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LTCAT

LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO

INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE/APOSENTADORIA ESPECIAL

2020/2021

1 - Identificação da Empresa
RAZÃO SOCIAL: KUDSE - LOGISTICA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUENÇÃO LTDA
CNPJ: : 09.360.129/0001-85
ENDEREÇO: : R ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA - 1-61
BAIRRO JARDIM CONTORNO – BAURU –(SP) CEP 17.047-285
CIDADE BAURU
CNAE: 49.30-2-02
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
49.30-2-01 - Transporte Rodoviário de cargas, exceto produtos perigosos e mudanças municipal
45.20-0-01 - Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores

45.20-0-05 - Serviço de lavagem, lubrificação e polimento de veículos automotores

45.20-0-02 - Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de veículos automotores

81.11-7-00 - Serviços combinados para apoio à edifícios, exceto condomínios prediais

45.30-7-03 - Comércio e varejo de peças e assessórios novos para veículos automotores


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GRAU DE RISCO: 02

2 - Perito Avaliador:

Tadeu Teodoro
Crea 5069625495
PIS: 12698429153
Engenheiro de Segurança do Trabalho e Perito judicial

Obs.: O perito não é funcionário da empresa solicitante, tendo sido seus serviços estabelecidos,
conforme contrato de prestação de serviços com cópia em poder das partes.

4 - Objetivo:
O presente trabalho tem por objetivo relatar os levantamentos ambientais realizados na empresa
DRAGON KUDSE-LOGISTICA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO LTDA., descrevendo os
setores e as funções neles alocadas e relacionando os riscos ambientais encontrados de acordo com as
Normas Regulamentadoras 15 e 16 do Ministério do Trabalho e Emprego, indicando as funções
insalubres e perigosas, bem como, a neutralização dos riscos pelo uso de equipamentos de proteção
individual e/ou coletivos. Fornecer subsídios para enquadramento (ou não), para aposentadoria
especial prevista no Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.

5 - Critérios, Procedimentos, Metodologia e Instrumentos Utilizados


5.1 - Critérios e procedimentos das análises quantitativas:
Riscos Físicos:
a) Ruído:
Foram estabelecidas de acordo com a NHO 1 – Norma de Higiene Ocupacional número um – Avaliação
da Exposição Ocupacional ao Ruído, utilizando-se como limite a Tabela 1 – Tempo máximo diário de
exposição permissível em função do nível de ruído desta norma, respeitando-se os horários e turnos de
trabalho dos funcionários no estabelecimento avaliado, sendo o resultado da análise quantitativa de
ruído descrita a seguir:
NHO 01 – Norma de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO: Conforme a citada Norma, foram
utilizados medidores integradores de uso pessoal (audiodosimetros de ruído), que atendem as
especificações da norma ANSI S 1.25-1991, são de tipo 2 e foram ajustados de forma a atender as
especificações a seguir:
Circuito de ponderação – “A”
Circuito de resposta lenta – “SLOW”
Critério de referência – 85 dB(A)
Nível de limiar de integração – 80 dB (A)

Faixa de medição mínima – 80 a 115 db (A)


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Incremento de duplicação de dose = 3 (q = 3)


Indicação da ocorrência de níveis superiores a 115 dB (A)

Os audiodosimetros e calibradores utilizados foram aferidos e certificados por laboratório credenciado,


com emissão de certificado rastreável, sendo calibrados antes de cada medição.
As medições foram feitas com microfone posicionado sobre o ombro, preso na vestimenta, dentro da
zona auditiva do trabalhador.

A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente pode ser feita por meio da
determinação da dose diária de ruído ou do nível de exposição, parâmetros representativos da
exposição diária do trabalhador.
Esses parâmetros são totalmente equivalentes, sendo possível, a partir de um, obter-se o outro. Neste
trabalho, foi usada a seguinte expressão matemática:
NE: 10 X log (480/TE x D/100) +85 (dB)
Onde:
NE = nível de exposição
D = dose diária de ruído em porcentagem
TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho.
No caso da jornada de trabalho diária for menor ou maior que 8 horas, para fins de comparação com o
limite de exposição, deve-se determinar o Nível de Exposição Normalizado (NEN), que corresponde ao
Nível de Exposição convertido para a jornada padrão de 8 horas.
O Nível de Exposição Normalizado é determinado pela seguinte fórmula:
NEN: NE + 10 log TE/480 (dB)
Onde:
NE: nível representativo da exposição ocupacional diária
TE: tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho
Para a definição da insalubridade, baseada no risco ruído, foi considerado o item 6, subitem 6.1 da
NHO 1:
“A avaliação de ruído deverá ser feita de forma a caracterizar a exposição de todos os trabalhadores
considerados no estudo. Identificando-se grupos de trabalhadores que apresentem iguais
características de exposição – grupos homogêneos – não precisarão ser avaliados todos os
trabalhadores. As avaliações podem ser realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação
corresponda à exposição típica de cada grupo considerado”.

Calor:
Foram estabelecidas de acordo com a NHO 6 – Norma de Higiene Ocupacional número seis – Avaliação
da Exposição Ocupacional ao Calor, utilizando-se como limite o Quadro 2 – Limite de Exposição
Ocupacional ao Calor, respeitando-se os horários e turnos de trabalho dos funcionários no
estabelecimento avaliado, sendo o resultado da análise baseado na seguinte metodologia:
O critério de avaliação da exposição ocupacional ao calor adotado pela presente Norma tem por base o
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG, calculado através da Equação:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Para ambientes internos ou externos sem carga solar direta


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As taxas metabólicas relativas às diversas atividades físicas exercidas pelo trabalhador devem ser
estimadas utilizando-se os dados constantes do Quadro 1.
Quando houver dificuldade para o enquadramento da atividade exercida no Quadro 1, poderão ser
utilizadas outras tabelas disponíveis na NHO 06 literatura nacional e internacional. Nos Anexos A, B e C
são apresentadas tabelas de taxas metabólicas extraídas da norma ISO 8996/90 e dos Limites de
Exposição da ACGIH/1999, que poderão ser utilizadas como suporte adicional para o estabelecimento
das taxas metabólicas.
Quando o trabalhador está exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, deve ser
determinado o IBUTG média ponderada – IBUTG a partir da Equação 4.3, utilizando-se os valores de
IBUTG representativos das distintas situações térmicas que compõem o ciclo de exposição do
trabalhador avaliado.

Onde
IBUTG= IBUTG médio ponderado no tempo em °C
IBUTGi = IBUTG da situação térmica “i” em °C ti = tempo total de exposição na situação térmica “i” em
minutos, no período de 60 minutos corridos mais desfavorável i = iésima situação térmica
t1 + t2 ++ ti + ... + tn = 60 minutos

Quando o trabalhador desenvolve duas ou mais atividades físicas, deve ser determinada a taxa
metabólica média ponderada – M a partir da Equação 4.4, utilizando-se os valores estimados de M
representativos das distintas atividades físicas exercidas pelo trabalhador durante o ciclo de exposição
avaliado.

onde
M= taxa metabólica média ponderada no tempo em kcal/h
Mi = taxa metabólica da atividade “i” em kcal/h t’i= tempo total de exercício da atividade “i” em
minutos, no período de 60 minutos corridos mais desfavorável i = iésima atividade
t'1 + t'2 ++ t'i + ... + t'm= 60 minutos

A determinação do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo


Médio, IBUTG, e da Taxa Metabólica Média, M, representativos da exposição ocupacional ao calor,
deve ser obtida em um intervalo de 60 minutos corridos, considerado o mais crítico em relação à
exposição ao calor.
O limite de exposição ocupacional ao calor é o valor de IBUTG máximo permissível (IBUTGMÁX)
correspondente ao valor de M determinado para a condição de exposição avaliada, conforme Quadro
2.
Este limite é válido para trabalhadores sadios, aclimatados, completamente vestidos com calça e
camisa leves, e com reposição adequada de água e sais minerais.

Radiações Ionizantes:
Não foram avaliadas, pois na empresa não existem atividades ou operações que exponham os

funcionários às Radiações Ionizantes.


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Pressões Atmosféricas Anormais:


A exposição dos funcionários a pressões atmosféricas anormais não foi avaliada, pois na Empresa, não
são realizadas atividades ou operações sob ar comprimido ou trabalhos submersos.

Radiações Não Ionizantes:


A exposição dos funcionários às radiações não ionizantes foi avaliada através de inspeções realizadas
nos locais de trabalho, de acordo com as disposições estabelecidas no Anexo 7,
da Norma Regulamentadora nº. 15, da Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Frio:
A exposição dos funcionários ao frio foi avaliada de forma qualitativa, através de inspeções nos locais
de trabalho, conforme estabelece o anexo 9 da Norma Regulamentadora nº. 15, da Portaria 3214 do
Ministério do Trabalho e Emprego. Foi usada também como embasamento legal a CLT – Consolidação
das Leis do Trabalho, artigo 253.
Umidade:
A exposição dos funcionários à umidade foi avaliada através de inspeções nos locais de trabalho, de
acordo com as disposições estabelecidas no Anexo 10, da Norma Regulamentadora nº. 15, da Portaria
3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Riscos Químicos:
Análise Qualitativa
Conforme portaria no 3.311 de 29/11/1989, anexo II, item sobre Instrução para Elaboração de Laudo
de Insalubridade e Periculosidade, subitem 4.3 – análise qualitativa: “dos possíveis riscos ocupacionais
– o técnico especializado deve ser capaz de perceber e avaliar a intensidade dos elementos de risco
presentes no ambiente de trabalho ou nas etapas do processo laborativo, ou ainda como decorrentes
deste processo laborativo. Este item pressupõe o levantamento, em qualidade, dos riscos a que se
submete o trabalhador durante a jornada de trabalho.”
Análise Quantitativa:
Após determinar os riscos químicos a que os trabalhadores estão expostos foi feito o levantamento de
todas as FISPQs – Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos. A partir das informações
obtidas, chegou-se a seguinte necessidade de avaliação quantitativa:

Agentes Biológicos:
As exposições foram avaliadas de forma qualitativa, através de inspeções nos locais de trabalho da
empresa.

5.2 - Aposentadoria Especial:


As avaliações quantitativas foram realizadas em conformidade com as NHO – Normas de Higiene
Ocupacional previstas na legislação do INSS. Ocorrências GFIP devem ser informadas conforme o caso,
seguindo o previsto no Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999:
Para os trabalhadores com apenas um vínculo empregatício (ou uma fonte pagadora), informar os
códigos a seguir:

(em branco) — Sem exposição a agente nocivo. Trabalhador nunca esteve exposto.
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01 — Não exposição a agente nocivo. Trabalhador já esteve exposto.


02 — Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);
03 — Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);
04 — Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).
Não devem preencher informações neste campo as empresas cujas atividades não exponham seus
trabalhadores a agentes nocivos.
O código 01 somente é utilizado para o trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a agente
nocivo, como ocorre nos casos de transferência do trabalhador de um departamento (com exposição)
para outro (sem exposição).

5.3 - Instrumentos utilizados conforme certificados de calibração anexos:


a) Tipo: Audiodosimetro de Ruído b) Tipo: Audiodosimetro de Ruído
Marca: Instrutherm Marca: Instrutherm
Modelo: DOS-500 / Digital Modelo: DOS-500
o
N de série: 070614054 No de série: 070614055

c) Tipo: Calibrador d) Tipo: medidor de stress térmico


Marca: Quest Marca: HIGHMED
Modelo: QC-10 Modelo: HMTGD-1800
No de série: QIG080232 No de série:170900102

e) Tipo: termo-higro-decebelimetro-luximetro
Marca: Instrutherm
Modelo: THDL- 400
No de série: 66459116
DOSE DE RUÍDO

TEMPERATURA MEDIDA NO LOCAL IBUTG : 24,5º C


ILUMINAÇÃO 1150 LUX

AUXILIAR DE LIMPEZA

CBO:5143-20: Limpezas das salas, sanitários, móveis, vidraças e chão em geral;


Organizar materiais de limpeza e armários;
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Coleta de lixo e reposição de materiais.


Riscos Existentes na atividade:
Físico: Inexistente.
Químico: Produtos de limpeza
Biológico: coleta do lixo

Insalubridade:
Existente.

Periculosidade:
Inexistente
Fazendo jus ao colaborador o adicional de 20%

Aposentadoria especial:
Não devida.

EPI’s FORNECIDOS PELA EMPRESA

 LUVA DE VAQUETA E LATÉX


 PROTETOR AURICULAR
 BOTINA COM BIQUEIRA DE AÇO OU PVC
 ÓCULOS DE SEGURANÇA
 CREME DERMAL CLASSE III

Epi’s de acordo com ficha de entrega

PORTEIRO

CBO:5174-10: Fiscalizar, observar e orientar a entrada e saída de pessoas, receber, identificar e


encaminhar as pessoas aos destinatários. Abrir e fechar as dependências de prédios. Receber a
correspondência e encaminhá-la ao protocolo.
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Riscos Existentes na atividade:


Físico: Inexistente
Químico: Inexistente
Biológico: Inexistente

Insalubridade:
Inexistente.

Periculosidade:
Existente com embasamento na NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS em seu anexo 2
Fazendo jus ao colaborador o adicional de 30%

Aposentadoria especial:
Não devida.

EPI’s FORNECIDOS PELA EMPRESA

 COTURNO DE SEURANÇA

Epi’s de acordo com ficha de entrega

MOTORISTA

CBO: 7825-10: Transporta, coleta e entrega cargas em geral;


Movimenta cargas volumosas e pesadas, pode, também, operar equipamentos, realizar inspeções e
reparos em veículos, vistoriar cargas, além de verificar documentações de veículos e de cargas.
Define rotas e assegura a regularidade do transporte.

Riscos Existentes na atividade:


Físico: Ruído
Químico: Poeira, Nevoas, Gases e Vapores
Biológico: Inexistente

Insalubridade:
Inexistente.

Periculosidade:

Inexistente.
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Aposentadoria especial:
SIM

EPI’s FORNECIDOS PELA EMPRESA

 CAPACETE
 PROTETOR AURICULAR
 BOTINA COM BIQUEIRA DE AÇO OU PVC
 ÓCULOS DE SEGURANÇA
 RESPIRADOR FACIAL

Epi’s de acordo com ficha de entrega

LAVADOR DE AUTOS

CBO: 5199-35: Atua com lavagem e secagem de veículos,aplicação de produtos,higienização e polimento dos
mesmos.

Riscos Existentes na atividade:

Físico: Inexistente
Químico: Inexistente
Biológico: Inexistente

Insalubridade:
Existente.
Fazendo jus ao colaborador o adicional de 20%
Periculosidade:
Não
Aposentadoria especial:
Não devida.

EPI’s FORNECIDOS PELA EMPRESA

 LUVA PVC E LATEX


 PROTETOR AURICULAR
 BOTINA DE PVC
 ÓCULOS DE SEGURANÇA
 RESPIRADOR FACIAL
 AVENTAL DE PVC

Epi’s de acordo com ficha de entrega


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JARDINEIRO

CBO: 622010:. Planta culturas diversas, introduzindo sementes e mudas em solo, forrando e adubando-
as com cobertura vegetal;
Cuida de propriedades urbanas e rurais;
Efetua preparo de mudas e sementes através da construção de viveiros e canteiros, cujas atividades
baseiam-se no transplante e enxertia de espécies vegetais;
Realiza tratos culturais, além de preparar o solo
Riscos Existentes na atividade:

Físico: Ruido
Químico: Adubos,Poeira
Biológico: Bactérias, fungos e parasitas

Insalubridade:
Existente.
Fazendo jus ao colaborador o adicional de 20%
Periculosidade:
Não
Aposentadoria especial:
Não devida.

EPI’s FORNECIDOS PELA EMPRESA

 LUVA PVC E LATEX


 PROTETOR AURICULAR
 BOTINA DE PVC E CALÇADO DE SEGURANÇA
 ÓCULOS DE SEGURANÇA
 RESPIRADOR FACIAL
 AVENTAL DE PVC
 PROTETOR SOLAR

Epi’s de acordo com ficha de entrega


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CONCLUSÃO

De acordo com a legislação vigente, aplicando-a ao ambiente de trabalho. Às atividades


executadas, ao tempo de exposição e considerando as medições realizadas fica constatado que:
Os colaboradores fazem jus ao adicional de periculosidade mesmo estando todos com os EPI’s os
mesmo só neutralizam a insalubridade, estando os mesmos laborando em ambientes de
periculosidade como mostra a norma regulamentadora 16 em seu anexo 2 .
LTCAT acompanhado pela ART 28027230200527792

TERMO DE ENCERRAMENTO

Havendo concluído este trabalho, que consta de 11 folhas impressas no anverso, sendo todas
rubricadas e esta última assinada.

Tadeu Teodoro
Crea 5069625495
PIS: 12698429153
Engenheiro de Segurança do Trabalho e Perito judicial

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KUDSE - LOGISTICA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUENÇÃO LTDA
CNPJ: 09.360.129/0001-85
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