O liberalismo surgiu como ferramenta de oposição ao regime político e
econômico da idade media: mercantilismo e monarquias. Ambos apostavam na existência de um Estado intervencionista com poderes de intervenção, os quais geravam falhas como a concessão de favores e privilégios.O mercantilismo, em especial, acreditava na riqueza como uma grandeza definida, levando a crer que as trocas eram conflituosas, pois o jogo de soma zera era favorável a um e desfavorável a outro agente de troca (algo destruído posteriormente, pois só ocorrem trocar por ter benefícios mútuos). Alguns governos passaram a observar as limitações do modelo vigente, procurando adotar medidas contra o poder absoluto dos monarcas e concessão de privilégios: O laisser faire e laissez passer, de Luis XIV e a queda da Corn Laws (reserva de mercado de cereais) na Inglaterra. Tais atos, porém, não abarcavam a completude da idéia liberal. No fim do século XVIII, há a real evolução do pensamento liberal, traduzindo-se em separação do domínio da Igreja sobre o pensamento comum e seu afastamento do Estado, caem monarquias e surge a maior expressão liberal em formato de nação: os EUA. Poderia ser visto nesse novo pais, os grandes benefícios do regime liberal, os quais beneficiaram principalmente as massas: crescimento populacional, melhora da expectativa de vida e conforto material, todos baseados na idéia de evolução constante, progresso e produtividade. No período de guerras (1914- 1949), diversos regimes totalitários pipocam em todo o mundo, contrariando o que até então vinha sendo uma tendência. O intervencionismo necessário na época, advindo da necessidade de centralização de planejamento e ação, permeou todos os campos,se ampliando para o campos econômico através das idéias intervencionistas anticiclicas de Keynes ( e instituições voltadas para tal sorte – Banco Mundial e FMI, que hoje, passam por uma crise de existência ao possuírem concorrentes ‘nascidos’ naturalmente nos mercados, como fundos soberanos). As perdas publicas foram gigantes, pois o processo inflacionário e taxação para programas que sustentavam os gastos governamentais puniam mais fortemente a grande massa. No Brasil, espelhando os acontecimentos mundiais, Getulio Vargas criava a idéia de Estado intervencionista, grandes empresas estatais, crescimento...... Vale ressaltar que o intervencionismo mencionado exige a obrigatoriedade de aplicação de recursos por parte das pessoas de forma diferente da que fariam se não houvesse a intervenção , ou seja, é deixada de lado a soberania do consumidor em detrimento de um ato autoritário do Estado. O renascimento do liberalismo se dá na segunda metade do século XX, mas de uma maneira mais profunda, já que anteriormente, não tinha de fato sido algo aplicado largamente. Japão, Europa em geral e alguns paises do leste asiático embarcam na cruzada liberal, porem o 3º mundo se mantem preso às retóricas sociais democratas ou regimes sociais. Vemos o caso brasileiro, o qual influenciou significativamente a Constituição de 1988, considerava-se vergonhosa a posição liberal, o que resultou em uma polarização de ideologias sendo uma equivocada (socialismo) e uma vazia (centro).
AÇÃO HUMANA
O ser humano, por si só, visa passar de um estado menor
satisfação para um estado de maior satisfação. Pode-se afirmar também que a ação humana é a realização de uma vontade, é a vontade de atingir objetivos, é a resposta do homem às condições do meio ambiente. O aumento da satisfação é o lucro propiciado pela ação. O que cada um considera um estado de coisas mais satisfatório depende de um julgamento de valor individual e, portanto, subjetivo. Varia de pessoa pra pessoa e, na mesma pessoa, de um momento para outro. Essa característica é básica e essencial na ação humana, é “um dado irredutível”. O homem, ao agir, escolhe; entre duas coisas que não pode ter ao mesmo tempo, seleciona uma e abandona outra. Ação, portanto, é não apenas escolher algo, mas renunciar às suas respectivas alternativas. Decorrente desse pensamento, o problema econômico surge de os fatos serem escassos e os fins alternativos ilimitados. O custo de uma ação, de uma escolha, corresponde a tudo aquilo que se renunciou em virtude da escolha feita, sendo essa feita individualmente (quando os objetivos e meios habitualmente escolhidos sejam semelhantes, costuma-se chamar de estagio cultural de um povo, uma coletividade)
A SOCIEDADE HUMANA
O fato de a ação humana ter sempre por objetivo substituir uma
situação menos satisfatória por outra mais satisfatória é a razão de existir o que se denomina de progresso ou desenvolvimento em geral, e desenvolvimento econômico em particular. As chamadas instituições sociais que vieram a ser gradativamente adotadas pelo homem, tais como a divisão do trabalho, a cooperação sindical, a competição, a moeda, nunca foram, em si, objetivos estabelecidos a priori.O objetivo anterior da ação humana é apena aumentar a satisfação ou diminuir o desconforto. São fruto de uma seleção natural de acontecimentos que resultam na maior satisfação dadas as tentativas e erros. Por exemplo, em seus primórdios, o homem percebeu que a divisão do trabalho e a sua conseqüência natural, a troca direta, resultavam num meio bastante eficiente de diminuir o desconforto – surge aqui a cooperação social.
COOPERAÇÃO SOCIAL
A forma de cooperação social esta baseada no preceito de “a cada um
segundo suas necessidades, de cada um segundo suas possibilidades”. Há o surgimento de simpatia e lealdade, mas não são esses sentimentos que deram origem às relações sociais. Elas são fruto da cooperação social; so florescem no contexto da cooperação social. Não são razoes de natureza altruística , só surgem se uma parte for capaz de oferece à outra uma vantagem comparativa.
AS REGRAS DA JUSTA CONDUTA
Pode-se dizer que o processo civilizatório é um processo de contenção dos instintos ; é colocar a regra acima do instinto. Ao colocar uma regra acima do instinto, o homem estabelece o Estado de direito, o império da lei; lei entendida no seu sentido correto: uma regra geral de justa conduta aplicável a todos os casos futuros. A lei precede o Estado, que surgiu exatamente pela necessidade de fazer com que as regras estabelecidas fossem obedecidas. Assim, o Estado é um mal necessário como detentor do monopólio de coerção. O papel é limitado; o poder de coerção so deve ser usado para garantir cumprimento das regras, para garantir os direitos individuais estabelecidos pelas próprias regras, para fazer com que sejam cumpridos os contratos e compromissos assumidos entre os cidadãos.Nota-se que os direitos individuais que não podem ser retirados são: direito à vida, à liberdade, à propriedade, à saúde. A adoção de regras e a submissão a ela surgiram na humanidade como meio para atingir objetivo de aumentar a satisfação e diminuir o desconforto. Se não for nessa direção, estaremos nos guiando para o poder autoritário.
O MERCADO, O LUCRO E A FUNÇÃO EMPRESARIAL
O mercado é um processo de transmissão de informações, as quais
representadas por preços, e não um local, uma praça. O conjunto de tais informações comanda e dirige a utilização de recursos escassos de forma q seja obtida a maior satisfação possível. Todo produto cujo custo de produção for menor que o preço, há lucro. Quanto maior o lucro, maior o estimulo para que o produto em questão seja produzido. No mercado livre, os preços informam o que as pessoas desejam que seja produzido e, quanto maior for a expectativa de lucro, mais rapidamente elas serão atendidas. As intervenções no mercado – subsídios , tabelamentos, etc – deformam os preços e, portanto, deformam as informações a serem processadas pelo mercado. O estabelecimento de tarifas aduaneiras ou reservas de mercado significa que apenas o favorecimento de produtores de um determinado produto em detrimento da enorme maioria de consumidores. Os prejudicados são todos os consumidores que, direta ou indiretamente, são obrigados a pagar por um preço maior, ou que, na impossibilidade de faze-lo, deixam de ter acesso ao produto em questão. No caso da intervenção via monopólio estatal, os consumidores, alem de serem obrigados a usar produtos e serviços piores e caros, acabam sendo também obrigados a arcar com um ônus adicional – a pressão por maiores salários e vantagens dos funcionários públicos. O lucro é fruto de uma descoberta, a qual é apreciada pelos consumidores, pois gera mais satisfação que produtos anteriores ou soluções não existentes. Dessa forma, quanto mais, melhor; quanto mais descobertas que favoreçam o consumidor, melhor. Onde houver liberdade de entrada no mercado, e onde o sistema de preços não for deformado por intervenções do Estado ou por preços monopolisticos, a perspectiva de lucro estimula a atividade empresarial, beneficiando a sociedade e favorecendo o consumidor. O lucro é a medida da contribuição empresarial à sociedade; é a forma com que a sociedade diferencia o empresário competente do incompetente. O empresário pode dar ao lucro auferido a destinação que melhor lhe couber. Ele pode ser generoso com a destinação que dará ao lucro, mas tem que ser implacável com a redução dos custos. A empresa não pode fazer benesses, porque o publico é implacável e só prestigia quem vende um produto melhor e mais barato. Numa sociedade autoritária e intervencionista, entretanto, as coisas de passam de uma maneira bastante diferente; o lucro passa a ser também furto do favorecimento e privilegio – e, por isso mesmo, iníquo e imoral – desse tipo, quanto menos, melhor. A existência de atividade empresarial só existe pela imperfeição do conhecimento entre os participantes de mercado. O processo gerador de lucro é, portanto, um processo de correção da ignorância dos participantes de mercado. Depois de feita a descoberta, a competição e a atividade econômica farão seu papel de redução de custo. Havendo liberdade de entrada no mercado, é inevitável que haja competição. É por isso que uma das mais importantes funções do Estado é assegurar a liberdade de entrada no mercado, de forma a possibilitar a maior competição possível. Mesmo que haja destruição de negócios já estabelecidos, isso faz parte da chamada destruição criativa (Schumpeter), a qual segue o preceito de maior satisfação.. Fruto dessa liberdade é a maior produtividade e melhora no padrão de vida do trabalhador. A função empresarial consiste exatamente em, valendo-se das informações transmitidas pelo mercado – os preços – e das conseqüentes possibilidades de lucro, “descobrir” qual o conjunto de bens, entre todos aqueles cuja produção é tecnicamente possível, que propicia a maior satisfação possível, que atende às necessidade mais urgentes dos consumidores.
IGUALDADE DE OPORTUNIDADE
O homem não age com o objetivo de propiciar a igualdade de
oportunidade. As instituições sociais vão sendo adotadas na medida em que atendem o objetivo da ação humana. Um trabalhador americano não ganha dez vezes mais do que um latino americano por ser dez vezes mais inteligente, hábil ou trabalhador. Sua maior produtividade e conseqüente melhor padrão de vida decorrem do fato de poder utilizar uma quantidade bem maior de capital produtivo, capital esse acumulado e aplicado pelas gerações anteriores.Há ainda os que alegam, em nome da igualdade de oportunidade, que todos deveriam ter acesso a um mínimo de educação escolar e saúde. Isso é desejável não por configurar uma maior igualdade de oportunidade, mas por aumentar a competição. Numa sociedade livre, a melhoria da qualidade do estoque humano aumenta a produção, a qualidade de vida, o respeito às regras. Adicionalmente a isso, aos mais carentes, deve ser concedido renda via Estado, desde que: • Existam de fato os recursos • Que os recursos sejam entregues diretamente aos indivíduos, que deveriam ser livres para escolher, por exemplo, a escola em que vão colocar seus filhos ou o seguro de saúde que os atendera em caso de necessidade. Não há nada de errado na desigualdade de renda quando ela é fruto do esforço, da sorte..... Inaceitável é a desigualdade de renda provocada pela intervenção coercitiva do Estado, favorecendo uns em detrimento de outros.
A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL
Os defensores do intervencionismo, no fundo, querem dizer que as
massas não são capazes de identificar os seus interesses, sendo portanto necessário obrigá-las a entregar compulsoriamente parte substancial de seus salários para que seja a eles dados a melhor destinação (os executivos do Estado). Entretanto, o trabalhador poderia utilizar esses recursos para satisfazer necessidades mais imediatas. Mesmo investimentos úteis, como os feitos para a geração de energia, e que devem ser “rateados’ custam o dobro quando realizados pelo Estado. Prevalecem o clientelismo e nepotismo. Os defensores do intervencionismo parecem não perceber que, ao condenarem o mercado por eventualmente não produzir o que consideram melhor para as massas, acabam cirando aparato estatal que desperdiça a poupança voluntária e compulsória. O processamento de informações através do mercado permite identificar melhor, mais rápida e mais diretamente os desejos das massas; quem paga pelo desperdício ou pelo investimento mal feito é o próprio empresário capitalista. No regime intervencionistas, são os detentores do poder que se arrogam o direito de determinar quais os desejos das massas; o desperdício, a corrupção, o investimento faraônico e desnecessário são pagos pelo próprio povo.
GESTÃO EMPRESARIAL E GESTÃO BUROCRÁTICA
Gestão empresarial é aquela em que as satisfações e o desconforto
provocados pela gestão são suportados pelo gestor. A decisão de compra de uma camisa, ou da escolha o cônjuge são decisões empresariais: os ônus e as vantagens são suportadas por quem faz a escolha de forma focada e concentrada. Para isso, há o pré-requisito de que os recursos sejam de sua propriedade (daí a importância da propriedade - a responsabilidade na tomada de decisão e envolvimento na decisão, alinhando assim os interesses). A gestão empresarial na atividade econômica só é aplicável quando se trata de atender as necessidades e objetivos que tenha ou possam ter, um preço de mercado. Existem inúmeras necessidade e objetivos que não podem ter um preço de mercado porque as vantagens e o ônus de sua realização não podem ser apropriados individualmente, como segurança nacional,por exemplo. A gestão burocrática é o método apropriado para administrar o poder publico, isto é, o aparato social de compulsão e coerção. Onde o calculo econômico não é aplicável, os métodos burocráticos são a única alternativa. Por isso, o governo socialista tem que aplica-los a todos os seus campos de ação. Numa sociedade, quanto mais a gestão empresarial for substituída pela burocrática, menos bem alocados serão os seus recursos e menores serão a competição, a eficiência e a satisfação geral.
GRAI DE SERVIDÃO
Existem 2 formas de cooperação social: a cooperação em virtude de
contratos e vínculos estabelecidos livremente entre as partes e a cooperação hegemônica, estabelecida por meio de comando e subordinação.A cooperação puramente hegemônica é a feita por contrato, representada por preços, salários, juros e em que prevalece a absoluta liberdade de entrada no mercado. A trajetória de desenvolvimento, invariavelmente, tem passado da trajetória da escravidão para a liberdade. O trabalhador livre ganha muito mais do que o escravo, mas produz muito mais ainda, sendo seu custo por unidade produzida menor. Atualmente, não há formalmente escravidão, mas a simples limitação de escolha pode ser considerada uma forma de grau de servidão. O Estado, ao impor restrições ao direito de propriedade e à liberdade de entrada no mercado, aumenta o grau de servidão, tornando a sociedade mais pobre, menos rica do que poderia ser.
A IMPORTÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES
A performance econômica de uma sociedade depende menos da qualidade de seus atores do que das instituições que formam o assim chamado “meio ambiente institucional”onde atuam os agentes econômicos. Instituições são regras formais, limitações informais (normas de comportamento, convenções e códigos de conduta), e pelos mecanismos responsáveis pela eficácia da aplicação dessas normas. Os resultados a serem alcançados por uma sociedade são fortemente influenciados pela estrutura de incentivos inerentes à matriz institucional vigente. Se as instituições privilegiarem a ausência de privilégios e a liberdade de entrada no mercado, os mais bem sucedidos serão os que revelarem maior produtividade, maior criatividade e os que forem capazes de produzir melhor e mais barato os produtos que os consumidores desejam. O ideal é permitir que a sociedade se organize livremente, de tal sorte que os sem-carater, os aproveitadores, os amorais não sejam, naturalmente, os mais bem sucedidos. As pré condições para uma nação nesses moldes florescer são:
O respeito e direito à propriedade
A transferência por consentimento O cumprimento de compromissos assumidos
O LIBERALISMO
O liberalismo , portanto, é uma doutrina voltada para a melhoria das
condições materiais do gênero humano. Seu propósito é reduzir a pobreza e a miséria, e o meio que propõe para que esse objetivo seja atingido é a liberdade. O liberalismo não visa criar qualquer outra coisa, a não ser as precondições externas para o desenvolvimento da vida interior. Dentre seus pilares, um dos mais relevantes é a liberdade, a qual deve ser entendida como a ausência de coerção de indivíduos sobre indivíduos. Um sistema baseado na liberdade assegura maior produtividade de trabalho humano, sendo portanto do interesse de todos os habitantes do mundo. Outro ponto é que não haja restrições à propriedade provada e plena liberdade de entrada no mercado. O liberalismo condena a guerra, pois essa diminui a possibilidade de cooperação social e de divisão do trabalho. A liberdade, a propriedade e a paz são, assim por dizer, os pilares sobre os quais se assenta a doutrina liberal. Liberalismo é liberdade econômica, é liberdade de iniciativa, entendidas como o direito de entrada no mercado para produzir os bens e serviços que os consumidores desejam (sem distorções tais quais subsídios, reserva de mercado, protecionismo aduaneiro, monopólio, concessões....). Um exemplo pratico é a obrigatoriedade de encargos de trabalhadores. Deveria ser dada a opção de renunciar, total ou parcialmente, os benefícios sociais. O trabalhador conseguiria alocar tais recursos os otimizando de acordo com suas necessidades., Liberalismo é liberdade política: liberdade de expressão, locomoção, crença, de reuniao é a consciência de que haver liberdade para escolher as pessoas que irão exercer as funções de governo e que, portanto, irão deter o comando do aparato da coerção e compulsão. Para haver liberdade de escolha, é indispensável a existência de eleições periódicas e que os indivíduos possam se organizar em torno de idéias e princípios que considerem mais adequados para a sociedade; que possam formar partidos políticos de qualquer natureza. O liberalismo não pode ser imposto à forca, tem que se impor pela persuasão e pelo argumento, pela explicação de suas vantagens. Dentre os princípios gerais, pode-se concluir que a cooperação social e os seus benefícios serão tanto maiores quanto mais cuidadosamente forem respeitados: • Igualdade perante a lei • Respeito aos direitos individuais • Responsabilidade individual • Respeito às minorias • Liberdade de entrada no mercado
Como pano de fundo a esses princípios, o liberalismo reconhece a
inviabilidade total,anárquica, e acata o conceito de liberdade compatível com a convivência social baseada no intercambio espontâneo dos indivíduos. Reconhece a necessidade de uma ordem geral, estruturada em normas abstratas de conduta, legitimamente geradas pelos cidadãos e eficazmente aplicadas pelas instituições administradoras da justiça. Isso pressupõe a existência de um Estado organizado, que detenha o monopólio da coerção, e de um governo encarregado de administrar o aparato estatal de compulsão e coerção.O papel essencial do governo é o de usar o aparato da coerção e compulsão para impedir um cidadão que queria usar de violência ou fraude para atingir seus objetivos; é o de preservar a vida, liberdade, a propriedade e a saúde dos indivíduos; é o de manter o ambiente institucional e o respeito às regras de modo a que possam florescer talento e capacidades individuais – é o de prover a ordem e a justiça. Um ponto relevante além dos óbvios e já citados (eliminação de tarifas aduaneiras, limitação os gastos ao recolhimento de impostos, etc) é o papel da autoridade monetária. A inflação é o aumento da oferta de moeda e pune principalmente as massas. Um de seus originadores é o Banco Central, o qual deve ser independente e autônomo para que limite a expansão dos meios de pagamento ao correspondente aumento da disponibilidade de bens, mantendo os preços estáveis. É inaceitável a inflação por meio de elevação dos gastos do governo, os quais vão de encontro ao seu papel de mínimo regulador.
COMENTÁRIOS
• O Estado é decorrência dos indivíduos e sua interação social.
Busca regulamentar os pontos de atrito decorrentes da convivência. • Há uma interrelacao profunda entre todos os tipos de liberdade (política, econômica, etc). Sem uma delas, há a geracao de deficiências que podem sim se espalhar dentre todas. • A cultura americana busca, desde sempre, criar um atrito entre estabilidade e competição, algo diferente do que acontece no Brasil, pais no qual o estimulo à competição não existe, mas sim o incentivo à estabilidade (seja por meio de vantagens, pela garantia de emprego, etc). A questao de educação é uma alternativa à essa sitaucao. Um ponto relevante é o bolsa família, que incentiva a não produção por pouco mais de 100 reais e, complementarmente, não permite que se tenha dignidade, auto estima e evolua ganhando os mesmos 100 reais (questão do sub emprego, trabalho escravo,etc). • A descentralização do poder gera otimização do sistema (tanto política como enconomica). – vide modelo mais descentralizado americano. Isso ocorre pela liberdade de ação assim como a questão de framing, na qual a cobrança e gerencia sobre a situação é muito mais elevada em micro ambientes do que em sistemas centrais distantes (o que possui relações com impunidade, sensação de distanciamento e não relação com o particular)