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conduto livre
Professor – Erick Santana Amâncio
Disciplina: Obras Hidráulicas
1
Metas desta aula
2
Revisão de hidráulica –
Princípio da conservação de
massa e de Bernoulli
3
O que são linhas e
tubos de corrente?
5
O que são linhas e tubos de corrente?
Ponto de
corrente
Ponto de
corrente
Tubo de
corrente
Os tubos de corrente são formados
por linhas de correntes, ou seja, não
são atravessados por nenhuma
linha de corrente.
Linha de
corrente
7
Mas... O que seria vazão?
12
Como a água se
desloca em tubo?
As regras são as mesmas, gente. Então
vamos observar a figura ao lado e
vamos entender o que está
acontecendo! Dessa forma ficará
melhor de supor as equações e estimar
as variáveis!
Agora, vamos separar tudo para analisar melhor. Primeiro vamos analisar a variação de energia
mecânica:
𝑚2 ∗ 𝑣22 𝑚1 ∗ 𝑣12
∆𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 = − + 𝑚2 ∗ 𝑔 ∗ ℎ2 − 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ ℎ1
2 2
Antes de mexer nessa equação vamos avaliar a variação do trabalho?
∆𝜏 = 𝐹1 ∗ 𝑑1 − 𝐹2 ∗ 𝑑2
Lembre-se que a força em questão é o empuxo! E o empuxo é uma resultante das forças de pressão,
então seria até justo representar a força de outra forma:
𝐹
𝑝= ⟹𝐹 =𝑝∗𝐴
𝐴
Vamos agora vamos substituir a força na equação define a variação de trabalho! 16
Como a água se desloca em tubo?
Substituindo...
∆𝜏 = 𝑝1 ∗ 𝐴1 ∗ 𝑑1 − 𝑝2 ∗ 𝐴2 ∗ 𝑑2 = 𝑝1 ∗ 𝑉1 − 𝑝2 ∗ 𝑉2
Ora, lembra do que falamos ontem? O volume será o mesmo! O fluido ele não comprime e não há
variação em massa de fluido, logo não há variação nem de massa específica e nem do volume,
logo: 𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉. Não é nada errado falar que:
∆𝜏 = 𝑝1 ∗ 𝑉 − 𝑝2 ∗ 𝑉 = 𝑉 ∗ 𝑝1 − 𝑝2
Mas antes de juntar as duas equações, vamos modificar um pouco a equação que representa a
variação de energia mecânica? 17
Como a água se desloca em tubo?
Agora, vou fazer um pulo do gato, porque eu tenho spoiler, desculpe. Olha o que eu vou fazer:
𝑔 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝑣22 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝑣12
∗ − − 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝑔 ∗ ℎ2 − 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝑔 ∗ ℎ1 ⟹
𝑔 2 2
𝛾 ∗ 𝑉 ∗ 𝑣22 𝛾 ∗ 𝑉 ∗ 𝑣12
⟹ − − 𝛾 ∗ 𝑉 ∗ ℎ2 − 𝛾 ∗ 𝑉 ∗ ℎ1 18
2∗𝑔 2∗𝑔
Como a água se desloca em tubo?
𝛾 ∗ 𝑉 ∗ 𝑣22 𝛾 ∗ 𝑉 ∗ 𝑣12
𝑉 ∗ 𝑝1 − 𝑝2 = − − 𝛾 ∗ 𝑉 ∗ ℎ2 − 𝛾 ∗ 𝑉 ∗ ℎ1 ⟹
2∗𝑔 2∗𝑔
𝛾 ∗ 𝑣22 𝛾 ∗ 𝑣12
⟹ 𝑝1 − 𝑝2 = − − 𝛾 ∗ ℎ2 − 𝛾 ∗ ℎ1 ⟹
2∗𝑔 2∗𝑔
𝑝1 𝑝2 𝑣22 𝑣12
− = − − ℎ2 − ℎ1
𝛾 𝛾 2∗𝑔 2∗𝑔
19
Finalmente, esse é o
princípio de Bernoulli.
𝑣12 𝑝1 𝑣22 𝑝2
+ ℎ1 + = ℎ2 + +
2∗𝑔 𝛾 2∗𝑔 𝛾
Ao longo de qualquer linha de corrente
é a soma das energias é constante.
𝑣2
• 𝐶𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 − 2𝑔
• 𝐺𝑒𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 − h
𝑝
• 𝑃𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 − 𝛾
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21
EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS PERFEITOS
Vocês estão sentados? Infelizmente não existem fluidos perfeitos! Os líquidos reais são distantes dos líquidos
perfeitos e sofrem influência tanto da viscosidade quanto do atrito lateral em suas tubulações. Sendo que
esses são os principais responsáveis pela perda de energia, ou seja, são responsáveis pela perda de carga.
Por isso acrescentamos a perda de carga a equação de Bernoulli a ideia é corrigir aquilo que o fluido
perfeito e sem consideração do atrito representa.
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Fluxo de água em canais
abertos
Extrapolando os
conhecimentos para
canais abertos
Em algumas disciplinas foram abordados os
aspectos de fluxo em tubulações fechadas,
como em Instalações Hidráulicas Prediais.
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Extrapolando os
conhecimentos para
canais abertos
Podemos definir um canal como um conduto
livre, ou seja, pelo menos um ponto do fluido que
esta sujeita a pressão atmosférica..
2 1
1
𝑄 = ∗ 𝐴𝑚 ∗ 𝑅ℎ3 ∗ 𝐼02
𝑛
Onde I0 representa a declividade do canal e “n” é o coeficiente de
rugosidade de Manning.
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Geometria
de canais
ℎ 29
𝜃 = 2 ∗ arccos 1 − 2 ∗ , 𝜃 deve ser calculado em radianos
𝐷
Exercício 1
30
Exercício 2
Um bueiro circular de 80 cm de diâmetro conduz água por baixo de uma estrada com uma
lâmina de 56 cm. Sabendo-se que I0 = 1 por mil e n = 0,015, calcule a velocidade média de
escoamento e a vazão.
32
Exercício 4
33
Exercício 5
Qual a altura d’água e a velocidade média de escoamento num canal trapezoidal, para
vazões de 200, 400, 600 e 800 l/s.
Dados:
n = 0,035,
m= 1:1,
b = 0,40 m,
I0 = 2 por mil.
𝑝1 𝑣2
𝐸 = +𝑧+
𝛾 2𝑔 36
Como se estuda a energia em conduto
livre?
𝑣2
𝐸 =𝑦+𝑧+𝛼∗
2𝑔
Não é de hoje (Bakhmeteff, 1912 apud Chow, 1959) que se considera na determinação da
energia específica de uma seção apenas as cargas medidas a partir do fundo do canal, ou
seja, considera-se apenas as cargas cinéticas e piezométricas. Sendo assim:
𝑣2
𝐸 =𝑦+
2𝑔
Que tal usar a equação da continuidade para substituir a velocidade pela vazão e área da
seção? Observe abaixo e vamos discutir um pouco sobre essas variáveis!
𝑄2
𝐸 =𝑦+ 38
2𝑔𝐴2
Energia específica de uma seção
Considerando a vazão como uma constante, podemos dizer que a energia varia apenas
em função da profundidade, correto? Como varia energia caso mudemos as características
da seção, claro ainda com vazão constante?
Vamos olhar para as duas energias presentes na seção específica de forma isolada?
𝑄2
𝐸1 = 𝑦 𝐸2 =
2𝑔𝐴
Para ajudar nossa abstração, vamos imaginar um canal retangular de 2,0m de base e 4,0
metros de altura, cujo nível de água começará a subir do zero até chegar em 3,5 de altura!
Vamos entender como varia energia na seção.
39
Variação da energia cinética e pizométrica em uma seção retangular
40
2,0m
Variação da energia específica em uma seção retangular
𝑄2
𝐸2 =
2𝑔𝐴2 N.A
Q=3,0m³/s y
41
2,0m
Existe um ponto onde a energia
𝐸1 = 𝑦 piezométrica é igual a energia cinética
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Energia específica de
uma seção Variação da energia específica caso a vazão fosse alterada
Diante deste ponto importante podemos discutir situações que conduzem a esse ponto que
chamaremos de crítico.
Profundidade crítica – se mantivermos as condições de vazão e características
geométricas do canal, poderíamos alcançar o ponto crítico em uma determinada
profundidade, chamada de profundidade crítica.
Declividade crítica – se mantivermos as mesmas condições de vazão e características do
canal, a profundidade do canal pode alterar e, por consequência, a profundidade do
fluido, ou seja, a declividade crítica é aquela que conduz à profundidade crítica.
Velocidade crítica – é a velocidade fluido no momento de profundidade crítica.
Vazão crítica – caso se mantenha as características geométricas do canal, declividade,
pode se determinar a vazão que conduza o escoamento ao ponto crítico.
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No combate entre velocidade e energia de pressão (inércia) quem leva a melhor?
Vamos iniciar derivando a expressão de energia específica:
𝑑𝐸
Número de Froude 𝑑𝑦
= 𝑑(𝑦 + 𝑄2 Τ2𝑔𝐴2 )Τ𝑑𝑦
𝑑𝐸 𝑣2
Número de Froude 𝑑𝑦
=1−
𝑔𝑦ℎ
Então, é elementar meu Caro Ora, o número de Froude pode ser definido como:
Número de Froude 𝑣
𝐹𝑟 =
Então gente, vamos relacionar o 𝑔𝑦ℎ
Froude com a variação da Observe que temos uma relação entre a 𝑣 que simboliza a
profundidade hidráulica? energia cinética, ou seja, quanto mais veloz estiver um fluido
maior será o número de Froude e isso indica predominância da
𝑑𝐸
𝑦 < 𝑦ℎ ⟹ < 0 ⟹ 1 − Fr2 < 0
𝑑𝑦 energia cinética! Observe que isso é o mesmo que dizer que há
predominância das forças gravitacionais.
Fr > 1 ⟹ 𝑅𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
Porém quando temos a predominância da energia
𝑑𝐸
𝑦 > 𝑦ℎ ⟹ > 0 ⟹ 1 − 𝐹𝑟2 > 0 predominância das forças de pressão, podendo ser dito que há
𝑑𝑦
predominância das forças inerciais (lembra que para toda força
Fr < 1 ⟹ 𝑅𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑆𝑢𝑏𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
há uma reação? O empuxo seria a reação! E quanto maior o
Vamos observar o número de empuxo maior a inércia!)
Froude quanto a interpretação 48
cinética?
Atenção! Com a profundidade hidráulica
𝐴𝑚
𝑦ℎ =
𝐵
É muito comum ver essa mudança na saída de uma tomada d’água de uma
barramento, por exemplo, onde se observa a água saindo à uma velocidade crítica e
sendo freada por um jusante quando encontra uma massa de água uma declividade
subcrítica.
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Condições de profundidade seções
controle
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Ressalto hidráulico
𝑦1 1
= ∙ 1 + 8𝐹𝑟12 − 1
𝑦2 2
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Exercício 6
Um canal retangular com base 5,0m transporta uma vazão de 10,0 m³/s entre os pontos 1 e
2, em uma extensão de 1,0 km e desnível de 13m. Sabendo que a profundidade a montante
é de 1,0m e a velocidade de jusante é de 3,0 m/s (a) calcule a perda de carga total entre o
início e o término do canal. (b) Determine o número de Froude das duas seções de
escoamento.
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Exercício 7
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Chegamos ao término da aula! Agora se
prepara para próxima!! Em breve vocês terão
um novo exercício =) 58