Resolução das atividades e fichas
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1 O cérebro humano divide-se em dois hemis-
férios, esquerdo e direito, sendo cada um
deles constituído por quatro lobos, frontal,
occipital, parietal e temporal, que, por sua
vez, se dividem em diferentes áreas especia-
lizadas em determinadas funções. O cérebro
possui, portanto, uma estrutura semelhante,
representando um todo constituído por várias
partes. Mas é muito mais do que isso. A espe-
cialização destas áreas tem de ser com-
preendida à luz do funcionamento sistémico
do cérebro: as diferentes estruturas funcio-
nam de modo integrado, implicando-se umas
às outras na concretização das diferentes
funções, tal como se evidencia através da
função vicariante ou de suplência do cérebro.
Contrariamente ao que se pensava, o que ca-
racteriza o cérebro não é a estabilidade das
suas conexões, nem atinge o limiar da sua ca-
pacidade no fim da puberdade. Hoje, sabemos
que o cérebro é uma estrutura maleável, capaz
de se modificar, de se remodelar em função
das experiências do sujeito e dos fatores am-
bientais. Esta plasticidade torna possível que o
“meu” cérebro se construa na diferença e com
ele eu afirme a minha individualidade, que vai
do nascimento até à morte.
2 O cérebro não é uma entidade fechada, inca-
paz de se abrir à experiência e ao mundo. Pelo
contrário, o cérebro é uma estrutura viva,
aberta que se modifica na sua relação com o
meio, facultando ao Homem a aprendizagem,
que é o principal instrumento de adaptação
humana. Por ser um sistema auto-organizado,
o cérebro “atualiza-se” a cada momento que
passa, conferindo ao ser humano a capacidade
de superar as suas limitações biológicas. Por
isso, se diz que o cérebro é, também, um sis-
tema motivado, porque possui a capacidade de
evoluir, de se transcender.
3 A inteligência está relacionada com o desen-
volvimento do sistema nervoso central e
muito
particularmente com o tamanho e a complexi-
dade do cérebro. Na comparação com o cére-
bro dos animais, o cérebro humano é o
maior
em termos estruturais e apresenta mais cir-
cunvoluções. A título de exemplo, o córtex ce-
rebral humano é quatro vezes maior do que
o
do chimpanzé. Nos animais parece legítimo
concluir que a inteligência está
relacionada
com o volume e a organização do cérebro.
A investigação referida no texto pretendeu veri-
ficar a existência de uma possível relação
entre
a anatomia do cérebro de Einstein e a sua ge-
nialidade. Ora, quer o número de ondas cere-
brais produzidas, quer o peso do cérebro
do
cientista não permitem estabelecer a
relação
causal enunciada na hipótese da
investigação.
O cérebro de Einstein era diferente, ou viria
a
constituir-se como tal, fruto da qualidade das
suas conexões cerebrais? O fator decisivo
para
a afirmação da mente brilhante do físico ale-
mão não terá sido o tamanho do seu
cérebro,
mas, a especialização em determinadas tare-
fas. A anatomia do cérebro de Einstein não de-
terminou o desenvolvimento do mesmo,
sendo
de considerar também a importância das con-
dições ambientais.
(INFORMAÇÃO ADICIONAL) Alguns estudos
realizados depois da morte de Einstein revela-