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Capitalismo

Consciente
um modelo Millennial
do velho sistema
capitalista
Introdução
Nos últimos 30 anos o mundo vem se transformando de
maneira acelerada e contínua. Essas transformações
impactam o meio ambiente, o comportamento humano e
também os modos de produção e consumo. A criação e
expansão da Internet possibilitou que as trocas de
informações ficassem infinitamente mais rápidas e o
acesso às informações mais democrático. Esses fatores
transformadores são ingredientes que compõe a geração
Millennial, uma geração que se formou em um mundo
urbanizado, globalizado e desenvolvido economicamente.

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Olá!
Nós somos a geração Millennials.
Há divergências entre
sociólogos sobre o período
dos nascidos nessa geração,
também chamada de
geração Y, para alguns
estudiosos o período é de
1985 à 1995 e para outros
essa geração representa os
nascidos entre as décadas de
1980 e 2000.

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Millennials e a
Tecnologia
A geração que cresceu nos anos 1990 e 2000,
vivenciou os avanços tecnológicos, viu a TV de tubo se
transformar em LCD, discmans se transformarem em
iPods, e os Pagers em smartphones. Vivenciaram a
evolução da internet discada para a Banda Larga e a
tecnologia 4G. No entanto, é uma geração marcada
pela evolução tecnológica e pela criação das redes
sociais, que transformaram a maneira como nos
comunicamos e nos relacionamos.

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Millennials e
o Mercado
Entre a segunda metade da década de 2000 e a
primeira metade da década de 2010, os Millennials
chegaram ao Mercado, não apenas como uma nova
mão de obra, mas também como uma nova demanda de
consumo. Promovendo uma evolução no mercado de
trabalho com suas startups disruptivas e diferentes
modelos de gestão. E transformando também, os meios
de consumo e de relacionamento das empresas com
seus clientes.

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E em meio essas transformações em 2009 surge o

Capitalismo
Consciente

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Como o
Capitalismo
funciona?
Voltando um pouco na história para entender
primeiramente como giram as engrenagens do
sistema capitalista.

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“ A forma de circulação de capital que passou a dominar a partir
de meados do século XVIII é aquela do capital industrial ou de
produção. Nesse caso, o capitalista começa o dia com uma
certa quantidade de dinheiro e, tendo selecionado uma
tecnologia e uma forma organizacional, entra no mercado e
compra as quantidades de força de trabalho e meios de
Trecho do livro: O Enigma
do Capital e as crises do
Capitalismo de David
produção necessários (matérias-primas, instalações físicas,
Harvey. Pág 45.
produtos intermediários, máquinas, energia e assim em diante).
A força de trabalho é combinada com os meios de produção por
um processo de trabalho ativo realizado sob a supervisão do
capitalista. O resultado é uma mercadoria que é vendida no
mercado por seu proprietário, o capitalista, por um lucro. No dia
seguinte, o capitalista, por razões que em breve se tornarão
aparentes, toma uma porção dos ganhos de ontem, converte-a
em capital novo e inicia o processo novamente em uma escala
expandida. Se a tecnologia e as formas organizacionais não
mudam, então isso implica a compra de mais força de trabalho
e mais meios de produção para criar cada vez mais lucros no
segundo dia. E assim segue, ad infinitum.

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Comércio d
e bens
trocam títul
os (ações),
dívidas
e contratos
por lucro
Propriedade

cobrança de
aluguéis de
terra ou
imóveis.
Com
com ércio
pra b
arat
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Outros meios
caro

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capital
ros

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O Capitalismo
Consciente
Movimento criado por John Mackey e Raj Sisodia tem
o objetivo de operacionar o sistema capitalista de
uma forma mais harmônica com o ethos da geração
Millennial. Os autores buscam libertar o espírito
heróico dos negócios, fazendo com que as empresas
através de um “propósito maior” gerem valor para a
sociedade, gerando lucro e ganhos para todos os
envolvidos no seu negócio.

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Os princípios do Liderança
Consciente
Integração dos
Stakeholders

Capitalismo Propósito Cultura e

Consciente
maior e gestão
valores conscientes
centrais

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“ A prática do capitalismo consciente não se resume a ser
virtuoso ou a trabalhar bem para para fazer o bem. Trata-se de
uma forma de pensar o negócio com muito mais consciência de
seu propósito maior, de seus impactos sobre o mundo e de suas
Trecho do livro: Capitalismo
Consciente como libertar o
espírito heróico dos
negócios de John Mackey e
relações com os diversos públicos e stakeholders. Reflete uma
Raj Sisodia. Pág 62.
noção mais profunda sobre a razão da existência das empresas
e como elas podem criar mais valor.
O capitalismo consciente tem quatro princípios: propósito maior;
integração de stakeholders; liderança consciente; e cultura e
gestão conscientes. Todos estão interligados e se reforçam
mutuamente. Nós nos referimos a eles como princípios porque
são fundamentais; não se trata de táticas ou estratégias. Eles
representam os elementos essenciais de uma filosofia
empresarial integrada, que tem de ser entendida holisticamente
para poder efetivamente se manifestar.

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Capitalismo
Consciente e lucro

Segundo Sisodia e Mackey, o conceito de maximação


dos lucros é um mito criado pelos economistas. Para
os autores não é o lucro o real motivo para uma
empresa existir, ele é apenas a consequência
necessária para que a mesma se mantenha existindo
em uma economia saudável e liberal.

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Lucrar é bom!
Mas não só lucrar...
O Capitalismo Consciente não critica o lucro em si,
afinal reconhece a importância dele, a crítica é se

$
uma empresa não apresenta um propósito além de
lucrar, mas no fundo por mais que esse propósito
exista é o lucro que vai manter o negócio e fazê-lo
crescer, ou seja há uma contradição, pois é
justamente o lucro que possibilita a realização desse
“propósito maior”, então no final das contas é o
lucro o principal objetivo.

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Então, qual
a diferença entre o
Capitalismo e o 🤔
Capitalismo Consciente?

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A resposta mais assertiva para essa pergunta é: não há diferença!
O Capitalismo Consciente é apenas um novo modelo de fazer fazer negócios, uma reconfiguração
do velho sistema capitalista para torná-lo mais interessante e atrativo para a forma de pensar da
geração Millennial. O que evidencia isso é sua criação ter ocorrido em meio a uma crise econômica
que teve início em 2008, momento de questionamento dos valores neoliberais.

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Surgimento em meio
a crise
Segundo David Harvey, em O Enigma do Capital, as
crises geralmente levam à reconfigurações e ao
desenvolvimento de novos modelos do capitalismo. Ou
seja, a crise de 2008 foi fundamental para o nascimento
do movimento do Capitalismo Consciente. Um momento
em que os empresários estavam pensando no futuro dos
negócios e em como incluir essa nova geração no
mercado.

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Geração MiMiMi
A geração Millennial, também apelidada de geração
mimimi, são engajados em causas sociais e militância
pelos direitos das minorias. Essa geração levantou
muitas bandeiras e alavancou a militância de
movimentos feministas, LGBTQIA+, raciais e em defesa
dos animais e do meio ambiente. Diante desse cenário
as empresas para sobreviverem no mercado tiveram que
se adequar a essa nova demanda.

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A jornada
do herói
Os Millennials, gostam de fazer parte, de lutar
por um ideal. Então nada melhor do que usar a
imagem do herói para engajar essa geração.
Como procuram lutar por uma causa, nada
melhor do que criar um “propósito maior” para
integrá-los e justificar a razão de trabalharem
todos os dias em uma empresa. E com uma
cultura organizacional adequada ao modo de
pensar dessa geração, fica mais facil despertar
o desejo desse público em fazer parte de uma
empresa.
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Conclusão
E assim o bom e velho capitalismo
sobrevive, com uma embalagem
nova onde o rótulo diz: Nova
fórmula, agora com propósito maior
e cultura consciente. Mas que na
realidade, mantém o mesmo
pensamento meritocrático e liberal
do passado.

20
Obrigado!

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