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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL

FÍSICA II
TPC 01

DISCENTES CORPO
DOCENTE
Pinto Biaca. P. Kezene Regente: Luís Consolo
Chea
Filócrates D. Samuel Assistente: Belarmino
Matsinhe
MAPUTO

Novembro, 2021

Experiencia de Millikan (gota de óleo)

A experiência da gota de óleo foi uma experiência conduzida por Robert A.


Millikan para medir a carga elétrica do elétron. O experimento de Millikan compreendia
um atomizador capaz de borrifar óleo em pequenas gotículas, que eram lançadas em
direção a um capacitor de placas paralelas preenchido com ar e alimentado por baterias.

Quando borrifadas as gotículas ficavam eletrizadas por


atrito e apresentavam um desequilíbrio de cargas. Essa
carga excedente respondia ao campo elétrico externo
com uma força elétrica que as lançava para cima ou para
baixo, de acordo com o sinal da carga. Para algumas
gotículas, no, entanto as, forças peso, elétrica, empuxo e
atrito do ar ficavam próximas de se anular, fazendo-as
subir ou descer muito lentamente e permitindo medidas Figura 1 Experimento de Millikan
[David Halliday, Robert Resnick]
precisas de seu diâmetro e massa.

Millikan com os resultados experimentais em mãos, percebeu que os valores de carga


elétrica determinados experimentalmente nas gotículas de óleo eram sempre múltiplos
de um valor menor, onde ele interpretou esse número como sendo a carga de um único
elétron, cujo o valor atualmente aceito é 1,6. 10−19 C .

Gaiola de Michael Faraday

A gaiola de Faraday é um experimento feito pelo físico Michael Faraday, em 1836, que
consiste em usar um condutor para blindar seu interior de campos elétricos e magnéticos.

Esse efeito ocorre devido à distribuição das cargas na


superfície condutora, tornando a superfície equipotencial e
seu interior sem potencial elétrico ou com potencial nulo.
Michael Faraday descobriu que, ao aplicar um campo
elétrico em uma estrutura condutora, essa estrutura

Figura 2. Representação de uma gaiola


de Faraday [Pavel L Photo and Video]
produz cargas elétricas opostas ao campo elétrico, e um cancela o outro, impedindo a
entrada do campo elétrico no interior da superfície.

A experiencia tinha como propósito mostrar que, quando as cargas ficam estacionarias
atinge-se o equilíbrio, ou seja, não há mais movimento de cargas. Então, se não houver
movimento de cargas, não haverá nenhuma força sobre os portadores de carga, logo
conclui-se que o campo elétrico no interior da substância condutora de ser nulo.

Para-raios

O para-raios foi inventado por Benjamin Franklin em 1752, quando fez uma perigosa


experiência utilizando um fio de metal para empinar uma pipa de papel e observou que
a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo. Provou também que hastes de metal,
quando em contato com a superfície terrestre poderiam servir como condutores
elétricos.

Um para-raios é uma haste de metal pontiaguda que é


conectada a cabos de cobre ou de alumínio de pequena
resistividade que vão até o solo. As pontas do para-
raios oferecem um caminho ao raio para chegar ao solo
com pouca resistividade, assim que o raio é atraído ele
é desviado até o solo pelos cabos e dissipado, sem
causar nenhum dano nas residências. Os para-raios têm
de serem colocados em lugares bem altos, pois o raio
tende a atingir o ponto mais alto de uma área.
Geralmente eles são colocados em topos de edifícios,
Figura 3. Um para-raios
em topos de antenas de [socrates471
transmissões de televisões,
/ Shutterstock.com]

rádios, etc.

A função dos para-raios é proteger a estrutura de construções, como edifícios, casas, etc,
contra as descargas elétricas atmosféricas. Entretanto, eles não evitam a queima de
equipamentos domésticos, como computadores, televisores, aparelhos eletrodomésticos,
entre outros. Para sabermos o raio de abrangência de um para-raios devemos pegar a
altura da ponta do para-raios até o solo e multiplicar pela raiz quadrada de três:

r =√ 3 . h (1)
1. Desenhe um dipolo eléctrico e um ponto P localizado a uma distância r do CM
π
do sistema (r forma um ângulo θ com o vector momento dipolar, θ ≠ ).
2
a) Calcule o potencial eléctrico do dipolo no ponto P, em função do momento
dipolar ⃗p e da distância r⃗ .

Resolução:

1 q
V =V ¿¿ → V= ∙
4 π ε0 r¿ ¿ ¿

.
1 q
V= ∙¿ ↔ V= ∙¿
4 π ε0 4 π ε0

Considerando as seguintes aproximacoes:

e
r¿ ¿ r¿ ¿

Figura 4. Potencial produzido por


um dipolo eléctrico. [David
Halliday, Robert Resnick]
1 dq ∙ cos θ 1 p ∙ cos θ r p cos θ 1 ⃗p r⃗
V= ∙ = ∙ = ∙ = ∙ 3
4 π ε0 r
2
4 π ε0 r
2
4 π ε0 r
3
4 π ε0 r

b) Usando a resposta da alínea anterior, calcule vector campo eléctrico no ponto P.

E =−⃗
Resolucao: Partindo do principio que ⃗ ∇ V , podemos escrever

Er =
−∂ V
→ E r=
−∂
( 1
4 π ε0

r )
p ∙ cos θ
2
→ Er =
1 2 rp ∙cos θ
∙ →
Er =
1
2 π ε0

p cos θ
r
3
4
∂r ∂r 4 π ε0 r
π
c) Calcule o módulo do vector campo eléctrico para θ= .
2

Resolucao:

π
p cos
1 p cos θ 1 2
Er = ∙ → Er = ∙ =0
2 π ε0 r
3
2 π ε0 r
3

d) Mergulhe o dipolo num campo eléctrico uniforme ⃗


E (representado por
segmentos de rectas orientadas, de igual separação, cujo sentido é indicado pelas
setas). Considerando que ⃗p e ⃗
E formam ângulo φ , demonstre que o torque total
aplicado ao CM é τ =⃗p × ⃗
E.

Resolucao:

τ Res=τ 1+ τ 2

φ
τ Res=−2 ( r⃗ × ⃗
F ) =2rF sen φ

d
τ Res=−2∙ Eq sen φ=−dqE sen φ
2
τ ResCM =− pE sen φ=⃗p × ⃗
E

Figura 5. Um dipolo elétrico na presença


de um campo elétrico externo uniforme
[David Halliday, Robert Resnick], adaptado
Referências bibliográfica

1. David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker; Fundamentos de física,


eletromagnetismo /tradução: Ronaldo Sérgio de Biasi. - 10. ed. V.3 – Rio de
Janeiro: LTC, 2016

2. Oliveira, G. d. (s.d.). Gaiola de Faraday. Mundoeducação. Disponível Em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/gaiola-faraday.htm Acessado em:
04/08/2021

3. TIPLER, P. A. Física moderna. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.

4. Toffoli, L. (s.d.). Para-raio. Infoescola. Disponível em:


https://www.infoescola.com/fisica/para-raio/ Acessado em: 04/08/2021

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