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Benefícios
1.1. Intermediação da humidade nos alimentos Consiste em ligar a água presente para
preservar por intermediação da humidade nos alimentos por exemplo: cookies, bolos e pães.
Este processo reduz a disponibilidade da água para reacções deteriorantes. A água fica
imobilizada pela adição de aditivos humectantes permissíveis como glicerol, glicóis, sorbitol,
açúcares e sais. Geralmente, este processo captura as actividades de água de 0,6 a 0,85,
permitindo que o alimento fique estável à temperatura ambiente, por conta da inibição do
crescimento da maioria dos microrganismos nestes níveis.
1.2. Actividade de água (aw) Água é o factor mais importante no controle da taxa de
deterioração de um alimento. Contudo, o conhecimento do teor de humidade de um alimento
não é suficiente para predizer sua estabilidade. É a disponibilidade da água para actividades
microbiológicas, enzimáticas ou químicas que determina a vida de prateleira dos alimentos.
Esta disponibilidade da água é mensurada pela actividade de água (aw). A actividade de água
é mensurada em escala de 0 a 1, onde 0 indica sem água e 1 indica toda a água. Os
microrganismos deteriorantes de alimentos, em geral, são inibidos nos alimentos onde a
actividade de água se encontra abaixo de 0,6. Contudo, se o pH do alimento for menor que
4,6, os microrganismos são inibidos quando a actividade de água estiver abaixo de 0,85.
1.3. Adição de produtos químicos A adição de alguns produtos químicos inibe o crescimento
microbiológico nos alimentos. Incluem-se aí os classificados como conservantes. Sal,
açúcares, fumaça de madeira e algumas especiarias também inibem o crescimento de
microrganismos.
1.4. Controle de pH Quase todos os alimentos, com a excepção das claras e bolachas cream
cracker, tem valor de pH menor que 7. Os alimentos podem ser amplamente categorizados
com base em seu pH como altamente ácido, ácido, médio ácido e baixo ácido. Exemplos de
cada categoria: Altamente ácido (3,7): maçãs, limões, framboesas; Ácidos (3,7 a 4,6):
laranjas, azeitonas, tomates (alguns); Médios ácidos (4.6 a 5,3): pão, queijo, cenouras; Baixo
ácido (acima de 5,3): carne, peixe, a maioria das hortaliças A maioria dos microrganismos
cresce melhor na faixa de pH de 6,5 a 7,5. Bolores e fungos são capazes de crescer em faixa
de pH muito mais ampla que as bactérias. Poucos patógenos crescem abaixo de pH 4.0. Esta
informação é importante, porque ajuda a determinar a estabilidade alimentar com respeito à
deterioração microbiológica.
2.1. Esterilização Primeiramente uma nota: um patógeno é qualquer organismo que causa
doença. Patógenos alimentares causam doenças transmitidas por alimentos como
envenenamento ou intoxicação. A esterilização destrói todos os microrganismos patogênicos e
deteriorantes nos alimentos e inactiva as enzimas por aquecimento. Todos os alimentos
enlatados são esterilizados em uma retorta (uma grande panela de pressão). Este processo
permite que os alimentos tenham vida de prateleira maior que 2 anos. Alimentos com pH
maior que 4,6, como carne e a maioria das hortaliças, devem passar por condições severas de
aquecimento para destruir todos os patógenos. Estes alimentos são aquecidos sob pressão de
121 C por tempos variados. Condições severas são aplicadas para garantir que os esporos de
Clostridium botulinum sejam destruídos durante o processamento. Estes esporos produzem a
toxina mortal do botulismo em condições anaeróbicas (ou seja, quando não há oxigenação).
Os esporos são destruídos por calor e inibidos em valores de pH de menos que 4,6. Portanto,
um alimento com pH menor que 4,6 embalado anaerobicamente, como molho de macarrão,
não necessita passar por tratamento severo por calor.
2.3. Escaldamento É um tratamento leve de calor, usando água quente ou vapor, aplicada
principalmente em hortaliças antes de enlatar ou congelar. Escaldamento é usado antes de
congelar para inactivar enzimas presentes causadoras de reacções deteriorantes nos alimentos
durante o armazenamento congelado. Estas reacções incluem mudanças em cor e textura,
sabores indesejáveis e decréscimo do valor nutricional. O escaldamento é usado antes do
enlatamento por razões diferentes, porque as enzimas são destruídas inevitavelmente durante
o processo. O branqueamento induz o vácuo nos enlatados, e é também usado para controlar o
produto dos recipientes (exemplo: espinafre).
2.5. Fritura Difere dos outros métodos de processamento por calor, já que o meio de
cozimento é o óleo quente. Por conta da grande diferença entre a temperatura do óleo e do
alimento, assim como do dimensionamento pequeno dos pedaços de alimento, o cozimento é
completo em tempo relativamente curto entre 20 segundos a 6 minutos. Os alimentos fritos
são conhecidos por sua característica superfície externa crocante assim como por seu alto teor
gorduroso. A gordura absorvida pelo alimento varia de 10% a 40%, dependendo do tempo em
que o alimento permanece imerso no óleo. Fritadeiras contínuas são utilizadas na indústria
alimentícia.
infestação de insectos na farinha de trigo integral e para reduzir a carga microbiológica das
especiarias moídas. Se a irradiação se tornar mais amplificada entre vários outros produtos
alimentares, espera-se que substitua a fumigação, garanta qualidade higiénica e reduza a
dependência de refrigeração. Pré-preparo Inclui todas as operações anteriores às etapas em
que há redução ou eliminação de microrganismos (preparo) como: pesagem, limpeza, divisão
e união. Divisão simples: operação mecânica que não altera a constituição do alimento, sendo
esta apenas uma subdivisão do todo. Consiste nas seguintes etapas: cortar ou picar divisão do
alimento em partes menores; moer ou triturar reduzir a pequenos fragmentos homogéneos por
meio de máquinas ou manualmente. Divisão com separação de partes: decantar e centrifugar
para líquidos; para sólidos: descascar, peneirar ou tamisar; separação de sólidos e líquidos:
espremer, filtrar ou coar, sedimentar e centrifugar. União: misturar, bater, amassar ou sovar.
Modificações nutricionais Vários factores influenciam o teor nutricional dos alimentos,
dependendo do tipo e nível das perdas no processamento. Estes incluem a formação genética
das plantas ou dos animais, o solo no qual cresceram, uso de fertilizantes, clima prevalente,
maturação na colheita, embalagem, condições de armazenamento e métodos de preparação
para processamento. As condições de embalagem e manipulação após o processamento
também são importantes ao valor nutritivo do alimento.
Contudo, se o alimento contiver açúcares redutores, como glicose, frutose e lactose, podem ter
escurecimento não-enzimático (Maillard), pois os açúcares reagem com os aminoácidos para
criarem complexos não digeríveis. Esta reação pode reduzir a qualidade protéica dos
alimentos. O teor em lisina é afectado com mais frequencia pelo tipo de reacção. Alguns
nutrientes como vitamina C são destruídos pelo calor. Perdas deste e outros nutrientes
termolábeis dependem da extensão do aquecimento e outras condições prevalentes, como o
pH.