Você está na página 1de 9

Os sete princípios do Design Universal

- Design Total, Design Inclusivo:


Exemplos

O Design Universal permite o acesso que qualquer pessoa com diferentes


características de forma autônoma de forma segura e confortável. Neste tópico serão
abordados os sete princípios do Design Universal e seus exemplos: Igualitário,
flexível/adaptável, de uso simples e intuitivo, de fácil percepção, seguro, sem
esforço/baixo esforço físico e com dimensões e espaço para aproximação e uso.

AUTOR
PROF. EDSON TAKAYUKI TANI

O que é Design Universal?

Design Universal, ou Design Total ou Design Inclusivo, segundo Ana Claudia


Carletto e Silvana Cambiaghi, é a concepção de espaços, artefatos e produtos que
visam atender simultaneamente a todas as pessoas, com diferentes
características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e
confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a
acessibilidade
(http://www.vereadoramaragabrilli.com.br/files/universal_web.pdf).

Os 7 princípios do Design Universal

Foi um arquiteto cadeirante americano chamado Ronald Mace que na década de


setenta utilizou pela primeira vez o termo Design Universal. A princípio o conceito
estava voltado apenas à arquitetura, mas com a evolução tecnológica o uso do
termo passou também para o design de produtos, e também produtos de
telecomunicação e de tecnologia da informação.
Em 1997, Mace liderou um grupo de arquitetos, designers, engenheiros e
pesquisadores na Universidade da Carolina do Norte e definiram sete princípios
de Design Universal.
Os sete princípios do Design Universal, propostos pelo Centro de Design Universal
da NCSU (North Carolina State University), servem para orientar os designers na
concepção de produtos, ambientes e comunicações. Também podem ser
aplicados na avaliação de projetos existentes e no auxílio no processo de
desenvolvimento do design. Os sete princípios do Design Universal possibilita
educar designers e consumidores sobre as características de produt os mais
utilizáveis.
`
Princípio 1: Uso Equitativo ou igualitário
O design deve ser orientado para pessoas com habilidades distintas.

Diretrizes

• Proporcionar a mesma forma de utilização a todos os usuários sempre que


possível; e de forma equivalente, quando não for.

• Evitar marginalizar ou excluir qualquer usuário.

• Promover privacidade, proteção e segurança, igualmente a todos os usuários.

• Proporcionar um design atraente para todos os usuários.

Princípio 2. Uso flexível e adaptável

O design deve atender de maneira ampla a diversidade de preferências e também


as habilidades individuais.

Diretrizes:

• Permitir a escolha de formas de utilização.

• Atender o acesso e o uso tanto ao destro como ao canhoto.

• Promover a exatidão e a precisão por parte do usuário.


• Possibilitar adaptabilidade no ritmo de assimilação do usuário.

Fonte: Easi-Grip® Scissors PEG é uma marca da Peta (UK) Ltd. Foto retirada de material
promocional disponível em: https://peta-uk.com

Princípio 3. Uso Simples e Intuitivo

O design deve ser de fácil compreensão, independentemente do nível de


experiência do usuário, de sua formação, do conhecimento de idioma ou da
capacidade de concentração.

Diretrizes:

• Evitar complexidades desnecessárias.

• Ser o mais lógico possível, dentro das expectativas e intuição do usuário.

• Abranger uma ampla gama de níveis de instrução e capacidades


linguísticas.

• Organizar a informação de acordo com seu grau de importância.

• Promover solicitação e retorno eficazes, durante e após a conclusão das


tarefas.
Princípio 4. Informação Perceptível

Comunicar ao usuário a informação necessária de modo eficaz independente da


condição do usuário ou do ambiente.

Diretrizes:

• A informação essencial deve ser mostrada com redundância a partir de


diversos meios como pictogramas, verbal, tátil, etc.

• Promover contraste entre as informações essenciais e as afins.

• Maximizar a legibilidade da informação essencial; diferenciar os


elementos de forma que possam tornar fácil instruir e orientar.

• Usar diversas formas de comunicação: símbolos, letras em relevo, braille


e sinalização auditiva.
Princípio 5: Seguro, mínima tolerância para o erro

O design deve minimizar o risco e as consequências adversas de ações


involuntárias ou imprevistas.

Diretrizes:

• Dispor os elementos mais usados de maneira mais acessíveis e elementos


perigosos, devem ser eliminados, isolados ou protegidos.

• Dispor de avisos de riscos e de erros.

• Dispor de recursos de segurança em caso de falhas e desencorajar ações


inconscientes em tarefas onde seja necessária a vigilância.


Princípio 6: Nenhum esforço físico ou com baixo esforço físico

O design deve promover eficiência, conforto e mínimo de fadiga.

Diretrizes:

• Projetar para que o usuário sempre mantenha uma posição corporal neutra.

• Projetar para que o usuário opere aplicando o mínimo de esforço e evitar as


operações repetitivas.

• Minimizar o emprego de esforço físico contínuo.

Princípio 7: Com dimensões e espaço para aproximação e uso

O design deve projetar prevendo espaços e dimensões apropriados para


interação, alcance, manipulação e uso de forma confortável, pelo maior número
possível de usuários, independentemente do tamanho, postura ou mobilidade da
pessoa.

Diretrizes:

• Dispor uma visão livre e desimpedida para os elementos importantes, e tornar


alcançáveis e de forma confortável todos os componentes, quer o usuário
esteja sentado ou de pé.

• Possibilitar utilizar diferentes mãos e capacidades de pegar elementos.


• Dispor espaço adequado para o uso de auxílios técnicos e de assistência
pessoal.

Referências
CAMBIAGHI, Silvana. Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos e
urbanistas. São Paulo: Ed. Senac, 2007

www.universaldesign.ie/What-is-Universal-Design/The-7-Principles/

Você também pode gostar