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1ª REVISÃO – olhar pag.

25 a 27 do chico esteves

Os compartimentos de um lago são: região litorânea ou ripária, região limnética ou pelágica,


região bentônica e interface água-ar.

Litorânea ou ripária = região de transição (ecótono)

 corresponde ao compartimento do lago que está em contato direto com o ecossistema


terrestre adjacente.
 subdividida em duas regiões, eulitoral e sublitoral.
 densa colonização por vegetação aquática
 região de transição (ecótono) entre o ecossistema terrestre e o lacustre.
 apresenta todos os níveis tróficos de um ecossistema: produtores primários,
herbívoros, predadores e decompositores. Tanto aquáticos quanto terrestres.

Limnética ou pelágica

 em geral muito homogênea horizontalmente, mas pode ser extremamente


heterogênea verticalmente devido a gradientes nas concentrações ou valores de
variáveis como oxigênio, pH, salinidade e temperatura;
 pode ser dividida em dois estratos verticais, o epilímnio e zona eufótica e o hipolímnio
e zona afótica, o que define o limite é a diferença na densidade das massas d’água que
pode ser causada por diferenças na temperatura, bem como também na salinidade da
água.

Bentônica ou Profunda

 substratos não consolidados ou consolidados associados ao fundo do ecossistema


aquático.
 A região bentônica pode estar localizada na região eufótica ou afótica dependendo da
profundidade do ambiente.

Interface água-ar

 Esta região do lago é habitada por duas comunidades: a do nêuston e a do plêuston.


 A existência destas comunidades se deve à tensão superficial da água

Água doce:

Rios = sistemas lóticos

Lagos = sistemas lênticos e intermediários


Pântanos

Marinhos:

Contões rochosos, praias arenosas, marismas (zona das marés)

Recifes de coral

Fontes hidrotermais (ocorre quimiossíntese, são seres autotróficos, porém não


dependem da luz)

Estuários

Pelagial

Plataforma continental e planícies abissais

Compartimentos bióticos

Plântcon: não conseguem nadar contra corrente, autotrófico (fitoplancton: diatomáceas),


heterotrófica (zooplancton: crustáceos, poliquetas, molluscos)

Necton: nadam ativamente contra a corrente (cefalópodes, vertebrados)

Bentos: associados ao fundo, vegetais (fitobento), animais (zoobento), podem ficar sobre o
sedimento, epibento ou dentro do sedimento, entre os grãos de areia)

Plêuston: ficam na superfície da água (aguapés, velella), parte para fora da água e o vento
carrega)

Neuston: ficam na superfície da água, por cima da película de tensão superficial da água
(insetos), as larvas pertencem ao Hiponeuston, pois ficam “penduradas” e abaixo da superfície.

Perifiton: conjunto de organismos formados por bactérias, fungos, algas, animais e seus
detritos (bioflme) que se encontram aderidos a superfícies naturais (rochas, macrofitas
aquáticas) e artificiais (cascos de barcos e navios).

Metáfiton = um grupo de algas que se encontram agrupadas na região litorânea sem estarem
agregadas ao perifiton e sem serem planctônicas.
Ecossistemas de água doce

Ambiente lêntico

Quanto a incidência de luz:

Zona eufótica: camada mais superficial, onde a luz penetra

Zona afótica: a luz não chega

Interface água-ar: onde vive o plêuston e nêuston

Zona litoral: onde no fundo chega luz (beira do lago)

Eulitoral e Sublitoral

Zona limnética: região que vai até onde a luz chega. Suas comunidades são o plâncton
(bactérias, algas e zooplâncton) e o nécton (peixes). Diferente da zona litorânea onde a
fotossíntese é realizada por plantas, nessa região ela é realizada pelas algas.

Zona profunda: no fundo não chega luz, ausência de organismos fotoautotróficos

Estratificação térmica de um lago, os tropicais podem existir em uma semana e na outra não,
nos temperados a estratificação é mais visível.

Epilímnio: camada superficial mais quente, oxigênio abundante, ocorrerá fotossintese


Metalímnio: camada de transição, oxigênio variável

Hipolímnino: camada mais fria, oxigênio baixo ou nulo.

Inverno: água da superfície congela, água do fundo está em temperatura de maior densidade
porém acima da temperatura de congelamento.

Ambiente lótico (rios)

Crenal: diversidade pequena de habitats, muitas rochas

Ritral: chega biomassa do crenal, recebe material alóctone (material orgânica e organismos
que vem das margens), predominância do consumo

Zona de transição: recebe detritos do ritral e material alóctone, predomina a produção


Potamal: aumenta partículas em suspensão, que tem efeito na produção pela falta de luz, os
produtores se restringem as margens, predomina a decomposição.

Foz

Ecossistemas marinhos

Domínios:

Pelágicos: massa de água

Bentônico: fundos oceânicos , zona das marés, zona continental (até 200m), talude
(barranco de 200 a 4000 m), planícies abissais (aparecem fossas oceânicas= zonas Hadais)

Sedimentos

Continentais: intemperização das rochas

Biogênicos: estruturas esqueléticas de organismos marinhos (calcáreos: foraminíferos


e pterópodos; silicosos: radiolários e diatomáceas)

Vulcânicos: oriundos de erupções marinhos

Autóctones: formados por precipitação entre a água do mar e compostos químicos


orgânicos e inorgânicos

Fatores ecológicos

Vetoriais:

Ondas: formadas pelo fundo, na linha de profundidade crítica elas sofrem mudança
porque o fundo começa a interferir.

Marés: podem ser vivas ou mortas, depende do sol e da lua

Correntes: distribuem a energia térmica pelo planeta, existem as horizontais (sentido


horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul) e as verticais (importantes para
trazer nutrientes do fundo, ressurgência)

Escalares:

Salinidade: média entre 33-37 g/l, mais alta quando a evaporação é maior que a
precipitação

Temperatura: Estratificação, zona mínima de oxigênio no oceano não fica no fundo, e


sim na zona onde se acumula as partículas orgânicas. O fundo é oxigenado devido as águas
frias que vem dos pólos.

Luz:
Zona eufótica: fotossíntese supera a respiração celular, intensidade luminosa
supera o ponto de compensação, tem produtividade primária

Zona disfótica: abaixo do ponto de compensação, tem pouca luz, não tem
produção primária.

Zona afótica: não há luz

Nutrientes: na superfície são fatores limitantes, assimilados na fotossíntese, ficam


presos na biomassa, abaixo possuem mais nutrientes e nos locais onde ocorrem as
ressurgências são locais mais produtivos do planeta.

Costões rochosos:

alta densidade e riqueza

topografia diversificada

zonação

Praias arenosas:

Muito instável, maior parte dos organismos ficam enterrados

Recifes de coral:

Criados por algas, corais, onde tem muita luz e temperatura alta
2ª REVISÃO

Calor específico é por definição a quantidade de energia necessária para elevar em 1


0C a temperatura de 1kg de água a 1 4,50C e corresponde a 1 kcal (= 4,186 J). Em termos
práticos, isto significa que a água, pode absorver grandes quantidades de calor sem sofrer
grandes alterações de sua temperatura, garantindo, assim, mudanças térmicas somente
gradativas. Uma das consequências ecológicas mais importantes do alto calor específico da
água, é a grande estabilidade térmica dos ecossistemas aquáticos.

Outro fator importante para ser considerado é o alto calor de vaporização da água, ou
seja, a quantidade de calor que deve ser fornecida para que ela evapore. A 1 00C, por
exemplo, o calor de vaporização da água é de 590 cal/g e a 1000C, 540 cai/g. Em consequência
deste fenômeno, aproximadamente um terço da energia solar que chega à superfície da Terra
é dissipada pela água dos rios, lagos e oceanos.

Tensão superficial

O arranjo das moléculas de água na camada de contato com o ar forma uma película
delgada que possui determinada tensão, chamada tensão superficial. Esta película se forma
devido à força de coesão existente entre as moléculas vizinhas no interior da água, o que faz
com que as moléculas superficiais sejam atraídas para o interior do líquido, criando, assim, um
filme superficial mais compacto, capaz de suportar pequenos esforços sem se romper.

A tensão superficial da água decresce com o aumento da temperatura e com a


quantidade de substâncias orgânicas dissolvidas.

A tensão superficial da água decresce com o aumento da temperatura e com a


quantidade de substâncias orgânicas dissolvidas. Dentre estas substâncias, as mais
importantes são os ácidos húmicos e substâncias excretadas por algumas algas e por
macrófitas aquáticas.

Os detergentes e os sabões em pó, dentre outros compostos que contém substâncias


tensoativas são os principais responsáveis por alterações na tensão superficial de ecossistemas
aquáticos. A tensão superficial pode ser reduzida a níveis tão baixos, que chega a causar
grandes prejuízos às comunidades que vivem na superficie da água (nêuston e plêuston).

Viscosidade

A viscosidade da água é função da temperatura e do teor de sais dissolvidos. Em lagos


de água doce, a influência destes é insignificante quando comparada com o papel da
temperatura. Á medida que a temperatura aumenta a viscosidade diminui. Este fato tem
grande significado ecológico, pois à temperatura de 30ºC, um organismo planctônico afunda
duas vezes mais rápido (nas mesmas condições) do que a 5ºC.
Densidade

Os principais fatores que influenciam a densidade da água são: salinidade, temperatura e


pressão.
Salinidade: Pode ter grande influência sobre a estratificação dos corpos d’água visto
que a densidade da água aumenta com a elevação da concentração de sais.
Temperatura: Fator mais importante. Acima de 4ºC, que é a faixa de temperatura
encontrada nos lagos subtropicais e tropicais, a densidade e a temperatura da água não variam
proporcionalmente. Desta maneira, à medida que diminui a temperatura de um ambiente
aquático no decorrer do dia ou dos meses do ano, aumentam imediatamente os valores de
densidade.
Pressão: Aumento da pressão diminui a temperatura, por isso este fator tem efeito
indireto sobre a densidade da água.

Oxigênio dissolvido
As principais fontes de oxigênio para a água são a atmosfera e a fotossíntese. as perdas
são o consumo pela decomposição de matéria orgânica (oxidação), perdas para a atmosfera,
respiração de organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos como, por exemplo, o ferro e o
manganês. A solubilidade do oxigênio na água depende de dois fatores principais: temperatura e
pressão. Assim, com a elevação da temperatura e diminuição da pressão, ocorre redução e
solubilidade do oxigênio na água. Então em regiões temperadas, teremos mais OD.
Saturação de oxigênio: quantidade máxima de oxigênio que pode ser dissolvida na
água em determinada pressão e temperatura.
A difusão de oxigênio dentro de um corpo de água dá-se principalmente pelo seu
transporte em massas d’água, uma vez que a difusão molecular é insignificante.
Zona eufótica: intenso consumo de gás carbônico (fotossíntese) e produção considerável
de oxigênio.
Zona afótica: alta produção de gás carbônico (devido a atividade microbiana,
decomposição da matéria orgânica) e correspondente consumo de oxigênio.
Ciclo do Carbono
o ciclo do carbono engloba todos os aspectos da Limnologia, desde produção primária,
passando por cadeias alimentares, até fenômenos de sucessão biológica.
Carbono orgânico dissolvido: O COD origina-se principalmente da decomposição de plantas e
animais e a partir de produtos de excreção destes organismos.
A excreção de COD principalmente pelo fitoplâncton e pelas macrófitas aquáticas durante a fase
vegetativa e durante sua senescência, através da autólise de células, constitui uma importante
fonte de COD para a coluna d’água.
O COD influencia a dinâmica dos ecossistemas aquáticos de várias maneiras, sendo que as
principais são:
a) Desempenhando importante papel como fonte de energia para bactérias e algas cianofíceas,
sendo, portanto, importante na cadeia alimentar.
b) Atuando como agente de interferência na fotossíntese dos organismos aquáticos. Esta
interferência ocorre principalmente através das alterações qualitativas e quantitativas da
radiação na coluna d’água. Atua também como agente precipitador de nutrientes importantes
para a produção primária. Como exemplo tem-se o cálcio, que na presença de ácidos húmicos
pode precipitarse como humato de cálcio.
c) Atuando como importante agente complexador de metais, notadamente metais pesados (Cd,
Zn, Cu, Ni, Pb, Co, Mm, Mg, Cr). Uma vez complexados ao COD, os metais são arrastados
para o sedimento. Este fato possibilita a utilização da água de rios poluídos com metais pesados
para abastecimento à população.
d) Exercendo papel fundamental no crescimento de certas algas e bactérias, dado que uma
importante fração do COD é constituída por vitaminas.
e) Certos compostos orgânicos, principalmente aqueles excretados por algas cianoficeas,
podem, em concentrações elevadas, tomar-se tóxicos ou causar outros problemas estéticos
como, por exemplo, mau cheiro, além de conferir à água sabor desagradável.

Carbono Inorgânico
O CO2, presente no meio aquático, pode ter várias origens, sendo que as principais são:
atmosfera, chuva, águas subterrâneas, decomposição e respiração de organismos.
Como um breve resumo, o carbono existe no ar tanto quanto o gás dióxido de carbono, que se
dissolve na água e reage com as moléculas de água para produzir o bicarbonato (HCO³). A
Fotosíntese pelas plantas, bactérias e algas converte o dióxido de carbono ou bicarbonato em
moléculas orgânicas. As moléculas orgânicas feitas por fotossintetizadores são passadas através
de cadeias alimentares e a respiração celular converte o carbono orgânico de volta em gás
dióxido de carbono.

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