Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Biguaçu
2011
2
Biguaçu
2011
3
________________________________________________
Profº. Dr. Valério Cristofolini
UNIVALI – Campus Biguaçu
Coordenador do Curso
Banca Examinadora:
________________________________________________
Profº. Dr. Rosalbo Ferreira
UNIVALI – Campus Biguaçu
Professor Orientador
________________________________________________
Profª. Msc. Vanderléia Martins Lohn
UNIVALI – Campus Biguaçu
Membro I
________________________________________________
Profº Msc. João Carlos Domingues Carneiro
UNIVALI – Campus Biguaçu
Membro II
4
Dedico este trabalho aos meus pais José e Solange, por ter me
concedido todas as condições necessárias para conclusão de
mais uma etapa da minha vida e minha namorada Patricia, que
também me deu muita força nos momentos difíceis, me
incentivando e estando sempre ao meu lado.
5
AGRADECIMENTOS
Para realização deste estudo pude contar com pessoas muito generosas,
que me auxiliaram no processo de desenvolvimento deste trabalho de conclusão de
estágio.
Primeiramente agradeço a Deus por me dar muita saúde e força na minha
caminhada.
Ao gerente e os colaboradores do almoxarifado da Sulcatarinense M. A. C. B.
C. Ltda., pela atenção e prontidão nas dúvidas sobre a realização da pesquisa de
campo.
O orientador e Prof. Dr. Rosalbo Ferreira, pela sua dedicação e estímulo, com
importantes dicas e orientações para a finalização do projeto.
A meus avós, que são exemplo de pessoas, me deram muita educação, e que
onde, me espelho muito.
Aos meus amigos da turma, que sempre realizamos os trabalhos juntos, pela
amizade, paciência e dedicação demonstradas durante o curso.
A todo o corpo docente do curso de Administração da UNIVALI, que
compartilhou seus conhecimentos e experiências.
E por fim, a todas as pessoas que acreditam em mim e me deram confiança
nessa importante etapa da minha vida
6
RESUMO
ABSTRACT
This work was carried out in the area of materials management and aimed to
propose improvements in inventory control for Sulcatarinense Mining, Cement
Artifacts, Ltd. Crushing and construction. The company is located in the city of
Biguaçu, Santa Catarina, working in the mining, construction and paving. First, this
study was structured in a literature search to form an important theoretical basis for
reliance on the identification and construction of proposed improvements. For data
collection the research was characterized as a case study with a qualitative approach
and exploratory. Seeking to understand and modify some concepts and also because
it is dealing with a company's actual situation, the research has in descriptive. The
study provided an opportunity to organize a better control over inventory items and
review their methods of storage. He proposed a classification system more suitable
for the quantity of items and their identification. Analyzing the processes of receiving
and storage, suggested changes to the layout of the warehouse, to a better use of
space. Also, an analysis by the curve ABC, the quantities and varieties of tires in
stock. Through the research organization may review and modify many processes of
inventory control, optimizing resources and contributing to cost reduction.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 54
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tendo em vista que esse trabalho tem o objetivo de propor melhorias para a
administração de estoque da Sulcatarinense Mineração de Artefatos de Cimento,
Britagem e construção Ltda., serão abordados na fundamentação teórica tópicos
fundamentais para proposta do trabalho, apresentando argumentos de diferentes
autores, auxiliando o acadêmico na realização da pesquisa e na elaboração das
propostas de melhorias.
Viana (2009, p. 35) destaca que o objetivo principal dos gestores e das
organizações é conseguir encontrar um ponto de equilíbrio entre estoque e o
18
consumo, que para isso, será necessário que toda a gestão de materiais,
demonstrado na figura 1, trabalhe unidos, tenham um inter-relacionamento para
propiciar mais exatidão e qualidade às atividades.
Além de tudo, Viana (2009, p. 50) conclui que, com os avanços da tecnologia,
a administração de materiais vai se modernizando cada vez mais, e assim, as
empresas e os administradores precisam estar preparados buscando sempre mais
informação e atualização. “Por mais estranho que possa parecer, o futuro do
gerenciamento de estoque é administrar estoque nenhum”. (VIANA, 2009, p. 50).
Perante a posição dos autores, pode-se concluir, que a administração de
materiais tornou-se algo importantíssimo para as organizações que trabalham com
estoque. Empresas que almejam o crescimento, juntamente com a redução de
custos e estratégias competitivas, precisam ter sua área de administração de
materiais bem definida e controlada, atendendo sempre suas necessidades e
expectativas. E para auxiliar no controle de estoque serão apresentadas ferramentas
indispensáveis para o controle do mesmo, que é o caso da classificação de
materiais.
materiais, que facilitará a vida dos gestores nos almoxarifados. Deve ser feita de
modo com que um produto não seja confundido com outro, e também, localizado em
um lugar específico, onde o produto do seu lado não traga danos pro outro. Ex:
produtos químicos no lado de alimentos. (DIAS, 1996, p. 4).
Em perspectiva similar Viana (2009, p. 51) menciona que a classificação de
materiais é um processo que tem como base, identificar e aproximar matérias
semelhantes. Além de proporcionar um maior controle e conhecimento dos itens em
estoque, a etapa de classificação pode auxiliar os gestores na definição de
prioridades, como de localização e armazenamento, dependendo do material. O
autor ainda completa que para uma boa classificação de materiais, deve-se destacar
alguns atributos essências como; abrangência, atribuindo características marcantes
para fácil identificação; flexibilidade, classificando os materiais de forma que os seus
códigos possam ser utilizados por diferentes ferramentas de classificação e
praticidade, onde o código ou nome identificado seja simples e direito.
Conclui-se, a partir daí, que “o objetivo da classificação de materiais é definir
uma catalogação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos
os materiais componentes do estoque da empresa”. (DIAS, 1997, p. 176).
A respeito da classificação, entende-se que é a organização do estoque da
empresa, todas as anotações de cada item em estoque para facilitar o controle de
materiais, como, a reposição de estoque, a localização de todos os itens e a
distribuição final. Nesse sentido será apresentado a identificação de materiais, um
dos primeiros passos para estruturar-se um sistema de classificação de materiais.
2.2.1 Identificação
2.2.2 Codificação
2.2.3 Catalogação
Cada vez mais a redução de estoque é algo almejado e tratado como uma
das principais metas das empresas, mas muitas ainda necessitam manter estoques
um pouco elevados para não interromper sua produção e não causar danos a
equipamentos e matéria prima. E assim, a curva ABC, vem sendo uma importante
ferramenta no auxilio aos gestores na adequação dos estoques. (ARNOLD, 1999, p.
283).
A curva ABC, ou curva de Pareto, é um método de se avaliar os estoques,
elaborado por Vilfredo Pareto no século passado. Através de um estudo sobre
distribuição de renda e riqueza da população local, notou que uma grande
porcentagem de toda renda local concentrava-se em uma pequena parcela da
população, ou seja, 80% da renda total estavam nas mãos de 20% da população. E
assim, Pareto atribui esse estudo em outras áreas, principalmente na administrativa,
utilizando a curva ABC. Tornando-se uma ferramenta fundamental em diversos
setores que trabalham com grande volume de dados e decisões exatas, como:
estoques, produção, vendas, salários, entre outros. (POZO, 2007, p. 92).
Esse método tornou-se indispensável para uma boa administração de
materiais, onde de acordo com Martins e Alt (2000, p. 162) essa ferramenta é uma
das mais utilizadas pelos gestores, pois possibilita uma visão geral não somente da
quantidade, mais também o valor monetário que seus estoques representam. Com
uma boa aplicação, facilitará outras atividades como compras, onde itens com
valores relevantes devem ser acompanhados com cuidado e também possibilitando
um auxílio ao controle dos custos de estocagem.
Dias (1993, p. 76) contribui argumentando que a curva ABC é uma importante
ferramenta para todos os administradores, principalmente os de materiais. Ela
possibilita identificar quais itens de seu estoque deverão receber uma atenção maior
quanto a volume e preço. Salienta também, que a curva ABC pode ser utilizada para
várias atividades, não somente controlar estoques, mas também como: definição de
26
fundamental para atender uma demanda inesperada. Surgi assim, o desafio dos
gestores, manterem um equilíbrio entre estoque e consumo, encontrar ferramentas
que os auxiliarão no gerenciamento do estoque e na tomada de decisão. (VIANA,
2009, p. 144)
Nesse sentido, serão apresentadas abaixo, algumas ferramentas de controle
de estoque que serão fundamentais para eficiência do estudo em propor melhorias
para o estoque da Sulcatarinense.
CM = C¹ + C² + C³ + ... + Cn
n
CM = consumo médio.
n = números de períodos
la com outro método para garantir mais exatidão, como o método duas gavetas,
apresentado a seguir.
deve ser igual ao ponto do pedido. Com isso, vai sendo utilizado o estoque da outra
caixa, quando terminar, consequentemente deverá ser utilizado o estoque da caixa
do ponto do pedido. Ocorrendo isso, é dada a ordem de ressuprimento do estoque.
Com a chegada dos itens, é completada a caixa do ponto do pedido e o que restar
vai para a outra caixa. O autor ainda observa que o sistema de duas gavetas é mais
utilizado para manter o controle do estoque dos itens de classe C, pois são de
pequeno valor e não necessitam de muita quantidade de tempo e dinheiro para o
seu controle.
Zaccarelli (1987, p. 24) ainda complementa sustentando que a quantidade
contida na segunda caixa deve ser calculada para satisfazer a demanda durante o
período de recebimento do novo pedido.
Essa ferramenta apresenta algumas vantagens e desvantagens. Como
vantagem, o sistema de duas gavetas possibilita um fácil entendimento e controle
por parte dos gestores, permite um rápido levantamento do estoque físico, devendo
este, ser acompanhado desde o recebimento do pedido. Como desvantagem, esse
método não possibilita muito a redução de custo, relacionados com o transporte e
descontos no preço unitário, pois, não trabalha com vários itens simultaneamente.
(ZACCARELLI, p. 24).
Perante a colocação dos autores, observa-se que o método duas gavetas,
além de garantir um maior controle sobre a reposição dos materiais, também
favorece a renovação do estoque, sendo muito importante para empresas que
trabalham com produtos que não podem ficar muito tempo em estoque. Nessa linha,
a reposição periódica, apresentada abaixo, é outro importante método para
reposição dos estoques.
custo do pedido e risco de falta de material. Para evitar esses problemas, cada
material ou classe de material, deve ser calculada e possuir um intervalo para sua
reposição. E sempre de acordo com os objetivos organizacionais e financeiros da
empresa.
Essa ferramenta de ressuprimento dos estoques é fundamental para as
empresas que compram vários itens com o mesmo Fornecedor. Como os itens não
possuem o mesmo grau de saída dos estoques, é preciso buscar uma ferramenta
que trabalhe o ressuprimento através do período e não da quantidade. O método de
reposição periódica é exatamente assim, ele trabalha com um tempo fixo e revisões
periódicas determinado pela empresa com uma quantidade de item variável.
(CHING, 1999, p. 46).
Verifica-se, nessa perspectiva, que o método de reposição periódica consiste
em estabelecer a cada item do estoque, intervalos de tempos pré estipulados para
renovação do mesmo, variando de item para item. Em cada encomenda a
quantidade a ser adquirida, mais, a quantidade que já existe em estoque, deve ser
suficiente para atender toda a demanda até a chegada do próximo pedido. E como a
demanda varia muito, existe a necessidade de manutenção e estabelecer um
estoque reserva. (ZACCARELLI, 1987, p. 25).
Corroborando com a afirmação IMAM (2000, p. 720) conclui que “o sistema
de revisão periódica somente executa uma revisão num ponto especifico e
consequentemente, um estoque de segurança extra, precisa ser feito”.
Com isso, conclui-se que a reposição periódica, trabalha a reposição do
estoque através de períodos pré-estipulados pela empresa. Conforme uma análise
dos tempos de reposições passados, determina-se o período da próxima reposição.
Para uma maior eficiência, deve-se verificar com uma determinada frequência, o
período de reposição, evitando possíveis rompimentos do estoque. Em perspectiva
similar, outro método de reposição bastante eficaz e que traz bons resultados, é o
ponto do pedido, argumentado a seguir.
PP = (D x T) + Qs
PP = Ponto de pedido;
D = Demanda por unidade de tempo;
T = Tempo de reposição;
Qs = Estoque de segurança.
Ainda acrescenta Russomano (2000, p. 163) que por ser uma ferramenta
mais automática, o método do ponto do pedido, compatibiliza-se muito bem com a
informática.
Uma visão diferente dos outros autores é apresentada por Wanke (2008, p.
71) onde analisa que apesar da ferramenta de ponto do pedido estar diretamente
ligada à demanda média e do tempo de resposta, a solicitação de um novo pedido
pode ser enviada após o alerta indicado pelo ponto do pedido, porque dependendo
dos custos de manutenção e ressuprimento dos estoques, torna-se viável essa
decisão. Um exemplo é quando há possibilidade de se contratar transporte
expresso. Pode ser mais vantajoso manter produtos com custos elevados, baixo
peso unitário, alto grau de perecibilidade ou obsolência em trânsito, ou seja, manter
seu estoque com o fornecedor. Apesar de pagar um pouco a mais no começo, o
custo benefício pode compensar tornando-se mais viável a operação.
Com relação ao ponto do pedido, pode-se dizer que é uma ferramenta que
minimiza o máximo, os investimentos em estoque. Através do cálculo do ponto do
pedido, identifica-se a quantidade mínima em estoque para atender a demanda e o
ponto exato da próxima reposição. E para efetivar a eficiência desse método, o
estoque de segurança, apresentado a seguir, é indispensável para essa ferramenta.
margem do estoque de segurança deve estar atualizada para que não prejudique a
quantidade estocada, em relação ao custo de oportunidade da falta de estoque e o
custo de estocagem no excesso de itens nos armazéns.
Já Dias (1993, p. 63) analisa o estoque de segurança, como uma das mais
importantes funções da administração de materiais e que está diretamente ligado
com o grau de imobilização financeira da empresa. É o ponto chave para uma
adequada formação do ponto do pedido. Sendo assim, através da fórmula
apresentada na figura 10, pode-se chegar ao estoque de segurança.
ES = C x K
ES = estoque de segurança
C = consumo médio mensal
K = fator de segurança com o qual se deseja
garantir contra um risco de ruptura
Fonte: Adaptada de (DIAS, 1993, p. 64).
2.5 ARMAZENAGEM
E Pozo (2007, p. 83) finaliza mencionando que atualmente, cada vez mais, as
empresas vêm procurando reduzir seus estoques percebem a importância de
estoques bem administrados, buscam identificar futuras necessidades de mercado,
promovem uma maior sintonia entre os setores, eliminando os estoques entre eles e
atendendo mais rapidamente os clientes. E assim, na medida do possível, manter o
mínimo de estoque, pois, em excesso, gera muito custo, e na competitividade do
mercado atual, a redução de custo é um fator determinante para o sucesso.
Na armazenagem, entende-se o quanto é importante um estoque bem
organizado e administrado, a correta execução de todas as etapas que a compõe, o
quanto isso reflete em toda administração de materiais e no atendimento ao seu
42
2.5.1 Receber
2.5.2 Estocar
Convêm enfatizar que nos dias de hoje a grande maioria das empresas estão
tentando eliminar algumas etapas do sistema distribuição, para isso, buscam a
redução de estoque, diminuindo o número de materiais no sistema e
consequentemente reduzindo seus custos. Uma das ações que as empresas devem
adotar para reduzir principalmente seus custos de armazenagem é o cross-docking,
onde os fornecedores descarregam os materiais que a empresa solicitou
diretamente dentro do caminhão da empresa para imediatamente ir entregar ao
cliente final, sem a necessidade de passar pelo estoque. (POZO, 2007, p. 83).
Para um bom controle desse tipo de estoque, Bertaglia (2009, p. 307) destaca
que deve-se colocar uma ou duas pessoas responsáveis por esses itens, onde
somente estas controlarão a entrada e saída dos materiais, evitando que muitas
pessoas circulem ou interfiram nesse estoque, diminuindo sua eficiência e exatidão.
Mas não tem-se a necessidade que os responsáveis fiquem exclusivamente nesse
local, a não ser que a quantidade de itens for muito grande, com isso, terão que,
além de controlar, realizar as compras desses materiais.
Wanke (2008, p. 170) contribui mencionando que as peças de reposição
devem ser tratadas de maneira diferenciada dentro da gestão de estoque, pois os
47
E o autor ainda salienta que não somente os pneus em estoque devem ser
cuidados, mas também os pneus que estão montados nos veículos, principalmente
quando esses veículos ficam muito tempo parados. O próprio peso do veiculo
danifica os pneus. E assim, é recomendado que esses carros sejam movimentados
pelo menos 20 cm por semana. (FERREIRA, 1994, p. 181).
2.5.2.2 layout
Em mesma linha, Arnold (1999, p. 357) saliente que os itens com finalidades
iguais, devem estar sempre agrupados, facilitando a localização e contribuindo para
o recebimento e a retirada dos itens em estoque, como por exemplo, porcas,
arruelas e parafusos. E também, colocar o mais perto possível do recebimento e
51
2.5.3 Distribuir
mesmos. E cuidados esses que devem ser aplicados tanto para os clientes externos
quanto para os clientes internos.
54
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Todo processo de coleta de dados foi parte fornecido pela empresa e parte
através de uma pesquisa realizada pelo acadêmico no setor de administração de
materiais da mesma.
De acordo com Oliveira (1997, p. 182) essa etapa do projeto deve ser bem
elaborada buscando a aplicação dos instrumentos e técnicas de coleta de dados
adequados, para realizar-se a pesquisa necessária, desenvolver o estudo e registrar
os dados de forma correta para a eficiência e agilidade nas conclusões. Nesse
sentido, Andrade (1999, p. 134) ainda reforça mencionando que todas as etapas da
coleta de dados devem ser bem planejadas, com atividades bem definidas e
objetivas, facilitando o desenrolar da pesquisa.
Ela também classifica seu estoque em materiais que geram crédito e que não
geram crédito para descontos em vendas de pedras e serviços. Os que geram
crédito são os itens que tem contato direto com a pedra, principal matéria prima da
empresa, ou seja, todos aqueles itens que são usados para fragmentar a pedra e
transportá-la de um lado para outro da produção. É o caso das correias
transportadora, os dentes das máquinas que carregam os caminhões, as caçambas
desses caminhões que fazem o transporte da pedra da pedreira até os
equipamentos que fragmentam a pedra, entre outros. Os que não geram crédito são
os itens que não tem esse contato direto com a pedra, como material de escritório,
uniformes, materiais de solda, entre outros também.
Essa separação já é realizada dentro do sistema, onde na hora de lançar a
nota fiscal do fornecedor o sistema já envia para a receita federal, que aquele item
gera crédito. O sistema sabe que um determinado item gera crédito, porque é feito
um cadastramento de todos os itens que a empresa trabalha, onde é a Receita
Federal que indica quais itens podem ser cadastrados como geradores de crédito.
Para essa avaliação, foi criada uma tabela, onde cada fornecedor é avaliado,
atribuindo-lhes notas que qualificam ou desqualificam esses fornecedores. Essas
notas vão para tabela de histórico de avaliação e que conforme essas notas, se o
fornecedor não tomar providências perante sua baixa qualificação, ele pode ser
eliminado da lista de fornecedores da Sulcatarinense. A tabela 4 mostra como
funciona essa avaliação.
65
Data de
Preenchimento
01/08/2010
AVALIAÇÃO
Materiais Conferência Resultado da Data da
Razão Social
fornecidos de NF com Prazo Qualidade Preço Média Final Qualificação Avaliação
pedido
Metalúrgica Bom Material de
5 5 5 5 5 Qualificado
Jesus Fundição
Parafusos Porcas
CRV Industrial 5 5 5 5 5 Qualificado
e Arr.
JK Pneus Pneus 5 5 5 5 5 Qualificado
Não
Em presa 1 Óleo Diesel 2 2 2 2 2
qualificado
Oxigênio Oxigênio e
5 5 5 5 5 Qualificado
Florianópolis Acetileno
Equip. De
Pró Eletro 5 5 5 5 5 Qualificado
Perfuração
Oxigênio e Não
em presa 2 2 2 2 2 2
Acetileno qualificado
(setenta e cinco) metros quadrados são utilizados pelo estoque, como mostra a
figura 19.
Ponto do pedido:
PP= ? PP= (11667x1) + 11667
PP= 23334
C= 11667 litros por dia
TR= 1 dia
ES= 11667
Estoque de Segurança
Es= ? Es= 11667x1
C = 11667 litros por dia Es=11667
K = 100%
quant.
45000
1 1 Tempo/ dia
Fonte: Dados primários.
76
Com isso, pode-se verificar a importância que os três itens, (óleo lubrificante,
óleo diesel e pneus) possuem em relação ao estoque total da empresa. Eles
representam 38% (trinta e oito) do valor total do estoque, obrigando uma atenção
maior com esses itens.
• Grupo - 01 - Caminhões;
• Grupo - 02 - Máquinas;
• Grupo - 03 - Carros.
PN .01 .001
Código identificador
Grupo caminhões
GRUPO 01 - CAMINHÕES
Escada
não ocorra um desgaste fora do normal dos pneus. Caso não tenha uma parelha
para aquele pneu, todos os pneus daquele eixo devem ser trocados.
Sendo assim, identificou-se a necessidade de realizar uma análise do estoque
de pneu. Primeiramente foi elaborada uma análise de quantidade e valores nas três
diferentes classes de pneus, (caminhões, máquinas e carros). O gráfico 3 e 4 ilustra
o estudo realizado.
Sem assim, a empresa deve ter um maior controle sobre os itens de classe A,
pois somente nove itens possuem quase a metade do montante do valor em estoque
de pneus, obrigando um controle maior sobre esses itens. Utilização de registros
sobre giro desses itens, revisões mais frequentes para garantir a correta previsão da
demanda prevenindo a ruptura e o excesso de itens em estoque.
Mas com a análise ABC, verificou-se que os itens de classe B também
possuem um valor alto no estoque, obrigando um controle diferenciado, não
necessariamente como os de classe A, mas um acompanhamento com registros e
uma atenção regular.
E os de classe C necessitam apenas de um simples controle, alguns
registros, não deixando esses itens faltarem e até realizar pedidos em maior
quantidade.
88
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
sugiro que a empresa aplique uma dessas propostas, que proporcionaram uma
maior segurança, organização e o aumento do espaço físico.
E para a análise dos pneus, sugiro também que a empresa não utilize
somente a curva ABC, mas incentive novas pesquisas acadêmicas na área de
administração de materiais, custos, logística, pois esses itens também possuem
grande importância para a empresa.
A organização favorece muito a realização de novos trabalhos acadêmicos,
pois, ela está em crescimento e necessita da realização desses estudos. E como
sugestão, realizar um estudo sobre reposição dos estoques, porque esse processo
pode ser melhor elaborado e oferecer uma boa redução de custo.
E assim, os objetivos do trabalho foram atingidos. Este trabalho pode auxiliar
muito o controle de estoque da empresa, principalmente no que diz respeito à
armazenagem, na adequação do espaço físico, visto como o principal problema do
estoque e as propostas e análise para o controle de pneus. O estudo trouxe muito
conhecimento para o acadêmico, concedendo-me a oportunidade de aplicar na
prática o conhecimento adquirido em toda minha graduação e pondo-me a
disposição para aplicar as propostas de melhorias na empresa.
90
REFERÊNCIAS
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: 4. ed. São Paulo:
Makron Books, 1996.
CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques: na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas,
1999.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo:
Atlas, 1993.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: edição compacta. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisa, TGI,
TCC, monografias, dissertações e teses. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1997.
91
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 1996.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2009.