Você está na página 1de 3

O caso

Para a realização deste ponto do trabalho recorreu-se a entrevista como método de colecta de
dados. Foi entrevistada a senhora Ilda Rabeca Manguene de 75 anos de idade Moçambicana,
residente em Maputo (singathela).

Segundo a Sra. Ilda na nossa comunidade era comum, as pessoas partilharem eventos, sendo que
naquela altura as pessoas conviviam sempre juntas e partilhavam momentos, problemas e épocas
(colheita, Caju, canhu, mapira) na épocas de canhu e cajú tocava-se xipalapala ou vuvuzela para
anunciar a abertura da época e primeiramente preparava-se a bebida na casa do régulo ou
responsável pela comunidade e partilhavam a bebida como sinal de abertura e cada família
provinha alimentos.

Neste contexto a Sra. Ilda presenciou um conflito, devido a problemas relacionados a feitiçaria,
onde a família comprou um terreno e passado algum tempo a esposa adoece e é dita por um
curandeiro que esta sendo enfeitiçada pela dona do terreno. O caso foi tratado pela família, pelos
régulos sem êxito, no entanto foi levado a AMETRAMO (Associação de Médicos Tradicionais
de Moçambique) que naquela altura tinha outra nome cujo (a) não se recorda e lá houve uma
leitura e pequeno julgamento dos búzios onde se concluiu que a malograda não estava sendo
enfeitiçada, pois tratava-se de assuntos familiares que foram descobertos por este grupo de
curandeiros e a malograda tinha que pedir perdão a pessoa acusada trazendo a ela 5 litros de
bebida tradicional, uma lata de milho e um cabrito para ser entregue aos espíritos como forma de
pedido de perdão. Estes problemas eram resolvidos pelos anciãos, responsáveis da comunidade,
responsáveis da actual AMETRAMO e a comunidade era chamada como testemunha.

Concluímos com isso, que naquela altura, as pessoas acreditavam muito na magia negra o que
fazia com que muitas famílias não se entendessem, além de que a relação entre essas pessoas
jamais voltaria a ser como antes desse eventual acontecimento. As famílias naquela altura eram
cooperativas, onde um chorava o choro do outro, partilhavam momentos bons e maus juntas.

10.1 Interpretação do Caso

No caso descrito no livro “Na Mão de Deus”, mostra que um conflito pessoal pode transformar-
se em colectivo, e pode afectar várias entidades, e a sua resolução não tem sido fácil, devidos as
inúmeras interpretações do mesmo conflito, o que se quer, e a fé. E que podem ser adoptadas
várias estratégias e métodos para a resolução do mesmo, vai apenas depender do que cada um
crer. Entretanto de forma geral na sociedade moçambicana, há muita gente que pode prestar
ajuda para a resolução de um conflito, como: médicos, padres, freiras, espíritas, curandeiros,
maziones e gente que conhece mais de fé do que as outras.

Tal qual podemos observar, neste caso, pudemos perceber que várias estratégias e métodos
foram usados para a resolução do conflito relatado, pois numa primeira fase a família do casal
prestou assistência ao mesmo para a melhoria da situação, vendo que o caso não tivera
progressões, o casal, recorreu ao curandeiro este que alegou tratar-se de feitiçaria da parte da
dona do terreno, sem êxito, por fim o casal pediu ajuda a METRAMO esta alegou o surgimento
da doença por motivos familiares que foram descobertos, onde por sua vez a (Sra.) tinha que
pedir perdão a pessoa acusada trazendo a ela 5 litros de bebida tradicional, uma lata de milho e
um cabrito para ser entregue aos espíritos como forma de pedido de perdão.

Em suma, antigamente e actualmente a sociedade moçambicana acredita na magia negra e na


espiritualidade para a resolução de conflitos e desta forma os conflitos são resolvidos por meio
da mediação e arbitragem comandados assim pelos representantes das famílias, por meio de
oração e ou ajuda dos anciãos e líderes religiosos, responsáveis da comunidade e ou pela
orientação da AMETRAMO.

Plano de Intervenção

e da Paciente: Sra. Ilda

ctivo Geral da Intervenção: Promover o bem-estar da paciente

Objectivos Duração Abordagem Actividades Intervenientes Técnicas Resultad


esperado
s Teórico-pratico
lemáticas

Paciente; Registo dos Promov


pensamentos bem-est
nitiva Remover 1 Mês Teoria cognitivo- Através de um Psicólogos;
disfuncionais; paciente
algumas comportamental diálogo
e da Paciente: Sra. Ilda

distorções Duas socrático, Família. Psicoeducacao; Permitir


cognitivas sessões procurar a pacien
Aconselhamento.
relacionadas a em cada perceber os volte a t
crenças da semana pensamentos uma boa
paciente em negativos e relação
relação a sua substitui-los as pesso
saúde por outros do seu m
positivos. social;

Evitar a

diagnost
em relaç
qualque
doença.

Você também pode gostar