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PROFISSIONAL DOCENTE
Lyvia Sousa Sobrinho
Universidade Estadual de Goiás, UnU de Iporá, Av.R2, Qd 01; Bairro:
Jardim Novo Horizonte II; CEP: 76200-000, Iporá-GO;
lyviiasobrinho@gmail.com
RESUMO
INTRODUÇÃO
A formação de professores, nas últimas décadas, tem sido uma temática com
relevante discussão em nível nacional e internacional, bem como se constituído um
campo autônomo de estudos. No século XVII, a necessidade da formação docente já
fora preconizada por Comenius, conhecido como o pai da educação moderna, a primeira
instituição de ensino teria sido estabelecida por João Batista de La Salle em 1684, em
Reims, como o nome de Seminário dos Mestres (Duarte, 1986, p.65-66). No entanto, a
questão da formação de professores exigiu uma resposta constitucional apenas no século
XIX, quando, após a Revolução Francesa, foi colocado o problema da instrução
popular, que foi pontapé inicial para o processo de criação de Escolas Normais como
instituições carregadas de preparar professores.
A primeira instituição com o nome de Escola Normal foi proposta pela
convenção, em 1794 e instalada em Paris em 1795. A partir desse momento se
introduziu a distinção entre Escola Nomal Superior e Escola Normal Primária, onde a
primeira se trata de formar professores de nível secundário e a segunda os professores
de ensino primário. Foi assim, que Napoleão, ao conquistar o Norte da Itália, instituiu
em 1802, a Escola Normal de Pisa nos moldes da Escola Normal Superior de Paris. Essa
escola, da mesma forma que seu modelo francês, destinava-se á formação de
professores para o ensino secundário, mas na prática se transformou em uma instituição
de altos estudos, deixando de lado qualquer preocupação com o preparo didático-
pedagógico.
Já no Brasil, segundo Saviani (2009) a questão do preparo de professores é uma
trajetória histórica, e surge logo após a independência, a partir do qual ele distingue e
discute seis diferentes períodos históricos da formação, de 1827 até o ano de 2006.
Assim, Saviani concluiu que o que ele analisou foi a precariedade das políticas
formativas “cujas sucessivas mudanças não lograram estabelecer um padrão
minimamente consistente de preparação docente para fazer face aos problemas
enfrentados pela educação escolar em nosso país’’(Ibid p.148).
Tais perspectivas só começam a ser modificadas com a emergência de um
discurso que coloca a qualificação do professor como uma das chaves para a
qualificação da educação (GÓMEZ,1995). Nesse sentido, há toda uma alteração nas
políticas públicas de formação dos professores. No caso brasileiro, a aceleração dessas
alterações inicia com a promulgação da Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDBEN (BRASIL,1996) e desdobra-se com a criação de programas de
formação de professores como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á
Docência-PIBID (BRASIL,2007), e no estabelecimento da Política Nacional de
Formação de Professores (BRASIL,2016).
O PIBID foi criado por meio da Portaria n°38, de 12 de dezembro de 2007, com
o objetivo de promover a articulação integrada da educação superior do sistema federal
com a educação básica do sistema público, em proveito de uma sólida formação docente
inicial. Á medida que foi avançando, passou a ser estendido para outros sistemas de
ensino superior, como estadual, comunitárias e privadas. Com o programa fortalecia-se
uma nova perspectiva na formação dos licenciandos, na qual as escolas de educação
básica transformaria em lócus de formação dos futuros professores, que estariam
diretamente ligados á ação docente
Diante dessas ponderações, podemos refletir: quais são as contribuições do
PIBID na formação profissional docente?
A inserção do graduando no ambiente de trabalho profissional permite que ele
desenvolva um conjunto tácitos e saberes que não poderiam ser desenvolvidas no
ambiente acadêmico somente por meio de simulações ou estudos investigativos
(GAUTHIER,2013), consiste em uma condição necessária para a produção e a
transformação de práticas profissionais docentes.
Com o programa, os licenciandos podem trabalhar desenvolvendo suas
habilidades didático-pedagógicas em sua escola-campo contribuindo para a articulação
entre teoria e prática, desenvolvimento de saberes curriculares necessária à formação
dos docentes, promovendo a estes futuros professores a oportunidade de criação e
participação em experiências metodológicas e práticas docente inovadora.
No ano de 2021 foram desenvolvidos alguns projetos durante o programa na
Escola Estadual Israel Amorim, em Iporá-GO envolvendo aulas teóricas e práticas em
turmas de 7° a 9° ano, onde os bolsistas puderam acompanhar de perto a realidade
escolar como um docente, contribuindo com a sua profissionalidade.Dentre as
atividades realizadas:
Fonte: Autor,2021
Diante dos aspectos mencionados, podemos refletir sobre a experiência do
PIBID por meio do contato com as escolas e das atividades desenvolvidas, os bolsistas
de iniciação á docência tiveram a oportunidade de entrar em contato direto com a escola
e os alunos. E, também passaram pela experiência de formação pedagógica que ocorre
nas escolas, sem ser professor formado. Com isso, enriqueceram sua formação através
das experiências vividas, das atividades, das pesquisas e de estudos desenvolvidos
durante o projeto, além de participar de um programa nacional que demonstra
preocupação com uma temática pouco valorizada que é a formação inicial de
professores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS