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1.

ESCALA

A norma ABNT NBR 8196 fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas
designações em desenhos técnicos.

Escala é a relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas


dimensões reais.

E = MD/MR

Sendo:

E = Escala

MR = Medida Real do Objeto

MD = Medida do Desenho

As dimensões angulares permanecem inalteradas.

Existem três tipos de escala:

1. Escala natural - 1:1


2. Escala de redução - 1:X (X>1)
3. Escala de ampliação - X:1 (X>1)

EXEMPLO

2:1 (ampliação) 1:1 (real) 1:2 (redução)


Tabela de Escalas Padronizadas

Redução Natural Ampliação


1:2 1:1 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
1:20 20:1
1:50 50:1
1:100 100:1

2. PROJEÇÕES

Projetar significa representar graficamente, em um plano, uma figura ou forma


localizada no espaço. A projeção cilíndrica ortogonal é definida pela projeção onde o
centro de projeção está a uma distância infinita do plano de projeção, os raios
projetantes são paralelos entre si e formam com o plano de projeção um ângulo de
90°.

Projeções ortogonais

A representação por vistas ortográficas é uma aplicação do Sistema Mongeano.

Para fixar a posição de um ponto no espaço, Gaspar Monge, matemático francês, pai
da geometria descritiva, criou o método da dupla projeção ortogonal, que se utiliza de
dois planos, perpendiculares entre si, sobre os quais se projeta o ponto
ortogonalmente segundo dois centros de projeção.

Para desenhar e interpretar as projeções é necessário que os planos de projeção sejam


representados em uma única superfície plana. Isto é obtido com a Épura, técnica de
representação geométrica bidimensional para formas tridimensionais, ou seja,
fazendo-se com que um dos planos seja rebatido sobre o outro, num giro de 90° em
torno da linha de terra.
Sistema Mongeano/Épura

O mesmo ocorre na projeção de um objeto qualquer. Porém, na representação de um


objeto, nem sempre duas projeções são suficientes para descrevê-lo com exatidão,
havendo a necessidade da terceira projeção. As três vistas ortográficas principais que
compõe a Épura no 1º diedro são: Frontal, Superior e Lateral Esquerda.

3 vistas ortográficas principais (frontal, superior, lateral esquerda)

3. VISTAS ORTOGRÁFICAS

A norma NBR 10067/1987 da ABNT, Define os princípios gerais de representação a


serem aplicados em todos os desenhos técnicos no método de projeção ortográfica do
1º diedro.

A face mais importante de um objeto deve ser utilizada como vista frontal na sua
projeção ortogonal. As demais vistas, bem como seu posicionamento, serão relativas à
vista frontal.
As três vistas ortográficas principais (frontal, superior e lateral esquerda), nem sempre,
conseguem representar ou esclarecer suficientemente a forma de objetos mais
complexos. Além de outros recursos (corte, vista auxiliar etc), pode-se aumentar o
número de vistas para até seis (6), que são: Frontal, Posterior, Superior, Inferior,
Lateral Esquerda e Lateral Direita.

6 vistas ortográficas

4. COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO

A norma ABNT NBR 10.126:1998 fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados
em todos os desenhos técnicos.

4.1. ELEMENTOS DE COTAGEM


Cota, linha de cota, limite da linha de cota, linha auxiliar ou de chamada.
4.2. APRESENTAÇÃO DA COTAGEM

Tipo de linha: fina e contínua

As cotas devem ser apresentadas em caracteres com tamanho suficiente para garantir
completa legibilidade.

As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas
por qualquer outra linha.

As cotas devem ser localizadas a cima e paralelamente às suas linhas de cotas e


preferivelmente no centro.

4.3. LINHAS AUXILIARES E COTAS

A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota. Um
pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar.
Se necessário, as linhas auxiliares podem ser desenhadas obliquamente ao elemento
dimensionado (aproximadamente 60o), porém paralelas entre si.

Evitar o cruzamento das linhas auxiliares e de cota com outras linhas. Se ocorrer o
cruzamento das linhas auxiliares e de cota com outras linhas, as linhas não devem ser
interrompidas.

A linha de centro e a linha de contorno não devem ser utilizadas como linha de cota,
porém podem ser utilizadas como linha auxiliar. A linha de centro, quando utilizada
como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do
objeto.

4.4. COTAGEM DE RAIO E DIÂMETRO


4.5. ORIENTAÇÕES GERAIS

A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o
elemento.

Cotar somente o necessário para descrever o objeto. Não deve haver redundância.
5. PLANIFICAÇÃO

Planificação é a ação ou efeito de planificar, ou seja, a organização de algo de acordo


com um plano. É desenvolver um plano, desenhar num plano. É a sistematização ou
ordem que segue um plano. Na matemática, é a aplicação de uma superfície sobre um
plano.

Planificação de um dodecaedro (poliedro de 12 lados)

Planificação de um dado
6. PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

A perspectiva isométrica (iso=igual; métrica=medida) é um tipo de projeção cilíndrica


ortogonal e/ou paralela, visto que, as medidas reais do objeto, retiradas das vistas
ortogonais, são reproduzidas nos eixos X, Y, e Z.

Os eixos X, Y, e Z formarão, na perspectiva isométrica, ângulos de 120o entre si.

o
Eixos XYZ em ângulos de 120

Dentre as perspectivas paralelas, a isométrica é a mais utilizada devido à sua


versatilidade e facilidade de execução.

6.1. TIPOS DE PERSPECTIVA CILÍNDRICA/PARALELA

Perspectiva Isométrica Perspectiva Cavaleira

6.2. TIPOS DE PERSPECTIVA CÔNICA

Perspectiva com 2 pontos de fuga Perspectiva com 3 pontos de fuga

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