O humanismo surgiu na Renascença defendendo que o homem deve ser o centro e a medida de todas as coisas. Preconizava o estudo das humanidades clássicas para o desenvolvimento humano. Defendia um equilíbrio entre os valores espirituais e as necessidades naturais do homem, em contraposição ao teocentrismo medieval. Foi importante para a valorização da filosofia de Platão e do pensamento naturalista.
O humanismo surgiu na Renascença defendendo que o homem deve ser o centro e a medida de todas as coisas. Preconizava o estudo das humanidades clássicas para o desenvolvimento humano. Defendia um equilíbrio entre os valores espirituais e as necessidades naturais do homem, em contraposição ao teocentrismo medieval. Foi importante para a valorização da filosofia de Platão e do pensamento naturalista.
O humanismo surgiu na Renascença defendendo que o homem deve ser o centro e a medida de todas as coisas. Preconizava o estudo das humanidades clássicas para o desenvolvimento humano. Defendia um equilíbrio entre os valores espirituais e as necessidades naturais do homem, em contraposição ao teocentrismo medieval. Foi importante para a valorização da filosofia de Platão e do pensamento naturalista.
O Humanismo, no seu sentido etimológico, está relacionado com a palavra
latina humanitas, que expressava a essência da educação romana, sendo o homem considerado como tal, independentemente de qualquer valor transcendental.
As "Humanidades" constituíam um conjunto de disciplinas (gramática,
retórica, política, ética), que preparavam o homem para o exercício da sua liberdade cívica e da sua atividade profissional.
Neste sentido amplo, o Humanismo sempre existiu e sempre existirá,
sendo a expressão de uma corrente do pensamento que afirma a importância dos valores humanos.
O sofista Protágoras de Abdera, pela sua famosa frase "o homem é a
medida de todas as coisas", pode ser considerado o primeiro humanista. Grandes pensadores humanistas antigos foram Sócrates, Cícero, Sêneca, entre outros.
Nos tempos modernos, um grande humanista foi o filósofo e poeta francês
JeanPaul Sartre, que escreveu uma obra muito importante a respeito, intitulada O Existencialismo é um Humanismo. Outro grande humanista francês foi Claude Lévi-Strauss, que lecionou na Universidade de São Paulo e estudou a cultura de tribos indígenas do Brasil (Tristes Trópicos). Como bom antropólogo, imitou os sábios do Renascimento italiano, pois achava que a cultura geral era fundamental para o conhecimento do ser humano. Contrariando a moda da "especialização", estudou Lingüística, Filosofia, Direito, Pintura, Música. Mas, no sentido estrito ou histórico do termo, o Humanismo é o substrato ideológico da Renascença: movimento filosófico e literário, iniciado na Itália (Pico della Mirandola, Marsílio Ficino, Lorenzo Valla, Tommaso Campanella) e irradiado nos Países Baixos (Erasmo de Rotterdam) e na Inglaterra (Thomas Morus e Francis Bacon), durante os séculos XV e XVI. Precursores do Humanismo foram vários escritores da Baixa Idade Média, especialmente os italianos Petrarca e Boccaccio, que se deram ao trabalho de descobrir e divulgar textos da cultura greco-romana, escondidos nas bibliotecas dos monastérios. O pensamento humanista devolve ao homem a liberdade de construir seu próprio projeto de vida, fora das amarras das instituições medievais do Império e da Igreja, os ápices da pirâmide do sistema feudal (→ Medievalismo). O centro de interesse da cultura se desloca da transcendência (Teocentrismo) para a imanência (Antropologia naturalista).
O pensamento ético retoma o princípio epicurista de que o sumo bem é o
prazer, não somente do espírito mas também do corpo, e a virtude reside na "ataraxia", a ausência de preocupações, devendo-se viver segundo a natureza, evitando-se quer privações quer excessos.
Daí a condenação da vida monástica e contemplativa, consideradas
formas de vida antinaturais. Mas tal revolução ideológica não se dá fora do Cristianismo (→ Cristo). O frei agostiniano Erasmo de Rotterdam (1466–1536), o pensador mais influente da época, tenta a conciliação dos dogmas da religião crista com as virtudes naturais humanas encontráveis na tradição clássico- pagã. Seu melhor amigo, o humanista e jurista inglês Thomas Morus (1478– 1535), mais tarde canonizado pela Igreja de Roma, defende a religião católica contra o anglicanismo de Henrique VIII.
Na sua famosa obra Utopia, critica o sistema político da época e
apresenta um modelo ideal de governo comunitário e genuinamente evangélico. Os mesmos ideais utópicos de vida social serão mais tarde apregoados pelo filósofo italiano Campanella, especialmente através de sua obra de inspiração platônica, A cidade do Sol, publicada em 1602.
Do ponto de vista propriamente filosófico, o Humanismo foi importante pela
revalorização da filosofia de Platão, preterida na Idade Média, época em que predominou o pensamento de Aristóteles, base da filosofia "escolástica" de Tomás de Aquino. Marsílio Ficino, com o tratado In convivium Platonis sive de amore, publicado em 1468, retoma o tema de O banquete, diálogo de Platão sobre o amor.
O neoplatonismo do humanista italiano afirma a nítida distinção entre o
amor venéreo, carnal, que se apega a uma forma corporal, e o amor espiritual, que vê na beleza física da amada apenas uma imagem da beleza eterna. O conceito de amor platônico constitui o substrato ideológico de uma vertente da lírica renascentista, que tem em Camões seu melhor representante. Em verdade, o verdadeiro princípio do Humanismo foi intuído pelo poeta e filósofo epicurista Horácio, quando afirmou que in medio est virtus: a virtude está no meio-termo, no equilíbrio entre o real e o ideal, entre os impulsos do instinto e as forças racionais do homem.
Mas este humanismo somente será vivido e expresso em forma de arte a
partir do Renascimento quando, a religião cristã perdendo seu caráter opressivo, o homem poderá novamente retomar a busca do equilíbrio existencial, tentando conciliar as exigências da sua natureza física com os valores espirituais.