A Psimavera ventoía. O Eítio
humido , e apra^sivel. O Outono em parres íec-
co , e vertoío, e em partes com muitas agoas.
Haverá mtitos mantimentos ,ainda que demoí-
tra que íeihi caros. A vindima lera muita; e
boa. De azeite, e mel haverá abundância. De-
nota mal de olhos ,e que morrerão muitos me*
íijnps de bexigas , e que muitos homens graves ,
edeeftimaçaõ padecerão trabalhos.Haverá mui-
tas romarias , peregrinações; e haverá algumas
grandes diííençoens em diverías partes do mun-
do. No gado miúdo denota mortandade. E final-
mente denota'que fe lentiráõ alguns terremotos
em diverías partes.
Osquenaícem debaixo do dominio deíle Pla-
neta tem a car3 redonda,carnoía,e bem córada, e
alguma coufa vermelha ; os olhos alegreSjpretos,
e inquietos ;. fobrançelhas pretas^formolas, eal-
gum tanto juntas„os cabellos corridios, e eftendi-
dos, ainda que alguns os tem orefpos , c no rofto
coílumaõ ter algü final, o nariz encarnado, o bei-
ço debaixo mais groíío que 'o de cima; a boca,
F ii me-
8o Lunar m
mediana , a graganta torajofa , os peitos eftreif
tos, a eítaíura do corpo -pequena , e poucas car-
nes, e as pernas ayuItadas.Se Venus foi Orientai
no na-ícimento , faz -a 'pefloa g-roça, bfanc? ., e
de boa eftacura. Se foi Occidental , feia pe;
queno do corpo, e calvo da cabeça.
As condiçoens, que tnflue Venus,

O S yenereos s fao de compleiç ó quente',


. humida , e 'fleumatica , eoítu tao ler elo-
qüentes , prudentes;,ditofos, e bem dffortunados,
agradecidos , amigáveis, juftos , e piedoíos,e de
doces palavras , amigos de niuíicas , e palTatem*
pos, de danças, jogos ,do ócio , inclinados a mu-
lheres, compofturas , e ornatos. Finalmente íe
prezaõ de andar bem tratados , e com vertidos
cheirofos, e mui poucas veaes íe inclinaô ás
letras.
Efte Planeta ( conforme Alfragano ) he me-
nor que a terra 270 vezes , íeu metal he o
cobre , e tem deminlo fobre as partes vergo-
nboías , aílim do homem, o r n o da mulher,;
e eftá diftante da terra 325U650 legoas, cu-
jo corpo tem 175" legoas.
rr efetuo. tfi

Da quallàaãe , e froncfiicaçaõ natural', e ef-


feitos do , Planeta Mercúrio,

E Ste Planeta tem feu a (Tento no fegundo


Cso , e he mafculiho, diurno , e de nature-
za indiferente y porque toma a natureza do Pla-
neta , com que íe ajunta de tal maneira que ,
íe íe a juntar com bom Planeta , boa fera íua qua-
lidade^ natureza-, e fe fé a juntar Com máo Plane-
ta , má lera fua compleição, e taes íeraõ íuas in«
fluçfiçiãs; e «ijjrp o vemos por experiência, que ha
homens defta mefrm natureza , e condição, que,
cornos bons íe fazem bons, c com os máos taes
como elies,
Tem domínio, efte Planeta (obre os Poetas,
Eícrivaês,Letrados , Pintores,e Matemáticos,
e íobre os inventores, ourives'', e bo/dadores, e
final-
tu Limaria
fkaimente íobre todos os traíantes , diligcn-'
t e s , e mercadores.
Promjlkaçoen f do Planeta Mercúrio,

S Eu dia dífte Planeta he quarta feira, 'a.i hora


a,primeira,e oitava.O armo,-que eW u- n.tíle
dia , o Inverno íerá aípéro , e naõ mui frio. A
Primavera humida^e pouco b:>s.O£iti> qüéfiíif-
fimo, O Outono-temuerado. De trigo- : dos mais
gtáos íerá a colheita tuítlte. A vmúi na íera boa.
O azeite em âbundácia: com tudo jenota q dos
masmantimêros haverá penúria , e fome em ál-
güas partes. Mais adiante denota morte em aJgü
principaí,e nas prenhezes abortos, e muitas do es
de coitas, e de cabaça , comar-fe-haõ muitas cou-
fas novas de eazos acontecidos no dito arino.

A Fyfionomiâ , que dá Saturno.

O S que naícem debaixo do domínio deíle


PlanetaJsÕ de mediana eftatma.tem a teíta
larga , e lermtada ,a cara alguma cqüía com-
prida. O nariz comprido , e aílinalado ; os oihos
pequeno?, e forrnoíos, nao de todo preros; as lo-
b-ancelhss largas, e eftendidas; a baroa preta , e
rara ; os beiços delgados,, o? cabelios eftendidas,
mas torcidos nas pontas , os dentes mal poftos ,-.
e os dedos das mSos compridos.
As
Perpetuo, 83

As condiçoens , que inüue Mertwio.

C ^ S Mercuriaes coftumaõ fer de agudo


/ engenho , babeis diligentes , e fabios ,
íaô hoioens inventores, e induftrioíos, SaÕ íuf-
ikiente, para qualquer gênero, de arte. Saõ a-
migos ce irem a terras eíhanhas , e grandes
negociar.'es. . •
•v' Eíla Ei>ella de Mercúrio he muito menor
que a Lua, 1 a Lua he muito men r que a ter-
ra , çotrio íe dirá em íeu lugar. Seu metal he
o azougue; e diíh da terra 125U125 legoas,
cujo corpo i U . milhas, que íaô 200 legoas
Italianas.

Déh
84 Lunar fo

Da qualidade ,e frmoftkaçaõnatural, e.effí


tos da Lua.

E Ste Planeta tem íeu eíFeito no primeiro


Ceo , e mais chegado a nósoutros. He frio,
e Jiurnido , aquático , nodturno , e feminino , ao
qual fe ãttribuem as humanidades, e a producçaõ
de todas as coufas vegetativas, pela muita humi-
dade , que o dito Planeta influe. Alguns fe tem
defvelado em contemplar as propriedades da
Lua 5 e íe naõ tem caufado pouco por entender
íeus effeitos ; porém tudo tem fido querer efgo-
tar o mar , porque faõtaô varias fuás m-«danças,
e tao admiráveis íeus íegredos » que s ^ v k poí-
ílvel alcançallos a todos , e pois Vem aqui a pro-
pofiío , direi alguns effeitos delia em geral. Pri-
meiramente íe ha-de notar que os effeitos da
Lua
Terpetuol 85*
T.ua em creíceníe íaõ mui difFerentes, que ein
1 íinguante, e aílim todas as peííoas de pruden-
c, a tem cpnta paíticular cot» os crefcentes , e
m. nguantes da Lua para muitas, e diverías cou-
ias , :antes á agncultura,e á íaude corporal. Diz
pois k iniono liv.ío. Cap. 3Z , que todas as cou-»
ias, qi s íe cortaõ , e íuiquiaó , para que íe con-
fervem muito tempo , íe devem cortar, colher,
e toíquí r em Lua chêa ,ou minguante , porque
a madeirV, que íe corta em Lua crelcente , logo
Ihedá o ca uncho i íe for arvore, que perde a
folha. Os âi* mães , que íe craítraõ ern creíeente,
correm psrigo de morrer, e as fructas, que íè co-
lhem ;e os paens,que íe fegaÔ em creíceníe, ( con-
forme Paládio ) íe damnaõ mais depreíTa do que
no minguante. He'-de notar outro effíito da
'Lqa,e he que, para que íe gerem muitos machos,'
íe davem deitar os pai»,ás fêmeas no crelcente.
O meono devem obíervar as mulheres quando
deitaÕ ú galinhas,fe querem tirar mais frangos ,
;que frangis ; íe quizerem ao contrario , efperetií
que feja minguante da Lua»

Outra maravilho Co efeito< do -giraníe, on con-


jaucâQ da Lua.

Iz Jacobde Paíermo , italiano, que quem


quizer faber o ponto da conjunção da Lua ,
tome hum pucaro de prata , e.ponha-lhe hutia
peque-
$6 Lunarío
pequena de.agoa do mar, e cinza de oliveira , e
que naquelle inítante , em que for a conjunção ,
iê reíolverá a cinza,e a água íe fará turva.O mfV-
mo Author dá a ca ufa do tal eífeito, dizendo coe
coqioaLua tem dominío diretamente m yra-
<ta /oliveira , e agoa do mar , ao tempo r.a.con-
junção fazem íefitiíBento, e dao moílra da na*
turcza , que delia tem recebido. Tem domínio
elte Planeta fobre osmàreantcs, lobtep? que an-
daõ em rios , álagoas, íohre rodos aqix..lies, que
andrfó em agoas (obre os flaumatícos,i pirguiço-
íoá, e para pouco, e que dormem ,*imto.

Prom/licaçaÕ da Lua.

S Eu dia deite Planeta he á íegunda feira, fua


hora a primeira, e oitava. No anno , que en-
trar nefte dia ,na6 faltarão agoas. O Inverno le-
ra temperado. A Primavera fieíca. O Eílio mo-
derado. O Outono muito humido. De trigo ha-
verá pouco, e dos mais g^aos abundância. De
vinho , e azeite mediania. Haverá enfermidades
nos anirnaes tantas, quecaularaó admiração nas
gente*. E nos homens, e mulheres denota mui-
tas enferrnidadeí,e entre os poderofos molha ha-
ver ciíma , e traiçoens; e nas muiuC*,* mal da
madre. E finalmente haverá pouca íêde* e me-
nos mel , porque morrerão muitas abelhas , e
feichos de feda.
1
/ dí
Perpetuo* $~

A Fyjtonmnia , que dá a Lua,

L -S^ue nafcem debaixo do domínio da hm ,


•.õhomens müjtòãíyo ,,e fleumaucos - rtm
o roftí. cheio , redondo , e pailido .o? oiÍ50s \
dioctt , e fomnokíKü; 5 burri maior que o outro ,
e tétn : güns finaes, ou -pintas no roíto , m -o-
bíáncts !-as juutas , o narizes rombos ,-,e a 'bo-
ca pequ,.;Ki.
Ás t ''ndiçoens, que hfiue a Lua.

S da natureza da Lua íaõ inconftaotes, va-


gr.bu.5dos , dorminocos , e mui ã miúdo tem
enfermidades, ainda que pequenas; íaô inclina-
dos a navegar, andar por agoas, e tagôás , e íao
jnconílaorcs , pírguiçoíos j e vagarolos em ta-
.deterrninar.
Efte s Planeta ( conforme Atfíagario ) lie írre-
nor qu4p terra 39 vaze?. Seu metal Hí a prjara ;
e tem domínio (obre, a agoa íaíóbfa , peu-goâ , e
oliveiras , çftá diftanré da terra 9U847 legoas,
CUJO co' po tem í óó !egoas.

Regrai para conhecer fe a Lua he nova,ou velha*

T Odas 'as vezes, que os cornos, ou pontaá


da Lua eíHverem para a parte donde fahe
o Sol, íerá Lua nova : e íe eüiverem para a par«
te
88 Lunario
te donde o Sol fe põem", íerá Lua velha, ou n
guatitéje affim pára a memória vem bem 1* \
verio, que diz : Lua creíceníe , pontas o
Oriente. Lua minguante, pontas adiante.

Defcrevem*fe as faculdades , letras , ou Artes ,


ofícios , cargos , e governos, occupaçme. , e en-
treteninientos^ a que inclinaÕ os jette P lanetas
aos que naf cem debaixo de feus domini ,r; o que
jervit"dpara que cada hum, \ahkndo ( qual das
fohreditas coujas o inclina oftu Vícneia fe ap-
plique a ella , fe lhe eftivér h? a •> e ajjim.
jejíi confummado naquillo , que emprender.

A que coujas inclina o Vianet a Saturno.

O S Saturninos iaõ incliri idos a letras, ecou-


ias de eliudo» eípeciaimente á Filoíoíia,
coujas de entendimento , porque faõ mui eftu-
dioíos, e amigos de íaber > entender os fegre»
dos da natureza , e também das mais a^ps.mecâ-
nicas , e liberaes. A muitos deftes inclina efte
Planeta a íerem lavradores,çurradores,pedreiro$j
a outros inclina a ferem çapateiros , e luveiros;
a outros inclina a abrir íepulturas para enterrar
mortos, niiftfes de cafas, ermitoens, e caçadores.
§sô mui aptos para andarem em minas J„azou-
gue, xumbo, eftanho, e outros metaes i e faõ ven-
turoíoseai defcobrir minas , e theíburos, e em
achar couías velhas. e antigas- Finalmente faó
aptos ;
"Perpetue, 89
aptos para Re!igioíos,e citarem em dgúfura,po,r-
< iue íaô mui inimigos de eõveríaçóesV tráfegos.

â que coúfa inclina o Planeta 'Júpiter»


"1 Juviaes íaô inclinados a coufas da Igreja;
O ,-e Religião., e devoção \ porque íaõ pací-
ficos, \ rtuoíos, e modeíros : e a muitos deües in-
clina e. e Planeta a ferem juizes 5 e Letrados,
outros a t rem Feitores, Coníeiheiros, e Pais de
pobres , e -e famílias-, porque íaô aptos para to-
do'o gener,. de piedade, e para os lugares de le-
tras j c dignidades.

A que coufas inclina o Planeta Marte

S Marciaes,e fujeitos ao Planeta Marte,íaô


inclinados a toda a couía de fogo ,-e das ar-
mas, e affim"os mais delles dâõ em íerem arti-
lheiros^ ferreiros, e vidraceiros ; a outros incli-
na a ferem Cirurgioens, carniceiros, ferra dores ,
e agulheirds j.-a outros inclina a íerem homens
de guerra , ladroens, e íalteadores de caminhos.

/- «fje coufas inclina @ Planeta Sol.

Os que domina 6 Sol, os inclina a terem ,


e procura rem cargos, governos, e dignida-
des'*, e sífim-aptos para Governadores, Re-
gedores,
• <?o ' Lunar to
£cdoT? , e feriados , para Capitães , e M-cílres
tít pára Paftof.es , de homens , e de gs-»
do; i iüe taó aptos ,e capazes para toda a
arti ;<>, que trata em íedas, ouro,e píar.a.
A qtie eoufas inclina'o Planeta Ver, >s.

S d anatureza de:VeriLi' íaô inclinad JS a of-


O ficios , e artes afegres , viikoías., p jlidas, e
agradáveis,corno laóa arte de cantar, 'i 'tanger 3
e afítíti muitos daõ em íer Ppetas , Or ^aniftas , e
Meirre^ de íolía :a outros os inclina â"lerem bor-
dadores, douradores , e pintores yà, outros a le-
rem cerieiros, teceloens , corretores , e come-
diantes.

A que eoufas inclina o Planeta Mercúrio*

O Srios^Tabdiiaens,
Mercuriaes faõ inclinado? a ferem Nota'
Eíçrivaçá ,'imaginários ,
e pintores- ,a outros inclina a íerem A.rthmeti*
cos , M íliérmticos, tratantes,e mercadores ,a
outros s íerem Eiculíores, Impreííores, Lapida-
n o s ' , grandes negociantes, e cazamenteiros.

A que eoufas inclina o Planeta L:sa.

O Siasdavariai
natureza da Lua ísó inclinados a cou-
, e íanubeai em varias em todas ,
1BUÍ«
Perpetuo* • • çi
muitos deües da6 em ;er preícadores, e navegan-
fes, outros fe inclinai) a íer rendeiros , taber-
n iros, eftalajadeiros ,'e outros íimilhantes oí-
fie'os. Feios finaes, e Fyfionomia , que a cada
hutu lá o Planeta , que c domina, virá ern conhe-
ci men o dilto pela condição natural , que em íi
•influir e ,-cauíar : porque He certo , íe tiver «s
condiç» im de Marte, -íerá Marcial, íe de Jupi •
-ter,Juv ai,e íe de Mercúrio , Mercurial. &c.

Tahoa-
(2 Lunario
luboada pára fe jaber as horas do luar enz
todos os dias do atino*

Idades da Lua* •

Crefcente. Minguante. Horas da Lua

Dias. Dias. Horas Q tintos.

i 29 1 c 4
2 j 28 1 * 3
3 27 2 2
4 j 25 x
3
25- 4 °
24 4 4
6
7 5* 3
8 22 6 2
9 21 7 1
j© 2^ 8 0
19 8 4
12 l8 9 3
<3 17 10 2
14 IÓ M I
1» 15- iZ 0

JüTÍrta-fe que je a Lua crefçe, he 0 luar depois


âú Solpoflvje mi«gm , he ames de najcer o Sol.
Effdto
Bffeita' m&ràvilfjofo dã.-Lüá nos fluxos, e re»
rstíxos do niar»

Ivítre muitos, e vários effâitos , que a Luà


coíluma cauíar, hom delies, e nua eílranho,
he o fluxo , e refiuxo do mar, o quai creíce , e
vafadtus vezes em eípaço de 24 horas, pouco
mais pelo movimento da Lua, e de ordinário
íe detém em cada enchente, e vazante fei? ho-
ras , e hurna quinta psrte de hora. Coftumad luc-
•ceder eítes fluxos, e refluxos em quali todas as
coitas do inar Ocesno3c em algumas do mar Me-
diterrâneo , e-ás vezes íao taõ grandes citas cref-
cenies, e minguantes, que te tem vifto na coita
de Panamá ficar enxuta a praia por efpaco de
duas léguas , e em outras partes mais, e menos.
Com o que íerá conveniente , e neceíTario aos
marinheiros Íaber a que hora do dia começaõ as
marés, ráara que fem perigo , ea feu laivo, pof-
Ía5 entrar com íeus navios nos portos, e pelas
barras. Naõ menos importa aos Médicos íaber
eíle maraviihoío íegredo ; porque conforme ef-
creve Plinio , e o confirmou Pero Aponiente, to-
do o animal que morre da lua morte natural 3
naõ motte em enchente de maré, íenaõ em min-
guante; couía por certo digna de íer notada,
e dos Médicos experimentado.''Para (e íaber per-
petuamente & que hora do dia começará cada
G sxs
maré chea ; e minguante f íe ha de íaber quanto!»
dias íao da Lua,ou dia que o quiserem íaberjpara,
o que íe buícaráõ".os dias, que forem de Lua, pe-
la feguiníe Taboada na pi imeira. colümna á maô
efquerda.defronte , e para a m.aiõ direita íe acha-
rá a hora que cornecaráo os creícentes , e min-
guantes do mar por todo aquelíe dia. E advírtaô
que a dita Taboada coníbide cinco coiümhis; a
primeira eplumna, da dirá Taboada começa por
o, pelo qual íe entende o próprio dia da Lua nova,
que ainda na.Õ he completo ; porque íe íuppoens
começar pelo meio dia, e acabar pelo meio dia
fefuinte notado á màrgem'cprn"p meímo nume-
ro, Mas o primeiro dia da Lua íe entende que
começa nó meio dia do notado. á margem com
o mefrrip numero i. , e acaba no meio dia do nu*-
mero 2» '•»; forque íe fuppõem que o primeiro,
dia nao começa fenao depois de completas vin-
te e quatro horas, e quatro" quintos» Â letra T. á
margem das Eras quer dizer que faÔ de tarde, e
o M quer dizer rnanhaa. Na dita quinta eolúmns
feachaô as letras menores, m. d» que ílgniáeaõ
meio dia 3 c as letras m. n, meia noite»

Dias
Perpetuo* 95
Dias Pr. MI. fé. Pr.baix.m Seg-pream. Segbaix.m.
de L / . <?. h q. | h. q.
!
o 3 o.T. 9 o T. 3 2 M . 9 l M.
i 3 4 T . 10 o T . 4 1 M. 10 2 M„
4 5 T. io 4 T." 5 0 M. 11 1 M . .
5 2 TV 11 | T . 5 4 M. 12 o m. d;
6 1 T. 0 0 2 M. V 6 .3 M. co 4 T .
7 o'T. 1 1 M. 7 2 Mi 1
7 4-T. 2 0 M. o I M . : 2 2 Te
7 8 3 TV 2 4 M. • 9 O M.' 3 1 T.
9 2 T. 3 M. 9 4 M... 4 o T .
9 1 »° * í* 4 2 M. IO'3 Ri. 4 4 T.
IO I , í o T. 5 1 M. II 2 M . . 5 ?T.
X I. 6 o M. OO T . I
2 T.
12
i» 4 TV Í 4 M .
S oo 3'M.
'!?• 1 : 7 3. M.
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I
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T. ! o o T.
2 M. -i T. 8 4 T.
14

, 2 I ,'M." 9 1 M.
$ T. I 9 3 í'
\6 50M. 10 o M. T . 10 2 T .
A
•17 5 4 M. io 4 M. o T . ; 11 1 T .
4 3 M. 11 3 M. 5 T.
J8 4 12 o ra. n-
5 2 M. 00 2 T . 5 ?T.
»9 00 4 E
6 1 M. 1 1 T . / 2 T. • i 3 M.
20
21 .7 o M. 2 o-T. 8 1 T. 2 2 ' M .
7 4 M. 2 4 T. 9 o . T . • 5 1 M.
22
8 3 M . 9 4 T.
2?
9 2 M.
? 2í Tí. 10 2 T . 4 o M .
4
24 4 4 M.
10. 1 M. 5 1 T . 11 2 T . 5 3 M.
zè 11 o M. 6 o , TV 00 1 M. « 2 M.
27 l i 4 M. 6 4 T. 1 o M. 7 i M.
28 00 5 M . 7 1 T, 2 4 M. •8 o' M.
29 1 2 M. 8 2 T. 2 i M. B 4 M.
?0 z 1 M. p 1 TV I 5 9 M
í«* 3 o M.
_í3__ji
9o launarw
Para qos íe facilita mais aTahoada,e fiquç
X L entendida , propore no? hura exemplo , e fe»
ja , que cjüero íabèr as marés aos 9 da Lua s
vejo no numero 9 da primeira cólumiiã da parte
eíquerda, e logo em íua conrcfpondencia ^ara a
mão direita debaixo da íeguríd.a.coluna. que tem
duas repartições cie alto abaixo coro as outras
íeguiníes \ íe acharão m primeira repàriiçao ,r.a
horas , e na íegunda hum quinto de hora , que
fao 12 minutos coma ícíra T, ao lado direito , a
qual figniíica ferem aquellas horas , e quintos da
tarde , pelo que a tantas da tarde ierá a primeira
maré chea.
À primeira baixamar, ou maré vaíia. íe acha-
rá na terceira coiura.na ás 4 horas e 2 da manhaa
do íegüinte dia,em que comoção os 5 9 da Lua ,
que íe íuppoem ler pelo meio día;dos mefmos o»
A íegunda preamar , ou maré chea íe achará
na quarta columna pelas 10 horas e 2 da meí-
ma manhaa íegüinte ao dia, e que 5 come-
çaõ os 9 da Lua,
A Íegunda baix^msr íe achará na 5. columna
pelas 4 horas e 4 da tarde do rneímo dia íe-
güinte. J* •
Se quizerdes íaber a maré vaáia «iitecf dente á
primeira preamar dos mefmos o da Lua, firai das
10 h o r a s , e 1 da MI de em q lie a primeira
preamar,6 horas 5 , e 1 reftaõ % horas datar-*
-ç de
Terpéitiü. 97
Se l em que he maré vazia; querendo faber a
iriaré chea antecedente a-efta vaáia , tirai das 4
horas da tarde 6 horas e 1 ( acrefcentando pri-
meiro 12 ho-r.fobreas 4 "5 fazem í ó para po-
dérdes fazer diminuição ) reílao <? horas , e 4
em que foi a maré chea na roanhíã do raeímo
dia 5 em que começso os o da Lua pelo meio
dia, porque a Taboada começa pela primeira
maré chea da tarde.

Segundo exemplo,

Ç E qaizerdes faber as ditas maré? aos 24 da


O Lua , fazendo como acima íe dia , acha reis a
primeira maré chea pelas 10.horas , e r da ma-
nhã, mas ja do dia feguinte ao em q .pelo 5 meio
dia começaô os 24 da Lua. A primeira baixa-
mar ás 4 horas, e 2 .da tarde defte meímo dia
feguinte, Â íegunda 5 preamar pela 1, hora e i
da^melma tarde. Â íegunda baisamar pelas 4 5
horas , e 4 da manha já do fègundo dia íeguiiue
ao em q 5 começará os 24 da Lua.
Mas Te quizerdes íaber a maré chea antecedéte
á maré chea da íegunda coluna,tirai das 10 hor. e
2 6 horas , e 1 reír.204 hor.da melma msn.
5 do dia feguinte "5 ao em que pelo meio dia co-
meçarão os 24 da Lua , e diminuindo outras 6
horas e I (acreícentãdo primeiro 2 hor, át 4 que
snontaó 5 ió para poderes fazer a fubtracçaõ.)
rei-
g^jMMUÈHflRfl JLuntirtQ
eftaÓ 9: e. 4 da £arde,q íieac ferido dos próprios
dias era que 5 começarão os 2?,.d a Lua,nas quaeè
horas > e quintos foi a maré cheia antecedente-
Parâfaber em que Sigm anda a Lísa.\
Ata faber em que Signo anda a Lua cada
P dia , íe ha de ir so Kalendarío dos mezes> e
veja-fe no dia, que querem fóber , q ye ^eír^,litie
correfponde defronte da 'ma 5* direita do ABC , «s
labida a letra ,• haó de fabèr quantas íao de Áu-
reo Numeroaquesie anno , (oqual fe acharánef-
te Lun^río a foi 2o«) e fabido, buique.fe na
Taboada que íe legue das letras lunarias do
ABC'•, e achado * vaõ deícendo pelas letras, que
ettiverem em íeu direito, até que encontrem.corn
a letra, que notarem no Kaíendano, E achada,ve-
ja«!e defronte delia á mao eíquerda que Signo
lhe correfponde-, porque em tal Signo fe achai3
a Lua aquelle dia.

Áureo
Áureo»
Num.

Aries, g x n d v K a f h z p [e u 1 b s i 2 t
Aries, h y o e u 1 b s i 2 q f x m c C K 5 V
Taur. i z p f x m c t K 5 r g y n d v 1 á u
Taur. K 2 q g y n d v 1 a^f h z o e u m, b x
Taur. 1 $ r h z o e u m b s i 2 p f x n c y
Taur. m a f i 2 p . f x n c t K 5 qfg y o d z
Gem. ti b s K 5 q g y o d v 1 a r h z p e 2
Gem. o G t 1 a r h z p e u m b f i 2 q f 5
Canc. p d v m b f i 2 q f x n c s K 5 t g a
Canc. q e n n c stK 5 • r g y o d t 1 a í h b
Leo. t f x o d t i a f h z p e v m b s i c
Leo. f g y p e v m b s i 2 q í u n c t K d
Leo. s b z q f u n c t K 5 r g x o d v l e
Virgo. t i 2 r g x o d v 1 a f K y p e u m f
Vrgo. v K 5 f h y p e u m b s i z q f x n g
Libra, u 1 a s i z q f x n e t K |2 r g y o h
Libra, x m b t K 2 r g y o d v 1 5 f h z P l
Scor. y n c v 1 5 í h z p e u m a s ti |2 q K
Scor. z o d u m a s i 2 q f x n b r K 5 r I
Sag. 2 p e x n b t K 5 r g y o c v i a) f m
Sag. 5 q f y o c v l a f h z p á u m b s n
Cap. a r g z p d u m b s i z q e x n c t o
Cap. b í h 2 q e x n c c K 5 r f y o d V P
Aqua. c s i ' 5 r ' f y o d v l a f f g z p e u q
Aqua. d t K a f g 2 p e u m b s h 2 q í X r
Pife. e v I b / s n 2 q f x n c t i. 5 t g f
Pife. r u m c t i 5 r g y. o d v K a f h z s
Pife. g x n d v K a f h z p e u 1 b s « 2 c

Regra
Lunar? 9
Regra para jabe? qttan tas horas hêverã de Lua
eàdà UOttS,
Ontareis quantos dias fa5 da-Lua" nova á
C noite £} quizerdas fa.be r quanta? horas ha de
Lua» e mulíiplicaãdoiQs por três partes , quan=
tos houver na multiplicação* tantas horas ha-
véi-á de Lua aqueli-t noite. E o "meímo fareis
nos dias, que forem'de .Lua velha, e quãtos quar*
Io? houver no tresdobro, tantas horas tardará em
.íahir a Lua aquella noite» queíç qui-zerdes fafeer*
E íe além dós quartos, que houver, íobejar hura
fera quarto de hora ,eíedaus, dous quartos
íe três, três quartos.' E notai que cada no
dçíera a Lua no noílb Hemisfério , íe he i
três quartos de hora, e.fè he velha, tardaiá zx. íi«.
hir outros três quartos de hora cada noite.

Invenção nova, eTcéoãââ mui curta fa^e verda-


deira para 'fabsr em que- Signa anda a
Lua cada dia.
Ara íaber em que Signoanda cada dia a Lua*
vêd& quantos dias laô de lua naquelleraez ,
e o dia em que oquiserdes íaber, e eíle numero
buícareis. na margem da íeguinte Taboada á mad
efquerda , e defronte delle numero 3 na columna
que reíponde ao ates , cujo for o dia que buí-
cais,
Verpetuo., for-
cais , achareis o Signo, cm que anda a Lua o í.ai
día ; e porque fe facUite a regra , daremos hum
exemplo'., e Seja , .que quero íaber a 12 de Se-
tembro âo annq de 1663. em que Signo anda a
Lua, ^acho pda regra que em •Aquário-, por-
que a çon\-úncãô da Lua foi a 1 do dito mez, e
de hum até iz vaó I í dias de Lua , (naô con-
tando o pámèiro dia da conjunção) o qual nu-
mero i í íe acha defronte do Signo de Aquário,
que eftá na coluinna,que conreíponde ao mez de
Setembro, e aííün direi que a i% de Setembro
íeachaiáaLua no Signo de Àqua; io» E quem
qutzer íaber o próprio dia da conjunção em que
Signo anda a Lua , nao he neceílario mais que
ver em que Signo anda o Sol % ( pelo Kalenda-
rio ) que naquelie próprio Signo anda a Lua o
faí dia , e notai que mjus atuante achareis a l a *
fooada dos Signos, que íao bons, e máos para
íangrar, e purgar»

Dias
102 Lunari0
Dias$aneir. ÍFever. \Março. [Abril. Maio* 1 ^unüh.
4s L.yignos. 'Signos- 'Signas. Sign. Sign. \SigUé
Piteis. jAries. Faur. Ge?n. CanC
Pifeis, -jAries. Faur. G í n. Gane.
Aries. iTaaro. J i O l . Crie. Leo.
Aries. ITaura. Giac. i Leo.
Aries. jTauto. 3 :m. Cmc. i Leo.
Tauro. jGemtn. Cmc. Leo. | Virgo*
Fàuro. íGérairi. ume. i Leo. 1 Virgo..'
Gen Leo. . •Virgo. I Libra.
Gemia. Câncer. Leo. I Virgo. \Libra. •
Gernifi.-[Leo. Leo. iV;igo. Libra.
Cancer.jLeo. (Vtrgo. Libra. \ Scorp.'
Cancer.jLeo. |V.;rgo. ;Libra. ! Scorp.
Léo. Virgo. i> ara. ÍScorp. Sagic.
[Leo. ' . iVireo. Libra. Scorp. Sagit»
Leo. Líbia. Scorp. Sagit.
Virgo. I Libra. Scop. Sagit. ÍCapr.'
Virgo. Libra. Seop. Sagit. Capr.
Libra. :ScOrp. Scop. Capr. 'Aquar.'
Libra. jScorp. Sagft. Ca-pr. Aquar.
Libra, [Sagit. Sagit. Capr. 'Aquar.
Scorp. Sagic. jSi-gic. Aquar. Pifeis.
Scorp. tCapric, Capr. Aquar. Pifeis.
Sagit. íCapriCi Capr. Pifeis. |Aries.
jSigir. Capric. jÁquar. .Pifeis. 'Aries."
fSagir. lÀquar. 'Aqáar. ! Pifeis. j Aries.
'Capriç. JAqaar. Aquar. j Ari es. 'Taur.
jGapriç.j Pifeis. Pifeis. Áries. jTaur.
JAquarJ Pifeis. Pifeis. jTauro, jGem.
Aqüsr.j Pifeis. Aries. Tanto JiGem.
'Aquar. 'Pifeis. Aries. Faur o iGem.

JJíã
Pèrpetm:
''.Agôflo. \Setemb'"iumb.lNok \jyt%m
Signos Signos. \Sign9s Slfií. mgiu,
c• • Caprv
Leo. Virgo. ILibra. .Sagit. :
Leo- \-Virgp, Libra,. IScorp. àagit. Çapr. '
3 Víígo. [Libra, [Scorp» r Çapr. Aquar»'
.Vir^o. ILtbra, [Scorp* [Sagit, Capr- Aquar*
4
iLibrís. [Scorp. jSagit. Capr. Aquar»
5 - jYitgQ»
iLibr^. [Scorp, jSagit, fcapr* Aqaar. Pifeis*.
6
s3^^ir. íCapr. Aquar. Piícis.
7 < Libra. [Scorp.
• 8- jSccrp. Sagit. iCâpric Aquár.Pifeis. Aries.
9 Scorp. Sagir. jCapric» Aqaar. Pifeis. Aries.
Scorp. jSagír.: [Capric, Aquar. Pifeis. Axiés.
IQ JSagit. juar» Pifeis» Aries. Taur,
II [Sagit. iÇapnc. Pifeis. Aries. Taur*
H ' Capric» [Capnc'jAquai Aries.' Taur»•• Ge-rrmi
I? Aquar. iPiícis.
iCapiie. Aqirâr Pifeis. |'â'íf
1.4
Capric. Pifeis. Aries. ; Taur. Gemti.
15 Aquar. tAquar. i Áries. ÍTaér. Gem. Canc.
Pifeis»
16 Aqqar. [Pifeis. \ A ri es, Taur. Gern Canc,
ly Pileis. Aries., iTausço. Gero. Carie Leo.
s8 iPlíciSv • pfauro* Geria. Càrie. Leo.
a 9 Pifeis. ÍAnes.
Atií .•.Tasr«r* |Gern. Gane. Leo."
ao (Aries. Taurò» !Gerniti» ahe. Leo. Virgo*
.21 [Aries. sTaurò. 'Gernin Leo. 'VirgO»1'
ia JTauro. Getr.in, Câncer. jLeo. .Vitgo» Libra»
24 [Taurò. Gemia. Câncer. JLeo» iVirgo. .Libra.
25 > [Tauro. Gemtn. |Caoce>. jLeo. JVirgo.jLibras
iGeniin^Cancer.-Lco. |Vifgo. Libra. jSçorp;
27 !Gemin.!Cancer/Lèo. [Vírgo. Libra. [Scorp.
28 :Cancer. Leo. [Virgo. i$corp. .Scorp. ;Sagit.
Câncer. Leo, jVirgo. Scorp. Scorp. Sagit.
Câncer. .Leo. 1 Vitgo. iScOip. Scorp. >&agiti
Re?
104 Lunarfo

Regra para faber âe memória em que Signo , e


em quantos gráosje acha a Lua cada dia.

P Ara faberem que Signo, e em quantos gráos


íe acha a Lua cada dia , preciíamente íe liaÔ
cie notar , e advertir ires coutas. A primeira h e ,
que o dia do girante , ou conjunção ( que tudo
he o meímo ) ambas os luminares, Sol, e Lua, íe
achaôerh-Imai meímo Signo. A tegunda ha que
d.Sol anda todo huni mez inteiroenri hum Sig-
no , e a Lua naõ efta mais de dous dias e meio ,
pouco mais, ou menos, em cada Signo, Á tercei-
ra fera íaber a quantos de cada mez entra o
Sol em cada Signo, cuja entrada fe achará no
Kalendariodos rnezes , e dos Santos, e também
aonde íe trata dos meímos Signos. Sabidos eí-
tas tres-couías , e o dia em que foi a conjunção
da Lua, ou Lua nova. con to os dias, que vaó àzí-
de o primeiro dia da conjunção' até o dia , que
quero faberem que Signo , e gráos..,mda a Lua ,
eos dobro, acqrefcantandohum', eíantos cin-
cos como houver neite numero dobrado , tantos
gráoseftará a Lua apartada do Signo, em que íe
girou , ou foi a conjunção. E íe além dos cin-
cos que houver, fobejaralgum ponto, ou pontos,
cada hum valerá íeis gráos para o Signo •íeguin-
te. E porque com a pratica íe facilita a theorica,
daremos liana exemplo : íeja, que quero faber a

Perpetuo. 105*
so.de Outubro do anno de 1663 em que Signo,'
e em quantos graus andava a Lua ,"e íegundo a
ordem declarada , acho que 3 Lua eftava aqueíle
dia em Seis gráos de Gerninis, potque a copjun-.
çaô, ou girante daa Lua
Lua foi
foi aa 1i d<
de Outubro , ei-
tand.o o Sol no Signo de Libra dddí de
Outubro até 2.0 vaõ 20 cujo dobro-40 e mais
hum , que íe aceveícenra , íao 41 no qual nume
ro ha 8 cincos, que repreíentaõ oito Signos,e ío-
jbeja hum ponto, que vai 6. gráos do noíio Signoj
que íe fegue. depois dos cincos, que be o lebre-
dito Gerninis , contando defde Libra exclufive ,
como efíá dito ; porque o Sol ao tempo da cun-
|uriça6 da Lua andava em Libra , e também por
coníegulntè a Lua; e porque feíaiba que Signa
íe íegue hum atrás de outro-, os poremos aqui
por lua ordem % Aries,Tauro, Gerninis. Câncer,
go, Libra ,Seorpio, Sagitários, Gapri»
Leo, vif **«
cormos , Aquários,- e Pifeis.
Outra regra mais necejfaria que a paffaiapara*
faher em eme Signo anda a Lua cadê dia.

MvültípÜquem-fe. por quatro os dias 5 qual


forem da Lua , e tantos deftes como hou-
ver no dito numero , tantos Signos eítará a Lua
apartada do-Signo .-. em que foi feita a conjun-
çao paílada »,'e íe alénsdos dezes, que houver.
lobejarem alguns pontos, cada'hum ?alerá tre g
grá-
fo6*
, ' LunârtQ
gráos para o feguinte Signo: e porque ifto me-
lhor íe entenda , proporemos num exemplo, e
demos que quero faber em que Signo andava a
Lua a 15. de Miaodo anno de'1638., e acho pe-
la regra, que andava em 8. gráos deGeminis,
parque a-conduíaõ paííada foi feita a 12. de
M a i o , eeílando o Sol no Signo de Tauro; e de
13. de Maio até if, do dito exciuftv? yaÕ dous
dias » que tomados quatro vezes fazem o numero
d e o k o , no qual numero nenhum dez fe acha ,
que repreíente algum Signo , e affim como naõ
ha dez que tirar , íicao oito gráos do Signo de
Geminis, tio qual Signo ettá a Lua o dito dia de
15. de Maio, e aílim.de todos os outros. E note-
íe eíía regra , que lie mui principal, e verdadeira.

Effeitos maramlhoJQs da Lua pelos Signos,.


tocantes aos mãnthnentos,

S E a Lua de Janeiro entrar creíeendo no Sig-


no de Aquário, denota fero anno -abundan-
te de pao, edos mais mantimentos. Ê íe entrar
minguando, moura haver moleftias . pezares,
e trabalhos com cheas de rios , e tempeítades no
mar.
Se a Lua de Fevereiro entrar creícendo no
Signo de Pifeis, íerá cauía defcerpm as couías
a ba?xo preço.,, e mui accommodadó. E íe entrar
minguando, denota chuva em abundância.
Se a Lua de Março entrar crefcendò no Signo
de
.107
f A ; eíliver. para a parte Sepíentrional,
denota deíabnmefito s e deíaflceegos. Porém
ie entrar minguando, denota bom anuo, e proí*
per o.
Se a Lua de Abril entrar creícendo no Signo
deT«urOj moftra haver muito bem, contenta*
mejfio ,« alegria. E íe entrar minguando, denota
ò contrario,
Se a Lua de Maio entrar creícendo no Signo
de Geminis, denota revoluçoens , e mudanças
naquelia região, de quem for o Signo* E íe en-
trar minguando , íiraiíka chover muito.
SeaLea de Junho entrar creícendo no Signo
de Câncer > denota revoltas, embrulhadas ,-emu-
dança no Império de ;AíHca„ E í e entrar min-
guando, pconoítlca chover muito.
Se a Lua de'juiho entrar creícendo no Signo
de Leaô, denota bem ,' e proveito aos lavrado-
res em ÍU3S colheitas,.Eíe entrar minguando, fíg»
nifíca trabalhos , perigos , e enfermidades»
Se a"Lua de Ágoítoentrar creícendo no Signo
de Virgo.j ameaça grandes "revoluçoens de.-yen-'
íos, terremotos, e tempaftades. E íe entrar min-
guando , denota bom ánnp, eproípero deíaude»
e mantimentos.
Se a Lua de Settemfero entrar creícendo no
Sigiio de Libra , fignifica abundância de. iodo o
gênero de grãos. Porém íe entrar minguando
denota 'tenipeílades.
(«3=»
' ic8
Se a Lua de Outubro entrar creíndo no Sig-
no de ScorpiaÔ , que domina no Reino de Va-
lença , denota invejas , e contendas entre Le-
trados. P minguando, denota bom
anno, prolpero , e abundante no mefmo Reino.
Se a Lua de Novembro entrar crescendo : no
Signo de.Sagitário , naõ fakaiáÕ chuvas, e azei-
tes. Mas ie entrar minguando, denota fome,
também pefte.'
Se a Lua de Dezembro entrar crefcendo no>
Signo de Capricórnio, denota grandes infortú-
nios , e ter no mar. Porém íe entrar
i o , moíha haver muita alegria nos Ja-

i ei} ,'ffu
:urioío, que todas
efl as
cer. prini
dorçíinar , t m quem
diíler íu< tal couía, lio que quuer ia-
ber todas au geral,'e em particular» que
..u - _• • • • u i
eftaÔ íujeitâs a cada huu. dos 12 Signos, o acha
rá na declaração dos próprios Signos.
òegue-je a aeciaraçaQ aa jtgutme latteaaa per*
petua} e geral dãprünojtícaçaõ dos annos»
A precedente Tabòada ha cinco colum«
nas. Na primeira á m^Õ efquerda eftaôas
letra & Dominicaes de cada anno. Na íegunda le
acha-
Perpetuo. ' IO?
charáp os annos, começando defde ode 1663 ,
e «furará ai dita columna até o fim do Mpndo,ad-
vertindo que, acabados os annos da columna, fe
proíeguirá cornandoao principio;della. Na ter-
ceira columna fe áehará o dia , em que ha-de en-
trar cada anno perpetüamente. Na-quarta colum-
na eftaõ osílanetas, que repreíentaõ cada pri-
meiro dia do anno. Na quinta íe aeíiará o que-
denota cada Planeta em cada anno no tocante
aos mantimentos. E para q-üe a Taboada melhor
íe entenda, proporei dois exemplo:? i e íeja o
primeiro do anno de 1663 , que, eftá efcrito ao
principio da columna', defronte do qual anno-
íe aç(ia que ferye çlerlétra Dominical G„, e que o
anno entrou emíegunda feira ,cujo Planeta he
a jpua ,e defronte diz Medíocre, ifto he, de man-
timentos, E quem quizer ver mais largamente a
pronofticaçaõ , e mais fucceííos do dito anno;,
lea no Planeta Lua, onde o achará copioíamen-
te,; e aflim por efta ordem íaberá a pronoftica-
çaõ dos mais annos vindouros. Segundo ^xem-
plonoanno de 1691 , o qual anno mõ eftá
efcrito na Taboada , porém conrefponde áo prin-
cipal delia , que heno fobredito anno de I6Ó3 ,
eáífim íe dirá do anno de 1691, o melmo, que
íe tem dito do anno de 1663 , e âílim mdmo por
"odos os demais annos, Aqui pode duvidar , oií,
para melhor dizer, pôr QbjecçaS algum •curiofo,
dizende que naõ pode íer perpetua a prdete Ta-
. • H ' boada -
irmos. Jt-lto.
a u i u i u« i formado o
_ ^ _ ^ ^ _ ^ ^ _ _ _ _ _ ^ ^ ^ ^ ^ ^ _ diantarem. os
Equinocios.yepiiqeipymcte o Vernal , por cau«
i\ da celebração da Pafcoa.Logo dirá o euríoío ;
íe iftoaffim he .corno he., que a cerroslerapõs ,
e annos íe mudaõ as letras Dominic.es , a Xa-
bo/ada Râópodefer perpetua ', porque variando»
íe a letra Dominical • também Je varia , etnucla
o primeiro dia do anno 5 por cõníègüintè íe
5, e v.ariao os effekoe dos Planetas., A ef»
ta duviit \nA<
o rei a tal varie*
daae ,ae:,ierra: De í t d S S CJ á íá regulada s e
A -v- A',
formada a iiiargeíri da dita iaboada para íeo
•pre fomente com três inirhéros :de" anrios , oue
aiii verão notado a parte cia-. roao eíGuercfaje
fao os primeiros anãos, nos'quaes íe mandârio ?
eHeftrocaráo as letras Qonünicaes . e lie de no-
tar jC de advertir qüe no meímo lugar dos ditos
rm\ má:
íVni
íres.n aue
8T
Perpetüs. • 111'
Taboada ( fe haõ-de a (Tentar por ord^ni todos
os outros annos vindouros, nos quaes íe liaõ-
de mudar, e deftrocar as letras Domií.nicaes.
E iilo íuccéderá em cada 400 annos três ve-
zes : e alíisn o anno em fe mudarem ias letras
primeira vez , fe nota no primeiro número ,
que íe achará na margem da Taboada ; e o
anno em que íe mudarem as letras fegunda vez,
íe nota no fegundo'número; e âííini a tercei-
ra vez fe nota terceiro número , e por efía or-
dem aíéo fim do Mundo, ifto durará em quan
to durar a obfervaçaõ do Kaiendario Grego
riano, que fera para fempre ; e affim na nof-
ía Taboada íerá perpetua.

o lunê
iíMtã I-ÂtiROPrunsíti f Oi [sue [ DOS má*
Ânm Bomx\ de [ dia do l Planetas] ümemos,
em £jk »nicaL ICbrifa Armo.•I I
1 *
fismttdaf. , | • ••;,[•• '•••• j
£ !HraQ 1663 Segund jLua, Meilan*
"mi- | p E í l ó ^ J r-ircai, JMartí
•*• . "—* f * -' -* *T a * Mcrc l
rs 1 - * I "V i?«t- -i
C •
•I í e f í . •íyfiinüí
!B {s"iba< ipáíun
\ Gr K>min Ubát
I ' rt • ..,-a: eu,
í| t e.rca. ' Merc «isuían*
rs iteTi lAbund.'
Io:0'í. C 1 íUS. •-j-xouna»
1 « ! \bünd.
'^egund .1,1 rvíediaíL
I r
'5|Terç3. ríe. IÇãreft.
UVí
F 'IMlerem-J -.víedían,
i
Sexta.:': jVenus. V-KIITíA:
(1678 Sabbado.jSaturno üareir.
!
-•'A í579 Dotning. Sol. ', Abund.
G F Seeunda,íLua. VLedían*
E lióSllQuarta. Mercur; -Viediâo*
n
u > * $ Jüinta. jjupiíer. \burid.
c *>cxí3», I Venus. ibuna,
• B A t ó i Sabbàdo.lSarurno. Careír.
G " 1685. O S a í '
íi^ua, Klfediáfu
| F • xóSójTerea.
x68ó)Terea« [Marte. Careíh
IE lé^íQuaría,. iMercur. Median*
D Ç 1688 Quinta, [Júpiter» Abund.
B 1689 Sabbldo^Saturno. Careft»
iA K'.»rid
Perpetuo) , •- • 113 .
Declaraça8 dos ir Signos , Jua qualidade , e
effeitos*

N A nona Esfera, que cliamao Céo cryítalli-


no, confiderao os Aftronomoshum 'circu-
lo, que tem por nome Zodíaco , de trezentos e
íeíTantá gráos de comprido, e doze de largura,
o qual dividem em 11, partes jguaes, que Ía6?
doze Signos , e cada parte deites, ou Signos ,
contém twnta gráos, cujos rornes fao os iegijih-
tes: Áries, TauroSjGeminisi Câncer, Leo,,- Vir-
go , Libra , Scorpio , Sagitarius , Gapricbrnius,
Aqüaríus , e Pileis. Eftes nomes lhes puzeraô
pelos efFeitos que cauíavaô , ( e hoje em dia ca'u-
íao ) entrando o Sol em cada hum delles, aos
<quaes por outro nome lhes chama o cafâs dos
Planetas : porque citando qualquer delles era feu
Signo, ou cafa , tem mais força , e vigor , que
fó a delia , e cada Signo tem de camprido 273.
mílhoens e 87GÜ047 legoas, e de largura 22
inilhoens 818U258 legoas.
E fe algum curiofo dezejar fsber qual Signo
lie caía de algum Planeta , o direi com brevida-
de. OSignodeLeaÕ bé a cauía do Sol: Câncer
da Lua : Capricórnio, e Aquário íaôcafa de
Faturno : Pifeis , e Sagitário de Júpiter: Aries,e
JÊfcorpiaõ de Marte : Libra , eTauro de Vènus s
Geminis ?e Virgo de Metrcurio;(das qúaes cafas,ou
Si
g*
Signos, dirão slgús fegredos, e c (Feitos náturáes
euecauíaô nos doenics, qüe eríferaiaó-, eííândo a.
Lua nos Sjgnosj ou çaías-^Tornandò pois 20 meu
propoíito, digo-que entrando o Sol em cada hura
dos ditos Signos's cauíao ráüíiós, e vários QSú»
•josy como': ie-'verá m declaração delles.

Da qualidade ? e effeit&s da Sigm de Aquário ?


gtfeesfítffÉ&àzi de .Janeiro , porque a 'tan*"
tos, entra o Soínsdito:Simo»

- Sfe Signo ke figurado por


t íiü homem com hum vaio
èeíaòs lançando âgoa, denota»
w wW 'Wâ do as muitas'agoas,e chuvasjque e
m r i â & ^ J i S 'cahem.Efte Signo he de naturefaa
HÉ •quente , ehumída simprime ca-
lor ,;efeccura deíiemperada ,"'e
xhui damnofa, Dorqué corrompe o ar, èsíüin fez
tíarnno a iodas as coufas viventes,epIanías.Entrã
í)"•SdínefteSiffnocommummenrea 21 de lanei-
lOjéãeíde que entra até que lane creíce o dia
liuma hora. Hé Signo aéreo, maícuiíno , diurno,
efixo, porque eftando o Solneile, eftá fíxo:o
Inverno ; o qual Signo he caía diurna s e gozo de
•SaSerno•', e detrimento aoc1:urno,e diurno do Sol.
^ Tem domínio nas Provincias , íobre ÂragàÕ.3.
Babilônia, e/Saxonia, Eíhiopia;, Saimacia, Ara»
bia3 Sodiana jÀsavia ,Piamonte, e na'Iridiã.Em
: Prepetuõ, íl^"
Cidades fobreConftanciâ, Jeruíafem , Urbínoí
í*aiva , e Monferraío, Èai Eipanha , íebre Za-
mora , Medina , Falência , e Stvílha.
O homem que náíce.r debaixo da Subida dei-
te Signo,Terá de fiiedíaéá eítatura , couez, fecre-.
fo, de boas entranhas , e venturoío no que em-
preliend,;r; denota que receberá algum golpe de
ferro, e perigo de• agoa , e que terá inclinação a
ir a terras eítranhas .onde lhe ira melhor que na
fua pátria. Denota que fe voltar, virá,ricò,e proí-
pero : e deve-íe guardar muito de tomar paixão ,
porque lhe começará em.demazia,. í» ttrto quo~
dum anno> erit\in'dublo vítafua*Porqueitie de-
nota huma grande enFentüdade antes dos trinta
annos, da qual fe livrar, promette, conforme fua
natureza, e compleição 68 anhos de vida.
, Se for fêmea , denota que fera muito reporta -
da, e amiga de íeu parecer , e que corre peri-
go de que perca tudo o que com fua induftria ter
perigo de agoa ,e que da mediana idade em di-
ante, paííará melhor; ainda que antes dos j§ an-
nos lhe denota duas enfermidades. Â primeira
aos 34 annos,e a legunda aos 35, é protnet-
íe , conforme íua natureza, e temperamento 3
ti antios de idade.

De
Lunariê
Dã áuãliiãàe ?e effizid âo Signo de Pifas , que
MomeÇüoem ICJ de fevereiroj forque a. tan-
tos entra o Sol no ditú Signo.

'Yl<Svz Signo figurado por dois


' :••: JU2» pepfisJignihcaoqaítãú co-
mo o.s' peixes" íão hürruaos,e íem-
pre eftaõ"ria agoa , tanibem, en-
trando o Sol nefte Signo , Q; tem-
po he hurnido , e abundante de
agoas.He, Signo feminino, .po1-
íturpo , aquático ,'e cofiuríum no Inverno , e Ve-
rsõ. Hedènafurcza fria,ehumida, pela qual ití-
ifíue ie imprime fííaldadè ,e h-um idade intempe-
rsúa,(ç dsmnpfa ás sgòas.das lagoas,fontes,cau«
fando rièlías corrupção ; e fazendo-as íalobras.
_^; :•:.- •' k ,-. .: 13..'
KntraoSoí rreíreSigRò còmiTiuínímênte a 19 de
Fevereiro, e deíde que entra até que fahe ereíce
o dia hüm;f hora ereeisr oqua! Signo he caía
nocturna , e diurna de Júpiter, exaltaçao de Ve-
i u s ; caiiidâ, e detrimento noturno de Mercu-
íus tnfteza.
Y> domínio nas Províncias, fobre Perfis , Ir-
vNormandia, Pomsgal Lídia, Cieiiía. Pan-
. 05 Goramenres, Mc*íaniones , e Perfià. Nas
d es, íbbre Colônia Âgrlpina,VénezavRátíf-
e Alexandria. Em Eípanha , fobre Orenfe,
& Tiago , partes de Se-viífiâ > é Portugal,
O
Perpetuo» • 117
Ovarão quenaicer ,uê:feíxo da fubida deífíe.
Signo, fera amigo de ver terras., deJeitar-íe-ha de
andar por mar, 6 íerá mui comilaõ, pela qual
caub poderá vira íèr enfermo., íe•o-feu.PJaneta
naô ajudar a íua. ecmpieiçao. Denota .'que lera
homem .de poucas.-palavras., e íerá inclinado %
largar a ja pátria , o qmiTmoírr? ter numa grave
enfermidade aos ifi annos , eoutra aos 30,, a ter-
ceira aos 38, ao quai prqmertè , conforme (ua na-
tureza , óy. "annos de Vida,
Se for fêmea , denota que padecerá achaques
cie olhos, qutfferá mui honefta , e piedoía , e mo-
leílâda do mai da madre. E finalmente íe deve
guardar de rogo, porque lhe denota grandes d'aru-
mos , e huma enfermidade acy 12. annos , e outra
aos 20., e 2 1 . , e aos 30. outra. A qual prometia
conforme íuà natureza , 5^, de vida.

Dciquaíidaâe , e effeiiss do Signo de Áries s que


começao, a ií-. de Março.
~~\ Ste Signo he figurado por
I J
Xi ~ humcarneiro,,he de natureza
S I ie fogo, quente, e feccojpelo qual
^ M imprime calor, e feccura 'tempe-
«--#1 radamente. He diurno , movil, c
maícuüno. He caía de Marte », e
exalteça do Sol,, cabida de Sa-
orno * e de írimento de Venus» Entra o Sol neí-
'Ii8• < ' -. Lunario
te Signo a 21 de Março; risíle dia fe conftitue, e
tem principio- ,o primeiro Bquinoçío , que he fe-
.rem os dias iguaes curti••$& noites, e deíd.e que en«
ira oSolnodito Signo aíé quel-ihe-, creíce o diaV
íiora e meia* Tem 'domínio ' nas Províncias', ío-
bre Inglaterra,- França v Alemanha , e Polônia
menor. Nas Cidades, iobre Florença , Nápoles,
Pata vi a ,.Faveneia '','Carcovia ,Jumala, eBerga-
mo. Ein'Eípanha 5 í-obre Çaragoja , Tortola ,
e Valha do! id.
Ovarão , que nafcsr debaixo da íubida defte
Signo, fera engenho/o,' prudente, e de nobre
animo, ainda: que muito falia dor , com facilidade
fe apaixonará-, porém com brevidade lhe paiTa-
ia. Denota que andaráfiliando focomíigò, e que
naó fera mui rico , nem mui pobre , e guardará
fidelidade a íeus amigos ,,e rerá com que viver
mortuorum caufa."Denota-lhe hum final notável
no corpo , edàirrno por algum animal de quatro
pés , e golpe de ferro, è que padecerá alguns in-
fortunio5.,e trobalhos. Finalmente moítra ter hua
peri-goía enfermidade antes dos 22 annos , da
qual fé livrar , denota que viverá , conforme fua
natureza ,-75" annos , e que aos O o s 22 annos
forfãnducet úxorum,
Se for fêmea , íerá iracunda , e mui efperta ern
íuasàcçpens, de bom parecer ,e defenvoita, de-
nota eíte Signo , que fe caiar enviuvará , e que
terá hiima enfermidade perisofa na cabeça,ou nos
joe-
joelhos" deídè os caímos alé aos 12 , e'pròme
conforme• íúa ria i^ó.âniii j. E
affim o vaíao jCÓ-hvo" a iernaa virac a grande
breza, mas dei'f 1.5 r a > U U C I 4 ' t . d V t d i i u \ . U i l l lua-.
sna müuitfj
Da nat, reza , <? eWãíos-do SMno de Tauro , qiii
'OÍMÇâU â 2O ÍÜÍ ÂpVll*

M 1
!
r
só, nguradoporiiom
ie de natureza de rer-
iim in

3 , e I.eçcura, porem teti


ki A_.
sda ; pela qual' cimía "entrai
J
• v_>
: a,s vegatames
ÜVti
Içaugmeníaa 5 e creicem. Elte S-jgno he.noctur-
110, e feminino , no qual entra o Sol ccmürrierite
AO Uv Wi*« A í J t UtíUt Uuu CÍ1ÍÍ4 a l ^ ÜÜC Jüilv
. - •-.*-.•••. \ *
creice'o dia huma hora, o qual Signo Jhè eãíà de
Venus j e-íe-u gozo , exaltação cia Lua, detrimen-
t o , e triftéza de Marte. Tem dtnmiio nas Pro-
víncias ; fobre a Péríia.» Modia , Soecla , Áíia
menor ? Irlanda, Egypto, Armênia, e Cypro» Eni
'Cidades, Capúa , Salermo,, Bolonha , Sena,Ve-
rona , Âncona , Treveris , Pannav Mantua , e
^alermo. Em Eípanha , íobre Girona , D.íraa.v
Toro , Badajoz „ Áftorga , e Jaen.
O•varsô', que iiáícer debaixo da:"'íubidá deite
no LunaHo
Signo denota que íerá atrevido } e prefumído J e
altivo do coração ; inclinado a deijçár a íua pá-
tria y1 e ir por terras eítranhas , aonde lhe irá me-
lhor *. e quê, íe caiar virá a ter cargo , e cabedal
pela mulher» Denota que ha de fer mordido de
algum caõ : e.íe for.tratânte > íerá veníurofo no
trato de comprar , e vender. Finaímenre moítra
tjüe lhe íuccederá perigo de agoa mais de huma.
vez, íe íe nau íouber acautelar ,-&c. Infortúnio-
muliertim caufa,e terá huma enfermidade aos on-
ze annos, e outra aos trinta , a terceira aos qua-
renta , da qual íe livrar, denota que vivirá, con-
forme fua natureza , 64. annos.
Se for fêmea , denota que íerá folicitá, cuida-
doía , determinada ; e que íerá incjinada a ir por
terras alheas : fera fecunda , e terá muitos filhos ,
&z.c,Piuresindicaí: tnim habere «2#riíur:flnalrnen-
te lhe denota queda^e alto , e numa enfermida-
de aos dezafeis annos, e outra aos trinta e três.
"Promette-lha efte Signo, conforme íua natureza,
íeííenta e feis annos de vida.

Da
"erpeme
Dú-nâSurem, £ 0Ht'$s: do:~.Sjgno de Geminis
' aue CQineçaõ ã ií de Maio.

TTV St-e Signo fie figurado por


JLL dois meninos ebraçatíos,de-
notan-doa siFabilidade do tempo,
| que eauía o Sol entrando no dito
Signo ? o qual he de natureza de
ar, quente . e humida 5 e aílim ín«
riue , e gera,num temperamento
üiai temperado para iodas as plantas, arvores»
e cduías de vigor, He caía diurns de Mercúrio f
detrimento, e triftep de Júpiter, He Signo rpaf-
cuüno , e diurno, ecomnium ao Verão , e Inver*
RO > influindo .-calor * e íeccura temperada. Entra
o SoínsíteSigno, comurnmente a 21 de Maio s e
até que íahe creíce o dia meia hora.
Tem domínio em Províncias , íobre Hyrcana ,
Cirenavea , Marrnarica , parte de Egypto, Armê-
nia , e Marga&a. Em Cidades, íobre Trento,Ceí~
te , Vita , V ó , Norumberga , Broxas , Leão de
França , e Moguncia* Em Eíparsha íobre Sigüeri*.
ca ? Moviedro, Cordova , e'" Ta Iavera.'
varão, que nascer debaixo da íubida defte
Signo .. íerá*de bâas entranhas, e liberal; deno--
,-a.que lua natureza o inclinará a mô viver ein.
lua pátria „ e andará muitos caminhos , fera tkíV
íóa de.muitp credito :* e que virá a ter muita ía-
• ferida -,
zenda ; mofti i u > rá diligente em fuss^coufas,',
eque íe verá em per0Í2ò'dear;o3 , e aUardè-fé do»
cão damnssdo f porque lhe prohofttcà fer ferido
deiles , e finalmente denota que padecerá quatro
enfermidades até os trinca annos, e que da hi adi-
ante viverá mais íaõ* ,, e lhe promette, confor»
me íua natureza .íefíenta e oito annos devida.
Se for fêmea denota que fera'de grande conf-
tancia, eílimada , tida em muita conta , e incli-
nada ao íanío ^íatriinonio. Receberá grande pe«
zar decouías malfeitas, e denota/que padecerá
algumas enfermidades,á qual promette eíle Sig-
no , conforme íua natureza , íeíTenta e dois an-
nos de vida.

J)aqualidade, e ejfeitos âaSigno de Câncer,.que


1
começa a 23 de 'Junho.

7 Síe Signo figurado por hum


•'••:•• •:'•• "
Í Ir peixe chamado Caranguejo,'
cuja natureza he da agoa,he frio,
e humido, femenino noclufno ,
1 ' # % ^ ^ S ^ t ! l e movivel; porque entrando o
.«atísasfctófessssij ^ 0 j n e j | e , \ç muda a qualidade
do tempo , influindo liurnidade.,
e frialdade temperada , mui apta , e conveniente
para os nutrimentos. Entra o Sol nefte Signo a
12 de Junho, e até queíahe diminue o dia meia
t o r a , o qual Signo he cafa dimnk , e noélurna da
Lua,
ohunto eíii Pi'

Era Eípanh nppíielí.


Granada j.ê Barcelona.
O. varão, que naícer debaixo da íüblãa d.efte'
Signo , íerá denotado., de igual''eílacura , íe«
creio , humilde , e alegre. Oencta que psdecerái
alguns trabalhos por pleitos, e que defenderá'
cauías/alheiás , -e parece que' o ínejlba a íer Re-
querente-, e affini virá a ter as áepándas,, Qus
denota , e que íerá grsnde gaítador. Moftra
ler perigo de agoa., Fog :rro ; e,qae íerá ar*
rogante;* e d «''muita reputação , ao ;gual denota
enfermidades , porém pequenas; e prcihette que
viverá' conforme Tua -natureza 'i 7Z annos'.
.,í^
• v,, \.
doía, prorr.pra ao pelar, e que com brevidade
lhe pãfíará , e fera mui agradecida, Moftra que
padecerá alg.ii.ri -u.ersçoens por çauía-.dcfi-"
HIOí; , efami ítüs filhos, e corre peri-
go de c?nir de alta, e que achará algumas, eoufas
t.(condidas >, ainda que pouco' preço. Denota
cjue viverá íãa , c lhe píometre ,, conforme ím
tiiliiisiá j ieiíenta ãnnos de vida,
Da '
Lunar ia

Da qualidade• •, efeitos do Signo de Leaõ , que


come.çuô a 23 de [julho.

\ T ^ Ste Signo lie de'natureza de


L J fogo;quenfe,e:teccoemde*
nUÍia , he rnakujino , diurno , e
luxo, porque .eífando o Sol no di-
M W. Signo o calor eílá fixo, e fir-
me, no qual tecnpoas couía:-: vi-
goroías íe deíírdèm , e. féecaõV
Entra o Sol nefte Signo commumments a 23 de
Julho , eaté que íahe diminue o disJmma hora; o
qual-Signo be cala diurna , e noílurna do Sol,
trifteza de Saturno , e íèü'detrimento. Tem.do-
mínio nas Províncias , e íobre hu-ma parte de Gi-?
ci!Ía,e outra de Apui'ia,Bòhemiâ', Coita do Mar
Vermelho, a Çaldêa, Itália, Grécia, e ( Turquia ,
Proponto , Alpes, e Macedonia. Em Cidades,
fobre Roma , Ravena , Cremonia , Uíma , Cre-
ton , Damafco , e Praga. Em Eípanha , íobre
Mu rei a , e LeaÕ.
O varaõ que naícer debaixo da íubida defte
Signo , fará bem díípofto , de boa preíença, alti-
vo , e de grande animo , denota que íerá atrevi-
do , arrogante , eloqüente-T e que íe íe •appliçar
ás letras íerá mui ít,bio , e letrado; alcançará al-
gumas dignidades , ou cargos , e que verá muitas
terras 1 e i e cazar, terá com que paliar', por ter
heran-
Perpetuo, 15$
herança por parte de íuã mulher: finalmente de-
nota que terá hum perigoío golpe de ferro , ê que
padecerá algum perigo no m'ár , e íerá venturoío.
nos negocio?, e em algum tempo invenite pe-
euniam abfcondihim*
Se for ferriea•-•;' íerá formofa, terrível, e forte.
Denota que íerá moleííada de dore^de eftoma»
go,que íerá mui amante da honra ,.e virá a poí-
iuir luuiía fazenda. Efinalmente íerá piedofa, e
cari tatíva para cornos pobres, eeftá em perigo
de padecer fluxo de íangtle. - <t
Áo varaó denota feis enfermidades por todo o
curío de íua vida , e aos quarenta annós humst
mui perigoía , da qual fe livrar, lhe prcmette.
efte Signo íettenta e hum annos de vida.
JE á íemea;denota algumas enfermidades peíd^
demaiiado fangufi> que íempre terá, e que viverá»,
conforme íua natureza , íetíenta e hum annos*
JOa qualidade, e effeitô ddSigtfodeVirg® i que
cómeçãõ a 24 de Âgofio.
3--'Tj*- Ste Signo he de natureza de
M JLL terra> frio,eleqco? liefígu-,
| radô por huma dònzelilá , denp-
tando a eíterilidade da terra pèlá'
' infecundidade dâ donzeí!af;quan-
m
'MÍÊ do o Sol entra no tal Signo. Eífè
Signo he femenino, noclurnQ,rjie*
lancolico 3 e corómum no Outono % ç E í l ; S En«
D f~zk a:•»
CÈ "
-
í% m

ívSi. !U Pâtia, PanSj.Fsrrara^Tobí^Pa»


re.ii.fioi e.Ç Eípanha /(obre Latida ,
Toledoj. Avisa, e.Algezirá,
" O -varaõ, cfrè nsfcêr. debaixo da ídbidâ deflç
Slgtio s íerá.h.oí5i"3do'ic-'iu.o*s eis nobre condição.
tlenofa que fera foHcíto', e cusdsrdbfo êrn luas
éouíâsrj.e^iie.yirá a íer aígutn cargo• ,.e governo»
Denota mais qwe íerá homeoi vergoahofo ,e va*
tm^si•-,e mie poílüira nqaezgs^mss qos vira - a
c&liifstB «if.inds ooísfsxâ -uor Is tiâo íabsr rs*
ger ,/nern: goVei
.for fêmea , !i
mui;é^fút^ Ijinotã: QUS cúúíi cie alio , e que;
vifi?fi:ftgüfl(i-tafiio.enferma. E fínaímenje 'áiof-^
4ra qiie ãíílíii o;iiòme^,como.3 mulhat, que naf«
gerem nèfté Signo , ferao grande aíegria cie v i *
fereiii com limpeza f e c&ff idade , fuppoÜo pa'C
áeçerâõ trabalhos. ;
•Ao varaiíU-moftra tèfaigumas enfermidades aíê
aos trinta annoi s e prometee eíie bigno., cantor*.
me fe?: muureis * 14 annos de tida*
'Perpetua. , .127 .
 íemea denota hurna grave enfermidade deí-
de os trinta annos. a ré-os trinta e íeís , e lhe p^or
meite , conforme íua natureza, feítenta e íette
annos de vida.

Da qualidade •> e sjfeitos àoSigno ãeLthrã ? que


começa a 2% de Setembro.
1 1
Vípeíó
Stc Signo hefiguradopor hú
de duas balanças iguais,
fignifkando a-igualda'de,que tem
os dias com'-as noites , efitrandò
o So! nefte Signo,e aqui feconí-
titüe , e tem psirícipio o fegundo
Equinocio. He Sijno maículino,
diurno,, e mpyiyef ; porque entrando o So! nelle,
fenece o Eft.io , e começa o. Outono. He de na*
ttireza dé ar qiseníe ,e hurBÍdò, imprime calorjè
hurnidade mui çraffa , pelo que he cauía de fe
condeníar >e éfpeílar o ar de t^í íTibdo , que fie
jBui dàrnnofo a toda a cotíía•yivent.é, e de fai for-
te faz-condéhíar o ar de vapores deníos, ( entran»
do o Sol' nefté Signo ) frios ,'e eípeíTó.S', que catí-
fa mui grandes, e contagioías doenças. Entra
o Sol neíle Signo comaiurnmeníe a a i de Se-
tembro , e defde" que entra até que fahe', dimi»
nue o dia Murna nora e meia , 0 qual Signo he
caía diurna de ver>ys' , e. cahidà do Sol, exalta-
gaô de Saturno, e alimenta diurno de Marie*
tü Teos
iQmmio
C r c l p - n a . , Ô< Syda.
N* arma *
feras»3 _ ,w
,5^^^^^^—
Aire Burgos", ÁJ
O ' varaõ , qu£
íjitzji i IJi.fSJ
<- je -..e.í
atender * e

/» i s-|.
a partia , e lera
£ final mente le-
ito padecerá a!»

a -aiguípas coief rmaiues., u«

• '4 í^í e
•o tal- Signo
'jCpntqrmeliiá nmm
SííS ânhos ú
JFerpetuo. fi>
Da qualidade, e effeitos do Signo de EfiorpiaQj
qm começâÕa 24 âeiJutubro.

E Ste Signo he figurado por


hu animal chamado Elcor-*
piaôjcujõs eíFeitos conreiponcíèm
ao nome, que he morder, e picar;
e sífim quando o Sol entra neli^
Signo, começa a picar ,e t m e r
o frio com teropeítades, trovões,
e relâmpagos no fim.
He frio , e humido , femenino, ím&urno, e
lixo , porque nefte tempo eílá fixo o Outono com
fuás intemperanps , e más influencias. Entra'o
Sol nefte Signo a 24 de Outubro , e defde qüe
entra até que íahe , diminue o dia huma hora , o
qual Signo he cafa noíhuna , e alegria de Mar-
te , cahida da Lua , detrimento , é triíleza de
Venus.
Tem domínio nas Províncias , febre Scocia J'
e Coita do mar ,Syria , Maritano , Getula ,Ca»
padocia , e Judea, Nas Cidades, íobre Mecina ,
Padua, Aquiles, Crema , e Euxia. Em E (patina,
fobre Valença , Xativa, Segovia, Tudela , Bru-
ga , Malaga , e Burgos.
O v a r ã o , que naícer debaixo da íubida deite
Signo, denota que fera de màos coftumes , enga-
nador , e luxuríofo, teimoío, e pouco liío noí
nego •
.rniãf
iu gocíos %•'. 'e inclina uríar; e feri grave , e
ísn^igivel', e de boa? is, porem r- iIas;
faptem dominahi i ecerá
úôí nos geniíaes % Q íXO eiloíiugo , e ícrâ perigo
-.a.j«..
l-\-.e deTerro , e finalmente o 10-
cíàiará a ajiífci Jí cfiVerfos terras: e que íerá íaô
iubüLe aíííuu n íeas rfíros, e effeiíos, Ijtíe nm*
fimtiri o èníen á . e- naô íerá rnui rico - fiem
ríiui pobre,. Moftra ísmkern que terá algumas en*
fcrmidades$ amd*i,qye pequena? - aâ qual pt&>
ffleüe efte Signo-, conforme'íua natureza 3 ics»
tenta e .hum annos de vida*
Se for fêmea ,• fera amigável, 'forte, e terrível,
a qml denota kâbefè zkâtrices s tnaximumperi*
íúumtnt&tP viverá cnférípa.E premette-ihe eíte
Signo* conforme lua'.íjat.uveaa ,ietientã e dous
armas de vidas -

Dã âM&Udaêi j e gffeítos do Signa de Sagitário^


que f&mefaü ã % % de Novembro*

^S^S^ÊSS^ T ^ -Ste Signo he figurado por


1 ' 1 * 4 • • í - ? • n '

i\C^ ' ' l i ••*--* n.urn'Cent3uros queeita at|-


; í
!v " ' • -_lf rapdo feífas , o quà! repreientã
r|^.' ; v,]l os eíieiíos-, que çauía o boi ao
pL'_ ^ 3 j M ; í r , r , ' í ] u e af*$a"juntamente corri
-j^ssüSEsaáás^^ efteSif-no.aue he lácar-nòs chu-
•Vas -.geadas , uwoens, e raios. He de natureza'
de fogo, quente 5 e'iecco, he tnaíeuliho' ,diurno,
e com»
PrepeiuQ. i$f,
e com mu m ao Outono., e inverno. Entra o Sol
nefte Signo commummente a 23 de. Novembro..,
deíde que entra até que íahe dlminue o dia huma
horsuO qoaiSigno he caía diurna dejupíter,e go-
ZQíeu , e he det-rhnenío diurno de Mercúrio.
Tem domínio nas Províncias ,? sobre Efpsnhá,
Arábia íúlz , a Efclavcnia, Daliipciy,Heífyna,.
€ parte de Ligaria.NasCidade^fêbjeMaltâjAvi-
rifiaô* , Jerüfàlém", Afta , e Milaõ. Em E-ípanha ,
íobrejaeii, Calahorra , e Medinha Coein
O vario , que%alcer debaixo da fubida deíle
Signo , fera inclinado a navegar , por onde virá
ater fazenda, e padecerá dámno por animal
quadrupe,e terá algumas .enfermidades. A pri?
meira.aos íeíte annos ,outra ao dezoito , e outra
aos vi me e oko ; viverá eonfonme iua natureza ,
iefTenta é íeíte apnos. .
Se for fe.mea, denota que íerá imaginativa , te-
merofa , e vergonhoía, alcançará .riquezas, e terá
de grande governo. Finalmente ,ailim o bofiiem »•
como i mulher feraõ inconítãhtes , mudaveté »
ainda que feraõ mtfericordiofos , e dê boa conf»
«"iencia. Denota*lhe hüa enfermidade aos quatro
annos, outra aos vinte e dous , outra aos trinta \
promette-lhe conforme fua natureza , fincoétitit
e íetts annos de vida.


n% Lmmriê
Dauatures&a^e effeiiús ds Signo de Câprlcof"
mosque imneçãõ a 2%ãé- u Dezembro*
n,

Y2 Ste Signo he figurado por


Çj huma cabra «amira! que ie
?àí trepando, e íubir. âo pelas
srv"ores,e breDfjas mais altas que
icha* AíHrn o Sol, quando enrra
leile Signo $ vai fublndo para
nos,,e começao cfefèeí os dias. He de pafttre*
sa de terra , frio e íecco, e he feminino , noclur-
no ,. é mofiv orque faha o Outono »e çntra o-
Inv no. Entra o ioíndteSi^nocõmümmenie a;.
2 i d e Dezembro , e deície (que.entra até que ia»
lie creí o dia mela hora. ;'.ò qual Signo hecaía
nócltirna de Saturno', exaltação de Ma rte,.cabi-
da dejupiter, detrimento.-da Lua.
Temdornimónas Províncias-, iobre Macedo-'
nia , Bavária $ Portugal, • Etómandiola 3 Albânia ?
Moicovia , Gedrofia , Traeia, Garcia 5a Índia *
a parte da Eídavonía.Nas Cidades., iobre Vero-
aa f -Fcrlinio , Sabota» Faiecía , e Gonftantino-
pia* Em Eíparília , iobre Tortofa, Soria, e Car~

O ?ara6 , que nafcer debaixo da fubida deita-


Signo , íerá iracundo , vaõy'e rnenííroío, penota
que andará muitas vezes faltando ío comfigo 3
leiiaIgarn tanto melancólico", animpío, e iricli-
ha do
Perpetuo, 133
fiado á guerra-^ gaudebit honh alienis. E final-
mente hübebit curam de dmmêbèíibUs quadrúpe*
àibusfi que padecerá algum-s tubulações multe*
ris rauja» viverá enfermo , ao qu i promette ,
conforme íua natureza 3 leíter.ía e íette annos de
fida,
c
Se tor fêmea , terá a condição pervería, e cot
Wté p e i g o d è í e perder j íeienaô for á mão em
íuas íiviandades. Denota, que lera mordida de
animal de quatro pés., e que corre perigo de cabir
de alto 1 padecerá algumas enfermidades , porém
pequenas; a qual promette efíe Signo , conforme
íua natureza, .íèffenía e nove annos de vida*

M?gra Jftronomica para jaber § Signo da he*


ra em que huma pejjea najee.

P Ara fa.ber o Signo de cada hum, já naÒ have-


rá neceffidade daqui por diante de levantar
figuras Aílronomicas: íórnènte íerá neceflario
notar três coufas. Â primeira , íaber em que Síg»
no andava o Sol o dia era que naíceo, À iegun-
«ü , a que hora faèe .0 Sol naquelle tempo. A
terceira co.uía, que fe ha-de íaber mui bem, he a
hora 5 em que naíceo. Sabidas mui bem eftas ires
coufas . vejo deíde a hora em que íahio o Sol até
a hora em que hurna peffoa naíceo, quantas ho-
ras-vaõ, melujivè', e por cada d u » horas tomo
jium Signo j e conto defde o Signo s em que an-
dava
134 hunariõ
dava o Sol aquelle dia , até o Signo, que reinava
na hora em que naíceo, exclu/ivè, e tendo o Signo
próprio , e natural de cada hum. Tudo o íobre-
dito íe entenderá , e facilitará com dous exem-
plos i e lera hum deites, que naíceo hum em Vá-
lença a quatro do mezde Agoftoáhuma hora
da tarde dó anno de 15S7 ainda que, naõ im-
porta faber o anno. Digo que o Signo deiíe tal
íeráEfcorpiaÕ j porque em Valença a quatro de
Agofto fatie o Sol ás finco horas da manha ( co-
mo íe verá no preíente Lonario por huma Ta-
boada q eílá no principio ) e até á huma da tarde
vaõoito horas, que reprefentaÔ quatro Signos j
pois coníandos deíde o Signo , em que naquelle
tempo andava o Sol , que era o de LeaÕ , àtè o
quarto S\gno,wclq/tve,acho que he EfcorpiaÕ; e
eííe he o Signo,que ao fobfedito dominava. Se-t
ja o íegundo exemplo de hum , que naíceo em
Itália a 10 de Outubro as 11 horas e meia da tar-
dej e íegundo a regra , acho que feu Signo era
Geminii, porque o Sol a iode Outubro íempre
anda no Signo de Libra , ( como íe pede ver no
Kalendario defte Reportor^o) e aífim mefmo «*
Sol no próprio dia íempre íahe era Itália ás fin-
co horas e meia, que he huma hora antes que
em Valença ; e deíde as finco e"meia da manha
até ás 11 e meia da tarde vâõ dezoito horas , que
repreíentaô nove Signos, e o noveno Signo ,
contando deíde Libra, em que andava o Sol por
en-
êntaô acho, que em Ceirimis , e eíle diremos
q u e b e o p r o p r i o S i g,n o d o 1 ob r e d i. \ o , q u e n a
c-.'o em Itai-ia. Ad-rwta-íe quê íe além das horas »•
que houver-pares, íobejar huma hora inteira ,'já
íe tomará pelo íigno ièguinte-, e íe naõ chegar a
hora intf;;ra ,'fçtfe6 fará caíodeila , porque naõ*
impede *< regra. Se algum Cürioío me perguntar
C'-: ;*fi>« fervem "áqueiles Signos de quem raliaiS
os-'Lymrios, e Repertórios 3di.2.eíido que o que
riaícer debaixo da ínMda deite Signo'íerâ tal , e
tal coufá , relpondo que aquelíes íaõ communs,e
jgeraes pars. 'todas os "que na í-cem dentro ddfeu
rnez ínteíso de godiâs. E ainda que cauíao mui-
los, e grandes effeitos nos que iiafcenv dentro na»
quelies dias , com tudo naõ tem que ver com o
Signo particular da hora , em que cada hum naf«
ce , e afilíT! íe julgará muito melhor, e m&is ver-
dadeiramente peio Signo da nofía prezente re-
gra , que pelo outro. Mas poderá duvidar o cü-
rioío dizendo: Porque rassaõ' tomo por cada duas
horas do íahir do So! hum Signo? Ao que ref-
pondo que.0 Signo s d e quem dou a regra , he a
que íobe o Horizonte ao temp) que hum naí-
ce , e cada Signo tardará em Tubi r duas horas, é
efra he a cauía , porque tomamos hum Signo por
cada doas horas depois de íahir o Sol, e fe, algum
riaícer pela manhã antes de íahir o Sof, íe ha de
fazer a conta do dia de antes ao fahír do dito Sol.
-Páiáe perguntar "lambem'o curiofo •> como íe i&bè
a que
i^6 Lmarze
a que horas fahe p Sol cada <üa em Itália , e ert!
outras partes de Efpanha ,e fora delia ? Ào que
reipondoque na fim das Taboadas dos cheios ,
e conjunçoens íe achará huma Taboada de mui-
tas Viiias , e Cidades, aífim de Eipanha , como
fora delia, pela qual entenderão a que hora ía-
hirá o Sol em todas ellas: advertindo que nas
Cidades, que diz accrefcentar o tempo que alli íe
acha,fe ha-de tirar da hora,cj em Valença mofírar
íahiro Sol»ênas Cidades cj diz tirar o tempo que
alli moftrar, fe ha-de accrefcentar a hora, que em
Valença fahe ó Sal. Notem bem efta regra os
curiofos.

Dos JLúüpjes d» Sal, e Lua.


TT) Ara perfeição deite Lunario perpetuo me
JL pareceo tratar algumas couías dos Eclipíes
com a brevidade , que a obra requer.
Digo pois , que o Eclipfe do Sol naõ he outra
couía que pôr-íe p corpo da Lua eritte o Sol, e
& noíTa vifta de tal modo, que nos impede a luz,
e raios do Sol, e ifto fuccede na conjunção d'
Lua, porém ha-fede advertir que para íe ecli-
píar o Sol hao-de concorrer duas couías. A pri-
meira, que o Sol, e a Lua eftejaô era conjunção.
E a íegunda, que os dous Planetas íe achem em
hum dè dous ponto*, quechamaÕ osAftronp-
mosÇppnt > & Cauda Dyaconis. E affim nem
íem*
fem*s íTiá-í*
trem enr
Rnl
: • f i U' iUS UÜUS LiUU-
íos „ E Cüíífaríh tais nrrro sí-

e afíiüi ícíé: rncnor % ou usai

i níç Re- outra coysâ que pri^-


) câufa a íanibr-â áa íerrá,a qual
„w . ' « . v V -ífífi-í»»-»'; rw;,...*
oaa••-Laa-vpeiâ.-iomacj -aa
"rs j ncâ P ia cia ÍéRS ooe recebei { iftò Ite
• ~* '"'13* *«
propriamente .
-©ppQÍta uisoietra^ métefío SoLde aüem eJl£ rece-
f
* .. e» r*
clariaade,, que íem , qáapao uso e
iaa...fc para q-aenai^hch-píeda :bua íiao-
•rer aoas couías» A pfjraeifü^ qúeeílejsc
~ T t* * / * ef ' ^ ff
a I »ja O /'t ! 6 0 ü ! QS.Q n ü f í l 'i'0'S i-
*1 >ftjMí> *"»*•> i i u r r s rín< lrvn< i sfíii
- ' vutíá vlis ííUilj '-, - áilii.
Cãput- j o» C « M t Bracorns , o outro jL
ao outro ponto* Efealgum ciiríofo ciei
isrque QcM^WJG^píií^eüauãa Drac

3 W i w ] gn
•fl» í ffc s-^s jãs* rt
o o r Onníi
«meta o. oo!;, me easaMo ecnptico \
>3U£ £• í»íüâ Dor leu D'*ÒDfio rnoviiT
aparta da Ig-r-gura» c falsa 4o Z< ; poregt,
hymás
Ij3 hunarie
humas vezes,anda por numa parte da Ecllptica,
ou caminho do Sol, e outras vezes pela outra
parte. Pois quando- a Lua vem 3 palíar da parte
do Norte á do Saí, ou meio dia , corra a Ècli-
ptica , ou , para melhor dizer, a paffa-r pela linha
que anda o Sol-, áquéHe ponto , que paíla do
hurna para outra cliamaõ Cauda Draconif. E
q 'ua n do to rn a dapa r t e do Su 1 a d o• No r te , o ütV a
Vez torna a cortar, ou páífar pela dita Eciipuca ,
e a eíTe ponto chamaô Caput Draconis.

JDâ como fe podem conhecer os .effeiess , que


co/iumaõ caufar os Eclipfes.

P EÍo Signo , ou-cauia , em que fe achar qual-


quer dos dous, Luminares eclípíado-s, poder-
ia íaber cada hüm ( íem/ier -Allfonomo ) os ef-
feitos , que caulàra o tal Ecüpíe.Ds lorte que iV
O Luminar eclipíado íe achar era num dos doze
Signos,ou caias do Planeta Marte, dizemos corri
Ptolomeu Ubi'.% Cap. j„ que os eíFeiros daquelle
Kclipíe íeraô Maroiaesjos quaes íe poderão ler ,
e ver no cap.do Planeta Marte jogo ao priricip':
E íe o Luminar eclipíkdo fe achar'em 'qualquer
dos outros Signos ,ou calas dos outros Planetas;,
íebufcaráõos eíFeiros no Capitulo do Planeta,,
cujo for o Signo , ou cala em que eíliver o Lu-
minar eclipfadp. Advertindo, que os dozes Sig-
nos íe chamaÓ caias dos Planetas, como eltá di->
to ,'
ttíi-j -è'0etI4ra\fo neite -Lunano ao principio aos

JP<? tempo % -em úM começarão 0$ mtitds

C Âm^a a nora f-cixt que corBecará ofcCüOía%


l .* esc ioras*que-ii-s:<iiieí.'ie tempo-tera oeiaam*
ficiaí-, fe-Saberá o tempo ,em que çpmegarao rs
íeus effíãíQS,' E para aiie iiío tneíHoV ís'.èhrárida,
ítppoíiharnos que o Sei fe ecIspúOe^ouas horas
pois de ler la!ii;do pelo Horizonte ;.;• e que o dia
tífefle. doze- horas r digo qoe os eíekosdo/ía!
•Bcíipíe -começará dàHLadqus metes ;íque' fsõ-s
fcxía pane do snno; porque ;a:quellis duas fcó*
tas fao aíexta parte do amio, díçro d'-:.s defêe ho-
Tas, queíuppooios ter o: dia artificial. Á íe o dia
tivefie dez'horas ,os -eiieiros târdariao doer uns-
&es , aotçüim 5 porque «quês !?«' dnarKnoras ?íA
.iao
•a'quínuiparte-dâs-déz Jíoraí'? que-'dizemos ter qt
á-b í sffim a quinta pane do anno. fsô -os dite*
soas nieses 5 edo«e diãs.EM !e se
o dia Ufene qua»
,,J« 2e íioras-., os èffeitos ía.rdâriaõ a feííioia:parfe
•do anno j que he hum msi »e tinte e dons dias ;
porque aqueüasxiua? hofas íaõ a feuiàiâ pgtíé
das quatorze hora^Que.dizemos,ter .feira re com"
'«fia ordern , e proporção íe enresiderá dos Oü«
iros Bcíipíes oos. demais dias maioref vé meno^
;,|es d© tano; é afii04 o aieíms » quefe-ditíeíTe tíc
Eclipíe
14° Lunar to
Eclipie do Sol, fe ha de entender do da Lmi
D&.tampe que dttraÕ os effeitss dos Eclipfes»
P E o Luminar èclipíado durar iiuma hora em
l 3 feü Eclipie, cfor do Sol, (eus effíiios dura-
rão líuai anno. E1 íe o Eclipie for da Lua , íeus
effeitos durarão íómente hum mez. E íe o Eclip-
ie do Sol durar duas horas , dous annos duiai áu.
íeus eifeitos , e dá Lua dous mezes; e affim pro-
porcionalmente de todos os mais Ecclipíes ,que
fuccederem*

De cerne fe pede conhecer, efaber em que partes


do Mundo feràÕ exícutadgs os cjfeüos dos
Eclipfes*
Abendo em cj Signo fe acha oXuroinar eclip^
S fado, íe faberá em que partes do Mundo fe,-
ráÔ executados os effeitos do u\ jÇclipie. Porque
lias terras, Provinçias> e Cidades, que eíliyererü
fujeitas ao tal Signo ,'..fe executarão os effeitos
do Ec.l.ipfe. As terras, Províncias; e C idades ,,q"«
eftao fujeitas aos doze Signos , íè acliaráp antes;
do Kalendafio nos próprios Signos, aonde fe
verá em que terras, ou PrOyincias domínao , aí-
fim em geral, como em partículas Saber fe ha
com facilidade em que Signo íe achará qualquer
Iluminar èclipíado pelas Taboadás das conjun*
ções
çoens particulares. Advertindo que o Eçlipie. do
Sol fem.pre íuccede na conjtyiçafí da Lua , e o
Eclipíe da Lua no cheio delia •;" e defronte de ca-
da clieyo , ou. conjunção íe achará o Signo.
Deíereve-íe outra pronofticáçaõ natural dos
tempos tirada dos Meteoros de Ariftoteks , de
Plínio'.,e Ptoiomeu a qual he muito mais certa ,
e. verd/jdeifá , que a que pelo curlo AftronomiÜo
ie alcança.• Começando pelos Cometas:

Dõs Cometas, e de fuás naturezas, e effeitos em


geral.
Ometa nao he outra coufa , (conforme o
parecer de grayiífimos Filolofos ) que hu-
ma. máxima qu:4klade de éxlialaçoens quentes, e
feccas attrahidas da terra ao alío;-pela virtude , e
foiça natural, do Sol, e das mais Eftrellas ; e
levando as taes exhaíaçòens á fupfema região do
ar, aonde, por efíar taó Viíinha á esfera do fogo ,
pela ventilação doar íe accenderem , e ínflam-
mao , èf'conforme a denfídade que tem , âffim
durão muito , 0 0 pouco tempo fem fe desfaze-
rem. Eftes Cometas , e íinaes ( conforme affir-
• maõ todos os Filoíofos , e a experiência omof-
tra ) íempre , ou pela mayor parte denotaõ infor-
túnios , como faõ guerras , pendências , fardes,,
careílias , e peftes com mortes de príncipes, e
grandes Senhores.
K Note-
142 Lunar íõ
Note-íe que pela forma,. e difpoíleao, que tem
cs Cometas', epe|,.;s %\ ?m comque apparecem ,
feconheceoi fuás Jhfíaençrfs , ceifei tos, ede que
qualidades íejao, G meímo íe ha de entender dos
ÉÉrMpie? no: tocante as cores.
Se o•'Cometa',ou Eciípíe , que apparecer ti-
ver açor algum tanto negra , que tire a-verde,
í de natureza de Saturno ,•'denota mòrt: oda-
de , e pe.íliíenci-i-, grandes frios , geí;ó§, neve.o, c
eícuridades no ar, tem.peilades:, terfémot:.JS , e
"los com foniss , e'falta de maníimentos.
S.í o Cometa tiver a cor branca,, e algum tau-
íp sçafroada , fera da natureza de Júpiter , e de*
toon a morte de algum R,ey , ç homem poderoío,
A forma deite Cometa hs grande , credònda , e
ao parecer de bum rofto humarao.
Ss o Cometa apparecer com a cor vermelha ,
eaccendida , e a cauia.comprida , lera da natu-
reza de Marte. E íe apparecer para a parte do
Oriente com a cabeça baixa , e a cauda alta', de-
noia para a parte do Occidente gfaodes fomes»
guerras , terremotos , falta de agoas, e dellrui-
ijoens de Cidades Te Reynos. )
Se o Cometa apparecer muito branco., ede
horrível aípecto, e junto ao.Svd , íera da íua na-
íure^à-, e denota mudança nos"Eftãdos,'" peque-
na colheita de frutos, e mortes de Reis, ede
homens ricos , e poderoíos.
Se o Cometa apparecer com íjuma cor doura-
Perpetuei . T43
da, íerá da natureza de Venus , e íeu afpecto
grande á ümilhanca da Liiá com guedelhas , dei»
xando rayos atraz de íi, denota damno em homêV
poderoíos, e novas íeitas, e coníiecidamente nas
partes-.*,, para onde deitar a cauda.
.--'Se.apparecer com diversas cores , ou de cor
'•ceirulea ? e de pequeno corpo;, e a cauda com-
prida , íerá dâ natureza de Mercúrio denota
morte deaigum Principe , motins , fooies, guer-
ras , careftia , muitos trovoens, e 'relárnpágòí.
Se apparécer de cor de prata muito clara, e
tao reíplandecente que exceda á claridade das
outras Êítreltas , íerá da natureza da Lua-, e ííg-
nirica abundância de mantimentos, eípecialmcn-
te fe na tal occàíiao fé achar: Júpiter no Signo de
Câncer , ou Pileis. E note-fe , que fe o Cometa -
apparécer para a parte do Oriente, feus effeitos
muito brevemente íetáõ executados nas terras ,
que eftivsrem íujeitos ao Signo, com quem ap-
parécer. E íe o tal Cometa apparécer da parte
do Occidente, iferȒe-ha5 mais tarde ieus effeitos.

Dõídias Curriculares, quando começaô, e àcabaÕ


Ntendendo que muitos cbíeji6 faber a caufa
dos dias Caniculares , e quando começaQ , e
acabaó,me pareceo declarar com brevidade eítas*
três coufas. Na oitava Esfera ••(e.achaô duas
Conftellaçoéns, que íao da natureza de Marte ,
K ii cha-
144 Lunario
nadas Caô menor, e Ga6 rnayor, O Ca6
nenor coníta } conforme Ptolomeu , de duas eí»
[as, as quaes íaÕ da n i ti: reza de Mercúrio, e
te, Alguns'•doutos- tem , e fffinriaó que éfta
'rior;iie'-Cauia dosdiios Caniculares•"•( co-
Umo lib»i%. cap. 28-e EtR;ey D.A.ffbn-
i Tâbulís Ajif'0fíérn'íci-S'cu'}0 parecer quero íê-
>rquèTtté parece mais eonronive a ra/,aÕ , í
• rienciá ) oqoâl coiluara nafcer•juntarr?'r.n-
am o Sol pelo Oriente de Valenea .ao\em- *

io do Signo de Leac , que ne a vinte e


lho- VK aíiim as GanículaTestem
no Reino de Vdlenca aos' visite e-ouâ-
;o»,c-açábao ;a dous de Seííemhro. A
viniao dos Àiiroloffos, e Médicos ex-
IOíS he, que os dias Canicula':es'"du-.
üõ nareípaeo de quarenta dias, que lie o que
\ z\.h%\- o Sol deíde que naice com a Ganiçula ,
*té oue acaba de paliar ioda a-imaeein do Signo
Leão. Eíte eípaço de Ce-rnpo, e dias Canícu-
• iao os Fortes , e pereíetòíos , que Hippo-
srfeíes dííTe , e aconíeifrou aos Médicos que na 6
deliam medicina nenhuma aos enfermos do dito
fempo, No qual stempo diz Plínio na íua Natural
hiíteria lih.%* que os vinhos fe ahe?a«^ é rasem
imen.to, e mudança; e que òYcafM doecem
de rayva pelo muito calor,;e íeceufa , quei Irhpri*
fláein.o Sol "i Signo s je 'Cànicola nos laes d
Perbêtwoi ri?
aíhm aconfelho . e rogo que, durando o tempo
da Canicaia , renhaõ cuidado» raais que etí) ou-
tro tempo, de prover deagoa ao? cães:, .para.que
poíláo "temperar • leu- píop?io • calor natural, que''
he exceffivo , e'-ò que lhes .cauía o dito tempo ;
e iíto por evitar o g?aside. darano., 'e.pr.ejúizo^
que podem çauíaf com a raiva',' da qual nos livre
Deos. Améii. •

TA-
<tn Ltwarfo

OAD A
L O PRINCÍPIO DOS DIAS GANI-
. ciliares nas Cidades', e lugares íèg.

tíéâdss j \Seeuem-fe j Cidades , e j Seguem-Je


itias- ãe VèsMias , e\Villas cie \os dias , e
fpanba tg*mezes. ' | Efpanòa, e tnezes.
i IvtAi/t I »<í índia.
•nçav 2.4» de Julho. ! Viíhena. 22. de Julho.
^aíhorca .24.de Jullío. Aiicaoíe. 2 ]. de Julho.
Origuela.' 2.2 .de Julho. Se vi 1 ha. 22, de Ju!ho.
•^Víenorca. 24.de Julho. Lisboa. 24. de Julho.
Córdoya, 23.de Julho, Calátrav-a; 23. de Julho.
Gartagèna.2 3.deJulliOé Alcântara, 24.deJulho
ilurcía. 22.de Julho. Barcelona. 2).dejulh
planada. 22 de Julho. Toledo. 2f. de Julho.
Maiaga,, 22.de Julho. Mídrid, 2 " ' de Julho.
Ubèda. <?5 df* J u l h o C uença. 25. dejulho.
Goa. lo.de Julho. Ceilaò. j . de Julho.
Onor. 9.de Julho, Ma laça» 26. de Julho,
Barcelon. 9.de Julho. Jiina, 15-, de julho.
.M3giíor. 8 J e Julho, Chaui. 13. de Julho.
CVnsnor. 8.de Julho. Dio. 14. de Julho.
Cpchim. f.de Julho. Mo m ba ç a. 2 6. d e J u 1 h o.
Coulaõ. ó.de Julho. Mòçãbíqueu/i 6.!deJ.ulho.

•:'" " - • • • - . - -
H| rerpemo, 147 \
Juiza de hmn anno par A outro pelo dia , em que
começao -os cánicutares,

Scr.ev.e Biafanes tjue fe no dia , ern queco-


Ijtneçaô os Gfnicülãi ès; íe achara Lua no Sig-í
no de Áries , denota que no,anno ieguinte have?
rá mu iras agoas r e pouco trigo , porém abundân-
cia de azeite, ainda , que mortandade de gados.;
Se no Signo de.Ta.uro' na6 fàlíaráô'trâb.ilhos ,
e miíerias i chuvas, e geadas com Fraca colheita
de pães.
Se no Signo deGeminis, haverá muito pao,
e vinho com abundância de fruclos ; poréní mui-
tas doenças,
S: no Signo de Câncer falta de agoas > e
mayór de trigos.
Se no Signo de LeaÒ , trigo, vinho , e azeite
em abundância ; os outros fruclos em bom pre-
ço; haverá algum terremoto , e ihundaçoens,
e tempestades' no mar.
Se no Signo de Vitgò , denota anno fértil,
fuppofto que haverá muitos motivas nas mulhe-
res prenhes, muitas agoas, ou gados valeràó pou-
co.
Se no Signo de Libça , muito pouco azeite , e
muitifílmo vinho.','e. pouco trigo; e das amen- !
doas, nazes, e pinhoens haverá muito, corno
também das avelaas, e caftanhas.
Se,"
1
,14^ Lunar fo •
Se no Signo de Eícorpiao, mortandade de
abelhas, e de bichos, ares peílimos, e pouca
"leciâ*
Se no Signo de Sagittario mo faka.vá.ô ágoas,
trigo , eaves era quantidade : porérm de gado
pCUCO,
Se no Signo de. Capricórnio abundância de
sgôas , de trigo, vinho , azeite, ,e de todos os
-ínànümèhtos.
Se no Signo de Aquário, falta de -trig >, e de
Sg^a? : porém muitas gafanhotos, e perigo de
algum mal contagiolb.
Se no Signo de Pifeis , denota chuvas , muito
' trigo , e vinho ; ainda que Falta de aves;• porém
não de enfeímidades. -E tudo íe entende, de hum'
'anuo para outro , íuppofta a vontade de Oeos
RUíTQ Senhor.

C A P I T U L O X
JX.%

J)e C9tíi0"fe ha de reger o Lufmrio'perpetuo., que


fe Jegue *, epelo mefipo Lunario fk baÕ de en~
tender as pronojiicaçoens atrás»

"\ Lunario perpetuo, que íegue , íe regç pe«


.# Io Aúreo numero , e f-bendo , quantos ha
• ureo numero naquelle an.no-, em que efti-
v mos , efle. mefmo numero iremos bufcar no-
alto dascolumnâs do Lunãrio , debaixo do qual
• âChã-'
m
os.as-ujas ttov - , e cheas , e.q1
_'S , e mingoaníefe cova os dias , eh
o j e em que grãos , fede que
advertindo. que a primeis.-* c

cia cotúmua os nomes*-cWs ao>cct .naõ


Lua nova, o quarto tr.efcenté , a Loa ci»':a , e
quarío minguante. A tercei a c aõ c
(áíâs ciijmea em que .vem a Lua'nova , qu
e ciiea., A quarta- coíümna íaõ as hora? liroi
dotal a^e-eto. A quinta columria íaõ os gráos
em que f.e faz o dito aípeíio, A fexta-he o Srg
n o : cujos íao • :;, em que fe taz o atpedlo
Ea.íe :i iígfüíicaçaiS dotempo,'
fica ac uàíío, E. depois de terín
a Lua uüb idijcr , DídO O-ÜtS
e hora ••"se f S i f - -
no, q;que me correipo.-naem. /Eus bigna, e g'aos
os buícar á pronoíacaçao at';ás, e nelía acha-
remos o. tempo que;íe íèg-uiiàV Èeíla-mefm» dili-
gencia faremos.no quarío creícente de cada L m ,
e tempo dechea'', e quarto rnrhpuanfe. E note o
Leitor, oue algutnas vezes , e n ,ô poucas, ?cha-
rá em.huma c?,ía da Lua cinco regias , fendo
a.íHm que os aípeclos faqquatro'•", pelo? quaes, pro-
nb'ftic3mcá que lie.Lua nova, quáiío creícente ,
Lua chéa, èquarto mingüâhfe; más.parque mui-
tas vezes acontece em hum mez haver duas Luas
novas, ou Luas cheas,"'nsceffafiamcnte ha de ha«
ver .
t$à Lunar to'-
ver cinco números. & afíim também ícnore qui,
o Áureo numero rraÕ pode paíTar de dézanove,
echegando aos dezenove torna outra vez a co-
Tíícçar emhum , e aífim correm , em roda viva
: perpeiuamenté,, Pela quíl- razaõ , íu.ppoíto que
meíle Lunario naô eilejéo nomeados mais. que
l 5 y i . arinos a t é l ó ó y . tprna-le outra vez a co;-.
meçar- nosnno , em./que eibo nomeadosi6-6§. :
cbjii 1670., e dãhi ie irá por diante , continuando
aíé'che'ff3r: áo cabo do,'Luna-riõ , e outra Vez tor-
nar a o principio, aífitn ir diícorrendo por eSls
em roda viva perpetuanieme , guardando nas
pronoílícaçoens a melma ordero ,.. que no Capi-
tulo atrás temos dito. tí ainda que em algum
xnez, oumezes, te açhem.as Luas cheas primei-
ro ^que as davas, nao fe entenda'que;rbytr.ro » an-.
tes he necefíario teraífim : porque quando a Lua
he nova.de dezaíetre dias de. hum.rnez por dian*
te , nao he poffivel íer chea no próprio oiez, pois
entre chea , e nova ha de haver quinze dias , fou
pelo menos quatorze e meyo ; ptla qual razaõ a*
Lua, que for nova np tempo acima dito, íerá chea
no principio do mez íeguiníe. E aífim também N
íè advirta , que luppoíto que o Liínafio (eguinte
faça menção de 16$l. em íeu principio , he em
razaÔ doqiya nS tal anno ha hum de Áureo nume-
r o , 'enode 1:14. , que ha dezanove de Áureo
numero , nos' regermos pelo ultimo'amo do
Lunario. ETe quizermosi íàbjr as Luas do anno
de mil feifcentos e treze , nos regeremos petas,
paginas, retrogando pòr ordem do Áureo nu-;
mero , íaberemos'as Luas de qualquer outro an.-
no paiTado , guardando à meírría regra ,,'que nos
futuro?.
Advirta-íe^ue as proriofticaçpens , que íe fe-
gueraacerca dos tempos pelas Luas novas,'cheas, ,
e quartos crefcentes , e minguantes, íenaô de-
vem entender de modo s,r'que pteeifsmenté na
hora-. : rinnnííí
rninuto da conjunção , op âo OU
quarto, íe figa o tempo prcn.oílicado f mas. qu.e
na maior pane daquelle quarto, que fe. legue,
-correrá.o tempo' conforme-a pronoífícaeaõ.

A MM

Ânno
Lunar to:
Anno ,'em-quí Áureo numero.
MèZsáfpetí, Oi«. '£fcr. ;Gr-//,bV^-;/,'?j'a em nos
GafiCeiv -üt
íuih. ]. niing x 3 Lib'r a. fâímp. r.
Sfova. .24. Aq^âV.KW rf^s
q.crefc. 2 0 Tauro, í^r.fl» p .
5 jL>eo.
kigoí q.mmg. -U Scorp. ?^>. de.l
1
iNJova, *) Pifbií. Me** ou t.:
ç? to'..^ Afep €?l\
t _ ,;..]. creíc, 27
j Jiiea. ' ~6 m ItÈQ. \if Cú/Mf
q.raing, fã
?
{Se.tt.,1Nova, ' 2 O \h.nt^-.MÍpi var,
1 q cr-ííc. __2S
•4
jÇanç.' ytfip-, vãr.
\ LÃEiT. \tep, • varT"
q.mihg. l i ÍCa p r xcliemp. mu.
.Gut. Nova. IO \I'&üro.\A?.f. e v
1 t.^j-eíct 2 / i V í Tf,o, j-j o/\ inteíf;
'
; !

1 Ghea.
í q..tning. I I
!
4 ':'<cos
rr„rp.|
• jA.quar.
kêt.m
Temp.
tr
br.
Mova. . 19
Nov. q.cr^fb.?: »>.g j Faqro.\/íg f.ev.
;. {Ghea. •2 ' V i r e o • Ta-fiP.ruh

• q.ming. 9 Bfi" ternp,.


Dez. S*ova„ 17 jGe win .\Tep Jim6,
n
3Xfeíc, 24. Èomtêp. •
.."•..•• J

S
Perpetuo* 'K*
•à]$ lú. íie;Àt'reo ítumeio.
lia. rim: Una [ótimos, i eaipos
__ —11... A--.-L. _
3 i^J p-'spi K . vettip.jr.
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q. crefc.i 19 I i 26 \¥ CO v.\
4nnov e*i1 qq? haia• i-fy', de ÁuVçò..rmrtV-
MeziA/peã ' SignosA eüipos-,
L í b i a . lep. rev., j
ían. Nova. Oapricj #*£*, /?& t. \
.creíc Aries, kemp.rcü. \
Ch ea. Leo.
•jq.ming ocorp, \iep.' de h;\
?
. ev. Nova. jÀqüar. \S.det, n. \
q. freic [Taüro. \Tr. ou v. Â
ÍChea. •Virgo. \l"r. cê m,
;q.5Ding. hàgiiw.Têp.vtfr, j
^ariNóVa. .
q. creíc Geovin . ' 2 ^ . ^ r j
Ghea. ;Libra. pf/>» varS
[o mine C-wnc. \tep. mud,\
-.' jíSloya. :tiiím. ^p- vàrJ
,r,
jq< Creíc. 'Câncer.<Tt>p. var.l
fCbeaV ScqrpvWet.óa a,
iq:vmíníT Solint.- _ |
jlSíova.v Ta tiro âg f. « v
o v
'VUiJq- creíc Leo.
Saí int.
\1 *hea. jSsgííta.
Vâímar. j
'o. jrung;. Piiçi l
B& temp.
JSü.va.' ,c. 2? Gen.ii n. \Ttrnp.Jôb
dn. q/creíc. ?,4-' !Ó Tep hubl.
21 5 íjaimar.
q rtiing; 28 8 \ÇaJm<yr»
MszláfpSMa

ijuíii. J. crefç.

l.iiiiig,

'Mí ixreíc. 12 4 i
: -ri?
*3 1
-i.minsr'. 20 M
j.H, n í ^-^
-?—-_„,_. • ~—™——•
\ ü v a. 3 JL A»

j.creíc. IO 9 7 ,1;?»'l \MudJe,t,


1 ",
17 'i í
/ • 1
romg.l.
Nava,
Out. q.crelc J.í
T "J 12
Chc?.. | 17
!<3 minp.i I J

NOV. q.ereu:,..

! Nova. .[ 3Q
v q. crefc* 7
3ez, r Ches. [ i j

'N.Qva.., j 3 0 j
Lunario
Anqo , .em que 4\$\Q I . de Áureo número
ãez | ãfpeffi. Dia, TT • rW.lSignos. í\>ííIpos.

h. cre.!c.\ 6 O Vrie?,
fan. p h e a . !• 14 2.4
t 2 |Sçorp,
8 i l4q.uàr,
5', I 10 jf'auro.
r. ôw.-y.
rey. 1
> 11'. 18 Leo, Í9* íe7#/>.
.10. 1 [Sagitiu Temp.vat
, [ÍNOV3, :27; Iç 1 7 IPjfcis, lg. ou nA
iq.creicJ 6 i a peojiri, 00 tentp. (
Víar. Che3. | 13 28 !0' [Virgò. Humid.
jq.ming ii 18 1
-Nova.' ! 2^ 6 Tep.var,
qxreíc. ò r:Temp.var:
1 T ra. jTi?/». zr^r. j
l&br. ;Cbea." !. •' 1
7 i 29 p.pticJTemp.ven
q.nning.j 19 I v;
Nova. 1 17 ? ?. í Kl! Tauftoj Agfr.e v;
•; q . c r e í c j . . 5 j . TC Leo. Solintenj I
Mas. '.Clies, ,. | l i E6 • Scorp. Vet.ou t. \
. lq.nving.rT9 27- K"Quar, Tep. brufl
iNcvs. í í ó T x Fr. cÕni.\
jq.crefc.j 3 temp. br.
íun. jCbea, Q 19 Sagiíta Calmar.
í-nvirígJ '17. I 4 26 Pileis. Bõ tentp*
NJOVüUT 25 •I .5 Cãjicf'
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ui-a. </.:«SV>»<M-./Tempos.


\- l ES' 5
[Mova* • I 18 •<S I O
í 2o l_,apric.| v &í. o
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srsava. . i uie?« Ti?//. I / í I A
;ícét J iL^o. Xd"inteniA
ucâ. pSrarpT
yií pi ming..
f.y QV3, Tautô.
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X ning.
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•j. crêícéi.:
ÒIí 3,
;
. ; __'^9,
I ' Annn , êm
ureo numero. .
MezJáfpeòí /í#r.lGriJt57gwj,
Tempos.
j ;
q.ming,
iJuíh.jíSíovM.
qxreíc.
G-bea.
q.ming
jAgaíp
jq.creíc.
Chea.''
| q.ming &V# tèp.
,|Setí. íNova»- 19 Virgo. Temp. br.
jq.crèíc. 25- Sagitf. Mud.det,\
JGhea. - :3 íÂries. BÕ temp.
M.of. de ai
( "jNova tf '.Lsbra. H'emp\m.-.
íOur. íq.ereíc 5 fapric.iTemp.rev.-
1
'. Chçâ. 2 {T aúToXtmip.fr. .
jq.rr : , '
íNova. r 7 •""Scorp, z(g. cóv.~~
,[Nov.. jq.creíc. 25'^ -2.4 Aquar.,Jé,w/^. ?;.
K^nea. | 20 | 2 Gemij}, JSfèv.-eb.
q.minp;. Q .WirgQ; Hmnid.
Nuvá. 17 -SágiUí Màíenip,
(Des q.çreíc. pileis âff. cõv.
Chea; jCaneei
q.rn &ibf£V Temp. r.
'o niirtifrfl
f ftff}/3 t?lfl
j^iSTuir t>
Anrió. e,m que haja 12, de Áureo
MezÁArpeH, [Dia. ">]rd\ Signos empos.

tà.Crçíc, ri 11 I Aries. temp. rév


Jan. JGhea,, 1 > si 2í
28
jv_.ancer
iLibra,:-
m de ag.\
jq.ming 18' 6 •
' !Ndva. 7 [Aquar.
ü_ JL
.q.crcíc. "' 1 "19 1 2 auro h-.ro, ou v.'
Fev. JGliea. 9 21 íLeo.. Som tep.
q.míng ;i-7 28 pcorp. i.ep de )j.
Nova, 1 2 4' 6 íPitàs. |íT- 0» n,
r
|~~ qTcfeíc, ar,com.
3 0
jMar.. i Gh i ea. 11 1 jViígo br. cõ' m.
:q.ming 18 iI 28 jSagirt rep. var.
I 'Nova;,: 26 22 6 H n e s . ' ep vãr.
~~T~ *3 I. Lancei lep. var.
ÂKr dh^a 1 io.;; 3 21 Libra* Trítip. V
:
, q.ming, 17 13 27 Caprh; : ep. mudí
[Mova. ••! ?sr *5
4 Tauro. fg f. ets-fo
" jq.creic.l 1 1 ÍO h7^
I r
M a i . C.hea.' I 10 7 IO •H P. et.ou ir.
-|q.sninff»-j: 17 j "éihp. hr.
]%y,a.; I ' % ? h

TC. i
~ q.erefej 8 ' I-,
| u n , jChea. | 15
íq.mihííj 22
I «Nova. I . I8e?« tem
Per uo»
Anno , _eiTi que liara. 44. de, Aureon
Msz\AJpea:pta\rior 1rd\ Sik'noi.\ Tempo
.mp. tn.
Calmar.
Fti eiti-
$Mp<tr.
àg. poucA
Tep, br.
Calmar.
\Mü£^e i |
\Lemp::yA
Bom tsmpY
\temp, lr,\
'tewpyyenl
Bom tempA
MojL de fí\
Fr. c&mr. r
\Ca/mar,
ffefjr~~'
Temp. í?.
\ag. co v, f

íó \¥hgo, \Humidüd\
Bom ttmpl
1 i-ÀriêP..'. Tep: te. \
j 10 Gí!C.erJ'-#: üe úg-\
ÍÒ'

pjjümeno. ; i
x. [Tempos, j

iTJtemp.ifr* \
ho tetfip*
*

D. btuh\
C'aluar.
mp> jr. \
K \Ttnipjrff,\
. •'.\t><) iemp, \
ò. {iemp. br. \
rcÂMti Af t 1
i. d * \ .1 rj tf* „ tiC £• • 5
íCIS. xitrnp jr,,

i ....
tewft,
. i
n "icp. auíet.\
„___—' _ _ —. '
. u U & - £'*-° ry» j
'•ar, ILühttür.' \
\Tempfref\

jjtH í-cp.
CO V.h
e t?~tt&.
LtiHfirto
Aí) no crê que Jiajã-6. de •Âtj-aff numero,.
\Mezi AJpeã\Dia}Har. \Grdhyignos. iTempos
M-M 4 i 4 13 Gapnc.jKer. / » /•.
Jan. q.creíc. 12 7 Aries. |Tli), r^t;.
. jCheá. 18 22 18 Câncer, >-fó. <& ag.
(q-oVini?. 20 2Z jj Sco-p'; Te o. âe h
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. Aípeci \ DinyiÍQrXurd Si&nos. T e m DOS.

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7 I í rlquar. ijw&a poucA
i r o . -Tauro.. Temp.
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6 Leo. Gilmar 1
o j.ereíc.j 13 1/ 6 j 20 Scorp. pntp. fr> \
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Uiea. 7 j : '.6 j 26 JTcuro.\Temp,f
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5 | í7.iPsJcis. |/%, CGVA
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i 2 3 '.Libra. iTefs^ríé
j.i.tfung íG IGaDricvi/' &£.
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^Psrpelut /3
| • Iknno , em que i'àKí y cie Áureo numero.
UfeziãfyeãAüiü. FhrXxrd Signos. Tempos.
QXfiitC, Libra,, tiomtèp.
Cises*, Ií>, 19 Capric temp, fr.
q.mirig, •f8 10' 25- Aries. Calmar.

q.creic,
M ~ !
5
Leo. Calmar,
•10 òcorp. Temp.Jr.
3
A g d Chea. ;'•; 26 Aquar. Ag. pouc.
9
q.ming. 1.2' 24 jTaufo. 'Temp. br,
Nova. 24 16 2 'Virgo,' Temp, br.
q.creic. i~~T~ jCMgitta Mu d. de t.
Se ti. Chea. I 7 2 0 Piícis. Temp.fr.
qjnningj, t6 7 2
3 [Gemin, Èomtep. ]
Nova. z% 23 VirgÓ. Temp. br.
jq.crefc. 30 16 _ 7 íí .apnc. Tniip.v.

iCheay íÀ-riçs;': Bõ temp.


Out. ]q.'niing. 16 o l^ancer- MoJ. de a.
Nova, 22 8 .3° ÍLibra. \Temp.m.
•{q.creic. 2 0 'Aquar. lha/mar.
' p h e a . ~õ~ 7 ^ Áries \bo temp.
Nov. jq.ming. ! 1' 2 0 • JLeOo Tep. quiet,
Nova. ,2G í8 29 jScp-rp. ág. CGV.
11 6
í > . • < „ ~, „
| Ag.. CÜ V. .
q.crefc,
Chea. 2 ~vj tUermo \NevJe ò.
Dei. q.mmg. 14 I I 2 2 Vir^o. \Humid.
Nova. 2 0 6 TI ííjagiu o temp.
reie.' 28 -í'i1 6 iÀries,- flhnp. r.
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MezJAfpeã. Dia, H&rÀGrJ \Signós. Tempos.
q.rnmg, 9 15 tAries. Calmar.
Juth. 14 4 2z Câncer Pr.com.
q.crefc. 22 22- 30 ILibra. temp.fr.
Chea. 29 ~L JAquar. 4?- e q
q.ming. 5 2 2 7o~Tf aura. temp.br.
lAgoi Nova. H 21 [Leo. - Ca/mar.
q.creíc. 2 1 7 jo Scorp. Tempifr.
Chea. 28 I 5- 'Píícis. Tewp.fr.
| : Iq.nung.i 4 To 1 2 «acnun. Bomtép.
2 0 Virgo. lemp. br.,
iSett.lNova. 1?
14. Sagitta Mud. dei,
AL _4J Aries. Boniiepj
j i q.mmg' 3 1 Câncer Moj. de a.
:Out.. ÍNova. .] o 19 Lihra. Temp.m,
12
reíc. í6
20 27 Capric|T<?wjé. v.

27 % \Tsuro ffemp.fr.
Chea.
Y9 20 Leo. \"iep. quiet.
j jq.ming; 2
IO 1 13 •Scorp.L^. fotr,
JNov. ;Nova.
;
3
19 Áries •jG'<?/ww.
| jq.creíc,
I 25 Gtwxútyewt,èh
Chea.
?4 1 0 Víigb. Humid.
21. Sag»üaJfí#íw//>.
Pileis, Ag.CQV*
•? r Âb. de a*
An tio ,. em que íi^ía iív:de ^ u r e o n o m e r
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{jalmar.
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'q.nvir.ç'^ 247 f 2 Í ' 9 í-íhra. \temp. rev.
1^2 Lim
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\Mez.\ Ajpeòí.Sia Ho, [Signos emoas.
ó s- 3'p'rie. '/ét. ou t.
Jan. qxreíc. 16 .2^ries tep. rei\
I, • Çjiea. T 30 Cancfr àb. de a,
!_ _ q.niin^. / Jrps
Í.Z.J
, -|i.\ O v d.. 5 15: ,'-\q .ar. ò"ol dêt. n
jFev. jq.creíc. iz z
5 fauro. T'r. ou v,
CtVea. 20 j v n o o, Fi\ cüM,

14 i'iíc:?. Ulg. ou n,
ÍMar.iq, creíc. 12 7 2 i : .'Gemiri. jCVz. <rr7?«.
í-V "* 1
[Lnea. 2Q, o j 3°, IVirpo. jFr. íõ;;;.
|q.!iiih£. | 27 /

| A br. qxreíc, ti
T 22 M
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14: 2C .(Zznctx.Çíêp.ivar.
var,

Chea. 28 " I J 28 jLibra. \Tép. var,


, fl.-rhin-g; t6 ! « iA.qijíír.' Tep. -hum,
.'•*|Noya.-/: 2 /
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3 jTauro.
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Mai.iq.-Çreíc. 10 2Í
• jChea..., 17 l6 2Ó Scorp. Vet. ou t
[q.mitij| 24 l8 4 •Pifeis. \Bom tep.
Nova*' 31 i r . íGemin. [Tep.'"•/*>&',
., q, creíc- 8 7 -I;" Vwgo. 'yTemp. •}}.
JüII. Chea. •16 !Ó Sasitíá. K^À/ítír,
q.ming. Arie?. [Sf ££/«/'.
r' Nova. 20 ^3 Q Câncer.'fí7>. •:»W.
$»*•'
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14. de Áureo'n.úmer-f).
pscí,\Oia\Hor\ Grm$i&kúsÀTetppo&.
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1. Cl í8 l i o [Libra, \tioiemp,
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I r I %i j 23. j"Ca.pric.í7í?;w/í.';/r,
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7. -, . 1 ÍTauro.j7V??2/?./?r.
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q. ereíc 18 l i'ü V/5 T H B y.ep* quis,1
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\Mez\ ÂJpeã.pJid. \tlor tempos

, l' c,C!C - 4 ri és. fep.rfjv.


IJan. ICiieaV 8 20 áirícer, M;v. e hu.
^.-ming, 15- 26 Libra, tetnp. rev.
Nova. ! 4 jAquar. S. dc'(<. -fé,
'].creíc„,j 2'í 2 ifauro. 'Tr. fiu v.
iGhea. 7 2. í3 jL.ua Uioin temp
jbev. jCj.mmg 14 ii 25 'Scorp. Tcp. de h,
íA l O V a . ' ' 2Z 1 •> 4 [Piteis. Ag. bit n.
q.creíc. 4
•-> 19 jVirgo. }kr. cá m..
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14 ií 4 [Aries. \l ep. var
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Mai.Q/iiiiug 14 18. 24 Aquar. Wet. ou t.
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Chea. 6 "I~ té~ ;Sa,s;uía. \Ag, pouc,
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l ~.A — 6."de Áureo número, /
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Mez\ Jfpeã.plãí
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Nova.
q.ceíc Tr. OU v.
Chéa. BÕ templ
q.ming,
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ÍCheá. Yet. out
q.ming. \C:aptic.Tep.~frlíf.
Ajpr. INoTa. Aries, Avfr.c v.
q creíc.j 19 9 íCaríter Sol tntenj
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q:ming •-3
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Mai. Nova. ri 7 2Í T'auío.l Ag.fr.e v-.
q.creíc 18 i Leo. \Sol intenj
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iq.míng 2- r ÍHiíçts. Bõ temp.1 !
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Chea. 24 i j 3 ]Capric./«fep,/?v]
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i o . : -íJ e. A u re o n u m e t o.
3,j^/è^|i)/A|//"5r.|írr1/.|%W.|rrtlinos,
. i \ 10 i;irjfs, UJaímar, j
Isiová. v
s
i ], crerc, í ó ^•25.. M o r a . •mm temp*
2) i i r juapric. âgoaptyuc.)
11 *:„. 8 [Fsuro. Temp.hruf\
jNIqva. I 2 a ' [ I1? |LOJ. Ca'mar; j
i II' I I I iScorp/ [ TemfífrefJ
ó . 29 \t\<)Uíu\Bom temp.1
„i . ! QI 7 p í i B ü V ^ g ^ temp.\
o • 13 jVirgo, Temp.brujl
i.crefcij 13 | 22 21 ISagiíia M&Y/, ^ / . !
-; I• ' I -íX 'Pileis.; Temp.hruf
1 ••' ,'T:1rtOr.'|2 9
• r—
LSO^í | 5 .^•5 1 12 Libra.^êníplmuà
n p f f* í p i T 2 22 1} Q&púz^TefiipJirnl
ICIiea. j 2 0 16 27 Arief. \Bmntcmpi,
;
h.nr>"in'i?. 2$ y
jNova. ,
q. crefci t i /
jChea. l ''•-} : j'Ó
Sõ.VninjT. : l 2

B j 12 ;Síig'Íttâ'!Í3'ií>?i l
üez. I I ÍQ ;PliCiS. \/lg, CU V. I
19 ! 1 { 27. fàmtàANev.v&#A

2í) I
Lunar h
A n n b , euànquê ha*i a 1,7. dt ;1U1

\Me 7-ffi T i-r/1.5


j<JL.L(J? • ò^»^. » em por.
i-

""""INóva. í 2 22, *3
Jan. |q_. ciéíò.l 10 I 17 •20 Aries. \LePnp. r.
18 Câncer Si •
n'ÀJ.~~J
24 8 Seo,'p. r[£p-.àc h,
NõvTT i 7 "(-,iqua.r.* Sot üéí. •«;]
r e.v. jq.creíí
4
9 2 ÍTauro.
Gheâ.-. 16 •*•* 18 Leo.
lq.ro
2Z __£
IN0V3, 2. Pileis.
I
Mar. M-cr
H 21 *? Gemin. •Qír. cíf Jtw.j
Chea. • 16 12 17 Virgo.
f ^apne. Temp.m: \
q.mino . 2< I? D
IO r,r -Aries. Te v.var.
; q,crele. & O Üaiicé i '(Teiitp.Vür}
.br. Chea. 15 22
i
q.mi.nsr. 51

Nova, 3'o ! -4 ! T2_ \l auro.i/lg.fr.ev}


: q.creíc.i 7. j 47 Leo. \&ol intenji
Mai.^.Chéà. i 14 H 24 jScorp. Wet. outX
I•
Iq.ming.i 22 |, 2 I í Pileis.'.mo temp.A
Nova. í 29 j 20 iUgmrfí.7 eí? jf^»4' !
iq.crelc.j. 5 1 17
2
Jiin. jChea, ,12 |.i'9 3 p/ágmapalmar. \
q.mingl 2® j 20 2 0 ^Pileis. 'BQ izmp,\
Nova,' ! 27 > 6' 7 fGariCv íemp.. fr., '
'Perpetuai t%9
"Armo . em que haj7~17 de Áureo numero/"!
\Mez Afpetfr Dia, fifor, Grã., Signos, Tempos.
:q.creic. 4 2 Í 13 Libra. úomtemp
t

•8 20* Captic temp.fr.


jjulh, Chea.
q.ming 2 2 2 0 18 'Aries. Calmar.
Nova. '. 27 c Leo. ' Calmar.
|q, crelc 3 5 I I IScorpi temp.fr.
Agoi Chea. 10 23 10 Aquar. rfg.pewCi
q.ming 19 ,2 26 Tauro temp. br.
'Nova.- 25 2 2 Virgo. tep. bruj
q.creic. 1 *5 9 òagnre Mu. de t.
Chea. t 15- 18 Pileis. Temp fr.
Gemin. Bõ temp.
Sett, q.ming, 17
Nova. 24 17 2 (Libra. \Temp mu-
iq creíc 1 5 8 íCapnc. fêmp. '.ven.\
Chea. 9 8 16 Aries. \B&m tep.
Out. q.ming 17 9 24 ÍCanc. MoJ. de a.\
Nova. 2
3 •16 1 jSeorp. Ag, côven.
a.creíc 30 2 1 y 1 Aquar. Ca/mãr,
Cliea. 8 1 17 1 aurc. Ttmp, fr.
Leo. Tep.qutet,
Nov. q.ming. 15 '10, 22 iSagití
Nova. 22 3 1 Bo temp.
j8 Pilei?, /?g. Cfí v,
q.creic. A Gemin í\éV. e ku
Chea. 7 16 2só
Dez. q.ming 14 17 3 Virgb. Btimiêlaâ
T6 1 Gapric. Vet, outr.
Nova. 21
'q.creic. 20 15 8 Aries. \Tetnps r.
N
1Ç3' LUnãrio

Para fronoflicar. em fuamia do tempo âe tudo


' o amo.

Ç Uppoílo que pára conhecimento dos tempos


\3 he. neçeílano ltvaiit-ir-fe figura
íi l
ck revolução
cloannô j da verasúeira entrada do boi em Ano?;
e porque todos ntÕ: podem 4ér • mafhematíeqs ,
daremos fstisf.*ç3ó pela* regras íeguinte', para;.
ctít por eHas todos veR-hac, em cònhécimenfc>
f^Y Q te fTS T ^ H ^ '

Pelo que íe "fia "de.-^otar que os experimen-


,0.era o. eir? conliecimenío doanno dos doze'
s, que ha de Santa Luxla a dia deN.a.íaj v to»
mando por cada dia hum mez , e por cada-quarto
de diá bum quarto dó ;niez> e áíii:n em dia da
Santa Luzia à meia noite até as, íeis de peia ma-
smsã tornarão peloi primeiros oito dias de Janei-
ro í tal qual o tempo folie neftàs íeis horas •, taes-
feráo os primeiros oito de fatíeii o ;. e das íeis da
pela rnanlisã até o m e i o ^ a romasáo pelo tempa
de oito até ouinze diasdodiro mes : e do meio
dia até as íeis da tarde.tomaráõ por quinze dias • ••.:'-. -:
até vinte e tr»* de Janeiro? e das jei* da tarde até Wk'
g p e n nor'j íeguiote t< nvuáõ.j.por,-vinte.;e trej
o fim je janeiro $ e , jfi n o dia í^guinte me-
a di'U: ordem tomado pelo mez de Fe-
-v^ri-iro . e o terceiro dia por M>iriço } e .àílím cada
--ftuni dos mais »-; até íe^çíblrêtn òimezestodos ,
'ir&fr-"
Perpetuo. l i
en*ende«(e ifto agora cm vinte e deus dw J»e-
zciiib o, , ,
Affim tambor» vierso r.m cerbeemento do
tempo , que ieguirá pelo dècurlo de tedo oan-
n o , pelo quatro tento? prinçipaes,. tendo ref-
peito ao curió deils-s' de dia - de S. joaõ Bi»ptifta
até dia de S. Pedro, e qi:aí delles rnaif curlar nV
tes dias , convém a fober : em vir te e quatro de
Junhd, que lie dia de S.JoaÕ, í té vinte enove ,
que he dia de S. Pedro ; t/fie vento cutíará a rrsa-
ior parte do snuo. E o'f ventos' principáes Ía6 cf-
tes : Norte ,, Sul? jBíle,, Otíle. 'E: àcYiita' fe que o
vento Jiíte he da par te do Nafceníe , e o Gtíie he
do Poente, '
AíIIm que curfpndo neOes dias vento Noü-í
t e , que de lua condição he frio, e ietCo , tal de-
nota que iérá o snro»
E le nos dito? dia? curfar mais o vento do
Sul, que he htmidü^ e fiio 3 tal denota que leíá
o ànribi
E !e nos ditos d-ias •çur-far ir si? o vento dó
Poente , que. he quente , t h u r i i d o , tal denota
que lera o anno.
Ma? note-. !e que o que d berres do N o r t e ,
e Sul , fe fcchs ao c< ntraVio do qi e temos dito Vo^:
que vi"em da.Ecjuim ciai para o Sul; porque ao»
taes o Neste lhes denota ígoa , e o Sul itecura.

Wú «se
• iunnarm
fpgúê-fê algu^iãs advertências Afirojõgicas"mui
fnmeitujüs % § necejj^xrías fará as jangrias,

r \ jjatro eouías fe devem obíervar (conforme '


s_# Â¥Ícena)-na'íangria,a íaberro tempo5a ida-,
^^de, ou çoftimie , a jrortale-za, o íujeito do, pá»
ciente. ; iílais adiante diz © meímo. Avieena que
lejiao de notar para a íangría duas horas; que
.{ao i.hora de eleição s hora cieneceílÍdades.s lio*
;ts de eleição conveniente para langrsr- ha de kr
-•em hora quente,/ -que vera a íer depois de bem
• -fahírlrs rs S n l »' é> riiíè e i r e i a a d i t y p í i a n 'f#»if.i ' .#• 3 »
Perpetuo. ÍQ$

Do tempo que he damnofo , e proveito]o para


tomar purgas.
S regra mui obíervada dos Médicos ex-
pertos prühihir aa medicinas laxííivas no
csceífivo calor do Eítio , e no maior frio do In-
verno, íílo parece que confirma Hippocrates no
5; Afforífirio, na partícula. 4. aonde diz que«5#£
Orne, & ante Canem molejiajunt phnrmacay &
medicamento?uni ufus difficilis. Quer dizer •: que
nos dias Caniculares, e nos dias de grapdes frios
íe nai devem tomar purga?.
O melhor tempo do anno para "purgar he a
Primavera para os que nao tem extrema neceífi-
dade. He mui perigofa a purga, e ainda n ían-
gria i como já eílá dito, eílando a Lua em con-
junção, eoppoíiça 6 com ò Sol, e ifto posnum
dia antes , e ouíto depois.
Naõ fe devem tomar purgas, eílando a Lua
em Signo?, que remoens , como Taô: Aries,Tau«
ro , e Capricórnio ^ porque fe naó podem reter
no eftomago , antes fe vomitei), conforme a ex-
periência o demqílra : fe fe quizer purgar por vo-
mitorio , a tal eleição íerá boa. Eivando Leaô e-nt.
alcendente ; affim mefmòíe vomita.
Sempre que a Lua íe achar em Signcs^quío
fará bom efteito a purga. Porém advirfa-fe que
fe a pur'ga for bebida, convémqueà Lua eitejss
1
em
194 Lunar h
«Uí ccMrpiafv E íe for boc-fio* oü letuario, a
Lua àtM eftar em Câncer, li. íe íureul píful/s ,
cni Pileis; e deíb minsira os eíhkua ínhuéa
mm boas, e Éhlnrbro?.
Nas gr^nies muiaoç- tsWPO? Útò i í ; P *
:
;.pr>cn?ís ;no Ijvrô' cie ãíTi', AqUlí , £r f^/í:»
;qu.: íe n'->6 devem dar medicinas ? [sen. côutcíins ,
5S nos membros: e elíéi.••u.-ct-
'•m.ds" réff.rá'*! íe pnjürdaráõ fiosdous 'faoil"ícios:, e
Rquifi' >s, b tanta impo h dtaséon-
fiJírVcoeos A C \ S D ,i f 3 á. A?diçj'na , qu - »
co-nfonne o meímo H"npocrí?cs no Livro /s^
*w?d? t naõ hjvia Je h-»v;r Mídíco ,. oue naÕ f
Altroio-jyco , ppi* cjue no H?,a.r c!.racío d<iz delta
•maneira; Hujufmoâí Meiíu jfi eíiqtii Afimlomam
ZRttêYüt | nano &£•

ífâ«
7ab. das pttrgesãg para Jaber quad.faõdoaS) o*»fc
Signos. LJU:
;
' íXilCS. \ c beca. IVla. ' Boa.
Aríe-s* A cabeça. Má. Boa.
Áries. A cabeça. Má. Boa.
Tauro. O pe..ic'óç<.v! Má.,.- Mi."
Táuro. O pcíéoço \ Má. Má.
Gsíninis- Os braçt>s. ]lndiíK:réte.jMá.
Gsrtiííiiy. Os bràçys. índiffcíête. Má.
Câncer. 0,5 peifòsV Boa. IndiíFerreiíe
Garieer. * Os peitos. Bóa. In diffcrete"
Leo. O eorüeso, Md. Má,
LíO. O ecracaíí Má. Má.-
Leo. O coração JMá. Má.
Virgo. A barrica. I Má. Má.
Virgo. A barsigâ. 1 i.Yi-3» Má.
Lib a; As nádegas 1 Indiffsréte. Boa.
Libra. As rí'ádegásj Indífr^ete. ..Boa.
E<còrpiaõ. Genita. j r. Boa. •IridirT. ète
EícorpiaÕ. Genitaes. Boa. * íOQJíF ete
Efcorpiaõ. G^nitcies. ! *0õ?. . llndiffeiéie.
Sagitário. Coxa*. IndirTeé.e.JBõa.
Sagitário. Coxa?. iod*fF^-éce. ÍBoa.
Oípnccr. joelho?. Má. Má.
Capricor. Joelho?. ' Má. Má.
Aquário. I,Çã.de perri Tnd tíFeíéfe. B5a.
Aquário. Cã.dppern IodirTc?éte, ;Bo3;t.
Piícif. Os pés. Roa. JndiíFcere.
Pifeis. Os pés. Bôa. índijfe*'"éte.
Pi í eis. Os pés. ÍBoa. íntíifferéie.
fê iaunãns

00nbü jmgü-J/frmâtiéço. das ttifermiãââes

t-f' CjE alguma peííoa cahir enférí ^s


v. í kJítíâ» e íouber cerro o dia, quep.o. m.
2 iíhs começou a enfermidade , e ia;
,1 4'] iefejár fabet o íucceíío delia
.nu b ' :onie os dias , que houverenj2}|, ' ¥«
»aíTado deíde o dia , que come,- 2 4 . m.
nu 7" •aoos Canicula.res ç-m (eu Rey- m.
8* 10 até a próprio dia, que lhe co- té.
] neçoü a enfermidade, contando •V.
m. Iü* '•nçhjlvs^ e deite numero èe-í$ nu
'v.. I'í> lias íe citará efte numero 3 6 , - 9 J.
v. 1;; lentas vezes, quatas íe tirar pu^pó nu
nu 13. ier , e o numero 5 que ficar , íe 3 1 - 1.
v. 14 büícará ao redor , defia pagina, 32, m.
if.: e a letra , que íe achar defronte 33-
16 dota! numero}dec!âtâ o fuccçíTo 34» l
17, ida enfermidade, notando quê 0| 3 <r. y.
im. 18 |M. denota morte, ç oV, vida,e o ;6»
iL.rncííra ter lareâ enfermidade,
'e trabalhofa .,.
E o numero, que defronte naô tiver letra ai*
güa > quer dizer, que efíará em dirvlda, íe morre-
rá V ou viverá daquella enfermidade. E note|efta
' fegra o curioío Leitor, § |

Outra
Outro juiz>& ãã enfurmidadel
T*? Screve Guido Areíino ,que...íequizerdçs jol-
jÈLVsar da enfermidade, fe íerá mortal, $u de vi-
da ," tomeis a ourinâ do enfermo , eamiítureis
com íeiíe de mulher 5. que crie varão, e fe ambas
eíbs cooías , affim o -leite, como a ou riria, fè
miítuiarem íerá. final de vida ; porém íeie nao,
puderem mífturlr» e er.cof porar , íerá •pro.nofti-
co de morte,

Outro Jums da enfermidade.

e * Sereve Bernardo Granuiíachs em fuá Crono-


__j graphía que para íe íaber íe viverá, ou mor»
será o enfermo dàqueíía enfermidade, tóhíeíi.htíi
gotta de fangue do meímo enfermo., logo qiie
íe fizer a fangua y e vi boteis dentro em hum"'va-
fo de agoa mai limpo; e que íe o íangoe íe for
ao fundo da agoa íem íe desfazer 5 íerá final de
vida , e que nao mor; rá o enfermo daquella en-
fermidade ;•/.porém que íe íe disfizer todo , s
nadar por cima da agoa, íem ficar alguma pio*
ga no fundo 5 denota perigo de yida.f

S*
l98 Lun&rfa

Segut-ft hsimà âdmirktjel^ ejlranho'iuizê tias^n"


'fermídaâes pel/i tdada da Luà , de NicoLh,
Idorentitw Medico per•'uijjlnw..

Ao íe pode negar que as Efirel!as,-e corpos


cd-iU-t? c&uithii nus corpos: humanos mui-
tos, e vários eífeiíos, ê a eílrelia, ou Planeta, que
mais, e maioies os cauía, lie a Lua, aíiirn pela vi-
iinhança , que cornnoíco tem .-', como tombem pe-
ja variedade de íuas nuirdanças. Oix pois Nscoláo
Florenxino quv" para julgar o íucceÜo da enfernú-
cUde Í£ ii.sõ de Ub„'r duas coufàs. A primeira , o
j)roprio dia , que começou s enfermidade , ou íe
íeotio maidj-fpoíio , e a ic^unda o dia da conjuo-
•çaÔ pTopsiíada. Sabidas cilas duas coúlas bem ,.
e fielmente, le veraÔ os dias, que houver, deíde o
diaà% conjunção atç o dia que começou a enfer-
midade. incluJiveJ Sabido pois éífe numero de
dias , íe bulcará ípelaTahosda kguiiue, e de-
fronte do nu-mero le gcíísrá o íoccelio da enfer-
midade. Note, e advirta c Leitor, que ainda que
a Lua "denote , e influa huuia cóúia , Deos noí-
lò Senhor pode , c eftá em fua rnaò , ordenar ou-
tra mui cijflerente. E para que a regra fique cla-
ra »e entendida, proporemos imm exemplo: de-
mos por -caio que a" leis de Fevereiro de 1629.
enfermaffe lmaia oeííoa , vejo os dias , que vaô
defde a conjunção propsílada da Lua , que foi
I P/rpetUQ. 2Ç9
S v'rir> e nove do mc>. cie Janeiroj sté í.eis de Fc-
vsiéira sc'io õ vaô novedias, contado ihcluíiVA.-
Pienre, como cítá Jito , agora btffco pela"iegyisi-
le Taboada etle numero nove 5 e defronte vejo
• que diz .enfermidade grave,porém naõ moita ^e
jslíim por eíie e s m o l o le emenderá íudu o mais.

Tuboadã da fromfi}caçm , ' e fuccefíos dâs


aijcnni da 3-.es.

I Q E a'goem enfermar rm próprio dia da íua


Ò conjunção dá .Lua , 1e. ha ü:í íemer a;é &'•
quMorye . 2 í / S í 28. dias de íisa ení-Tínidáde, po-
rém dfpoi* denota íaude-,
i 'Moura h.íver perigo até o« 1 |.. diass depois
rnel^oria,
3 Denota que com pouco trabalho brev.e-
ine.ift* melhotara.,
4 Haverá grande perigo até oc 21. do qual ie
éfcapjr
% M >iira írabdhola enfermidade , porém
fl^ò de morte.,
6 Denota que fe W o nsô cíl;ves bom, terá
V balhoia enfermidade, mas a cinco da t*ua díi
í litro cobriria íaude,
7 Mo (Ir a que brevemenfe melhorará.
8 Se dentro de doze , oü quiiorze dias tuó
efíivfr bom » perigará.
9 Terá enfermidade g-ave,porém naa morrerá»
10 De«
2O0 Lunario
i o, Denota perigo de morte antes de quinze
dias.
i r Moftra que brevemente farará, ou que
„ Jogo morrerá;
12 Denota que fe dentro de quinze dias nao
eftiver bom fe irá.
13 Quererá trabalhofa enfermidade até os
dezoito dias, da qual, íe fe livrar , íarará.
14 Moftra que eírará enfermo até os quinze
dias, porém dalli adiante convaleíerá.
if Se dentro de quinze dias naô eltiver bom »
chegará a perigo de morte r ou como quer outro
Áutlíor, chegará a grandiílima exttemo.
16 Padecerá até 28. dias, e,, íe os paliar], (a*
rará. "
17 Denota faude , fepaíTar de dezoito dias?.
f 18 Se logo naõ farar, a enfermidade lera lar-
ga com perigo de vida.
19 Denota ter brevemente faude, fe tiver
bom regimento.
20 Denota perigo de morte até o nono, ou
, íetimo dia , do qual fe íe livrar íarará.
21 Se dentro de dez .dias naõ morrer, para g
Lua dprnez íeguirite denota íaude.
22 Dentro de dez, ou doze dias cobrará fau«
de.
23 Ainda que com moleflh , no rriez feguin-
te eítá bom.
24 Se dentro de^vinte e dous dias naô eíH-
ver
ferpetas. ;,, 2 I
ver bom j na Lua do raez iegukne íerá pengo
de morte. ?
•2,5 Se dentro de feis dias na6 morrer, ( ainda
que coro trabalho) ficará iivre.
26 Grave enfermidade j e-perigqfa.
27 Denota que de liaçnà enfermidade cahirá
em .outra. i .
23 Haverá perigo • de morte âníes de vinte e
hvm dias.
2? 'Pouco a pouco irá cobrando íaude.
30 Trabalhais'enfermidade; porém com cuU
«lado 3 e diligencia ,, Cobrará ^brevemente íaude-»'

Das liçoens d$s hãnhes.

N " Âõ/.he menos importante em leu tempo , e


lugar írboa eieiça-õ* para obanho , .que pa-
ri a purga 5 :e íangria , mas'.lie desnatar que-o
banho ie toma pordous• refpettos, ' oú paraiim-,
pesa, ou para íaude, Se íe toma fomente.por 'fim--
pez.â >Jbafiará tme a Lua çftsja no Signo de LI»
bra , ou Pifeis , :e-ficará • muv limpa a peífoa. Se
os banhos Ie tomarem por alcançar íaude s fe ha
de confídefar a enfermidade, {erequere/iiume-
' decer~te » ou deíTéccair, Se requere 'humedecer*
'como os tolhidos,. ou. os que rerrt encolhidos os
nervos , ou outros fímilhantes , convém efpe-
rar que a.Lua eíleja em Câncer, ou em Eícõr-
pião 3 -m Pifeis ,'. porque íao Signos aqueos,
10% lãmarta
e lua natureza he hun» vlrccr. Porem feaenre r ~
midade tequere deiíeca -fç, como a dbs Paralyt-i*
çcs, coiívém que a Lu«t efiejá nos Signo» ignéo?»
o mo faõS-Ane», Leo, c S^giuario , cuja nature-
za he deílecar , e aílim o> banhos íeraõ de gran-»
de proveito.

g$«

•zv
•»MWM^TtMj»
Prepeíuâ.

Psr gfta' fifura vercis Cobre que %çmhr$õ *


e entranhas teni 'domínio os j et te Fiam-
tas , e os do%e_ Signos; .

ir ^w£
<K /\ «"*t^

w
/

<v
íOjr \ l i nu-'-

'•!)&•&
3©4 Xjunarh
Dos proveitos de algumas ffngriâs emdiverjàs
partts do corpo , e âasventofis.

1 V T O meyo da tefta eílá huma vea ,. cuja fan-


X N gria letve para tirar a dor de cabeça por
antiga que feja , principalmente fe a tal dòr efli-
ver na poíterior parte da.
cabeça ; íerve também
para a hemicrariea,para
Lás poftemas dos.olhos,
e enfermidades da cara ,
como he morfea , nova
lebrofla , e farnefia. E
em cada canto dos
olhos fe acha hUma vea,
cuja fangria ferve para
clarificaria viíla, epara
todas as enfermidades
•dos oljos.
No beiço de cima pa-
ra a riarte de dentro 1c
acharão duas veas, que
fervem contra toda a
^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ reuma dos olhos.
Debaixo da língua/
m mais fundo eílá huma vea , cuja fangria íerve
íara tirar a dor de olhos, i n c h a ç o e n ^ c a ^ ,
dor de queixadas, fedor de narizes,« comichaa...
' ferpetuo. iQf
A fangria da vea Gdfalica aproveita para cirái*
a dor dos olhos, e das orelhas*
Três vea* eftaô debaixo de cada joelho , cuja
ÊxtracçaÕ de fangue vai para os apoítemas dos
rins.
A vea Trofena, que eftá debaixo das curvas
das pernas , fenve para tirar a dor delia?.
No meio do dedo mais pequeno do pé , edò
mesô , cítá huma vea ,
que ferve para a Oph»
talmia , e para o apoí*
tema quente , e para a
dor de olhos.
Na ponta do nariz ef-
tá numa vea} que fer-
ve para deter p fluxo
de lagrimas.
Era cada face do
roíto •, debaixo de ca-
da queixada , eftá hu-
ma vea , que, (angra-
da , vai muito, para a
vifta.
Duas veas efta6 de-
baixo da lingug , ao
principio delia , Cuja
fangria he boá para a
efquirtencia , e jpoftema?.
A vea mçtâyou cooimüa do braço } ferve para
Q tirat1-
mar a aor da caoegaj e ao coração, -aos oores ,- s
À veü ikfiiick s e.aepaedca t que lie do figád.ôy
?c cará rirar ador de cabeça x épárádràro
de íangu?: dos ijarisscs,.
;
_No 'rneiü da csbeça eftá tíuniâ.véà , cuja fsti*
sdrve para tirar a dat de ertx&qiiecâ;, por áiií
; gr que íCB a cor de cabeça..
.-> p.re"puc4C--~aa--parte- oe
ti!
iàs;fei"VôGrí:pa|:f & dor do co-
ração,
A tangna.n.a ?ea, q»c te acirâ-çníreo. dedo pol*
legar., e.oiíiçtes da 11136 , ferve páraevitar a dor
decabeça., colhas, -'
A fangria da-vea, que eftá entre o dedo anular^
e o pequeiio > vai para a paixão ciobago,'ê-cjuert-:
«uras g r u d e s / : . " : . ^ •' ". ; ..
Efii cima das cancilas. fs,açhs6 duas veascha#;
fêadasçíaíicasj ctíja íãugria ferva pàra-iirar a dor
âíterieaVou de ciaticr, efluxode íasgue,
'D^trm das orelhas í*achãõ duasveas, que
fsngradiss íervennr pára-oleiro o que as ditas vcas'
ciâíjeás., e ínuiiofcsi;: pars ifiíts.

mivmicas tfãrã é
/•?' .''r^'-/S|JÃ*
ninai' eliteoi

A ene temos'devlarsdo o tetuDo da%tnoío a


lera befti moura r qual tempo fera
Perpetuo. 207
dade, e proveito as-ditas íangrías.
Aos coléricos lie de muito proveito a íangriai
que íe fizer, citando a Lua em fígnos >queo$
como íâõ : Câncer , Pifeis , e Eícorpjaõ nos
últimos quinze graop.
Aosfleumaticosfera de grande utilidade a fan-
grja feita, citando a Lua em Signos ealidps, (ex-
cepto Leo ) como íao : Aries, e Sagitário.
Aos melancólicos convém íangrar aatempo
que a Lua eíliver em Signos aéreos (excepto
Geminis ) como íaõ: Libra , e Aquário.
Finalmente os Sangüíneos fe podem fangrar
em qualquer Signo, em que íe achar a Lua, guar-
dadas as regras da Medicina , e advertenciasx
Aítronornicas, que íe tem dito.
As ventqías fe podem deitar em qualquer Sig*
no , em que eíteja a Lua, excepto eírando em
Tauro. A cauia diftã he, por paflar a parte defte
Signo porfcertas Eftrellas , que (aú da natureza
de Marte.
Das vnt&fas.

A Ventofa deitada no meio da cabeça tira a


inchaçaí) do roíto , fedor dos narizes, e co-
micbaõ dos olhos.
A ventofa poíla nas coitas he boa para as
doenças do peito.
Bpofta por debaixo das nádegas ferve para a
gfH^eiSa do corpo,
O ii A yen*
itoía poíhnsicoxas.das xgryç ps*
.ii.

ilQMi igas.aaS:pern-âs-?;aserivpâ>'
ígasdas coitas das pernas*
nus*fleumacico,
o pá f-st¥g para ti-
rar a í-ru

Ur,udiS.i» U

§rocia debaixo d;
das pernas icrvc iierB
;s,qyVçhltòÕ EH
nnchaõdo efpini

f ti- U í j: c M / g » » í5ç fc
wah Con feita Chríflâõ»

«ç os- ali:
JL apparejtfr o.fn íipm rt travo íusiuü , c
;
éfifaríTsláídfe íe? . •gadâ, ou mor-
, íerá coiífã rriiiy afesrtada acudir. a Deos »:e ã
is S«í = ?o«, pois ,he c^río que podem reprimir
iiiiuçficiâs ÇfiiCttcs•;» c oâi trãç-s * -s oruício j£àí'<t
achatem as couías perdidas-., e furía-císs-,-c-rno
litas *ezes; o tem feito o-BernaveíiíuradoSan-»
Amorne ia da Ordem de K/FrancilciJ
l
Perpetue, 20£
a todos aquelles, que com fé , e confiança Sho pe-
dirão por meyo do verío ísguinte , o qual reza a
Igreja era honra doineimoSanto , edíz affim :
Si qu&ris miracüla,
Mors•, error , caíamitas §
D em eu , lepra fugiunt ,
JEgri Jurgunt jlini.
Cedunt maré , vincula ,
Membra , rejquè per ditas,
Petuno , & ãccipiunt,
Juvenes, $" cani.
Verí. Pereuntperieula ,
CeJJat•'•'& necejjitas,
Marrent foi, qui Jentiunt ,
Dicant Paduani
Gloria Patri &c. Cedunt &c.
E digno na verdade,para gloria de Deos N.Se-
nhor,e louvor do glorioío Santo, 00 naõ poucas
vezes metem íuçcedidõ achar couías perdidas ,-e
furtadas por meyo do dito verío. E creaõ-me os
que me ouvem, que ainda que tarde em conce-
der-lhes o que lhe pedem; naõ percaõ a confian-
ça , nem ceíTem de dizer o verío muitas vezes,
pois lie certo que lho naõ negará , fe for conve-
niente. Digo fe for conveniente , porque ainda
que he verdade que nós faibamos o que pedimos,
também he msyor verdade que Deos noflo
Senhor íabe melhor o que nos convém: e aflim
humas vezes nos concebe ó que pedimos poç
meyo'
mèy&èúsSantos» eouiras vezes.rü#. Como fífè*
teucu a rfu iennora ipai da iadade-de
Vaíença s a qu.il eftânác • moieítada,-.eator?
sptentapa de num c;m tez ftusti.â novena ao
Berna ventura do S otuií^o
5, iJomingos , " Si

lhe deífe 'faüde. Eacil a novèríâ . ficou


;
e livre de íodo:? No xinvae asguns eu as 5 que a ai»
ia fenlipra-eítete íãí\ ouvia a etno Pregador T l.
daOÜéífa C i d a d e Cjüí* fríÜUKS vefces
VCíCS os
us fnraoâi
auaiau-s
delg-sçar.e enfermidades ê-faÔ" oceafiaá para rnúí
íos Chrillãos sanfureãi o Q&3* E acabando d"
CUVIf I K O a DOS dereráúnoa a tas
oi urao ?
rogando'-lhe que íe aqudh enfermidade, que lhe '
havia tirado;» havia 'de ler-occaíiaô de : ganhar
cila o Geo ,. íhs pedia oue lha tornaíld a/dar: e
scabaus lua «^.t!ça5« I«JS íornoii o ITI.II do cancro »
•jfi l i f 22 f l f f8-^ f ! :<i «t <ã P - i s h * í n/Stir-Wc H ; sç tYSCíffpn £^:
fífisrfsfnff* íí» c r p n w í*ffá nrn7'ifuTo'- d £ Dííos n o
OeOi Eft"è> ooiis Riilairfcs eftaÔ-àufh-cníicíidGç por
1
D, Migrai Eípinola } fthyio de M-Utocos» e Co-
ikgõ d-cValenca.
Tornando pois 8o noiTo ver (o Pádnsitó « acha-
feis nelle què naõ* íóroépfe-vai para ^çftàr cooías
perdidas ,e furtada?, íenaõ i^nbem p:i;ale livrar
de.!t'-ukos ,e grandes Tfat»??i?os ., s rpHerrás. I cm
Virtude nury eíHcaz de ?ffun;emar o demônio , e
mm nao csiiir-em e s/eca!âíBÍdades5 s livíaíi»
do-
Perpetue1. , %n
âa-ie muhos da morte, lepra , e outros males, por
cujo meyoos enfermos cobrao fáude., e os neeel-
firados remédio. Â efteverío obedecem o mar,
ventos, e tempeíiades i e ainda os que eftaô fra-
cos ,xç tolhidos de íeus membros ficaô livres , ç
faõs petã^devoçaô defte verfo. I^otem {fuma cou-
ía eftranha j e lw que a Santa Madre Igreja dá
licença a que todos peçaõ a Deos milagres por
etle verlo, como dizem as primeiras três palavras:
Si qu&ris miracüla. Tudo ifto.diiTe a propofito
dos que padecem furtos , e outros fimilhantes
trabalhos, para que naõ façsõ levantar figuras
Aftronomicas, pois fe naõ legue proveito algum
dellas, antes faô cauía de infâmias, de íuípeitas,c
deígoftos, como os mefmos Aftronomos o confeí-
faõ , ea tnclma experiência no Io eníina ,de cuja
verdade fuy eu teftemunha alguma vez»

Regimentodefaude muito utiLfinecefjfariopará


conjervary e alargar os dias da vida;, tirado
da Medicina de Avicena.

M Uito devemos (Amado Leitor) aos Médi-


cos doutos , e peritos, pois com íua in-
duílria , e faber (mediante Deos) nos íivraõ de
muitos trabalhos, e enfermidades, reítituindo-nos
a faude perdida ; porém entendo que lhes deve-
mos mais por nos terem deixado regras, com as
quaes naõ íómente poderemos coníervar a fau-
de, porém também alargar ps dias da vida. E
por.
iii . Lsmarss
pcnim multas feres, vim a enfermarão, corpo
por naô Ur ísucle aí alma , íerá bem qtt.e primeiro
fs dê Imma regrk , e regimento efpiríííia! do Ws»
citíiaííico , pára que Cada hutis polia com o fa^of;'
de Deos confervar a ísiida da giras,, que h W g r â -
ça , meyo prsecipar para -conferia? sr láuaê do

Cbartffhns». í / ^ í Demn.p
Eífuge a tíçn •thmniihus eum.
Bítéverío priflieíTO nos cíti o modo «, e rèf?fas
Cjue'devemos ter, pYra quepolíamos ccnfervar
? hüáç dá alrna^ que he o temor de D&os, e snar*
tar-nas daqueli.es , que o nacS teroeài, porqus» co-
mo dtz o BcclçfliííicüProferfa, 15"» J2f# tjtnit.
Demnfãciei h&éãzqmfà\%ctJG que feirief á Oeos
fará coufas,boas , que íao.medicinas eonferyaü*".
•as da fâycie da aj&sí ? e:preí'ervstivss de moitas
miíeriaSj íraüaÍbo,.esiifermidsdef do corpo» Dia..
ir?âis o.verfo que,-' para coníervar o íariio temor
de Deos * contem que nos apartemos , e fujamos
daquelies* que o fiaô-iernern..;porque cooio ctsá ó
Provérbio i,Cf*m jancio jM»òf&s tris, gV eum per*•
"verfo perverterts 1 e àfílai. perdido o ramor s fé
perde o reíoeiio , e de perder o feioeifo naíce a-
lota! ruína éa ftude efpintusrl, e co^poraL
Si Medieo£üfebii•., ÀSf ír/a tenebris s
Mentem lãtam, reqmemèr modsraiãm dietam,
Di Ke rn e íí es • ve r íos t :q u e fé a ca (o n ós 3 ch a r mo §
cm pane^que-riaõhaja Medico*mm medicina,
'tnpetud, ST 2
píoçurcp"'' .er e iiíài ires eoüías, e tsso teremos"
neceílldatte de Medico, nem/niedicirií. A -primei-»'
ra vocría fèé cer o-'ániíHoakgre., porque diz o Sa-
fei» Prffverlt tft n. 2-2. JEiatem ánimusgãndem
íivriâam faát\qs\z'quer'• dizer .• que o ae|mo"â}é-
gre.-.-f-i.a a Idade üunda ,'coníervfndo-le galharda,
robuíra , e farte, Pelo• .-contrario âiz o Sablo no
Jogar citado : Animus iríjMs âejjkãt Gjja, Q ü C í
>dí2.er í ou? o aosíiio iriue na© ie deftroe a C3iii<$«
mas ÈOíííotçte os oííos ? e acaba a vida, A ieguítda
coiiíá , que devemos procurar para conte* vara
íaude-do. corpo,' eaioda a dâ alma , he a,-quieta»'
eaõ , s íocego doéípírito » apartando de nós os
«fcííiàiláâps cuidados'corporaes j porque inquie-
íâ.è, e perrurbaô o animo, tiraõ o f orno-o, e repòu»
Io,cotnudiz Avicens dttcé.$. cap.i, hrimi& cur&
dimmuunt ales. líkfhe % que m demaíiados cui-
dados dirnímiera ,-e «hb/eviad o? diss da vida, A
terceira couta* que fobrjfWiò devemos guardar,,
e cofiíervar, íie temperança nocprner, e beber *
a qusi lie cauía de muitos bíns , aífím corpòraes,
como também eípirírtiaès ; è.pclo contrario a
deftefnperanca acarreta inffnifos males , como
íao enfermidades- do corpo , e inquieraeoens ds
alma ,. das quines adiante íe dirão àl guinai?.
lutíminawmg , fa* mãnus relida lavet aaua%

Quer dizer o vérfo orimeiro : que He muito


íiudâfeikvarlcgQ ffsla óíâ-nMI as mãos »olho?,
£ ca- •
214 Lunarh
•e cara com agoa muito Fria , porque diz Avicería
que além do contentamento , e proveito , que re-
cebem os fentidos, fica o cérebro confortado , c
0 yifta aguda, forte , e muito mais clara. Diz o
verío fegundo , que fazer muitas vezes o íobre-
dito conferva a íaude.
Maus qulfque moàicüm pergat,
Moàicam fua membra esitendat.
Dizem eíles veríos que para coníervar a íaude»
convém em íe levantando da cama paííear hum
pequeno , e eítirar os membros j porque confor-
me eícreve Avicena , com efte movimento tua-
íutino, e moderado , fe vaõ preparando as íuper-
fluidades da primeira, e íegunda digeftaõ adeva-
cuandas fceces , & urinam , e com o dito movi- •
mento fe atraliem os eípiritos viraes arfs mem-
bros , e partes exteriores, e aífím ficao robullas, sr
fortificadas, e os eípiritos do cérebro adelgaça-
dps.
Crimes pelle , dentefque juvabis,
, Ht ita çerebrum, membraque evacua bis.
•Eíles veríos nos declaraÔ quanto importa pa-
ra a íaude pentear pela manhaã a cabeça, ealim-
par os dentes ,p'orqüe do primeiro íe leguem
três proveitos , e do fegundo íe evitaõ três darn-
nos. Oá primeiros que fe feguem de pentear a
cabeça, íao eftes : O primeiro , que a cabeça fica
limpa , a aliviada dos humores craííbs. O íegun-
da lie 3 que ps poros íe dilataô' s e abrem, e alTim '••
tem
Um lugar de felúizm os vapores do cérebro, C
3 praveiio s c- principal.', conforme J\v\cz
2,cap:, í , que a viíta íe clarifica,, e Jivra
•íiifT-
QOS íores as i cíz rs vsí
UiUÍ daranoí- que íe evííaõef-
3 O < ílesi o "Jíiuseiro ne, cjcí

ícia? j; que ie pegai


3Ó . é enegrecem .os cle-ft*
^ron": .. ío s o qual
própria peüoa s esosòir»
nno> He • conforme Avi-
do sntiCiQna o.eííomâgo,
riinento. Odamno terceiro, he
que g:iílando-íe pnutri-nienro, Sobem os humores
cèr.rugíos ao cérebro-, e o perrurbiô , edamnacL
'Nigfedinem áentmm* atquefartaremi.,
Tot mallmn, ioílit\ atque d&iorem*
Dizem eites veríos. auè a raiz do oüf-s<ta5 eo«
fida com vinho, embranquece} e fortalece os âe.n*
t.ès , e como diz Avicêna cap. $; nao íóaiente lira
a dor das serígtvâsy e denr.es , .porém co-ríerva-
ihíí oboai cheiro» lavanoo-ía a boca como dito
viniíO duís , ou ires vezes cada jx-.z?,.
Nobílh i-fir-atã-i mia, Jumina rerid-i tenta*
Âuxütoqueruí» vir' qtsippe vich n'te.
Eites veríos Snuvaõ a arraci^Ci por»
que'esfregando os olíios com ei!a,•'faz a viíia agu-
ada. Avicena eícreve aue pcftó c cürào de arruda
iius olhosj.vsguça ? efortalece a vala» Ouiro An»
tf-* r* a*
ai 6 Lunar io
íhor efcreve que lavar os olhos com vinho bran-
co cozido eoin arruda conferva a viRa , e a faz
muy. penetrante , e iüo he o melhor.
Omnismenja male ptmitur , abfque fale.
Vas cmtâimenti devei proponi âenlu
Di2 o ver ío primeiro: que naõ eftá bem a me-
ia pofta fera fa|. E o veria íegündò di2 que a pri-
meira çouía', que le ha de pôr diante do que co-
me ha de ÍQt o faí, e aífím o ãffirma Sa lodeto cora
eíte verío: Sai primo debet poni, primoque repo-
»/•; qus he omefmo acima dito , porque a .v.ian--
da que toca a fogo , íetn fal he muito enfadonha,
e deígoítoía ; e por iffo le diíTe eíte verío : SapiC
efcamalè\ qua àáturçibfque fale. Iftohe,quea
vianda , e ainda a m Ma (em fal > naÔ fó tira o go(«
t o ; po'éai íahe mal-. De comer o íal tempsra-
damsnte nas iguarias íe feguem muitos provei-
t o s , eíeevitaò alguns damnos. Primeiramente
ajuda a digeftaô , aperta ás carnes , tira o faftio,
move o appetite, e come-fe com goíto. O fal evi-
ta a corrupção dos humores, aperta penetrai iê-
nem vemni per poros. O muiro fal , ou os manja-
res demaíiadanieníe ialgados gaítaõ" a vifta; por-
que defíecaõ a humidade dos olhos , com que
íe coníerva a vida. Cauía muita comichaô por
toio o corpo, e gera íarna , porque o muito íal
cria o humor mordaz , adoro , e penetrante , don-
de provem ( íegundo álmancor cap. 3.) faina*
lepra 1 c outros males.
Vojl
téfiptjces
Gafas e/i,
nmsroa
afMTftã

C3rns j co
ao de q-uêij oraue n
&c.' Fâc
*2« fuffàum. me ei

í-e niãisíünda. cio e


ca , e vigor íeav a d istíl ?.£>.• Diz o feriando vs
ü"ae oaueiio-he btcj^eifoío fe fe come pouco
ulZ-íxSílS «.iíBC O QU6i]0 VCID'0 líC I
txsra os-ficumaticoâ, e o frelco-pars os cqlérii

Panh fít fermentai


Bene ceSíus f $*-$cé
Quem íi íumpftris i
Jb,grmn te puta., é
Eíles ciou erios deciai

?ôu.Oj porc
21 8 . L,unàri§
'que efteja bem cozido., porque de outra manei-
ra he muito dam no íò, peiado, edema digeflao,
A terceira , que dentro íeja foíb , e tenha muitos
olhos, e alBtn n:ó'terá viícoíidade. O íegundo
verío diz, que o p;;õ íenao deyecomerqtientej,
e aílim o eíçreve A\icena , dizendo : Pauis non
fomedatur caiidus,quza non efi apud naíuram re-
ceptabilis. Iílo he, que o paõ quente ríao he bem
recebido da natureza , porque cauía fede, e oppi-
laçáõ, e porque os que aííim o comem continua*
daniente, feropre andao íèm cor no roíto»
Nãtur vino conjervatur ,
Si vero moierate fúmatur.
Dizem eítes ver.íps , que com o vinho fecon-
ferva a natureza , porém ha de íer moderada , e
temperadamente , como o eícreve Avicena cap*
4. dizendo :Sciqs quoâfalus confervatur^ vir*
f
tus augmentotur vim conveniem -i, ac moderato,
Quer dizer, que a íaude íe conferva » e a virtude
natural íe augmenta com hum bom vinho , bebi-
do com moderação. Mas bebido de,ordinário
ípmtempernç-', diz Plínio, que he mui damnoío
á faude , e prejudicial á virtude ; porque cauía
muitas , e graves enfermidades, como faõ: gotta,
parlyíia,, lepra , farnü , e quenturas. O vinho dê-
rtrafiado dsmna a esbeça, perturba os fentidos,tira
a memória orluíca o entendimento, e entorpece
aslingua. Diz Fiíonio, Medico que 0 vinho bebi-
;doicmriempe rança accreícentà a ira 3 oecupa o
,ce-
J
êrpetU9t • 3'1'd
cérebro , nervos, e diniínoe ss for»
X. l U t i í l í v ! nhò cfeaTâÍTâdü queirr.a o
fáíi
SíJ^US s CO? odíêçe aas e
s abbrí .•s dks? de vi- tambenv
féííYea f ;of< :obre íegvedos,'deíacf6.ditá:
ia peiíoa ua geração.* Plãfao deixou
mandado, íii luas íevs { i -kgmn ) aue
os- íoidadoc mi dlern .viniio, aolíienosdc-'
manado* porque* a!süídeaifrãqüeceraS-.fofcas?
e entorpecer o engenko, caufa â^rn?.fíadè íocnnoj,
o que nao requere a guerra , .inrtrí.-ainda íe deve
conientir nas Republicas ChrlSlsaâ,., Sendo per-
guntado o grande Orador úemoâlienes corruí'
f ai lava taô ebquenJe? Respondeu , dkendo qüt
tinha gaííado mais .edi azeite para èíí&iar-, do
qiíe em: vinho para b?pere DogloílofcríBâdre S.
Domingos íe lê que íc abíteve dó 'Vinho poxdeas
-..;-€>••••''•. I . •f •
annospara' melhor peneirar as Divinas > e bàpiá-
nas letras. larfípeiK fe se úo iabíõdSáfoíMp ,:; e
Daniel, que íe tirarão do vinho para ferem- mai#
slluroíades na-iabedcrii «é Deosv ao-quaí "deve-''
snos rogar nos-dê gr-sçr, que de rs! raodo^o be«
hamos-, que fua DsflnaMã£el?àdé fique íemáo*
£ noSla iádde'"("ti'ais 'auçvnentadí..
Po/í Pranãmm nihVí' •* aut pare dcrmire s
P&fi c*nãm vera- mtfk ftfij/vs ire,
O verío ÔrjrneifO nos Droblbeo íorrino ddfBg¥f>
cfía , ou so menos d; • pouco? po:
he dssiafisdo, csalí i darános s couto Í s 6 ; .
lio Lunorio
indigéíloens do eftomago, dotes de cabeça, e gra*
yiflimas opilaçoens das veas , e , conforme Avi»
cena t dahi provém febres, catarros, debilitação
do appeüte , e hum çsmiaço , e pirguiça extraor-
dinária de membres.IíippocrareEdieíPrõw^
que quando òjomno he natural, ecoílumado9
érecebido coüí teniperança , he prpveitoío , mas
que o íomno deaíafiado he damnoío. O íegundo)
verío di£, que para à ConfervaçaÔ da íaade con-
vém muito depois de fear paffear hum pequeno 9
ou (entender eat algum exercido moderado , por-
que de íe deitar íobrc a cea íe feguem muitos in-
conveniente^ j como .deciiraõ os verias feguin»
tes.
Ex magna cmmjiomacbofit máxima pcena.
Uijís meie levis , Jit tibi cana hrevis.
DiX o verfo primeiro ; quede muito fcarie fe-
gue grande pena ,e moleftia ao eftomago, e mui-
to mais íe íedeitaô logo (obre a cea; porque irn»
pede o íomno» inquieta a peííba, aggrava a eabe«*
/Ça , e caufa faftio. De íorte que para ncs livrar-
mos de íemeíhantes inconvenientes , diz o íe*
gundo verío , que a cea íeja breve , e moderada,
e feguir o cònlçlho do verío, que diz : Pofi CGS»
KUM miíle pajjus ire.
Qmnihus afftietam' jubeifírvâre dijttam,
Hippocrates fu'ejfe, nijl (ttmutare neceffe*
Dizem eftes vcrfos , que Hippocrates manó^a
em ieus Affbriímos, que para confervar a laude,
íe
Perpetuo, 211
Fe guarde, econísive a dieta çoílumada. Advír-
t a - i e q u e aqui por dieta naó íó íe entende doco-
m e r , e beber ordinário, das Horas, que-cada bum
para iíío teiri reputadas, lenaõtambém das ope-
raçoens, é exercidos corporaes , em que eírá coi-
tumado. Diz pois Hippoerates , que aílim de
huma couía, como da outra Non debei fierit fubi~
t& t vel repentina mutatio. Quer dizer: que íe:
hum eftá coíhimadò ao trabalho , «exercício cor-
poral , e repentinamente fe dá so ceio lhe íerá
occaíiaõ de perder a laude. E o mefmo diz dos
que comem , e bebem temperadameme , fe de-
pois íe daõ a comidas , e bebidas demaíiadas ,,<S
extraordinárias. E aífím vemos muitos , que por
fahirem de íeu comer ordinário logo eftaô doen-
tes ; e os que eftàõ cofturnãdos a algum exercí-
cio , em o deixando o íentem na íaude, porque
confuetudo ejí altera natura. Quer dizer: que
o úío, e coftume íe converte em natureza ,"• e íe
não deve mudar, íenaõ for por alguma neceílida-
de grande , como diz o íegundo vetTo.
Si bona vtna cupis% h&i, iria fêrvabis in cunclist.
Fort ia ^formo/a, fragavtia veluti pofa*
Dizem eftes veríòs : que o vinho para íer bom
deíe ter três propriedades, que iaõ.: foi te, de boa
cor, e melhor cheiro. O vinho forte bebida corn
temperança lie mui proveitofò , e íaudavel psra
o corpo , porque íerve de alimento , e nutrinien..
to, O vinho de boa cor"/ alem de cauíar conterá
j!.n.e appetitivo ,-e melhor. %j viníiOj;
que tiver fragr-ãncia , e bom •cheiro , he mui Con-
fbrratívo j criabomíangue, e vigora oseípirkòs.
iubtis. •,
Caru caprina y kfiorinê\. atqiie bovina; :
Melancólica ejl5 âgrotifqüt'maligna.
Querem ''dizer eíièsveríos % que a êarná de ca*
|>ra , de bode •., de lebre, e de boi, nao he boa para
coníervar1 á Saúde•: porque (como diz- Rafis Ai-
inancor., cap, de ãnimã) a tal carne'gera oshu-
mores• groííos-y. e o íangue melancólico, ííaac ef-
creve ( inâiMis umuerfaiihus ) que as carnes de"
boi» e de bode íaõ duras ^carregadas, edema di-r
geftaó , e que criaÕ os humores melancólicos , e
pdados. Finalmente t o d a a carne , que tem o
pello agudo , para eoníervar a íaude naò vai iium
pello , e a peior carne das íebreditas (conforme
Ávicena) he a de bode , e a melhor ( conforme
Galeno ) he a de toucinho ;;porém para os enfer-
mos., nem huma, nem outra vaiem nada , antes
(como diz o vetío) lie maligna , e prejudicial,
Eft. curo porcina fine' vino peior\ caprina,
Cvm bis tribus '&inã mp. ernnt- rmeiva.
\ Querem dlser eíles yer.fos',:' que le naô beba'
agóa íobre toucinho., porquê he peior eíta car-
ne que a de cabra » e-dos demais animais acima
nomeados : mas que , applicando-ihe vinho com
. temperança s nao íerá daturioía '',.. porém antes
.'fyeiioia» e faudavei.
ílitiT '
Tsrpetuo.
1
nterprandendum fit f^pe y parumque bibendum.
ãcfifunipferis ova ? fint tibi hlanàa, & nova*
O verío primeiro ; nos adniodla que ao comer,*
e ao cear bebamos pouco , e a miúdo 5 parque ,
conforme Arnaldo de Viílanova i,Tali$,pfitu$ju~
üat tranfítwn cibi, &pr aparai ftomachumaâ
íufcipiendum cibumfiquentem. lilo hè, que o be-
:'iíi- aflltn a rrHudo naÔ fomente"ajuda ao tranítío..
ia comida , porém prepara o eftomagi pára,re-
ceber o demais manjar. O íegundò veriò .àíz ,
sue fe comermos ovos , procuremos que lejsõ
brandos , e frefco.s, porque íaõ dè melhor, edò*
.vrsdo nucrimentG que os duros ,,cuja."digeftaá.
•ie façil, e'ligeira,-geíaõ bom íangue,íubtil,e lern
íiiperíluidades. Os taes ovos, diz Avicena , que'
fervem muito para os débeis, velhos, e çün-
fálefcentes.
Singula pofi ova pocula fume. nova., I
Diz eíle verío (preíuppofta a regra fobrediía)f
nue fobre cada ovo íe beba hum trago de bom
vinho.» porque conforme o Expoíitor deíles ver-
os, que he Arnaldo de Villanqva , aiflenta oeíla»;
mago, e ajuda muito á penetração' do nutríraeíi-v
co para os membros.
1
Balma , Venus , emijjioque fanguinu »
I/la nocent oculis, Jéd vigilare magis.
Querem dizer eftesverSos , que ufar muito dos
banhos j aítò venerco, / vinho demjíiado , e %%,
P ii m m-
ííiü-icas fàngítâs em grãae maneira damnao a vil-
• t a ; poré.m muito mais à/gafta ôdernaliado v
jPoraue,' conforme Avicena , o banho , yinh
;sc"ta venero.^ueáíaÔ-,,'e deíTeecao eni luaímo
:
--étáè a liumWade , e fia natureza dos olhos, c
,a01iá fica a vifta enrraauecida., e.tmii diminui—
..tta.V e a s muitas íangria-s; debílitaõ i e encurtao
a vvfts. Porém dia elegendo verfo: que 0 veiar
de ma'fia d ò" gã;âa"-'rhuitò;';iT>aisa-Vífta ,. porque cn-
e aciiccca a humldade dos olhos ,- de que
V
:o d;:.mno recebe a viíla ; efpeçialmente
te o aemai ido velar íc fez cftudando, 1r, eíereven«
r
.-do s. ou oiJ nao an MB CIHC * % alguma oora
•jm.iuda. i :'em os"íriaí? dados ao.scto verter^
'ooe o:cv3 jar a miúdo o íenaen çauia o eóyeílie-
.gpr , e encanecer muiri. feda.
Mftirift. Jitier t vigzlet 9 qui rbeumà cenet, -
. ífís-íT #£•«£ tuftrvâijí üisdsppeilere rheumaJ,
Dizem eftes veríos: que pouco comer , e me*
mos;.beber , e muito veiar., enxugao , tiraô , e ex»
sellcm a rlieüroa dos olhos, eífe.cabeça ; porque
com a tome .fegafta-Ô as hui-nidades do eíloma-
-gci, e com aefeie fe deíTeecao as do cérebro» E.
itnslmtnte o muito -velar impede a íublda dos
vapores á cabeça.,' e allm diz o verFo íegundo,
t] u e g l -i f d .t n d o; a o p é d a • í e t r a' o que m a n d ,1 ó
veria púm&kq. , ficará a riieuma de todo confa-

rs£*
Vr efetuo. 11

Fwmciãum , xwhenarofa , celiâoràa\ ruta x


Ex ijiis fit aquã, 'qim luyninaredâtt ücuta. •
Querem diser eíles veríos ( íe.gundo Alman-
501* ) que deites cinco,íimples , ou cinco coutas ,
íe, faz huin cqrripoíto , e humífagoa maravilha-
la para os olhos, com a qualaviíta íe conforta }
aguça , e clarifica..' Os íimples íaó : füncho 5 ver-
bena, roía, herva andorinha , e arruda , as-quaes
faõ louvadas , eapprovadas de muitos Médicos
doutos.
Ejlmodícum grauümagmntque yirtutefinapis,
Quod çaput expurga . & laçrimare faeit^
Eítes veríos dizem.:. que o graó da moílarda He
pequeno em quantidades porem mui grande em
virtude.,-e qualidade , conforme -Ávicena ; he
quente , e íecco em quarto gráo , do qual diz Pai»
iadia que íe deve colher na Lua minguante , por-
que he melhor que em creicente ; ,e íeconícrva"
mais tempo em.íua,virtude. Bailava para louvor
deíla íementiqha ter comparado Chriílo Ee-
demptor noíío a Santa Fé viva , e pura ao.grao-
íinho da moílarda. Gom tudo diremos para 'noU
ío proveito , algumas propriedades','. e virtudes
defte grão , fegundo Pliniò lib. 29. cap, 8. Diof*\
cor.lib,&i cctp* Í40, Avicena , lib. 2. cap. 04.
Primeiramente purgaa cabeça , e com luainor-
d.icídade fazeípirrar , e faltar as •lagrimas , e dif«
íillar a rheuma pelos narizes, ^deígaça 1 os hu-
mores
*0JtJDÍ3
31U3UIB3/BI HIOI sdi03i se K H U O ú O I J ^ 3 p ojArj;
Ojjoüousíod * jnbe-oSip peu S3pepe>ncjcud sefna
^ S J J O í ü e BJ3UO3* ajpAQjde usau' BIJíCA s n b '-BUíD
- i p a a i n o ' eajsq B,q ge« snb : iszrp^apÍT)' 'sruoif
ut usuwnpsm fâ ue» si3.muuttnvjw<r) 2ip s n b
4
OJJ3A Ojjno UÍ03 5pU0íÍj3J 3J OJJ-I y 'OlUI^ttô
j e y a s p pi/vtq touau * ="Bjn e s n b ' « s f p n b s anfa
s
t?A{<8jB BOU3JP3X3 3;£3pn».í!A R}U;PJ 3p 31} í Zíp 3110
011103' <; ouoamjpfiaa VICLIOJ'tny ouioq Mtwfu
tfJlU •£&[)' • 33UÍ0ÍÍ3J OJI3A OJjnO||3 ZFp 3 | SEOb sD
' sa t u ou sòjipaiqo) so ujop oBjntueijD e O S Z S í UJOS
s n b * Eusuinq Ezajnjeu B JSABJOABJ9B1 sq 3 ' EA
- í B J BpsapBpaudojd a ' s s p n u í A SB S^IUBJ o e g ;
'X£j3p?fjjue>3 wüvmna wjiniyu í / í T
'xijLfQCifpj yvnb l piajpf uniisiQ,
'ESlJfSq Bp SBJpSd 3 £.SB3JÈ 3B .--ZejS3p :3JU3UqeUtf
4
soiísd sop oau3uiç|.ys3.i 3 < j o p B BJU ^ogyôSipE
EpP.ÍB c ZOA B BJBpe 4 ÊlíiBJ ç 3 « BJBO 8p S8|<KÍUJf3
se *eqúij B.eans < j e j J B n b eBJJUOD |BA 3 4 euuòa»
Ep soHisujipadtoi so BJíJ * s i p w o B Bdtuife ; I S3J3í{§?
j - m u s . s B í S S J enj B JIA ZEJ oxieq j o d " o p i q s s s j .01
*eq o [na ' soiusquoSsd SSBUíIUBS íUBABJ se,
U1330J 3 J.U 3 UU3| B3J3p.OlUflI OQ •'S0.5QUDÍ3U1 SÕJltTO
° " q > p t?]|X[úed è Bijup3 pf% "soDUáur.
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CíSBGl
OPB>?í] sddti
íífciíl
'SOííOJS 3;
^ ?•*

Mentitur mentha fi Jlt depelkne denta ,


Vetrls luiftbri&os jlomachi>uermejque nocivos.

Eftes verfos dizérn, queaortelaã tem virtude


de matar , e lançar fora as Jombrigas do ventre, e
bichos do eftom.ago, tomando era jejum o çumo
<deÜa .' e íe for Fecca > beber ospós com vinho
braneo , ou come Ia ío. Vaí efta herva contra a
rrordedura do caÓ damnado pifada , e miílurada
com íal, azeite, e vinagre, tira a.peçonha da mor-
dedora doâ Alacraens. Diz Grecenuco lib.d.cap.
64, que o çiimo defta herva tomado com mel
lie contra veneno, aííim bebido, como comi-
do; da qual heryadiz fogem os Alacraens, eanl-
avaes peçonhentos. Jlvicena diz Gant, 2. cãp> de
Metit. que deitando efta herva no leite o naõ
deixa coalhar.
Ut miúus agroteS:, non inter. ferçulà potes.
Quer dizer eíle verfo, que para,vi ver com mais
íaude, devemos procurar naó beber depqisde
comer até cear; ouao menos depois de paííadas
três , ou quatro horas, íenao for grande a fede,
que neceííite de beber: porque , bebendo antes
de eftar feita a digeftaõ , gaftà o eíromago, cria
íuperfiuidades , gera ma'os humores, -aggrava o
corpo, tira o appeciíe, e vonfade-de comer. E
quem quiser viver. íèrri achaques , e farar de mui-
tas enfermidades, beba'pouco, e com íede.Eío-
''LjUnãrto-
brc ,íucb carne pouco", e ceâ mais ? vivirás;
itítdhgenií pauca.

Effleit&s marãtíilhofos dnhua pelos fignos^s pri*


Metros írõvoens do anno.

CT Eos nrlraeiros írovoens do-a rui o íuccedereui


kj? eftândo a Lua. no 8igno.de Áries, denota©
abundância de herva? , e paítos'para., gados , c
ánçias nosMarciaes , e Saturninos', eáülsndo errs
.buns ••-.precipitaçoens peio muito humor colérico t
que reinará nêllesV e nos outros deítííperaçoens
pela demafiada melancolia.,••queteraõ. Mas o lá-
bio , e prudente dominará tudo coma liberdade
do livre alvedrio.
Se os primeiros írovoens do anno íuecederem
èftando a Lua em Ta a r o , moftra que haverá
mais fertilidade^'-nos montes'', e melhor colheita
nos alto?', que nes vàlles , è regadsos ; e de gado
miúdo haverá abundância, e rriuiío mais de vi-

• :',Se os primeiros írovoens do anno-íucce.dererrt-


eftsndo; a Lua. no Signo deGemirus , denoraô
•chuva'?, e'geadas, abundância de paense legumes,
e falia 'de rodo o gênero de aveV-de comei", po-
lérr na6 das que Taõ de rapina.
S" os primeiros trovoens-íto anno' íuecederem
«fiando;-> Lua no'Signó"de C/^-cer, denotaõ Fo-
me ? f evoluçoens nos povos íu! >ditoS
'no ».-'e haveta'muito .gin.nhoto , e em grande
'..'prejuízo dos trigos,' e rodos os frutos nas ter»
fãs baixa?? e com abundância deagoa. •. -
5e os pnrneií r
oens c. i i ! no íuec r ü C i
ando a Lua ej O •' , denota motins
no dei
tre alguns Reino í que oy.rnanúrnentos íe>
l tivJ "'com moda dos
íiVV e morte de algum prin-
cipa lagnaíe.
Imsiros t do atino íuçcedet
eitanao Lua no Signo de Vírgo } denota
haverá II5 itasameaças de inimigos-., e eípias
snortes tíe a.nímaes gvande?.
.. Se eftando a Lua era Libra» fuccedcrem os -pri-
meiros tro^oens, denota que oanno feri fecco
so principio, e ftiui hurnido no fim 3 e que os
rn intos irão caro?.
S= os primeiros trovoens doanno fuccedereni.
7; citando a Lua no Signo ãè Eícorpiao «. haverá
pouca vindima , e mortandade de peixes , ega-**
do -'míudò., e que.haverá abortos de mulheres %
e r\?& faltarão;te'rriv"ei's ventos.
Se eftando & Lua em SsggittanoXuccede.rém os
primeiros trovoens?,. denotaõ que haverá mode-
radas agoas , e proveitofas , jyppofío que as
fruítas íerso'poucas, e as. -contendas'-, e-quef-
-• toens entre os domçfticos ferao muitos.
Se .citando, a Lua em Capricórnio, fe ouvirem
os primeiros trovoens, denot^õ pendências en-
>. tre os homens >' círiCteza ? e peite em algumas-
;
' serras-
• i^o •: Lunãrio
terras íujejtas a efte Signo.
Se eftando ,á Lua em Aquário i íuccederemos
primeiros 'tvovoens ';. denotaò muita- agoasy.e
grande efírondo no novo, e muito? eípantos , e
aiteraçpens nas g;;nies;, Com ventos peffimos, e
pouco faudaveis.
Se eíbrrdo a Lua em Piícis ,, fuccederem^o
primeiros trovoéns, haverá demaílada íaquidaõ, '
e a íeu tempo grandesj^eios , muito vinho , pou-
cos frudos, e d e n o t a h m r enfermidades, poíérn
nao mortaes.
ÁdviTCa-fe que toda? eftas pronofticaçoens
mais principalmente fuceederáÓ nas;terras ,:que.
eiliverem lujeitas aoSigno , em que íe ouvirem
os primeiros trovoens.
Avtfôs imf>§rtàtitts para os lavradores.

T ) Ara que o que fêmea r faia bom , e acolhida


1 melhor , tenha conta o lavrador, quando
íe mear,, que íeja a Lua nova , eque Se ache no
Signo de Tá oro , CânceryVirgo , Libra ? ou Ca-
pncoTnio , e verá iwma grandey/e eíirânha du»
ferenca no íe-meado , e na colheita.

Segredo, mui curtojo i.eutilpar.aos lavradores,

" O Ara conhecer, e fabsr de hum apno para-ou-


tro' de que grão?, oa íemsnte "haverá m^is
abuii-
-'erf)ttus%
numAírronorao- Âi
e o refere -o douüilifiio Sááíorano em fua: Chro-
nclogis a C5:ras 280. que Se.fcmee em hum pe*
daço de terra boay e hurriida quatro, cttcmeo
caíhs d:: loàn a í em ente , como-líe : trigo , ceva-
da , • milho i, hvas , e grãos ; huoi mez antes
comecem osGaniculares , e íe for necdlar
U'ns leraeíites-, e aquella t\úé melhor 3
• o
moStãr odia a
c mGani dl.aíéá , qu:; h° **** "• * r'-* f
os m 24, oejuino em U;
boa , cicih h-.«vv.rj! ?m 3bundancia o anno ts
ipuinte ; ( quê mais débil, e tnoi
cha íe mo
"pCUCâ 11 u£ ííO 8!

D- -O
DA' A S T R O L O G I A RÚSTICA
. e paftorii, imponin.re'á.lavradores 5 paíkn
rés, e navegantes. ,

Sinâes de terremotos por diverfas câufiu*

a l i a n d o spparecsr algum Cometa de cor


9 negra ,'vermelha', ou verde, denota ter-;..
remoto?.
Q^jando o.mar íe engrofPar , ealterar, fem.'fa-
|er; ventos y haverá íerrcmoto, ou grande/ tem-

Qoan
[232. Lupario
Quando as arvores íé alíentao eípavoridas, dè^
notaõ íerrenjòtosii
Quando a agoa dos poços fe fizer tnémÇ e fe
íentir máo cheiro, fèm caufá exterior , denota
terremrJto , emui brevemente..
Quando os animaes do campo Te yirem que
andaõ eípantados, denota terremotos.
Quando os terremotos vem de noite fao per-
to da manhaa ', e de dia faõ perto do meio dia ,
porque a taes horas õar coftuuiá eftar mais quie-
to , e íoçegado.
Na Primavera , e Outono coílumao fer os ter-
remotos mais do que em outro tempo , e nos lu-
-gares mais viíinhos do mar, edos montes.
fSinaes de pefíe por varias. coufas.
Uando o vento Sul aílupra,, e riaó chove y è
já faz Frio, e já calor, começa 3 chover mui-
tas vezes, e íogo pára , He finar de peniten-
cia , e graves enfermidades,
Quando no vergo fizer fequidaõ, e no Eílio
muito frio , e humidade, e no Outono calor, e o
Inverno também íecco , denota peite , e outras
moleírias, por fe troçara natureza dos tempos.
Pàííado algum terremoto, ou alguma grande
fome , íe deve temer psfUlencia. .
Quando em' hum mefmo dia o ar .'|é alterar
''muitas vezes; e aopuírótija leeíchirecer,.efizer
frio , e logo quánte , denop p;íl ílsncía.
Perpetuo." 22 z
•Quando os ani-maes- iepüiios fe multiplica*
tem em demaíiá , e as irmicas forem muitas 3,
e as aves ncCtüfnas íahirem dedia muitas, e
f ? E

Quando ;o vento Sul afl-ppra 'muitas, vezes


no. Êílio-, denota febr.es agudas ; e dores de
Ventre 3 e mais nas mulheres, çu nos que fo«\
rem de íitiiüida corapieiçaô.
Quando chove 3 e fa'2 vento Sul rio Eítlo , &
Outono ,- denota enfermidades no Inverno.

v Sitiaes ás cüreítias por varias coufas.

ÉT\ Uando appareccrem Cometas com as cau-


\ 'Jr das: compridas» denotao careíiia , e fai-
ta de brutos.
yuaüo / os tempos le trocarem , qre vem
a ler 5 que quando ha de.fazer frio, faça ca*
Jor , e ao contrario ; denota grande, careft ia»
: Quando .em algum Êcclipíe apparecer úlgfym
Soainegro, verde , ou vermelho, denota cãreftia.
.Quando no inferno chover muito,'. Ire final de'
careft ia.
Quando no principio dó ÊíKo Jioufer muiiss
chuvas , e geada ,. denota careíiia,.
Sinaes de íempeflad«s pelo Sol.
|f~VtJando' antes.de jahlr ó Sbl íe chegarem a
X.j -elSe muitas nuvens , denota íütmenta.
;3 34 • Lunar ia
Quando ao .nafcer o Sol íe itioírar amarelío ,*
e grande > citando o dia.cla.ro, ílgrüfica haver
meímo dia tempeítâde de trovoens, e relampa-

Ceando, o Sol fahír .verde, ou azü!, denota


tempeftade cliuvola.
Qyando. o Sol appareee como concavo , de-
nota tempeítâde com sgoa.
Quando o Sol civer muitoscírculos , e vários,
denota ternpeítades por agoas, e ventos..
Quando o Sol.íe.põem",.e íor mui acceío coíii
algutr.as'; manchas negras , ou verdes, denota'
tempéftades por.agoas, e ventos.,
Se ao pôr do.Sol çltover, poderá' íucced.er tor-
aventada ventos no dia íèéürrits
'b
L lr«

Sinaes de feremãââe: pejo Sol.-

E quando o Sol nafcer, for claro', e tempe-


rado fem nuvem alguma ao redor , denota
naquelle dia fazer íereno, e claro com íequidaõ.
Se ao nafcer do Sol tiver algum circulo , e íe
for desfazendo igualmente, denoti íerenidads,
e claro naquelle dia.
Quando o S o l l e puzer claro , í e m nuvens s'
denota íerenidadê efia noite , e ao outro dia»
Sinâes de ventos pelo Sol.

E quando o Sol nafcer» moílrar ter em íialgua


O concavidade , denota ventos h úmidos.
Quando o Sol /apparecer -.'pela .rna.nhaã ama*
relio coro algumas nuvens debaixo , denota ven-
tos Septenírionaes.
Quando pela manhaá apparecer [o Solruivoj,
íignifíca haver íeccáf.
Quando aoriaícer do Sol eípalha ss nuvens.,
huma para o Su! , -ê outras p-;ri o Norte, denota
vemos iiuniidos , e com agoas.
i « l i v l í j V OOl'.'' d rv J a m r , e ao nor-Ie le v;

ut cor veros , uu 32ui j . IOUے)<UO ue nuvei;


g"oilas 5 denota,, ventos rijos, e num:aos.
grande do coílumado , líavèfá fortes ventos
ao terceiro dia.
Quando o So! tiver muitos círculos ao re«
'dor' %. denota- iernp«ft»de-' de ventos'', •,. íe tiver
fó hurit de -.muitas- cores," denota o ínfimo*

Stgnaes de fercniâadé pela Lua, ,

O E a Lua tiver os cornos agudos , e refpíande-


kJ Gentes, portres dias antes , ou depois da"çon-
í...nçaÕ , oppofiçío , ou quarti. ,-jta ícrenida-
de por todo aquelle quaií
2} 6 •Lun&rtQ
Se a Lua no quarto, ou chea , tiver ã parte cjo
fica para o Septentríao f mais delgada, eclar-
que a que fica para o Sul, denota íerenidade.
Sc a Lua ao quarto dia tiver as pontas delga<
.gadas ,.; e elle eiliver mui çefplandecente, denota
fazei: íerenidade por toda aquella Lua/
Se a Lua ao tempo de (eu naícimento ef»
tiver clara , e í e m nuvem ao redor , íigniíí»
ca íerenidade.
Se aLua ao tempo do naícimento mofirar fua
luz, em redondo, dignifica íerenidade,
Se a Lua tiver ao redor alguns círculos , e fo«
xem brancos ,• amaselíüs 3 ou vermelhos 3 denota
íerenidade.

Sinaes de ventos pe$a Lua.

Uàndo a Lua fé moftrar mui rubieunda, três


Üias áníês , ou depois de íua conjunção , ou
i e ^ e r algum circulo da ditaçox , denota fortií-
Simos ventos.
Quando a Lua, fendo nova '] tiver as pontas
mui delgadas', córàcks , e reíplandecentes, e que
pare c e r ^ u e ^e move , denota terríveis ventos.
Quanqo a Lua .antèâ do quarto dia nao mof-
trar íuas pontas egudas , íènaõ ronibas , denota
ventos continuados por quaíi toda aquella Lua t
e que viráo do Occidenre.
Quando ao. cjttaYto dia a Lua tnoftràr fuás pon-
tas
Perpetuo. 2 37
tas proflas, qug ao parecer mover-fe, denota ven-
tos [grandes , e molhados.
Quando a Lua ao quarto dia tiver hum circulo
vermelho denota ventos.
Quando a Lua íe moílrar rubicunda em qual-
quer tempo, haverá ventos'.
Quando a Lua iahir pelo Horizonte, ou fe pu-
zer, íe moílrar vermelha , e<pouco rcíplande-
cerne, denota ventos fortiíllmos ao terceiro dia'.
Quando a Lua tiver algum circulo negro, ou
verde interciío por muitas partes V denota ventos
fortes.
Quando a Lua for chea, e tiver algum circulo,
e dentro do circulo ouver alguma nuvem, de-
nota ventos terríveis.

Sinaes âe chuva pela Lua»


Uando a Lua anjes de fua conjunção, ou
Q chea três dias , moftrar as ponta6 groflas, c
eícuras, íigniflca chover ao quarto da Luae
Quando à Lua apparecer depois de Teu giraria
te eícurâ , e verde , denota chover brevemente»
Quando a Lua mòttrar a ponta, que fica para
o Âftro , groíía , e eícurâ , choverá antes da
Lua çhea.
Quando a Lua íe naõ vir ao quarto dia % e comi
yentos Ocsâdentaes, denota grandes agoas.

'ij'
Lunari»

Sinães de tempeftades pela Lua.

Uando a Lua anles da íua conjunção. , e op»,


poíiçaô , por três dias , e outro? ires depois
moftrar pontas groíFâs , è naõ agudas",fcpa-
feçef q u é í e moyé, denota tempeftade, e tor»
fuêntá no rnár por muitos dias.
Quando a Lua fe moftrar mui açcêfa aos deza-
fsh dias de íua idade , "dstiota que brevemente
lia vera ternpeílade aíllrn no mar, como na terra.
Quando a Lua apparecer amgrelia , e tiver al-
gum circulo roxo, íigninca que haverá"tempsí-
-iâdc f cedras , e raios. >

Smães âi frU pslâ Lua* e aves.

"Y-Uan.do: ©Sol apparecer no Inverno mui


reíplandecente, ou.ruivo^ denota frios ao
cuíro dia, \
Quando o Sol íalie, ou íe põem , fe tiver al-
gum circulo de cor de chumbo, íieninca frio ao
•outro d|a íeguinte
Quando a Lua em fuás quartas for da cor ds
chumbo, ou verde , ou fe achar em alguns dos
Signos térreos , denota grandes frios naquella
quarta, cmque efliverp fobrèditô.
Quando muitas aves pequenas fe ajuntarern
ide differentes dpecies , baleando o mantímema
rerpetuo, 439*
Junto de povoado , denota nevoas muito gran-
des.
Quando o pergaminhOi e papel cm tempo hu-
mi dó íe íecc-ó de repente , denota mudança áer
íempo cora grandes frios.,

Siitaes \dt'ferenidâde pelas EflrèMat.


Uando as Eftreílas efta5 quietas, e mui rei.
_ plandecentes , denouÔ íerenidade.
Odiando le virem correr de huma parte para
outra exUalaçoens coma Eftreílas, denotaõ íere-
mdades com ventos.
Quando as Eftreílas fixas , e Planetas tiverem
algum circulo ao redor , e for branco , amaretlo,
ou vermelho , denotaó íerenidade , e íe tiverem
mais de hum circulo , e for vermelho 3 haverá íe-
renidade com ventos.

Sinaes de ventos pelas Eftreílas»


Uando as Eftreílas de noite parecer que ref-
plandecem muito 5 e que íe movem, haverá
rijos ventos ao outro dia.
Quando correm de huma parte 'para a outra as
Eftreílas , ou para melhor dizer , as exallaçoens
"acceías, denotao. ventos, e que viráõ daquella
parte , donde íe movem.
Quando asEftreUas.appaifcerem, maiores do
.Q. 'ú coftu-
%$0.' " "íumtrio
uituinsdo f denoíâo ventos ao ierceírp «..*-.
Ç^is-nclo das quatro, partes do.Mundofemove*
..aí, as Êftrcllas ,.ou Cometas., correndo de hua
irte pgra a outra , denotai terríveis vemos com
ovoens , e relâmpagos,
Qlando íe virem mover \ eefconder; de preí^
. • i-nfiutnas-Eítrelias , denotaó ventos tempef»

Q 1 indo em algumas Eftr.eHas fe virem círculos


iitadhos, ou araarellos, denotaõ ventos,

Sinats de frio por EJlrei/as*


.-'•"VÜando. no Inverno refpiandeceíri muito as
"cü. Eíirellas, e íe moverem ao parecer} denota©
£io com muitos ventos,
Qjiandq íe demolira'..grandeefpeíTura de Ef»
síias no Geo , he final de grandes frios, e mu»
,'tjçâs de tempos.

-•.Sinats. - âe -ventos. pelas nuvens.

^'È quando o tempo èftiver claro, e • fereno ,


.lappa.recer alguma nuvem fpelo ••Qrizonte ?
nota ventas , edaquella parte,fporjé:nde come-'

QÍãt?4o as nuvens correm para dl verias par*


, , eellasíao mui delgadas , ílgnifícão ventos.
Quando ap pôr do Sol, e depois apparecerem
Perpetuei 14 c
110 Occafo tiuvens mui vermelhas denotaõ ven-
tos. E íe as nuvens íe eftendereni para o Sul, ha-
verá também agoi. -
Qjando o •Arco do Ceo apparecer pela. ma-
nh ã , denota ventos na tarde domeímodia.
Quando o Arco doCeo a^pparecer, eftando o
tempo íereno, íighiíica ventos.
Q1 ilqier a,rco, que apparecer amârellO,ou ver-
Hieíflo á roda de alguma Eftrella , denota ventos.

Sinaes de ferenidade pelo Arco do Ce*.

Uando o Arco do Ceo apparecer em tempo


ílchuvofo, e nublado, denota íerenidade»
,. Quando ao fahir, ou ao pòrrle o Sol,appare-
..cer o Arco do C e o , íignifíca íerenidade.
Quando o Arco do Ceo apparecer de tarde ?
fempre denota íerenidade ; e íe de manhaa , ven-
tos de tarde.
Qiando íe virem relâmpagos Tem trovões no
OnzÓte com poucas nuvens, denotaõ íerenidade.

Sinaes âeferênidade por aves , epeixts.

Uando os Faleces e.ftàõ mui íocegados n


ribeiras, denotaõ íerenidade,
Qmndo os Pombos vóaõ muitas vezes de
numa parte para outra, e cantaõ, denotaõ íe-
renidade. «,,
Q:SÍ1%;
tuando os nii]J?ano? em alto jugãõhuns com
'DS,outros.» denotaõ ferenidade.
Quando os mqfqüjtos feajuntaõ muitos, edsÕ
.grandes zonídos depois de poílo o. Sol , dénctac*
íerenidade.
Quando os corvos abrem a boca , olhando
para . o Sol, denotaõ ferenidade.
Qüâtído os peixes dos rios, ou domar-, íalraõ
muito a miúdo (obre a a'£asua , denotaõ íerenjdãdj.
l

Stiiães âe ventos por aves , peixes.

Uándo as andorinhas voai5 junto áterra .ou


a agoa » e com as azas vao tocando a agoa,..
ou a terra ,. denotaõ ventos íortííTuiios.
Caiando as adens eftiraõ as pennas com os bi?
cos, deíiotaõ ventos,
(fiando os Corvos marinhos, alirnpaõ* muito
as azas, e pennas , e os outros Corvos gritaõ
muito, denotaõ ventos.

Sinaes de chuvas por aves , e anhnaes terreftres


jf'\ Usndo as adens vao pela agoa, e dáô vozes
Ncmaiores doque coftumaõ-,; íignifica chover.
Quando as mofcas íe ajuntaõ muitas ao
Sol, denotaõ que quer chover.
Quando os Pombos íe recolhera mais tarde no
v
mbal do q coftumao outras vezes, denota cho-
( '• Quan--
Perpetue. 143
Quando os fapos, cantaô , e as touperas fazem
buracos na terra , fazendo grandes montes deüà ,
íignifica que choverá brevemente.
Quando os bois depois de comer paílaô mui
depreíTa , denota que choverá mais.
Sinaes de tempejiaâes por aves , e peixes»

Ç| aUando as aves aqu.áteis fogem do mar para


terra , denota haver tempeílade, e mui
brevemente. .
Quaodo as Andorinhas voao por cima das
agoas, e que quaíi voaô tocando a agoa com as
azas, figniricaõ tempeftades de agoa, e vento.'
Quando os Falcoens balem a miúdo as azas , e
vaô rebolando pelas ribeirás,denotaÕ tempeítades.

Sinaes de tempejiaâes por anpnaes terrejies.


uando as formigas andaõ* mui íolicitas , e
Q mudaõ o lugar , em que antes eílavaõ, deno-
taô mui certamente tempeílade, e com brevi-
dade.
Quando os feridos y e gottoíos fe queixaS mui-
to , denotaõ eftar perto alguma tempeílade corri
frio.
Quando as vacas cheirao terra , e depois
Jevantaô a cabeça para o Ceo , denotao tempef-
tade.
Quan-
%ê^Mc L/S/fiâFíÔ
Quando os carneiros-,e ovelhas íopaó htms,
com os outros, e ievaniaó a cabeça para o Ceo 9
denotaõ íempeítade.

Sina&s de ferenidaãe por caufafem fentiâõ,


Uando ao fahir a Alva fizer mais frio do
coítumadò,, liefinalde íerenidade.
Quando as.extremidades .dos .montes íe
inoílrarem mui claras, denota íerenidade.
Quartdo ao amanhecer apparecer muita ne*
vos, denota íerenidade por dous dias,
Quando antes de íahir o Sol apparecerern
muitos rapores, e fumofídades por cima das
sgoas , ou campos, he final de íerenidade.

Sinaes de ventos por caufas Jem fentidos,


Uando osfinosíoarem mais do coíiurhado3
Q he final de ventos humidos.
Quando as brazas , ou faifcàs de fogo"íe
pegarem ao vaio de agoa ? denota vento.
Qyando os montes reíonarera muito , eomar
fizer grande ruido , denoia ventos tempeíluofos $
e íempcílades no mar.
Sinaes de chuva por coufafer^Jentido*
Uando as âgoas dos poços íahirem mais
quentes do cofíumado, dénoiaô humidâdes.
Tgrpetm,
Quando os.finos foaô mais rijo do coíh?ma<
íem fazer,vento , denota chuver mui brevemente'*,
Quando as fechaduras das portas eítaõ rijas de
abrir 9 e a carne'. íalgada eft.á humida s denota
humidades.
Quando o fal íe humedece , he final de mu«
dança de tempo de íecco em humido.
Quando a íerrugem da chaminé cahe p o r ü , e
mu^ta, denota chover brevemente.
Q ando os cheiros de qualquer çouía que íeja
íe .'.tentem mais fortes do .coítumado, denotaô
humidades, e chuvas.

Sittaes de tempejlaães por coufas fem Jentída,

~\ Uando a eícuma do mar anda eípàihada por


" eima da agoa por muitas partes s denota
^' tempeítades.
Quando o mar íe íentir muito , eflando o tem-
po ía r eno, he final de forte tempeftade.
Qiando o couro fe tocar mais aíperodoqee
ço,ítum.3.;-> denota tempeflade de ventos.
Qiando a Alva dò dia íe moílrar de cor arna»
rella, denota tempeftade»

Sinaes de ventos por relâmpagos.


Uando fizerem relâmpagos para a parte-do
Occidente? ou para a d^ Norte , denota mu-;
darȒe
£4-6 Lunar íú
dar-ie o tempo com ventos. I
Quando no Eftio fizerem muitos trovoens , e
poucos relâmpagos, dehotaõ vento por aqâel-
ja parte.
Quando pela manha fefeníem trovoens.,. der
nota ventos de tarde.

Sinaes de tempejiadet pór nuvens .t e relâmpagos,

Uando parecer que as nuvens íe põem nas


_ alturas dos montes, denoca.o tonnentas.
Quando muitas nuvens cercarem o.Sol, iem
o cobrir de todo, denota teínpeftade.
* Quando fizerem relâmpagos por todas às qua-
tro partes do Mundo , denota tempeftade de
agpay , è ventos. /

Sinaes de chover por nuvens', e Arco do Ceo.

Q Tíando corre algum vento, íenaquella par-


te houver nuvens--groílas , é pretas , hc
ceito que ha de chover brevemente.
Obrando no Oriente , ou Meio dia apparece-
rem algumas nuvens como vellocinos de laa, de-
porá que haverá agoas ao meio dia.
Quando ao pôr do Sol íe vir huma nuvem
mui branca, eftendida para o Occidente, e no
meio deíia houver outra nuvem mui efcura , de-
flota que choverá brevemente J ; e com v-ntos.
Qjân-
Perpetue* . 147 -•
Arco do Geo apparecer antes do.
.» dia , denota chuvas de tarde1, e vento.
Qjando o Arco do Ceo apparecér de tarde 9
denota chuvas bríiidas/, e (uaves.
Qjando apparece.rem dous &rc®s<_ juntos, no
( J t o , denotaõ chuvas.

Antiotaçoens»

* In.Tes.de frio em tempo humido iignifíca íe«


1 renidade. '
Sinaes de calor em tempo frio .denota-o chuvas.
Sinaes de frio, c chovas, tudojunío, denotaÈ
neve?»
Sinaes de frios, e fequidoens, tudo junto ,-
denotaõ geadas.
Sinaes de ventps em todo o. tempo temi força $
e mais no Veraõ, e Outono.

Significação dã fertilidade, ou efieyiUâadei e:0í


fermidades do amw por medq rufiico.

• /T\ Qjarto dia de Janeiro , feforclaro , e fere*


.\_J^.no , denota grande fertilidade', íe for vcri-
tofo, efteri!idade.
O fetimo dia de Janeiro fe for claro s eferersoj
denota enfermidades rios meninos; e íe á noite
houver muitos ventos 5 ílgniricaõ efterilidade, e
fome.
\J O*
24$ Lunar h
O 8. dia íe for fereno, os frúélos feraõ tarcuos,
mas haverá grandes abundaneias; e íe de noite'
ventar, promette enfermidades , principalmente
em homens eíludioíos.
O 9. dia Te for fereno,, e com ventos de noite,
promette fertiiidades dè hortaliças , e fruélas.
O 10. dia fe for fereno, e claro, denota anno
eíleril,
O 11, dia de ventar pela manhaa, haverá mui-
ta copia de peixes corri guerra , e le de noite ven»
. lar j haverá peite.
O iz. dia íe for fereno , denota multidão de
ovelhas; eíe for ventofo , fignifiçâ pefte.
O 13. dia fe for íerenò, promette grandes tem-
peítades, e íe de noite correrem ventos , morte*
ráo muitas ovelhas;, e cabras.
p- O 14. dia|fe tiver o Sol hum refplendorexcef-
íivo, e extraordinário, e da noite ventar, figniá»
ca pefte, e copia de enfermidade?.'
Ó 1 j . dia íe for íereno, e com ventos de noite,
íigniíicà guerras.
O primeiro dia.de Fevereiro íe for claro, e íe*
reno , promette muita copia de vinho.
O, quarto dia de Fevereiro fe for claro , fertili»
dade i é ventoío s guerras, íe encoberto, ou com
nevoa, peite»

No-
-Pét9e. 24$
r
9tma de algumfis coufas particulares , que ã
'Magejiade de Deos nôffò Senhor oubrQU pe~ \
hs jlstc dias da femana.

Do Domingo y primeira dia do Mundo,'

M Domingo teve principio o Mondo , ca*


mo íe eicreve no Geneíis. In principie
creavit Deus %'.Ccelun\ , C>1' terram', e "haverá
que fç creou 56^1. annos.
Em Domingo terão fim, e remate todos os tra-
balhos, e miíerias deita vida ;porque , [conforme
Giiilheímo Durando no Raciona! ,:..era tal dia fs
acabará o.Mündo.
11 Uommgo nafceo a Bemd.ita Virgem Maria
• :Mái de j E S Ü G h r í i õ , DeOs } e Homem ver
dadei.ro, ' :;
Em d o m i n g o nafceo o deíejado;. Meííias
JívSü Chrifto'hofío bem.
Em' Domingo ," primeiro diadoânoo ,, mez.,
ê íçmana , Çhnflo começou a derramar íeü
' fangue , no fcjiiai dia recebeo aqyefie dulciíií»
mo nome J E S U S .
/ Em Domingo nove de Março fez Chriíio a«
qu,él!e folemne banqüels/amair de-jü. peííoas
com cinco pães, e dous peixes, como eicreve $* l
loa 6 mp, 6.
• Em DomingOj que chámgô de Ramos, entrou
od
2ço 1 "Lunar to
adulciífimo , eliuraüdüTimo Cordeiro JESU
Chrifto porjeruíalèni triunfando de leus inimi-
gos.
Em Domingo^ cinco de Abril, refufcitou o Re«
dempto; da vida de entre os morto?.
Em Domingo finalmente recebeo a Igreja
aquella mercê, e beneficio íingular, que foi a
vinda do Eípirito Santo (obre o Goliegio Apoí-
tüüco.

Hafegunfia feira, fegundo dia do Mundo*

A fegunda feira fez Deos oFirmamento


nomeio das agoas , e apartou as íuperio-
res das inferiores, chamando ao Armamento Ceo»

Da ter fã\ feira:',;terceiro dia do Mundo.


A terça feira noíío Deps , e Senhor' fez que
apparecefle a terra , á qual mandou que
p'r®dtiziíTe hervas-,'-arvores ? e plantas, edcflem
fruclós\ e iemcnte , conforme a nacureza, que de
- iua Divina Mao haviaô recebido.

Da quarta feira , quarto dia do Mundo.

v
Níem,
A quarta feira Deos Trino, e Uno creou,o
Sol, Lua, e Eftrelías, para que nos alegrai-
e aüuniutíkm de dia , e de noite.
HBHB
'Frepetuõ.! ', '251
Em quarta feira, vinte e cinco de Março Ch rif-
lo noüo beni foi condenado á morte no tribunal
,do£ judeos, a quailentença confirmou Pilatos
eis Seu tribunal em íexta feira a ires de Abril.

Da quinta feira 5 quinto dia do Mundo.

* M quinta feira creou a Mageftade de Deos


IA noílo Senhor os peixes das.agoas , e as aves
dos ares , dando-lhes virtude de ereícer , e mul-
tiplicar com ida íanta benção -palavras j e man-
damento.
\Nefte dia , e na 14. Lua de Março, que foi a 2.
.de AbrU ,Ghrifto Redemptor noílo creou o Cor-
deiro Paico&l com jeus Diícipulos ? noquajdia
inftityio o Saruiíiiroo Sacramento do Altar.

Da fexta feira? jexta dia do Mundo.

f ? M íextã feira Deos todo poderoío creou to-


^1 dos animaes da terra i diftinclos em efpe-
.cie para íerviço do homem.
Nefte dia creou a.Mageílade de Deos noíTo.
Senhor a noífos primeiros pais á.í.ua imagem , e
fímilhança , fazendo-os capazes doGeo, efe»
nhores abfoliHOS de toda a terra»
Em íexta feira 25% de Março ( 3959. annos
depois da creáçao do Mundo ) incarnou o -Filho
de Dáos na§ entranhas da humilde Maria Vir-
gem;
•2 5" 2- ' Lunari@
gem; no qual dia eílava a Lua em'conjunção com
o Sol, e naÕ íem grande myílerio , pois o verda-
deiro Sol da juítiça le ajunrava/>tfr èarnisajjum.*
jptionem com a formoía Lua. MARá.À.
Em fexta feira naíceo o Precuríor Baptiíta $
foi a 24. de Junho.
Em fexta feira a 6. de Janeiro foi bâptizado
Redemptor da vida porS. JoaÕiBãptifta aos 29»
annos, e dò^e dias daidadedo meímo Ghriílo, ;
Em fexta feira em 1. da L u a , e primeiro dia'
domez dos Hebreos , chamado Nifan , que foi
a vinte de Março, Chriíta reíuícitou a Lázaro
de quatro dias morto,
Em íexta feira na ly. Lua em Março a que foi
a 3. de Abri!, morreo o Redemptor do gênero
humano em huma Cruz , de idade de trintas três
annos náõ cumpridos.

D§ Sahbado, fettimo dia do Mundo.

M Sabbadoj u!íimo dia da femana, e fettimo


da creaçaô do Mundo , deícançou a Mageí-
tade de Deos nuíTo Senhor, ceílando de crear
nova fubftanqa.
Em Sàbbado, a 8. de Dezembro foi concebida
a Virgem noíía Senhora íem peccado original.
EmSabbado, a íeis de Janeiro, obrou Chriftó,
aquelle famofo v e primeiro milagre , que foi
converter a ágoa em vinho em Gana de Galilea ,
ten-
'Prepetuo. • '' 15 3
tendo Chfifto trinta e hora annos^
Em Sabbado rnorreo a Virgem rk>fTa Senhora
de idade de , íeííenta annos , menos vinte ,e três
dias , conforme efcreve Niceforo Calixto, o qual
.diz que viveó a Virgem Mai de Deos anze^anw
nos depois da morte de íe.u Filho JESU Ghriílo>
Deos, e Homem verdadeiro.

At/ifos Agronômicos^ e curiofos dos feitè dias da


femâna.:
S que nafcem ao Domingo : conforme o
curió Âííronomico, coftumaõ fer formo»
;
íos v altivos, e feguros.
• Os que nafcem em íegunda feira faoinconf»
tantes , perguiçofos, e dormirahoeoe.
Os que nafcem em terçs feira cofrumaõ' fer in-
clinados á Religiad.
Os que naíçern em quarta feira coífumaõ fer
induílríoíos , engenhoíos , e inclinados a hir
pelo Mundo.
Os que nafcem em quinta feira epítumao Ter
inodeílos , pacíficos, e íoçegados.
Os que nafcem em fexta feira coítumaô fer
terríveis de condição , e coftumaõ viver lar*
gó tempo.
Os que nafcem em SabbadofaÕ fortes, e Prin«
cipaesV

•' :' R Qtl*


.JLu.fJãft9

Outras noticias , de couj-ar particulares , que


os Summos Pontífices ordenarão em favor
da Religiai) Chrijiãa -f ãefde S. Pedro
até- Gregorio, XIII.
Pedro foi o primeiro Ponrirke, que íe<?e a
L Igreja depois deJESU Ghr.ifto Redemptor
noíTo ; por cuja mão , e podei foi eleito era uni-
verísl Paílor de todos os fiéis,üegeo a Igreja
trinta e feis annos 5íinco mezes e dose dias, Ce-
\ lebrou o primeiro Concilio com os Apofíoiós ern
Jerufaierrij no qual fe prohibio a Lei de Moyíes,
e a Idolatria.
Liíio.Toíeano ordenou que asmulheres entrai-
ísní com as cabeças cobertas nos Templos.
Cleío Romano foi o primeira , que pôs nas
letras Apoftolicas Salutem, $» beneãiãioaem
Jlpojloikânh
Clemente Romano ordenou que houveíTe
Noíarios em todas as partes , para que eícreveí-
P"fil a'vida , e feitos dos Santos Martyres.
Ánaçleío Árhenieníe , e Martyr , ordenou que
ao Sacerdote o õrdenaíFe hum Biípo , e á Conla*
graçaô de hüm Biipo aífíílifíem ires Biípos.
Evarífto Grego deo por incefto o caíamento',
que naô foffe. coriíàgrado por Sacerdote.
Alexandre primeiro Romano ordenou que o
Sacerdote nao diíleíle mais que huma Mi.ffa cada
Cia*
Verpetuo. t$ç
dia , e accrefçentou ao Canon da MiflaQuipri~
die quàm pateretur, e que íe ianfaíle agoa no vi-
nho para coníagrar, e que houveíle agoa benta
ás panas das Igrejas , e nas caias particulares ,
para affugentar os demônios , e aiiviar 4 conf-
ciencia nos trabalhos.
Sixto Romano ordenou que na Miffa íe diíTeí-
íe Manaus três vezes , e que nenhuma peííba tr.i«
taffe as couíasSigradas, íe naÕ liveííe Ordem
Sacra.
Telesforo Grego reftaurou o fanto jejum da
Quareíma , queS. Pedro tinha inftituido, eque
ca-dà Sacerdote difleíle três Miflaso dia da Nati-
vidade do Senhor, e que íe cantaílc o Gloria m
excelfis nas Miílasv íolemnes,
Hygino Giego ordenou que nos Baptifmos , e
Coníirmaçoens houveíTe Padrinhos.
O Papa Pio italiano ordenou que os Clérigos
trouxefíern coroa ,e naõ tiveffem barba comprida»
Sotero de Campina reftitilio o íanto coítui
me de que o Sacerdote benzeííe os defpoíorios,
e cafameníos, e que de outra maneira fe naÕ ti-
veíTe por caiados,
Zeferiho Romano ordenou que os Chriftãos
commungaííem pela Paícoa da Reíurreiçaô.
Calixto Romano ordenou que íe jejuaffem as
quatro Têmporas, e que nellas fe deííem Ordens,
porque de antes íe nao davaõ mais que numa
vez no anno pelo mez de Dezembro,
Rii Uf«
3$ 6 Lunar Io
Urbano I. Romano ordenou que os Cálices, e
Patenas foíFem de Prata , e n.aõ. de vidro, como
de grites , e que ninguém foííe elçifoBiípo , que
mo iofíe Sacerdote, '
Fabiaho Romano ordenou que na quinta fei-
ra Santa íe eonjagre o O-íeo, e-Ghriíma, e ei*
íabeleceo os Prptonotários.
Eftevaô Romano inftituio as. vefltduras Sacer-
doíaes,e Pontificaes, e os írontaes dos Altares.
Díonyíio Magno iníHtuio s.s Parocliiás--, e pio*;,
ceies por Curas, e.Prelados,
Felix Romano ordenou que, fe çoafagraííem/
os Templos, eque íensô eelebráffs Müíáem
lugares, que naõ foíTem "íagradps;
•'EutiquianoTofcantí ordenou que o Marfyr o
entcrraííem - com Caíuía, eque íe abénçoalkm-'
os fruÃos-no Altar.
Dalmacio ordenou que nenhum herege liveíTe
voto-em.accular. o Çhriílaõ.
MarceSlo Romano ordenou que nao íe cele-
braffteConcilio geral íem authciidade dG. Sum-
ira Pontífice, em cujo tempo íe inftituio o Colie-
-;gio'dos Càrdeaes. Em. tempo, do Papa Euíebio íe
achou c/Lígmmt Cructs a três de Maio.
Méiehiades Africano ordenou que íe nao jejo-
aííem os Domingos daQhareíma, nem fora del-
ia 3 nemnàs quintas feiras , o que depois íe tirou.
Silveftre I.Romano ordenou <| os Biípps confa-
grafíem oChriíma, e confirmaíTem os bsspíizados.
Mar*
Perpetusl 2 £7
Marcos Romano ordenou que depois do fí«
vangefho fe cantafle o Credo nos dias íolemnés,
como fé determinou no Concitio Niceno,
Juiio primeiro Romano ordenou que fe naô
pudeííem citar os Sacerdotes para diante de
Juiz íecular, fenaô EçcSeííaftico.
Damaío Portuguez ordenou que no fim dos:
Pfaimos' fe cintaííe o Gloria Patri, e que ao prin-
cipio da MiíTa fe 'diffeííe a ConfiíTaõV
Cyriacp Romano ordenou que os bi,gamos na5
foííem admittidos ao Sacerdócio.
Anaftacio Romano ordenou que todos qíliveí-
fem em pé ao Evangelho.
ínnocencio I. ordenou que na MiíTa , e nos
dias foiertfnes fe deíle paz ao povo.
Zòzino Grego ordenou que fe benzeCTe oCí»
rio •Pafcoàl em Sabbado fanto.
Bonifácio Romano ordenou que ninguém fe
ordenaííe de MiíTa antes de trinta annos.
Ceieítino de Campina ordenou que fe cantaf-
feiTí osPíalmos por Àntiphonas antes da MiíTa.
, Feiix Romano drder.èu que as Igrejas foflem
corsíàgradas p"or Bifpo.
FelixIV. orerenou que aos enfermos [hedef-
íem a/Extrema Uriçaõ a íeu tempo.
Bonifácio lí.ordenou qué o povo eftiveíTe apar-
tado do Clero em quanto le celebrava.o Officio»
Virgilio Romano ordenou.e mandou que áVi|;
gem MARIA N . 5 . lhe chamaílem Mãi.de Deo?L
Pe
2jB L&núrfa
Velâglo Romano ordenou qúe os Clérigos re*
23ÍTem cada dia as íette horas Canonicas,
GrègorioRomano ordenou o canto dos Piai-
smos,eo dará Cinza na Qüarefrna,aquai accrel-
centou quatro dias mVis , e inftituhio as Antifo-'
na^os Kyrio?3as Alleluías». e Gffertorios -.o.Deus
ifi üdjutorlam ao principio das HorasCanonicas
Accteícentou o Canon da Miíía}e que depois da
Coníagr3çaô iediíleffe o Pater nojler. Ordenou
ss Ladainhas .maiores ,.as Bíbçoens.de Roma,
ss ef.colas de Mufica , o adorar da Cruz em Sexta
feira .íanta yt outras muitas cpuias ,-e o pri«
jmeiro que íe nomeou Serias jervorum Dei,
SobinianoTuícsno dividido as Horas Canoni-
cas em Prima , Tercia , Sexta , Noa , Veípe.rass
c Completas j Matinas, e Laudes*
Diosdado Romano ordenou que os filhos do
Padrinho naõ podeífem caiar com filhos de
íeus Compadres,
Bonifácio Napolitano ordenou ã iníKtuiçaÕ
da Fefta de todos os Santos, e mandou que os
que íe liamizialTem nâs igrejas , nao podeiTem
Ú<.r tirados dei Ias.
Viíiiiacode Çampania inílítuio ,o Canto , e
os Órgãos na Igrejas } e compôs a regra Eccle»
Üailica.
O Papa Leaô II. ordenou que íe pudeffc bap*
tizar todos os dias.
•. Sérgio Syrio ordenou que íe caní. fle três ve-
Perpetuo» %$$
zes o Agnus Dei -depois da íe levantar a Dsos.
Eftevaõ V. ordenou que nenhum íecular íu-
bitíe á dignidade Pontificai, fe naô folie pelos
gráos Eçclefiaftiicbs,
A Sérgio II.'Romano, chamado por outro no-
meOj parei, que quer dizer s boca de porco, lhe
mudáraõ o nome, e dalii ficou em coftume mu-
darem ps Pontífices o nome.
Joaõ VÍII. declarou por irregulares aos ho-
micidas. '
Adriano III. Romano ordenou que na crea-
çaÕ do Pontífice fe naõ eíperafSe o confenti-
mento do Imperador.,
O Papa joaô XVI. Romano, inílituio a ceie-
b a ç a o , e feílás das Almas do Purgatório por
toda a Igreja.
Nicoiáo l i . Saboyano ordenou a forma da
eleição dos Pontífices pelos Cardeâes,
Em tempo do Papa Adriano IV. a*ppareceo
huma Cruz mui: reíplandecente na Lua.
Gregorio IX. ordenou que fe rezaíTem cada
noite as Ave Marias,para que tocafíem os finos,
e que íe cantafTe a Salve Rainha nas Igrejas i os'
"quaes finos foraô inventados pelos Bifpos de Noi»
la de Campani, donde diz Durando , que torna-
rão o nome de Campanas , que ha mais de feisr 1
centos annos. E antes que fe inventafTem , cha^
tnavaõ aos Chriftaos para ouvir os OfHcios D i v r
nos com tronibetasj que foavaõ no alto Templo
In- *
%6o Lmi-triâ •
InnocônCio 111. Genovez ordenou que os Car-
deaes irouseííem capelos encarnados , à tiro- que
reprefeníaíTem que baytaô de eílar aparelhados
.paia -dar íeü Cangue pela. Igreja.
Urbano IV. FYancez eltabeleceo a Fefta de,
Corpus Ghrifti.
Bonifácio VIIL ordenou o anno do Jubileo
pleniilimo, e que quiz Se ganhaíTe de cem em
cem annos.
CIsmeníe-VLreduzío o fobredito jubileo cen-
tenário a quinquagenario, e iíto he j que te ga--
s
nhafTe cada fincoçnía annoç.
Síxto' VL Soanés ordenou que o fobredlco Ju-
bileo íe ganhaíTe cada visita e finco annos , e eft-e
Pontífice confirmou a Fefta da Conceição di_
Virgem', e approvou o Officiò daquelte dia.'
Em; tempo do Papa Irmocsncio VIII. ie achou
cm Roma o titulo da Santa Craz,e nefte próprio
tempo foraó deícobertas , f e achadas as índias»
LeaõX, Fiofentino fconcedeo remíífaô de" to»
dos os peccados aos que tòmaílem a Cruzada , e
• deiTerri alguma efmoía paia ajuda da guerra con»
I wra Os Turcos , e nefte anno começoy a feita de
feMarthim Luíhero, que foi o anno de 15T3.
Em tempo do Papa Clemente VIL Fioreníino
I começou a Ordem da Companhia de JESUS o
-: Santo Padre Innocencio de Loyola * Heípanhol
de Cuipuícoa, anno de Í539.
Pio V. Alexandrino foi o que faz aqueüa tao
ia-
fa mofa figa com Efpanha , -.Veneza ,'e Poten-
fados de lia lia contra os Turcos,com,a qual liga*
€ concórdia , mediante o favor da Virgem MA*'
RIA , alcançou 0» João de Auftria aque{.la.fa*
mofa vicloria na batalha naval , que teve contra
o Turco junto ao golfo de Lepamo, a fette de
Outubro , dia de noíía Senhora dos Remédios ,
oaiiiio de 1571, que foi Domingo , Feita, do
Roía rio.
Gregorio XIII. Bolonhês emendou o tempo s
falta s e erro do Kaiersdârio Romano no anno de
15:81..a finco de Outub;o , tirando dez dias do,
dito mez com grande'coníelho.,e parecer de.va->,
roens doutos ,- íem poder tirar mais dias do? que
tirarão por cauía da celebração da Pafcoa.
, O? que dizem',, fem -fundamento , que houve
hum Papa chamado joap , que foi mulher ,.íai-
• -bao que he fiçaõ fábula , e mentira inventada
pelos Hereges em o dia ds Santa Sé Apoftolica ;
porque néra ha hiftoria , qus tal diga , nem tal fe
achará no Catalogo dos Pontífices.
As Ladainhas , que ordenou o Papa Gregóno
"I. , mandou Santo Ambrofio Biípõ de Millaõ ,
Doutor'da Igreja , que acereíceníaííem , e te«
zaffem por todo o íeuBiípado eílas preces, di-
zendo. Da Lógica de, AgofKníio* Tivrai-hòs ,
Senhor: porque , Tendo Gentio , e Arriano , era
ta6 grande Lógico , que fe temia pervertei*
íe a muitos com íeus argumentos. Dejjoii Á*
i6l Lunar io
goílinho íe converteo por meio de Santo Am-
broíio, e elle próprio obaptizou , e ambos com-
puzcrao aquelle Cântico taô* celebrado, e eftima-
doda Igreja,TeDeumLaudamus , dizendo hum
yerfo Santo Àmbroíio, e outro Santo Agoítinho.»-

Tratado, e virtude do Agnus Dei.

N Aôíerá de menos importância , ecurioíi-


dade , que o antecedente , para o Chriftâo
leitor íaber qual foi o primeiro Papa,que intti-
íuío o Agnus Dei, e de que fe fazem } e quem ,
e como íe benzem , e confagraõ, e quaes íao íuas
virtudes.
Do Papa LeaÔ III. Romanc», que fübio á dig-
nidade Pontificai o armo de ldüecentos noven-
ta é feis; fe, tem poç muito certo que foi o pri-
meiro, que \n§.\t\i\a o Agnus Dei , o qual Pontí-
fice , enfiando hum de íeus A^nüsDei a Carlos
Magno Imperador , ( a quem elie pouco antes
tinha coroado ) eícreve défla maneira.
Saber ás Carlos Màgno> que do balfamo, e cera .
limpa, e Óleo Santot da Cri/ma fe fazem os Ag-
nus Dei, v? qual te dou, e aprefento por grau*
de dom , e aflim como nafcido da fonte, efàn-
tificaâo por mijlerios fecretos de Sacrifícios,

A Gora nos noíTos tempos fomente fe fazem


os Agnus de cera branca limpa, e pura, fem
mií-
Perpetuo. 26*3
miílürade outra couía alguma» como largamen-
te íe eícreve no'Ceremonia! Romano lib. i, cap»
tití.: e he de advertir que o,Papa naÔ benze cada
anno os Agnus Dei , como alguns cuidaõ , Íena6
no primèjrp anno, em que o efeáraS Pontirice , e
dahi por"diapte em quanto vive de lette em íeíís
armas , ,e não mai?, .
Feitas as formas grandes, ou pequenas , de ce-
ra branca , e muita limpa , as toma o SacnflaÔ
do Papa com íeus Capejioés , e Clérigos 5 e lhes
imprimem o Cordeiro , figura expreíía de J E S U
Chriíto Cordeiro fem macula. Depo'is diílo fei-
to , os íevaõ áCapeiíado Papa, aonde veftido de
Pontificai benze húma quantidade de agoa còm
muitas preces, e oraçoens : depois toma hum
pouco,íle balíâmo,eenvfórma de Cruz o lança
na agoa benta , dizendo: Senhor , tende por bem
de coníagrarje benzer eftaa.-agoas com eíla un-
çaõ de baííamo , e por npfía benção : em nome
dó Padre» e do Filho ,: e do Elp.into Santo. E,
aíEm cambem íoma o Óleo de Chrüma 5 e o ían*
ca na própria agoa em rórma de Cruz s dizendo
.ss prqprias palavras, Ec.ingido com huma, toa«
lha branca toma todos 0$ Agnus,e. lançando os na'
dita agoa benta, e coníagrada, os baptiza , e dalli
ús vaõ tirando osoutros Prelados com colberes
de prata furadas * e os ppesn em lugares decentes
para que íe enxuguem. E outra vez o Surnmo
Pontiike diz de novo íobre os Âgnus muitas pre-
' 264 Lunar$9 *.
ces, e oraçoens , rogando ao Senhor que a io-
dos os Fieis, que com pureza, e devoção os'tròu-
xerem , lhes íeja concedido todo o bem"", eafíím
também íejao livres de todo, o mal.

Virtudes d& Agnus Dei.

P RImeiramente o Agnus Dei tem virtude pa*


ra livrar aos que o trouxerem com devoção,
' e confirmação, dos inimigos, affim viíiveis, como
'inviilyeis'. .
Também tem virtude de nos guardas', élivrar
de muitos perigos , affiaí efpirítuaes, comocor-
poraes ,_; como o pede o Summo Pontífice, nas
p r e c e s , e oraçoens, que diz , quando benze os
•Agnus Dei , e por meio dos ditos 'Agnus' íe: al-
cançaô muitos dons, privilégios , e g r a ç a s , é a i n -
da remiíTaô de peccados -éeniaes.
Também tem virtude muito efficaz p a r a í a -
hir , e f e levantar huma peííoa mais depreíía do'
peccado tno'ría'1, fe com muita devoção otrouW
• xer. >J
Também quem òjevai coníigo íerá livre de
lemporaes , tormentas, coriícos, ; e raios.
Será também prefervado de peite, de-'gotta
coral , e de morte íubita , como o Summo Ponti-
fice pede a Deos em huma das oraçoens , que re-
za quando os íagra.
Também livra'de fogo , de fanta finas ^ de vi- ,
v<- foens.
r , 16$
f
foensj e sitiantes j e também das cilladas do de-
ííionso.,
r -Também tem virtude muito _grande"para li"
fffr as mulheres que eüaõ de p a n o , de todo o
penca * dando-lhes esforço, e animo naaue-Ue
aperto.
lv'oiem huma grande excelieneia, e virtude
%o/ígnus Dei , e-he que a mulher, que anda de
íparío , e eiliver em perigo1 de mõ poder parir ,
lhe dareis três -pedacinhos.,pequeninos a beber
emhunsa pouca de.agua*, eíendoíé -f parirá,íem
HisOf nem perigo: e he coufa maravilhofà , que
as mais, que o tem tomado parirão antes de che-
gar á."terceira: dor j e,lè deve dar, quandoie.vê
que lia r.eceISdade ,,t perigo. E tenhao devcçsõ
de dizer-
Agnus Dei mtjerere mel. .
Qui i'üafíuses pr& nsbis miferere nohis*

Perguntas yé x.efpojlns entre o Leitor , e Authnf


da obra 5 febre ãlgumr,s âifficüldades , tno*\
mes Âjírúvmnuos.

"W Eitor. -FaiJando dos Planetas.., e Signos, noi


•JLrf quaes a qualidade delles-, e os effekos que
cauiaõ s porém não nos declarais: a differenea ,
que ha entre eftes.,"-e era que. fe conhecera qual
'hc Signo , v e qual Planeta. ,: e fe he maior o Pia-
neta que o bigno , pois vejo que pintais os Pla-
$66 Xjunorh
netas muitos maiores que os Signos: e porque
pintais os Planetas comafpeclos humanos , hu'ns
diíferentes dos outros: e os Signos como ani-
maes , e outros aípeclos dífferentes , e íe eftaô lá
no Ceo do modo que os pintais cà na terra.
Auíher. Muita matéria tendes' parlado, e gran-
de campo deícobriites. Leitor cariílimo , e para
vos, reíponder era neceííario hum livro inteiro:
porém com tudo vos reíponderei, e. me explica-
rei cem a brevidade poífivel: e reípondendo á
primeira duvida, talvez ficarão entendidas as de-
mais dificuldades , que me pondes. A diffe-
rença, que ha entre os Planetas, e Signos,he,que
o Planeta he 'huma Eftrella fó , e íó íe acha lem
companhia alguma em hum dos íette Osbcs, ou
Céos inferiores; e o Signo naõ he Eftrella , íe
naõ huma parte do Géo daquellas doze , em que
os Aítronomos dividem o Zodíaco , confideran-
dopor ellas a nona esfera, que eftá contígua com,
a oitava , ou Ceo eftrellado: e por efts ràzao en«
tendereis quanto maior he o Signo íerrí compa-
ração do que o Planeta , com quanta differença
eftaô'lá no Ceo, do que íe pinta nos Lunarios , e
Reportorios, pois o Planeta he Eftrella , e o Sig-
no he hu.rh pedaço de Ç e o , aonde íe reprefer taô
infinitas Eàrellâs. ,;
Qianto ao que perguntais , como conhecerei®
o Pianeta, e o Signo , leípondo ; que o Signo
fera couía facii de conhecer, iabendo que o Sol
en-
TerpstMO* . 267
entra cada rnez em hum dos doze Signos, e por
todo bom mez anda o Sol nelie , como fe declara
nos próprios Signos , e no Kaíendario dos me-
ses , e Santos , e aífim quanto para conhecer os
Signos naõ ha difüciadade slguma, Qs Planetas
naõ podereis aííim facilmente conhecer, íe naS
for por numas Efemérides, que he hum livro de
Àftroíogia, aonde vereis pintado o Ceo , e ía-
bereis em que'parte delia eitá cada hum dos íetíe
Planetas. Bem he verdade que íq de noite afi-
nais o caminho por onde vai o Sol , por ahi def-
cobrirei? alguns dos Planetas , e os conhecereis
pelas cores; porque a Eftrellas deMarte cflá fcm-
pre vermelha , accefa,' c a Eftrelía de Saturno
•tem a"cô.r como de cinza , tirante acôr de chum-
bo•: e íe quizeres íâber as cores dos outros Pla-
netas, ss acha reis no tratado dos Cometas. Final-
mente reípondo ao porque pintaÔ'os Agrôno-
mos 'OS Planetas com afpectos humanos, e.aquel-
Jes dediíFerentes condições, e aos Signos tam-
bém os pintaò com figuras de animàés , e de on-
eras figuras , que nao tem íeníido, ainda que nao
carecem delle: digo, a cauía , porque piníaS
aos Planetas com taes figuras, he pelos «ffeifos
que auía.Õ. , q influem nos homens, Eiílim ve- ..
reis que o Sol o plntaõ como Rei , e grande.
Senhor por duas razoes 1 A primeira he , porque
âos que nafcem debaixo do íeu domínio 'lhes
cauía Terem magnânimos. ,-Teaes, liberaes , e de
no*..
$6% Lunar iò ^ ^ ^
dobre animo , e amigos de' mandar , reger, e go-
vernar. Aíegwnda ra-iaõ , porque o pintaõ como
R e i , he porque eftá no meio dosfetíe Planetas,
dando-lhes a. todos Juz , e claridade. Ao Planeta
Marte o pintaõ com aquclle afpeclo feroz , e de
homem armado , porque cauía aos que naíceniv
debaixo do íeu domínio .íer cruéis, eguerreirofy
inimigos da paz , e quietaçaó^ e buicadores de
Bulhas , e pendências (como íe tem dito em íeu
iugar aííim defte Planeta, como de todos os mais?
e por iíto me nao detenhó. ) No que toca ás fi-
guras taò diíferentes dos Signos , íe ha de notar
que a huns pintaõ com humas figuras, pelos vá-
rios effeitos que cauíaõ , e s outros com outras
figuras, por algumas íimlihanças, que ha entre
elies, e o que repreíentaõ. Como o Signo de
L i b r a , que o pintaõ á fimilhança de hum pefo
de duas balanças iguaes , denotando a igualdade
da tempo, que cauía o Sol ao tempo que entra
no dito Signo de Libra , affim em os dias ferem,
iguaes com as noites, como em ier o tempo mais
temperado de calor 3 e frio, repreíentando Jiums
balança o injôffrivel cslor do Eftio pâílado , e a
outra o incbmparavel frio , que íe efpera breve-
mente do Inverto. •
lueitor. Mais folguei de faber eftas miudezas l
que tudo o mais do Lunario , porque ainda que
parecem nada , na verdade eu as ignorava.
jíí»íj&er.Naõ imagineis que as declaro para ro«
dos,•
Perpetuo; 2.69
dos , porque bem íei que ha muitos , que me po-
dem enfinar, e aílim naõ fallo com eftes , fe naõ*
com os que o naÓ fabem : pelo que, le tendes
mais alguma duvida, perguntai, que bem íei
que deítas couzinhas muitos naõ fazem caio , e
pelo na6 fazer as ignoraò.
Leitor. Em minha confciencia que tendes ra-
zão , e aífím digo que antes quero perguntar ,
que ignorar, pelo que me dizei a cauía , porque
aos Signos chamaõ cafasdos Planetas?
Author. Se vos lembrais, fallando dos Signos
já o apontei , e com tudo tornalo hei a dizer,
pois mo-perguntais. Sabei que todas as vezes
que os Plarittas ie achao em qualquer de íeu?
Signos , tem mais força ,e domínio ,que eftand J
em Signos alheios, e por iíTo dizem tal, e tal
Signo íer caias de tal , e tal Planeta : como íe vê
peío Sol quando entra no Signo de LeaÕ , que
lie íua própria cafa ,aonde moftra mais lua vir-
tude , força , e calor} que em neahum dos outros.
Leitor. Tendes razão , que mais dominjo tem
o homem em fua cafa, que na alh*êa ; porén
porque dizem a huns Signos fer caias diurnas , &
a ouíros caias noturnas?
, luthsr. Sabei que aos Signos, que de íua na-
tureza íao calidos , chamaõ diurnas, e aos"q-as
faô frios, dizem fer noélurnos , á fímilhança da
dia, que tem mais virtude pelo calor, que a
noite por íua frialdade.
Lei'
-

If0'y Lunaris
Leitor* Bem efrou cóm a declarado ,'porém
porque ao Signo de.Leão lhe chamais caía vjür*
na , e nocluríia do Sol.
Áithor, Eu vo-la direi, Sitiei que o Signo de
Leso eu-! quanto he caiidofe chama caía diurno;
üoréai em quanto he c mparador o caior do
Signo com o calor do S.>!, he chamado caís nó-
clurna. do meírno Sol , por íer íem comparação
maior o: calor do Sol, e que o Signo de Leão.
Leitor., Eu fico f-áfi-ifeíto ; porém porque íe
diz de-hutu. Signos ferem rnaíeulines , e outros
feineninos, e quaes íao hufis , e outros ?
J~iíi?búr-/Rw boa Filosofia os Eieroéfos ignedf,
e aéreos íao activos , e os Elementos aqücos , e
terreftes.'íaò paíliyoi „ e por confequencia o aéli-
vo fe chama mafcül"ino, e o pafílvo feminino; s
aíliui os Âíironomos aos Signos de natureza de
agoa , e ferra chamai) femininos. Oi maículinos
íaÔ : Aries, Geminis, Leó, Libra, Sagitário, e A»
quario.Os femininos íao Tauro,'Câncer, Virgo,
Eícorpkõ, Capricórnio.» e Pileis.
Leitor. Digo que as reípqíías me caufao- con-
tentamento ; e animo para perguntar mais , e
fliliiri vos rogo me digais porque dizem 03 A f -
cronomos 3 hum Signos íer gozo de tal Planei- 3
o nutro fer -detrimento de outio Planeta.
Âuthnr. Sabei que aquelle Signo , no qual o
Planeta moftrâr ter maior,virtuie , e força, cau-
íando mai§ influencia ,eí!e tal Signo íe chama
gozo
Perpetuo. 171
gozo de tal maneira ; e aqualle Signo, no qual fe
diminuir a força do Planeta » efte tal íe chamara
detrimento daquelie Planeta , e afllm dizemos
que LeaÕ lie gozo.,. ou alegria do Sol; porque
entrando o Sol nelie , íe manifefta mais íeu ca-
lor , virtude , e força , que quando entra o Sol
no Signo de Aquário > o qual fe chama detri-
mento do Sol, porque entrando no dito Signo
de Aquário o Sol, diminue lua força , e calor
•para nós-outros,
Leitor. Só me fica num* pergunta, ou dúvida,
e he , que me digais a caufa , porque a liuns Sig-
nos dizem que íao exaltação de tal Planeta, e a
outros Signos chamaò cajiida de outro Planeta.
Aathor. Sabei que quando algum Planeta en-
tra em algum Signo , no qual começa o dita
Planeta a manifeftar a fua vitude, e influencia , a-
quelle tal Signo fe chama exaltação daquelie Pla-
neta, como íuccede.ao tempo que o Sol começa
a entrar no Signo de Aries, que he a onze de
Março, no qual Signo o Sol começa a maoifef-
tar a fua..virtude ,e influencia, e aílim o tal fe
chama exaltação do Sol. E pelo contrario o Sig-
no de Libra fe dirá detrimento do Sol , porque
er *rando nell.e a vinte e três de Setembro, come-
ça a reprimir íuas influencias , e a diminuir íua
força , e calor, e aíTím fe hã-d.è entender dos os-
tros Signos, e Planetas.
Leitor. Eu da minha_parte vos dou as graça?.
S ii E a\
iyz Lunar iõ
Edizei-nos emparticular íobre que coufós ío-
flue,e tem domínio cada hum dos Planetas, para
que, íabsndo queplaneti íerá fenhor xloanno 5
íaibamos de que couíts haverá mais abundân-
cia no íal anno,
Author» Digo que me contenta , e começa-
rei pela Lua.

As coufas} que sjtao Jujeitas d Lua,

T Em domínio fobfe todas as couías humidas ,


e em particular íobre os jumentos, bois, pei-
xes , aves brancas, e marinhas. Sobre o Salguei»
ros ,oliveiras, íobre as#boboras, pepinhos,már-
]los, e meloéií, alfaces, beldroegas , chicória?.
'Nas enfermidas íobre a epitefia , '"parly.fia ., en*
toíhímentos de membros, egotta coral. No ho-
mem íobre a cabeça , ventre , peitos , eílómago ,
e lado eíqaerdo. Nas cores íobre a branca,e aça-
froada. E íeu maior domínio he no Occidente.

As coufas fujaitas a Mercúrio»

M Ercuno tem domínio nos metaés, íobre 0


, azougue, nas moedas , e pedras finas. 1^ %
brutos, cabras , íobre os veados , e todos os que
í # velozes , e ligeiros: das aves-, as que failaô c
Sobre os bixos de íeda , e abelhas : das arvores',
nogueirasjlarangdras^cidreirasJimoeiros, linho,
ro~
Perpetuei 273
romeiras, genglbre , cannas doces. Nas cotes, o
vermelhao, e a mefcla : das enfermidades, fobre
as do elpirito , peníamentos , deíaflbcegos , du-
vidas , vomito , e febere quotidiana, thyfica^
epilefia , e melancilia , e fobre rodas as que naf-
cem de feccura incógnita. Nos membros, em o
cérebro , lingua , boca , narizes , nervos, memó-
ria , fantazía , mãos, e pernas.Nas artes mecâni-
cas , e liberaes, íobre o eícrever, mufíca, cantar,
pintar , eículpir , e entalhar. Domina efte Plane-
ta com mais força na parte Septentrional.
As coujas jujeitas a Venus.

V Enus tem domínio íobre as mulheres, ma-


íinos,e géte moça. Nos metaes,e minas,ío-
bre o cobre,azougue,íaí armoniacò, e ouro pimé-
ta. Sobre açafraÕ,rpfas,cravos,tamaras,almifcar,
ambar,perolas,eòalfamo.Sobre os gatos cernaes,
ecorças,íerpétes, formigas,e aranhas. Nas aves,
íobre os pombos, e poppas. Nas arvores, macei-
ras,e as de lingular cheiro. Nas cores, o branco
dechnantea verde. Em membros humanos, ío-
bre os rins,e partes vergonhofas?figado, ernbigo ,
vulva,matriz,e eíperma. Nas enfermidades , ío-
bie as fiílulas , e poftemas do fígado , e coração ,
e f ialdade do eüomago , cuja maior força , e
domínio he para o Meio dia.
As coufas fujeitas ao Planeta Sol.

T £m domínio o Sol em todas as coufas, que


vivem, fenííveis, e invjliveis ,. nattiraes , c
cor-
274 Ltmarh
çorporaes; e em particular íobre o ouro ] e car-
búnculos , rubins , e Jacintos , e outras pedras :
íobre o açafraô . peoriía, inyfra , inneenío 5 fi-
gos, eefpicanardi. Sobre as 'igueiras, romeiras ,
eamoreiras t íobre os loureiros ,j)áo de Águila ,
figueiras, alecrim , e eípecies caudas , e Tecem
Sobre os Leons , crocodilos , carneiros., touros ,
cavallos , e dragoens : fobreo coração, e efto-
mago do homem : íobre o crebrò , nervos ,,e
olho direita. Nas enfermidades íobre as qifft fao
quentes, e íeccasj cancro da boca, e mal de olhos.
Banalmente tem íua maior força no Oriente.

Das cGujas fujeítas a Marte,

M Arte tem domínio em particular íobre ü


cobre , e ferro , vidro, e iugares de fogo
ordinários, Nos brutos animaes íobre oscaes,lo-
foos , rapozas , e íeopardos. Sobre os bafilifccs,
açores , aiacraes , abutris, e aves de rapina % ío-
bre a pimenta , moftardí , cominhos, funchos;
arruda , eícamoneà , cicuía , rabaõs, cebollas ,
porros , alhos , e vinho tinto ; no corpo humano
íõbre o fígado, fel , veas, e membros genit;
Nas enfermidades , íobre as febres quentes, ji-
das ,'e íanguineas íarna , e comicha5 , lepra ? e
terçaas, fogo fanto ,e enxaqueca. Nas cores , fo-
bre a vermelha , e mui accefa. A força defte Pla-
neta he no Oriente.
' As
petuo. 2ff
As coufas'fujeitas w Planeta Júpiter.
Ste Planeta tem domínio em particular Jo-
bre.o eftanho, e nes pedras , íobre o cryftai ,
tutia , íafíra , calcedonia , eo coral: febre a fal-
va , hartelá , e ma.njerona , íobre o trigo , arroz»
cevada , grãos , e aguçar : íobre as notes, amên-
doas,, e pinhoens: íobre as águias , galinhas , e
pavoêns ,e iobre*todos os que tem a unha fendi-
da : e íobre o ambaryalmiícar,e aícanfor: dos la-
bores > íobre o doce ; e das cores a verde, e cètri-
na. No corpo humano íobre o •fígado, e íangué ,
eíperma, e çartílagens.Nas enfermidades íobre.o
pafmo,apo.plexia,è eiquenencia; íobre as que pro-
vém de iangue corrupto, e que mataõ dormindo:
a maior força d.efte Planeta, e domínio lie na par-
te Septentrional.
As coujas Jujeitas a Saturno.

T Em domínio eíle Planeta em partiçulaf ío-


bre o chumbo , e pedras negras , è peladas ,
e pedras de cevar, Nos brutos animaes , fobre os ,
elefantes , camellos , porcos ,.e toupeiras,e gatos ,
negros.á,Nas aves , feire os ayefíruzes , curujas ,
.morcegos, e aves noélurnas. Nas arvores, nos
zambojeiros , forveiros, e carvalhos ; nas lenti-
X ias , tremoços, chicharos, e bolqtas , eftoraquè ,
aivaiade , azeite, caftanha , e pepinos , cebp-
las , e cabeças. No,corpr>humano. íobr.eobaço,
e bexiga, Dos fabores, íobre o eíUpitic". ÊBr
cores s íobís o negro-, s côr de cinza. Finalmente
nas
%y6 Remédios
rsas enfermidades domina íobre todas aquellas l
que procedem do humor melancólico» E domina
cite Pkneta na Ethiopia.
MemM iâ de remtâios univerfaes para as enfer*
midades ordinárias, feito per Carie s Ejls"
vaõ, e JvaÕ-Libaut Médico da Cida-
de de Pariss.

Para a febre continua

P Rimeiramente fera de importância para á


fcb?e continua pôr íobre os*pu!fos dous bra-
ços do paciente a clara dos ovos freícos, e ferru-
iem de chaminé bem batida, e encorporado nei-
Ja íal com vinagre bem forte s atando tudo com
hum panno de linho. Também he bom tomar
huma cebolla albaran , e tirar-lhe o miollo,e atá-
lo logo fortemente no pulfo do braço direito.
Muitos curaó pifando humaS acelgas, ou azedas
docampojdeque fazem huma bebida que toma-
da no vigor da febre a remedêa. Outros fazem
emplaítros domeímo , eos applicao aos puilos.
Outros colhem a íemente inteira de huma herva
charnadaZarag2toa,e pofta em agoa em hüs nc^e
inteira, dao a beber a*agoa ao enfermo c a
aflacar.
Para febre qnârtâns , e quotidiana.
Ara febre quaríãs,e quotidiana ( que para tu-
do he mui bom) tomareis falva da miúda, ou
da
Umverfaes*. 277
da commúa, hyíTopo, loína, faiía,ortelãa,artemí«
ja , e trevo , e pizado juntamente com a ferrujem
mais groíía que houver na chaminé, vinagre mui
forte deftemperado , e fazer difto emplaítros pe-
quenos , que íe appiicaráõ nos pulíos dos braços.
Para o meímo he mui bom tomar o rnicllo de
dois paés alvos quentes , como íahirera do forno,
poftos em vinagre , e delíillados por lambique,
e duas.horas antes que venha a febre ao enfermo *
dar-lhe a beber da dita agoa a quantidade de duas
onças,
Para feire terçãa,
Rais.de tanxagem pizada com igual quan-
A tidade de agoa , e vinho, e também to-
mando a raefma herva pizada , e tirando lhe o
çumo, dállo a beber ao enfermo algum tempo
ante? da terçaa.O çuono das beldroegas,eda pirn-
pinella iaz o meímo, Para o meímo o remédio
m is efficaz na opiniaÔ-de alguns, Médicos he to-
mar em jejum antes da febre duas- onças de çumo
de rornas ,e logo untar ? os pulíos, e plantas dos
pés com hum pouco dé unguento populiaô com
duas dragmas de teas de aranhas , e tello al-
fim até que pafle o rigor da febre.

Para a dor de cabeça, que procede de calor.'


Dor de cabeça caufada de quentura (e tira
A pondo na tefta pannos molhados ctm agoa
lofada, ou çumo d^ tanxagem, alfavaca de co-
> • bra.
27B Rcmêdivs
bra , alface, beldroegas, e vinagre ; ou com ba»
ter duas claras d' ovos com agoa rezada, e fazer
huma eftopada , que tome toda a tefla. Tam-
bém íe tira lavando a cabeça com agoa íibia , em
que íe tenhaõ cozido folhas de vides , (alva,gol-
faô, e roías, e na agoa que ficar, lavar as per-
nas , e os pés.
Para os fernizis.

P Âra os férnizis,cãuíados de febre continua no


enfermo, fera bom pôr-íhe na cabeça'o fíga-
do , ou rins de hum carneiro , logo que aca-
barem de mamar, ou hum frangaõ , ou pom-
bo aberto pelas coftas.
Para o demaziãdo fomno.
Quem dormir demafiadametue fera bom
A dar-lhe fumaças pelos narizes de pennas de
perdiz quirrudas, ou folas de çi patos velhos , ou
de unhas de jumentos , ou .càbellos humanos.
Para jazer dormir.

P Ara quem tiao.póde dormir. Tomareis a íe-


mente 4 a s dormideiras , meimendro , alfa-
ces ,eçumo de herva n.oura , ou leite de mu-
lher, que crie filha , ou folhas de hera terrefte
arnaffadas com a clara de hum ovo , e lhe hreis
liurrt emplaftro na tefta , e com ifto dormirá,
Pará defmajiada vermelhidão do rojln.
Ara tirar a demsfiada vermelhidão da cara
hefeom lavalla com cozimento de palha de
cevada , .ou de avea, açcrefcçntando depois o
§umo da laranja. Pa-
JJniverJães, %7$
Para fraqueza da vijia.
Ura reis a fraqueza da vifta, tomando o fim-
chpjUrgeb3Ô3hervaandorinh3,afruda,euJ:rã-
2ia, e rezas, paríes ignaes, e tudo fe dsftillará pof
lambique: quando quizerdes uíar defte medi-
camento , botareís ires , ou quatro pingas delle
no olho peia manha s e á tarde , e he bem remé-
dio. Também he bom fazer hum cozimento de
funcho3arruda3e eufrazia,e receber aqueile fumo.
Para dor de õlbos.

T Irareis a dôr dos olhos com o cozimento de


mareei Ia s coroa de R,ei, e funcho em graõ,
feito com agoa 5 e vinho \ e para ufar delle íe ha-
de tomar hum panno de linho em quatro dobras ,
e pôllo molhado no dito cozimento em íima dos
olhos , e também he bom o leite de mulher ba*'
tido com huma clara d' ovo 5 e poílo em íima
olhos.
Para o fangue dos olhos.

T Irareis o íanguedos olhos, tomando clara


d' ovo batida com " »oa rosada , ou de tan-
chngem , e molhar neíla hum pano de linho , e
applicaiío aos olhos.
Para as Cataratas.
A^ S cataratas , ou nevoas de olhos fe tirarão
JL\ tomando hum ovo, os maís fréícbs daquel-
le dia ,e cozidos no borralho até que fiquem du-
ros , e depois feitos em quatros , fe lhe tiraráá
as gemmasj e íe sncherác? os lugares ddlas de ou«
íkl •' tro
280 Remédios
tro tanto afincar em pedra, o mais claro que fe
achar, e pofto tudo em hum panno limpo , íe ei*
premerá muito até que lance huma agoa , ou li-
cor , que delpedirá de li, e íe uíe delle de quan-
do em quando , deitando alguma pinga dentro
no olho enfermo, e íe remediará.
He boa para o mefmo huma agoa , que íe faz;
dó vitrilio branco, e aíTucar em pedra , e agoa ro-
fada,e claras dc ovos duros, coada por hum panno
como aífima fe diffe ; o que tomará de manhaa ,
c tarde. A outros lhes luccede bem com sgoa
de tutia preparada, a qual íe ha-de fazer, toman-
do huma onça-de tutia, meia onça de aímecega ,
e derretendo tudo em agoa rolada, e vinho bran-
co, huma taça década coufa , c poíto tudo era
liüa garrafa de vidro , pondo-a ao Sol por três íe»
manas , advertindo que a haveis de tirar todas
as vezes que o Sol faltar.

Para dor dos ouvidos.


Dor dos ouvidos remediareis, tomado azei-
A te roíado , ehum pouco de vinagre , pon-
do-a no ouvido, que doe, e em íima hum molho-
íinho de macelia, e coroa de Rei, e vos tirará a
dor. j t
Para o zunir dos ouvidos.

H E bom para o zunir das orelhis meter ne!-»


Ias azeite-de arruda, ou eípicanardi, ou
de amêndoas amargoíâs , ou agoa ardente.
Pa-
TJniverfah " 281
Para a Jurdeza.

D Ekareis dentro do ouvido çuma de cebola,


ou de vide branca mifíurada com mú , ou
fumo de calça de rabinos, miílurado com azei-
te rezado»
Para ejlamar ofiaKo • dej&ngue dos narizes,
f~\ Ueni tiverfluxode íangue dos narizes , lhe
\ ~ / a t a r ã o os extremos raõ apertados, quanto
fo poíiivdjpor nos narizes hum empiaííro de
ortigas bravas,e fazer-lhé ter na mão raizes.e fo-
lhas de ajgrimonia, ou ter na boca agôa frigidiífi?
Bia,mudando-a a miudo.Tambem faó mui boas as
folhas da íalva^eaqueile veosque temosmarmel-
los , ou outras frutas villoías roettidas dentro do
nariz , eá roda. do peícoço principalmente fobre
a vea jugular pôr hervas refrigerantes, como al=
favaca de cobra ? tansagem'-, alfaces , e outras.

Para a dor de dentes , e gengivas.

F Araõ cozimento de raizes.de mdmendro


com vinagre, e agoa roía d 3,e tomar delle na
boca de quando em quando. O mefmo hrá hurnà
cabeça de alhos afiada hum pouco no borralho ,
è m»JFada depois, pofta em ílma dos dentes , ou
gengivas que doem, taõ quente, que íe pof-
ía íoffrer \ advertindo que primeiro íe ha-de me!>
ser huma pequena porçaÕ da dita maíía na ore-
lha , de cuja parte eíliver a tior.
i-St • " Lunar is
Par d confortar es dentes , que abalao.

T Ornem alambre,e agoa rofada,e façaõcoíl-


roeto,ou também da raizdo quinquefolium,
e aiambre,eappiiquem«no para confortar os den-
tes.' .
Para tirar 0 mão bafo.

T Ornem herya doce , alfárrobas , almecega,e


raiz de lírio azul, cozao tudo com vinho,e
ulem lavar a boca com elle, tirar-íe-ha o máo
cheiro.
Para efquinencia , ou garrotilho.

H E muito bom remédio tomar Jium ninho de


anderinhas inteiro, e fazer dellehumemr
plaitro com azeite de macellaje amêndoas doces,
applicallo á graganta.
Para pautadas das coflas , e das ilhargas.

T Omareis ires onças de eardo fanto, huma co-


lher de vinho branco, e feis gémmas. d ovos
frefquiffimos , e tudobem miíiurado j fedará tí-
bio ao paciente o mais de preíía que puder íer, e
he grande remédio. Também he bom fazer cin-
za ,ou pó do membro viril do boi, e dar daquel-
la cinza ao enfermo huma drama mifturada com
vinho branco, fe a quentura for pouca; e íe for
trtnira com sgoa de cardo fanto, ou de cevada c
lie lingularillimo remédio, e que tomado três dias
contínuos, tirará totalmente a dôr.
O modo como íe ha-de fazer a dita cinza he
cortar o nervo,eu rnenbro do boi em pedaços
* mui-
IJmverfaL 283
•lôftidòs,?os poreis em hSima panella pequena , e
nBva em fogo forte, que tenha burralívo mui qué-
te ao redor •, e brazas accezas , e íe ha-de voltar
multo a miúdo até que efteja todo feito em pó $
que fera no éípaco de hum dia inteiro , naô me-
nos»
Para deter, o bipo, ou Solução.
Erá bôfii deter a reípiraçaô a miúdo,"e eípir-
S guicsr- íe, e cançar-íe,e padecer íêde.He tam-
bém bom dei lar agoa fria no roíto do paciente 9
ou (obrefalíalío com alguma couía, que o iuí«
penda.
Para o •vomito,
Omaráò huma fatia de pão torrada, e ffio-
Ihallá" o m çumo de orteia , e polvariza.lla
com àírhèèega » e polia quente íobre oeftamago,
mtídandó*a de três em ?.reshoras,e tirará o vomi-
to.Tambem hebony tomar dois molhos de õf te-
la , e hum de rozàè, e cozellos em vinho; depois
encorporar-íé haõ as ditas hervas cozidas cô pós
de al.mecega ,.e pôs tudo kiíoemplaftro íioeílo-»
mago ; e íe o vomito ror com quentura , íerá
bom cozer orteia,e rozas com vinagre, e molhar:
*"• ^ f : a torrada em azeite' rolado,e pofta como era
h t»'o na boca do efcomaga , tira coda aíorte de
••.omito.
Para darei do eftomago* •
HT* C^mar-fe-ha huma cícuâdlh de cinza quente
JL bo.rriíadá caia vinho ? é envoif- 'eífi hutn-
3-3 U'
284 Remédios
pãno,pofta aflím fobre a dor, També lie bom to-
mar migalhas de pão groflas , <s quentes do forno
empapadas com azeite de marceila, e pofta ícbíe
a dôr envoltas em hum panno de linho.
Para afogado*

O Melhor^que íepóde achar para temperar o


calor,be uíar de ordinário na panella,de que
comem, alfaces, azedas, e beldroegas, e beber ali
gumas vezes agoa das ditas hervas em jejum,
ou agoà de endivia , que o refrefca muito.
Para tirar a cor vermelha do' rojlo.

T OmaráÔ cafcas de pliteiro colhido pela ma»


nhãa , e hum molho de ia 1 fa molhada>,piza-
clo tudo junto com vinho branco, e coado por
hum pannb limpo, íe o bebem dous , ou três
dias de manhãa , e tarde > perderáõ* a amrellez, e
cobraráô boa cor. Advirta-íe que ainda que efte
remédio he efficaííimo , naõ íe ha de explicar á
mulher prenhe, porém em lugar delle poderá
pôr nos pulíos, e nas plantas dos pés a caíca de
azinheira , folhas de celidonia grande , e macei-
la filveítre ; molhado, o pizado tudo , eamaí»
íàndo-o com vinho feito a modo de emplaftro; e
íe naô tomem minhocas, e lavem nas com vi-
nho branco, e depois de feccas ,de íeus pós V t
mem huma colher pequena com vinho branco*
Para a hydropefia*
AçaÓ huma bebida de íemenre de giefta pi-
F zada com vinho branco, ou façaÕ íiuma be-
bida
TJniverfaesl iS^
bida de cumo de raiz de lírio a2u!,e de aíato tam-
bem com vinho branco. Também he approvado
remédio tomar hutnas poucas de carapetas de ef-
tevas do mato, e mandadas torrar ao forno , e de-
pois de pizadas , e peneiradas tomadas era num
ovo , ou em hum pequc.no vihno por éípaco de
nove manhãss.
Pará a dureza do Baço.

H E bom beber vinho , em que fe tenha co-


zido língua íérvitfa,efpargos, e mendiago-
jajimporta també tomar em jejum caldo de cou-
ves marinhas méas cofidas, que por outto nome
fe chamaô braíica marinha. '
Para a eólica,

R Emedio importante he para a eólica obs-


ber agoa de macella, ou coíiméto de (emen-
te de linho canamo, ou vinho , em que. eftiveflem
raizes de herva campana por dez,ou doze horas i
e fe naõ quizerem tomar bebida pela boca, façao
esfolar hum carneiro, eponhao a pella aííim freí-
cà aonde tiver a dor : hum emplaftro de efíerco
de lobo he também muito bom contra a dor de
eólica. ,
Para as Câmaras,
^ ) Ara as que procedem de homores,bebei leite
. i r ferrado com barra de aço ou de ferro quen-
te, ou de ouro , ou uísi comer arroz torrado ; ou
íena5,;omai huma diagma de almecega com
hüa gerhma d' ovo , ou ponde hum eroplaítro fq*
T bre
2.86 Rsm^êfloj
hxs o emblgo de farinha de trigo deftcmpêra-
da com vinho tinto , tudo cofido.
Para o jluço cie Jfmgue.
Síancareis o (ánguf ,bebendo ires, ou qaa»
íro onças de osíigss mancas, ou çumo de
lanxagem , que o ajudará muito , ou uíarcií do
caído de couves \ícm cozido,ou çumo de 'f-aiãas ?
•ou da rneíaia romeira , e na cüada tanxagem , e
azedas»
Para naõ cufpir fangue.
jf~V Uem coípe íangue.beba agoa,ou cozimento
\ Jr de íolda , tanxagem , ou da berya clr-unada
s^* cavaílina 5 ou de ieniinodía , por outro no-
me- curijoía , ou que engula iiumâ pequena de
skpeeega. :
Para mal do coração.
[1 Ebei duas s ou trei onças de agoa de borra-
I gens, ou de, herya cidreira,ou tomai dois co-
rações de porco, três pontas de viado ,e duas no-
ic$ nofcaAí»s,e cravos, íemente de alfavaca ,tres
draprnas de cada huai, flores de todos os meze§.
O •=• ' ! *
•"iprragens, tanxagem , e alecrim , de cada hum
Jium molho , tudo de infuíaõ com malvafia»ou vi*
jiho"Hippocras, e dsixas-o eítar huma noite , "'
tilai-ò depois por lambique., e uíai da a%.
que lie •proveitofííliTU.
gS Para fazer vir o leite,
JS Âreis vir o leite á anta que crias, ufando ct<
j curoo de•funcho íieíco, ou da banha de va
Perpetuo, %%f
ca em pe» e terá muito leite.'

Para diminuir o leite.

T Omareis a raiz da herva andorinha maior ^


colida , amaftada coro vinagre mui forte , e
poita íobre os peitos Faz diminuir o leite. Tam-'
bem h"'Tt emplaftro de fava„s? ou de arruda, lalva,
e ortelaã, loína , e funcho colido, e ericorporado
com azeite de marcella , he muito bom.
Para lombrigas.
AtaráÇ) as lombrigas, que caftumsô ter os
jmeninos, fazendo que bebaõ como da orter-
l.aã , ou de beldroegas, ou de arruda, appiicando
em cima do embigo huna emplaftro de loíná ,
abrotea s e fel de bci.
Para a pedra dos rins.

H E bom beber agoa degiefta,ou degrãma,,


ou de argentina , na qual íe tenhaõ'miítuo,
rado pós de calças de ovos queimadas , ou de ca-
roços de neíperas, e acharão grande remédio
para a pedra ; eíepquizer exterior, ponha em
cima dos rins hum emplaftro de alfavaca deco*
bra , ou de raizes de àciprefte , folhas de herva
campana colidas com vinho : porém o mais effi-
.ç.z he tomar hum banho, aorjde íe ten.haó fer-
vido folhas qe rabaças, malvaSj malyaifctí, vides,
flores de giefta , e marcella ; e eílando no banho,
ter em cima dos hombros hum faquinbò de farei-
los , e ifto Iva éc íer íe a pedra eftive* «os rins.
T ii Para
KeniedtêS -
*âra a pedra da bexiga*
C?E a pedra eftiver na bcxipãvíerá bjm tornar r» :
y s í i o de lima azeda com vinho branco , Gü caro-
ços de peras,e;botá los em vinho branco,e quan-
do efti verem íeccos, Faze-los em pó, e junto com
leniente de giefta, pimpinella Veípa- goè, ísxiffg-
;í< ia, melões, pepinos, e abóboras, u>:m '^'les •<?&
vinho branco. Também jvé muito bom remédio
fazer pós de calças de nozes., e gomma de ccrei-
geiras, lomalios com vinho branco.
Para o qt(e .o.urtnà na cúma«
"TYAra quem ourina na cama dormindo-, Sem íe
J|_ poder reter., naÕ ha.couja melhor que comer
a miúdo fígado de cabrito afiado , ou beber com
vinho miollos de lebre , ou bexiga de porco, ou
de porca.
Para a dor de ourina,
VRe.çjuentareis o cozimento das quatro ff me-
Í ies frias , e depois de"ter-ourinado ponde o
membro em foro de leite , e algumas vezes beba
o de cabra qtí«m quizer curar o ardor da ourina.

Para ãdettçaõ do fluxo meúftruâl das mulheres.


^Eanvulher beber çumo de tanxagem com
9 pôde naíçasda-fiba ,ou pós de ofíos quem
dos de pés de carneiro , ou de conchas marinhas
eu coral , ou pontas de veado , ou caícas de nozeí
queimadas, ou dez , ou doze grãos vermelhos de
peonia , deterá o fluxo do menílruo. Para fora
he
• XJniuerfaes. itf
fie bom fazer hum emplaftro de ferrugem de
chaminé, mifturado çorn clara d c ovos, e.çumo'
de urtigas mortas , ou de braíica marinha appli-
car.do-o em fima do baço , e abaixo da barriga.
Tem-íe em muito para ifto a gomma das cereijei-
xas em infufaõ com ç&mp de tanxagem , poüaL
nó Jusar d-' fluxo com huma pequena fyringa ,
ou ao menos applicar febre os peitos folhas
da herva andorinha,
Para a purgação branca.

S Erá bom beber o çumo de tranxagem , ou


agoa de beldroegas , ou pós de eíponja quei-
mada em huma panelía.e- fazer para de fora cirrza
àf. azinheira , ou figueira , cozer nella cafcas de
romãs, e bollotas de azinheira folhas,e raizes de
botonica , e hum pouco de aiambre, e fal, e fazer
fomêtaçaõ difto , ou banho íe lhe agradar ruai?»
Para fazer vir a purgação.

S E quizerdes que a hurfra.mulher lhe venha ,


regra , dai-lhe a beber cada manhãa duas on«
ças de agoa de artemija, ou do cozimétode gra-
ma ,caroços de neíperas , e raizes de aipo , fina-.,
momo, açafraÔ , raives de nabos redondos , e fo-
bre elles tanta myrra como hum gião de fava.'
.le muito bom também hum banho de agoa ,em
que íe tenha fervido artemija,malvas , e malvaií-
co , coroa de Rei, macella , e putrjf hervas firni-
' lhantes; e quando eftiverem no banho , f3ze-
Ihes esfregar as nagedas, e coxas /apertando por
baixo
2 pO M.6W€(íiOS
fesíxo, com híí f aquinhó cheio de aftèffiija , íie?»
va andorinha 5 cerefolio , aypo , betornca i caro».
§os de pefperas, e outras coutas fimilhantes.
Apartamentos da madre.
Araò apartamento da madre fe haõ-de eríre-
garòs braços , e pernas, e aralljs apertada-
sriente , e botar-lhe ventofas nas cox •* « e esfre-
gar lhe o eftomago atéo-embigo ,'i^.cf Jümo cfé
coufas fedorentas, como pennas de perdiz , íolias
«de çapatos velhos;queimadas, àpplicando ás par-
les verendas coufas'cheiroías,e íeayes, como ma*
|crona,tGmiihõ,neveda, poeios, âmbar, artemija,'
salrmícar, e braíic& manjüd, qae tenha a rama
róuito creícida , eal.ta , convém também fazer»
3he beber agoa de loína , em que eftejao deftem-
perâdos!quinze grãos de íeroente de roía, ou de
peonia com vinho; e íea mulher eftiver prenha.
nao ha remédio melhor , que o que lhe puder ap-
fplicar íeu marido, por ferem os fobreditos pe-
rigo íos para eftas.
Para a madre fora de feu lugar.
*|n} Ara a madre cabida, % fora àç> íeu lugar leva-
jL tem os braços á enferma ,e atem-nos mui a-
pertadàmente, e botem lhe venroías nos peitos ,
c ísçaõ profumes de coufas odoriferas, e poi
b?ixo coufas deniáo cheiro : convém fazer-ifhe
fceb?r pós de ponta de veado , e de foi lias íeccas
o*e lòtjro çóhl vinho branco forre» Também he
símio bom emplafíro de alhos pifados deftem-»
pera*
Umverfaef. açf-
perados com agoa de ortigas, brevemente píza»
dos, e poitos lobre a barriga ; para' que tor-
ne a madre para feu lugar.
Para a ivflamwaçaÕ da madre.

P Ara a inflamação da madre he bom pôr-Ihe


o çumo de tanxagem , ou de herva Moura,
ou de iempre noiva ,ou appliqüem-lJTe hum em-
pia u .v/de ta,..iha de Cevada , cafcas tíe romãs , e
çaino de tanxágem , Ou de iempre noiva , ou
herva Moura , e fe tirará a inflamação da madre»
InfiammaçaÕ do membro- viril.
T E tsmbem muito br rn ornei mo para a in-
Í ~JL flammaçaó doiflcmuio virii , "acreícentan-
do alguma quantidade de rolas íeecas. '
Para antes ao tempo.
MuIher,que coftuma parir antes do tempo ,
A ha-de uiar comer os pós de nervo de boi,
preparados, como aííím diíTemos do1 mal'dê
pieuritide , ou trazer .comíígo hum diamante no
dedo , porque efta pedra tem grande virtude pa-
ra reter a créatura no ventie. Também dizem da
pelle que a cobra larga, què fèécV, e feita em
pds , e dada com hum miolo de pio , he mu* efti-.
caciíllma para impedir o aborto.
n
ara a dificuldade do parto agoa preparada pa-
ra o parto das mulheres .para a madre, para a
eflomago^e retenção de refpiruçaõ", e ourinas.
Mulher, que ande de parto, e naõ pode pa-
A rir, dar-lhe-haõ* de beber hum cozimétx) de
ríJÉifr* arte*
2Ç-*2: 'Remédios
ârtemija , arruda, betonica, e màceUs ? ou çúmò
àe íalíà com vinagre, ou vinho branco, ou vinho
Hippocrás , ern que eíliveffe canella ,caroços de
lamaras , e raizes de ciprèíle , ou flor de macei--
Ia; e quando eftiver mais apertada das íuag dores,
dem-lfie fopas de vinho Mippocái , ou hüma
colher de a ^ a clara,preparada de^a o/fei Pon-
de como ires onças de canella err. ma re-uorna
cie agoa ardente; depois de paíTaGos ires dias a
coareis por num pannomui limpo , e accreícen-
lai-íhe lium.á onça de açúcar fino 5 e a terça par-
te de agoa rolada do que havia da agoa-ardente ,
econíervai-o aíílm t-ui íiutu •vãíj de vidro para
quando for neceffario *, e he muito bom para
qualquer indiípofíçaõ da madre, fraqueza do eí-
Jtornago , detenção da rei pi raça õ , e ourina , e
outras muitas enfermidades.
Para a dor de ciatiea.
Pücareis íobre o lugar da dor hü emplaírro
feito com migalhas de pão, molhado,e co-
lido com leite de vacca ,ou de ovelha , mifturan-
(do-Mie duas gernmas d£ e»-j ,e hü pouco de aça-
fVaÕ, onde outra' maneira : preparareis hum em-
fjlaítrodê raizes de malvas-, malvaifco, folhas de
fiolàr, de malvas, flor de.oiacelía , e demelilo-
•to , colido tudo em agoa, ou caldo de tripas , de»
poie pi?ado , e encorporadp com gema d4 ovos ,
farinha de linhaça , e enxudia de porcos, e azèl-
ífi de macèila; eu para melhore mais facilidade,
toma»
Univerfaesl 293
tomareis efterco de vaca, farinha de.favas , huns,
ra
oiuros de farello* de trigo éom íemente de co-
nunhos , com agoa rriel,tudo amafíado igualmen-
te , e f JííO hurn emplsftro, o poreis no lugar da
dor yt he couía mui boa : e íe a parte , aonde ef-
liyér a dor :tftiver infla minada , acereícentareis
"^ empUftro h?;Ti pouco de enxofre , e pe? naval,
que tus Latiu, chama zopijja , tudo miftura-
do também fera bom eípremer em lima o çumo
de engos , e de hera , ferverido-o com àzelfe de
arrucia , e de rninhocas,e feito unguento com hüa
pequena de cera, unfsr todo aquelle lugar,
Inflummaçaõ "uentofa.

1 ^% Efolvereis a inflamtnaçao yentoía toman-


í \ do íal, enxugaljo bem emliuma frigideifa
EO fogo , revolvendo-o muito bem s e depois po-
lo entre dous pannos na parte , onde eíliver a
infla mm ação.
InfiãmmaçaÕ muito vermelha,

T Irarels a inflamação mui vermelha ^ fazen-


do hum empíaíTro de fiares, e folhas de vio-
las , e flores de meirrknaro , e folhas de herva
moura , flores de marcella , e coroa de Rei, e de-
pois-de tudo fervido, íe applicafáó ao lugar, sen*;
ae eíliver a inílammaçad. Também he bom to-
nar o çumo de Semprenciva , e miíturado com
imtn pequeno de vinho tinto , e farinha de ceva-
ria ,e de tudo junto fazer hum empiaího , appli*
calio á inflamaiagao.
Ma*
294 Remédio f
Madurècer apojtemaf.

M Adurecer-fe-ha hum apoírema, ponáo-lhf»


erhíima hutri emplaíto de folhas , e rarzes
de malvas•, malvaifco , e migalhas de pão alvo,
colido tudo junto, e depois irniílurelhe huma
clara dk ovo , e hum pequeno de açafraõ ; e fe o
appítema for muito frio , poderds acçrejcentar
ao dito cozimento raízes de enuía .-anipãrm- , de.
sngos , de açucenas, e , vides brancas, flores
de macella , e de Coroa de Rei.
Paru, o carhunçuh»

V irá a.rnadureíer htmi carbúnculo, tomando


farinha de frígu, eiaiãs d^vos, mel, banha
cie porco, e efcaldar mdo junto em agoa quente,
e fazer empiaftrb.
Para toâ® o gênero de goita,
Areis hum emplaitro de caves vermelhas, e
de engos com farinha de favas, flores de
macella ; e de roías5tudo eín péçê" tudo rnifturado
o.poreis fobre a dor. Tambe he bom tomar raí-
zes, e folhis deefc?tbioía,de confolida, e de ia 1 va
iííveílre , e fareis ferver tudo em vinho , depois
o pizareis rrmitô bam accrefcentandp azeite de
açucemss , agoa ardente , e nervos do pé de boi ,
ou de-vsca, tudo mifturado , fareis erriplaftr®.
Para fama.

G Urareis a ía,rna , tomando termentina de


Veneza duas partes,e lavâlla-hcts com agoa'
fria quatro', ou finco vr&ss »e fe for cem. %&Oâ
rola-
Wnikerfd&s. 2,95"
rolada melhor fera , pepois com manteiga frei--
ca, e huma gema d' ovo , e o como de hurna 1a-
«atíja azeda , de tudo fareis . hurrvunguentò ; e a
untareis, paífando-o peio ar do lume. Tombem
he bom tomar 'hum pouco de eftoraque liquido,
w outra tanta manteiga de porco , tudo miilufa-
*io, e com d\n untareis as mãos, e com cilas
a. ia..,,, d c » r o tres , ou-quatro noites.
lxlor de duras de bichos.
^ E alguma peííoa for mordida de algum-bi-
cho $"'convém que logo b^ba hum pequeno»
deçumo das folhas.de frexo com vinho bran-
c o , eítas meSmaiípiLduís , as poreis em far-
ina de emolaítro em íima da mordedura.
Fará tirar qualquer bicho que tenha en*
tradê tto corpo.
üandoobicho, ou cobra entrar no corpo
dg alguma p.eífoa , que eíliver dormindo,
o ufihor remédio he tortiar o fumo de folas de
çapatos velhos pela boca por hum funil , e o bi-
cho fahirá pela parte debaixo: e he couiâ experir
mentada,
Para as alporcas.
FYT Omar-íe-baó enxudias de galinha, e duas
1 onças de azeite de aíTeníios > e hunia onça
áé cera branea refrevida , e logo apartada até
que fe coalhe; edefte ungueoto íe porá em huns
fios , e fe continuarão os dito? fios com unguento,
por efpaço de finco, ou íeis dias } e logo lhe dei-
xe
296 Remédios •
Xe a chaga fem lhe pôr couíaa!guma,até que ella
criecoílra » e depois de a ter criado , deixe-a ;úé
que íe faça branca, e fecca per-íi, e como for def-
tapando ihe vá tirando a calpa : para que lhe naô
fiquemíinaes , tome 'lium pequeno de cebo de
menino, c com elle lhe vaõ dando a cada paíío ;
e na chaga quando íe for unindo com 5 csrn?-
Óleo degrandijfima virtude para cancros , e
ülpêrcas depois de,abertas ,e para todo o gênero
de chagas cujas \ câncer o las ye fijlulojas.

T Omar-4e ha meia canada de azeite íem íàl ,


e duas oitavas de pós de enceníü macho , e
huma oitava de pós de myrra , e íe porá tudo
iuo a ferver; mechendo-o lempre , depois fe lha
deitarão déá onças de termentína de beta junto '
com as fobreditas coufâs poílas em hum tacho,
e ferverá a íermentinâ com elias.àté íe encorpo-
rar tudo b:m , e tirado do lume fe abafará mui
bem por íima o tacho i aíTnn eílará até quj íe ef-
frie , e íe botará em vidro bem tapado.
Defie óleo fe porá em fios , ou panninhos mui
fino , fempre em pouca quantidade.
Outro remédio para, o grande .mal das alparcãs.

T Omar-íe-ha o betinho , e a pólvora que tem


dentro íe moerá mui bem em hum almofa-
riz, e defta pólvora íe pezará a quantidade , pou-
co mais,.ou menos,de três grãos de trigo,è fe to-
mará outro tanto pezo de íolimao, de modo, que
para cada aioorca íe ha^de pôr couía de ieisguios
de
Univerfaes. 197
pezo seitas duas couíàs 5 e três de pó de íe-
tfrsirHe de trüvjfco; e ie ^1 porca for muito gran*
de , íe lhe deitará mais de cada couía , corno me-
lhor parecer , e iíto porá do modo íeguinte.
Tomar-íe-ha hum pequeno de couro de car-
neiro brandf;, íelhe porá em cima pela parte do
furna? Imrm ^equena de tormentina , e em lima
Íe lne ootâj.a re íobredlíos pó.s , qüecubrao to-
da a quantidade dá*à|porca j-e a/fim pofto íe dei-
xará eftar por três, ou quatro dias , e paííadps ei»
íes ^ íe tirará o parché", e íahiráa alporca > e de-
pois de tirada , le lhe tara o frgujníe. ,
Toniar-íe- há de enxudias de galinhar, a quan-
tidade necéflaria 5 a bavoia da linhaça , que deixa
depois de bem cozida , o azeite dos bichos, que
fe achao na terra cava dos monturos : que 'íe
cbamaõ pçíles de galinha, de tudoifto partes
iguaes , e íe lhe deitará â^t cera belía tsnta quan-
íidaáe , que fique unguento, o qual íe porá em
fios nas chagas das àiporcas depois de tiradas,
guardando a boca muitos dias. '
Outro remédio para o olho , que tem' tievoas *
ou cataratas , e ke approvadiffimo.
rTTVQmareis hum paõ de farinha raia , è eftandd
1 no forno meio coíido, aííicn quente como
fahír deite , o enchereis de mel branco'de enxame
novo ,on virgem , que.ãílim lhechamao , e o me-
tereis em hum lambique bem iinípo ; e diftilá*
do , a agoa que iahk íe deitará a íniudd dentro
no-
2QÊ> ' Remédios
no olho , e poflo que faça algum ardor, íoffra-o J,
que lhe impo-ta , e antes de tomar eíta a~o?
ie ha-de pmgar com o íeguinte.
Os xaropes íe dará , cada hum em ires dias , e
faõ: duas onças de agoa de eufrazia. e duas onças
de xarope roiado , cada hum dous dias ; depois ic
purgará pela maneira íeguinte.
Seis dragmas de Diacraíamo deleito em vi-
nho i e õ tomarão em hum pouco de mel ; e de-
pois íe ule a miúdo da íobredita agoa nos olhos.

Para os olhos\qui>troer?m grandes dores ou tive»


• rem hum vermelho'muito, ou pouco inflamado.
r*!"! Ortiareis huma pequena de tanxagem , e
JL huma pequena de cevada com hum paimo
de pannodegrãa , tudo-mifturado íe coserá em
quantidade de hum quartiího de vinho branco
íenvgeflb , e huma canada de agoa , o qual C02i-
nierito eílará no fogo até íe gaitar arnetade; e
com efta agoa lavará muito a miúdo os olhos ,
c também ie deitará nen> agoa ao tempo que a
cozerem huma pequena de celidonia ; e antes de
tudo ifto íe íangrará duas Vezes na vea da arca ,
e tira de cada braço íinco onças; mas eftando
a peííba fraca , tirará menos: porém , em todo
cafo íe ha-de fangrar em cada braço kuma vez ; c
acabadas as íangrjas , tome os xaropes íeguintes.
Duas onças de xarope quinque r&ditibus , nas
üiirgas íeráõ três oitavas de mechoaçaõ, de com»
poíi-
Univeffaes. *99
poUcao* ãfflca outras três , miíhiraáo tudo em
h?!"ia i ou duas collieres, de mel.
Quando os olhos tiverem picadas grandes, e
com grande irçflarhmaçaõ , tome huma herva,
que íe chama Acolodina, a qual manda cozer
cora csendros, e folhas de hera , e tudo fe co*
u
>% rrí»';»- í- « , ç com aquella agoa lave os
olhos muito h miúdo.
Qutr& remédio para- chagas âe fígado nôvas^e ve-
lhas , e para todo gênero de• bojlelas\ f&rno^co->
michaò , e figãdo, que nüfce no ro/io combür«
hulhas vermelhas • e cr^Jpas em qualquer
farte qm feja,. em que fe tem vijiê com
•bom juccejjo effeitos maravilho/és.
riprQrparçjg meio arraiei de toucinho velho , e
JL alimpallo-heis muito bem do íal , (em o Ia»
•«'dês, e ao longo do couro íhe farei? huns bura-
c o s , pelos quaes lhe mettereis liüas torcidas , que
paííem de huá banda a outra , e por fíma lhe da-
reis hüs golpeSjq naô pafíero abaixou nelles dei-
"taréi-s hüa onça de fqlirri^.jjjaj.tQ bemnrtoido , e
tudo ifto feito, o mettereis em hü eípeta, e accer-
dereis as torcidas por ambas a* partes .tereis o ei"
peto na mçío íobre'húa.tigelia.eo que pingar cita-
rá ft? tigella até fe coalhar, e depois o mudareis a
outra-em quente; e eom;:eíle unguento quente r e
pelo menos derretido * molíiareis huma penna
neiie, e untip-is- a pa.'te toda do íigadoliuma
fez no dia , e melhor á noite.
;po Remédios
Agoa excelkntiJJIma para chagas do fígado,

D Oüs quartilhõs de agoà de tanxagem, e hum


deagqafoíada, e vinte íinco reis de# íoli-
maó, ferverá tudo era tigela vidrada coufa de
meio quarto de hora , c tomada em vaio de vi-
droíe molharão neila pànnos , e poftos na cbà-
gas,ou fogagem, naõ pondo a mão na aroa íénao
com huma eípatula fendida íe mo.uerá o panno.
Outra agoa para c mefmo.e comickutsjnchaxoês%
epara carne efponjoja, e tirarfinaes deferidas.
'"TP Qrnareisdous quartilhõs de agoa de tanxa-
JL gem,e hum de agoa roíada , e duas onças de
pedraJiume crua , e ferverá até íe desfazer a pe«\
dra, e tirado do lume , e pofto em híí vafo de vi-
dro , fe inolharáó paninhos finos , que ie doráÔ
Jobre os ,ditos males.
Outra agoa para muldificar chagas corrutás , e
de do cheiro , e refolver incbaçòens , e dejjscar.
Omareis hüa canada de agoa do mar, e duas
T onças de pedra hume, e ferverá até íe desfa- \
2er a pedra , e logo ie porá em vaio vidrado,e íe
Javar46 com ella,é poráô panos molhados emfimâ
e antes de pôr íe tevolverá primeiro a agoa-,
Eítas íebreditas três agoas íaó de maravilho-
fa virtude , e íe tem claramente maíírado em
íeus bons effeitos.
Outro remédio para o fyaço.

T Omai raizes de funxo , raízes de tamargUei-


r3,raizes de íálía , raízes de eípargos, e rai
zcs • '
Unherjaes. 301
zesdeaypo, machucadas todas mui bem com
huma pedra , e limpas da terra , as deitareis em
hum tacho com huma canada 'de azeite velho
íem fal, e meia canada çk vinagre branco muito
force , e hum quartiiho de çumo de laranjas aze-
das , e ferverá tanto até que fique no azeite > gai-
tando todo o vinagre , çuáio de laranja , e hum
pequeno de hiberno muito bem pizado , penei-
rado ,e muito bem mexido , e lhe deitareis bua
quarta de cera beíla p*ara que coalhe ; tudo iílo
íerá muito bem 'mexido , e depois de coalhado
untareis o braço pela manhaa , e á noite de ma-
neira que naõ chegue ao fígado, e por-lhe-héis
em lima hum panrío de línho tinto em azul ,e o
molhareisem agoa de almeiroes, e aquentallo-
heis com as mãos,. ou ao ar do fogo , e lhe aper-
íaréis a barriga com huma toalha , e fe con-
tinuará iílo por oito até quinze dias.

Para a t ir teia" remédio mui provãdol

T Ornai herva epatíca »e pizado-a tirareisdo


çumò delia obra de huma colher, e o deita-
reis em hum ovo , a que íiráreis a clara•,.-e p po»
reis a aqüent.ar ao lume, eeíiando morno o da-
reis a beber ao enfermo , manhaa, e, noite, conti-
nuando nove dias , e antes cfelles acabados (com
o favor de Deos) terá perfeita faude.

' U • , Para
' Pãra,-qiiEin naõ pode reter o 'CO.

MIOS D •o, e íora,e


w 1 os t; .ífífno , de-
^
e míffurai
pois'os'pi/z ai em bü
nrkneiro ,
hü% pequena de roc icoâ o em piz;
:orpi •ada
de Unho , polvori:

que em
rara,
i • /' '•" UJ mires uo ejícmag^ por caujajria.

Uas onças de oleç de amêndoas docesV Irda:


D onça de oíeo de íoína, hú.i pequena de hera:
muito pouca ,que Bífte para coalhar , \m . peque»
lííiiõ de incenío , hum pequeno de pó do còehi
fecco; e quando fe.,fp.r coalhando, para que íe n
vá ao ftiíidq, íe deitarão então os pós por iiuifs e
antes cj íe acabede coalhar fepa fiará hum par:
de línho-por cila unguem?',,' eficará encerrado
fe porá (obre o eftomago, que faz obra faudavel.

Para as ahncrreimãf, que arrebentaspor•'fera,

Omaroeftravado doporco, e deitado em hü


T fogareiro iaccefo 3 íe •tomará nodito mal
o turno.? que.delle íàhi'r.
TJnherfâes, 3®3
Pés mui appr ovados para feridas.
Qrrrqrei* a perdénsiíà"/ de ferir fogo , e a
T . queimareis çIP bíazas bem vivas de num fo-
crareiro , e como a pedra eftiver feita em braza,
rdelíareis em vinagre mui forte , e aquelles pós
oueficaremno fundo do vinagre , osporersaiec-
eW><kLies depois de íeccos uíareis nasferidas.

Outro remédio pára curar câmaras.


Ârmelios colhidos nõtsiez de Maio com a
M mefma fior § tem,os porçíB^fçccar,e de-
pois de bem íeccos os piíareis7 e fareis em pos ,
que dareis era vinho 5 ou agoa J b e b e r tfes > OU
quatro vezes, e logo vedarão.
Segredo de grande maravilha para o ar,
^ Uma herva, qucíe chama Br.nzo , (a qual
H íe acha junro a Santarém em hua íerra,vi-
ha ,6 chank6 doalmo,indoparaSantarem)pi-
zada a raiz deita .hérva Brinzo mui bem pizada,e
depois íe lhe deitará huma pouca quantidade de.
moftarda, mie íerá menos da terça parte da raiz
do Brinzo , e íe tornará a pizar tudo juntoye en-
corporar muito bem,e logo lançara em huatígel-
Ia vidrada azeite íe íal, e íe lhe dará hua boa fer-
vura , e com efte óleo fe irá fomentando a parte
leza do ar, e depois da fomentacaÕ tems promp-
ws
Uu
Remédios
eíroa Serva: pizada , e.deitados no
putíj|'mareís 'o-que éííá fomentado
i , i
tuüo è-rn quente , e : •'»i p. 'o í"ídÍííimd , trazendo,
alguííi defenllvo < íIIí: ; a parte, Ea raiz
(Tílí rva trazida ao pèfçcJéo íunto á"Car*
*J^* a £ v i4iXÍi 1-tK-l M i v í w l V ííl Uniu ivUiUt^ uU a u

Pára dér de'pedra.


FTpj-Ornai-Jiürn punhado, jdei graoS' pretos:bem
j | j lavados ,'è os dei.taféis dé mòlhq hum dia, e
hutna noite em.duas-'- canadas de agoa em hurnr
oanslla naya««nae feriarão até ficar cm húí ca-
i3ada,;e,êT2tao lhe delíàíeís••túét dúzia de raízes'
eis íãlía bem lavadas $e depois que ficar na dita
canada, coareis aquell*: cozimêto por pano a lim-
po erniúiroa pan$l!a vidrada, é cada manbaa to-

quentarem,e te repas ^^^^^^^^^^^^


ropesjdeifandó, corno tenho dito, cada vez Jiumá
lafca de aííucar branco, quando íe aqusntar o xa-'
rope>e retornará petamanhãa em jejum, edeites
xaropes ha-de o enfWmo tomar quinze, e naõ ca-.'.
spsrá peixe s nem ruins cõnisres.
L A U S D Ê O,
Vlrgtnique Matti fine labt
çsncepta.
1 L\ •"-
TNDEX
D E • í U D O *t> C 0 ' N T E Ü D O
nefte Li?ro.

0 mundo' quando começou a ter


íer. p.. I
Do tempo, e quando teve princi-
pio, e de íuas partes.' •;• p. 3
Das idades do mundo. p. 4
Das idad.es do homem» p.' Ç.
Do anno folar', e quem, e quando íe for-
mou a ultima vez. p. 6
Do mez , e quantos modos de niezes ha. p. 7
Dá íemana , e porque naõ tem mais que
íette dias. p. 8
Do dia , e quando fe começa a contar
conforme divería.s naçoens p. 9
Da hora, e fua differença de nomes, p. 9
Do quarto da hora. p. 10
Dos quarto tempos do anno s e fuás qua-
tro idades. P* •I'a
DosEquinocios,eSoirticiosj q temo Sol. p- 12
206 I'N D E I
.Taboada para. faber a q y s. horá-la üs 12
põem o Sol f e quantas horas tem o
dia, e -a noite- . ^ • p 14.
Da Região elemsntál , è dos Elementos, p
Do numero».;'e • natureza aos ventos. p*-;-'X B
Ayiío para confervar os maniivãsaios. i
i í^ fi i
•Da R e g i ã o .èthgrea , ou celeí! p.
•Regra para conhecer de noite que íiora
íerá pejo Norte. • . • p. i'4
Regra .para íe .•íaber. pela mão, e pelo
Sol que hora he do 'dia, p. 27
Roda perpetua das letra? DomTniíaes. p. 29
Roda perpetua.do Áureo num.ro, p. 31
:
Do-; Advento'-,;e. quando começa. ^ p. 32
Das velaçoens quando íaõ periiuuidás',
e quando naõ. P». 32
Das quatro Têmporas do arino. _ P- 33
ofíicaçao particular para cada Rei-
no., e Provincia de lodo o Univerío. p.5 24
.'Para faber as Luas cheias , e conjunções
perpétuas, e geraes da Lua pelo Ka-
lendario pos tnezes," p- .35*
Modo de achar as feftas mudaveis pelo
Kalendario até o fim do mundo. p. 36
/Calendário dos mezes , dias , e feftas de
todo o anno. P« 37
Pronofticaçaô perpetua', e, gera! dos íen>
"-••pds pelo"día primeiro'; etii ,que en-p. 64
trar o anho Qua-
.-_..._.•-..i
I N D I
effeitos deZ-Saíurru
r'
do Planeta Saturn< 67
p.
P- 68
turno, P- 68
1,
"Qualidade, e eiteitoá cio Flansfta Júpiter, P- "69
noílicaçaõ" do Planeta Júpiter, f?; 7 10
ifs condiçoens, qüé," ínHue Júpiter. P- 7 '
Qualidade , e effeitos do Planeta Marte. P- 7 2
P(pnofticaçaõ "dòPja.neta Marte;.' ^ R E p. 73
Fyíionomia , que ' dá o Planeta Marte, p. 74
Gondiçoens que inílue o Planeta Marte. p. 74
Qualidade, V effeitos do,'Sol, P« 75
Pronoííicaçao"; âo Planeta Sol.'. p. 76
Condiçoens que influe o Sol. p. 77
Qualidade , e effeitos do Planeta Venus. p. 7$
Pranoítieaçaõ dd.Planeta Venus. p. 7^
Condiçoens , que: influe Venus.. p. 80
Qualidade , e effeitos do Planeta Mercúrio, p» l i
Pronoííicaçao de,'Mercúrio.', p, l!%
Fyíionomia, que dá: Mercúrio.
Condiçoens , que influe Mercúrio, i p. 83
Qualidade , e effeitos, da Lua. p, 84
Maraviíhoío effeito da conjunção da Lua. p„ S>
;
Pronoííicaçao da Lua. p. 86
Fyíionomia,* que dá a;Lua. p. 87
Condiçoens que influe a Lua. p. S7
Regra para conhecer íe a Lua he no-
va , ou velha. p. 87
A qus coufa.s inclina o Planeta Saturno, p. US
IHHR A
308 - I N D E X.^
A-que- coufas inclina o Planeta-Júpiter, p. 8 |
A que coufas inclina o Planeta Marte, p. 89
A que •' coufas inclina o Planeta Sol. p. 89
 que couías inclina o. Planeta Venus» p. yo
A que'coufas inclina o Planeta Mercúrio, p.90
A., que couías inclina o Planeta'Lua. p. 00-
Taboada^para íe íaberetn as 'Pioras do luar
em todos os dias do anno. p. 92
EíFeito maravillioíb da Lua nos fluxos ,
e reflüxos do' mar» P* 93
Taboada para íe íaber guando he maré
chêa j ou minguante. p. o^
Explicação da dita Taboada cas"marés.p. 06
Para íe íaber em que Signo'anda a-Lua
pelas letras do A. B. C. , e de»
monftraçaõ por fua Taboada., , p. 98
Regra para íaber quantas lioras haverá
de luar cada noite. p* iao
Invenção nova,e Taboada mui curiofa pa-
ra íaber ern â Signo anda aLua cada dia.p. 100
Regra para íaber de memória era§ Sigho,e
em quatos gráos íe acha aLua cada dia. p. 104
Outra regra mais, para íaber a Lua em
;
que Singno anda cada diae P»2o>
Effeitos marayilhoíos da Lua tocante
aos manfimentos. *p. ia6
Declaração de huma Taboada perpetua, e
geral da pronoítíeaçáo dos annos p. 10S/
Taboada para a dita prònqfticagaõ. p. ii*.';
IWDE
Declaração dos doze ' Signos ,, fua
.dadç, e effeifqs. p'. ; -llj".
Qualidade , e effeitos do Signo de Aqua-
. ' rio. . ,P«i 114.
Qualidade ,é;effeitos do Signo de Pifeis, p. i i 5
Qualidade , e effeitos do Signo de Aries. ps 117
Natureza', e effeitos do Signa de Tauro. p. 110
Da natureza , e effeitos lio Signo de Ge-
ra iiiis. p. 111
Qualidade^ effeitos do Signo de Câncer, p. n í
Qualidade l ,e effeitos do Signo de Leão.' p. 114
Qualidade , e effe.if.os do Signo de Virgo. p. i i j
Qualidade ,e eftiiíOs do Signo de Libra. p. 1 »7
-Qual'idad'e,e efteiros do Signo'de Eícorp. p* 129
Qualidade, e effeiios do Signo de Sa-
gitário, p. 130
Qualidade, e effeitos; do Signo de Ca-
pricórnio, v- 133-
Regra Âftronomica para íaber o Signo
da hora , craque humã pèffoa nalce. p. 133
Dos Eclipfes do Sol,; e da' Luas p. 136
Como fe conhecerão ieus effeitos. p. i | §
Do tempo que cameçaõ p. 139
Do tempo que durarão. p, 140»
Como fe conhecerá em que partes do mun- •
do íeráõ execüíados íeus effeitos. p. 140
PronoffitaçaÕ natural dos tempos. p. 1 ^
Dos Çomet.e de fuás nature3üas,e effeitos p. 142
Dos Canicuhe auãdo cQmeçâõ?e acabaõ 1 Ai
Taboada de quando começao os Çanicu-
lares .•nas'••Cidades .principa.es de
Eípanha , e da índia QnentaL p. 146
Jüizo de hurn.anno para buíro pelo dia,
em que eomeçao os Çaniculares. p. 147
.'Como íe ha-de reger o Lunarjo Perpetuo,-.
e de corr)o.ie, h?,Õ-de quênder íuas
pfonofticaçoens., ,! p. 148
*;Taboada perpetua .das Luas pelo'Áureo
numero cora íuas pronaíücâçoés. p. <i j 2
Para pronofticar .em. iumiria do tempo
• xle. .todo .0 'anuo. p. 190
'AdyertêciasÂftrblõgicas para as sagrias. p. 102
Do .tempo-que 'lie damnoío , e provei*
íQíQ para as -purga?. :; p. 193
'Taboada para íaberquando ferio boas,
ou más as íangrias. p. 195"
Eftranho juizo das -enfermidade?. p. 1^6
Outro; juizo das enfermidades. , p. 197
Outro juízo das enfermidades. p. 197
Juizo-eftranho,'e admirável, das enfer-
midades pelos dias da Lua. p. 198
Taboada da pronofticaçao das enferrníd, p. 199
Das eieiçoçns dos banhos. p. 201
Dos proveitos de algfias sâgrias, e vetoías
feitas 'em. d i.verias partes ao-oaip* p. 2.^4
D,e algumas eleicoens Aftronomicas pa-
ra a íangria. .• P- 216
Das ventofas. ' p- ^':}7.
Con-
À ".fS •»-*• A-J -*.-^-
'Coníelho íâudável digno de -ler
è qualquer peito Gli^
F..ft 3S' ai.sr.ayilhoi.os da Lu ir nos*
primeiros trovoeh
para í-CVOFç>. p . 2 3 o
Ul.C iri0Ío,eunlp •Iavrad.-' p 2 } 0
liçâ , ; paítoxij 2 :,i'?
omâes . terremotos, 2 21
pefte.: .
2
Sih íS tíe 53
Sín3< l v
l w i l ! Life 1* cl w*

Sinaes de ísrsoitiade Io Sol- ^34


"' ' de vento pejo Sol, , . 2íC
de terenidade.pela Lua.
s de vento pela Lua»
rSinaes de chuva pela Luas
D. s?8
.Sinaes de frio pelo Sol , Lua, e aves, p.
Sinstcs de íerenídade pelas BftreUas. p.
2
Sinaes de ventos .pelas jtHtreiiâs. p. *39
Sinaes, de frios pelas Eílíflps» p. 2 40
Sinaes de ventos nelas nuvens., p.
sés de íerenidades pelo Arco do Geo.. .p.
de vento por aves, e peixes. , p, 241
-Sin-se" de chuy.ppráves^e animaes .terreit. p. 2.32;
Ssírssfc Af «•f*mnf»ftddf»••—.nr aves i"6 p e i x e s , p* 4 2
2
.Sinaes de tépeílade por:ani«iaes terreitres. p. "2. -1?
Sinass de (ererridada por coufas íeíetido. p, 244
.Sinaes de vento por couías íem íentido. p. '344
3ii I N D S X. :
Sinaes de chuvas por couías íem íentiaó. p; 244
Sinaes de tépeltádes por couías íe íéntido. p. 245"
Sinaes de ventos por relâmpagos. p. 145*
Sinaes de tépeftades por nuyés,e relapag. p. 246
Sinaes de ciiuv.por nuv., e Arco do Cê d, p. 24o
.Annótaçoens. p. 247
Significação de fertilidadejou éft'erilidadè.>e
enfermidades do anno por, .modo ruftico,p.247
.Tratado de a1guírias> couías .particulares.,
que a Mageüade de .Deos obrou '
pelos leüe dias da íemana. p. 349
Àvifos Áftronomiços } e curioíos dos lei-
te dias da íemana,' p. 253
Tratado das couías particulares, que os
Summos •Pontífices ordenarão em
favor da Religião Chriítaâ. p. 2^4
Tratado das virtudes-do Agnus Dei. p. z.i
Tratado de perguntas , e reípoftas entre o
Leitor, e Author da obra íbbre alòoraas
dificuldades , e nomes Áftronomiços, p. 265"
Das couías, que eílaô íujeítas á Lua» p. 272
As couías fujeitas a Mercúrio, p« 272
As couías íujeítas a Venus. p . 273
As couías fujeiíW ao SoL P» 273
As couías fujeitas a Marte. p- 274
As couías fujeitas a Júpiter. p. 275"
As coufas fujeitas â Saturno, p. 2/5'
Memória de remédios univerfáes para as
enfermidades ordinárias. p. 276
Para
WT-í a febre ' contínua, _ _ ^ _ _ ^ ^ ^ _ _ ^ ^ _ _
.ifa a febre quaríáa quotidiana. p. 270
a febre terçãa. • P* ^77
rãà a dòTde cabega.qus procede'de calor, p.27,7
:
ira o fernezin.
v-,>ra o-4e ma fiado f b m n è ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ p.
^ ^ 278
^^^
;
í jra fazer dormir, • P'-27&,
V:iraa"deriniiada vermelhidaodo roíio. , p. 27JI
1'-'sra, a fraqueza da vifía* p. 279
Pára a dor de.olhos. P- 2 7 9
: p . 27 c
.f\arl: as cataratas. -i •
Parado fãr"ue dos'olhos. P* 27
Vara o dor dos ouvidos» P* 2?
«/ara .0 sunido dos oüfidoSji P-
i:
ara a íurdeia. _ p. <2 t
Para eftácár o fluxo de-fáng. dos narizes, p, 2:,
V;ara a dor de dentes..j e gengivas, p. l$i
Vara confortar os dentes que abi
s
* • 1%
f'ara/t' ar o máo bafo. 2c
Pará eíquinendá., ou garrotilho,
i as pôcadas'da.s-coftas,e das Ühargas» p.. a 8 j
à deter o hipo s ou íoluco. p
•. o vomito, p' 2 o'o' °

rara dores de eílotnago, p«


Para o fígado., P"
FWa tu ar a cor arnafelia ãb rofto.
Para hydropefia. P«
«vara a dureza do faaço p.
Para a eólica. p. 2
rs
?ss
tara nuxo de íangue , P
Para 'náõ cuípir angue
•Para mai • do coração , p.
• Pará fazer vir o leite', P-
'-'Para. diminuir C: leite.. -?• ic
Para as loinbrigas. p. 2
Para a pedra dos rins, P, 2
Para 3 pedra da •''bexiga. ..
Paxá o que ourina na cama» p. 2:
^ar.a o.ardor da ourina. p, 2Í
ara'a detenção do' fiux-p mer iftrno Íü"
' \ das- mulheres, p.
.tra purgação, branca, p. 2 o
ira. fazer vir a purgação, p. 2'í
parlamento' d a madre., [ p, 29
ara a madre fora do íeu" lugar gar » P' ,29':
a*-á irSflammaçâo do membro. ro. P 29:
iflammaçao do membro. P., 29.
rarir anrrs do tempo. P^ 2,£.í
Fará a difficuldade do parto, eagua-pre-
parada para o parto das mulheres 9
para a madre, para o eftomago , e
• reter.csõ de refpiraçap ,e ourina. p. 292.
Para a gfct,t:á fiatica. p. '2
7
nfíammüçí6 ventofa. P«
siiflàmm-afcaü muito vermelha»' p.
"'íadureeer os àpòítetnas. P-
ra o carbúnculo. F*
;CíJOS.
lque'r-blciiò'? m en«
corpo.

^ndiffimg virtude pai cros


ircas depois de
o gênero de 'chi
iS , e íiíluloías,
jedío para o gfãn;

? psrá v.s oiiiOSj.que tem


;h;rsratas, •
05, que tiverem gr a
tiverem hum ríipito
, ou pouco "ihflammad.o. i
íio para chagas do figa
, e velhas , e para todo o ge
>oÍTellas , fama , te comicháô
bagas do, fígado,
para' o ,aefmo , comiche
ens , e para 'carne eíponi
e$ de rendas,
muldiflcar chagas {.
l
âe\ mão cheiro , e re :
S , £ üC|j€COr.o
para s o Baço.
í> I N D E
pôde reler o corri-r no
eíloma^o. ES^^ES
ra dores de eftomago por çauía frb. P-
ra as almorreiiüas', que-'arrebenta/)por
força, p.
<"• mui approvidos) para feridas, p-
litro remédio para vedar câmaras.' p.
;redo de grpnde maravilha para o ai
ro remédio para a pedra» • P.

JVL

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