Você está na página 1de 3

AVALIAÇÃO DE REDAÇÃO 1º BIMESTRE

Data: Série: 2º EM Disciplina: Redação Profª Ana


Comentário Crítico

Leia a proposta apresentada para a produção textual e desenvolva o texto sob a forma de CARTA ABERTA. É indispensável
que você se posicione criticamente, podendo fazer uso da 1ª pessoa do singular na defesa dos seus argumentos. Seu texto
deverá ter introdução, desenvolvimento e conclusão.
Ao desenvolverA CARTA ABERTA, não se esqueça de:
1. respeitar margens e parágrafos;
2. elaborar um texto de 20 a 25 linhas,ou de 280 a 300 palavras, considerando letra de tamanho regular e legível.
3. colocar um título;
4. assinar apenas com suas inicias ou de forma genérica

CRITÉRIOS BÁSICOS PARA A AVALIAÇÃO DA REDAÇÃO da UNICAMP:


O texto será avaliado segundo as seguintes competências:
I. CUMPRIMENTO DA PROPOSTA TEMÁTICA
II. CUMPRIMENTO DO GÊNERO TEXTUAL
III. LEITURA CRÍTICA DA COLETÂNEA E OUTROS REPERTÓRIOS
IV. CONVENÇÕES DE ESCRITA E COESÃO

GRADE DE CORREÇÃO: UNICAMP

LEMBRETE: REDAÇÕES COPIADAS DA INTERNET OU ENTRE COLEGAS SERÃO ZERADAS, SEM DIREITO A FAZER A AVALIAÇÃO
SUBSTITUTA.

NÃO SERÃO ACEITAS REDAÇÕES FORA DO PRAZO, EM NENHUM HIPÓTESE. O ALUNO QUE PERDER A AVALIAÇÃO, FARÁ A
AVALIAÇÃO SUBSTITUTIVA.

DATA DE ENTREGA: ATÉ 22/03 ÀS 23H55

PROPOSTA:

Indignado com a política ambiental do atual governo, você, um cidadão brasileiro, decide escrever uma CARTA ABERTA
para o atual Ministro do Meio ambente, Ricardo Salles. Nesta carta você deverá:
a) Explicar a importância da preservação da fauna e flora brasileira, tanto para as gerações presentes quanto para as
futuras;
b) Explicar que a floresta viva traz muito mais lucro que sua destruição, apresentando argumentos;
c) Lembrar o Ministro sobre a falta de ação do Ministério do Meio Ambiente na preservação da fauna e flora no
Brasil.
PARA AJUDÁ-LO NA ARGUMENTAÇÃO, UTILIZE A COLETÂNEA ABAIXO E TRAGA SEU CONHECIMENTO DE MUNDO.
____________________________________________________________________________________________________

Coletânea

TEXTO 1

Em discurso na ONU, Bolsonaro nega crise ambiental no Brasil


Brasília, DF – Sob intensa pressão nacional e internacional devido aos números crescentes de queimadas e desmatamento, e
diante de um país que arde em chamas, o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro na 75ª Assembleia Geral da
ONU envergonha o povo brasileiro e isola o Brasil do mundo. O Brasil concentra a maior floresta tropical do mundo
(Amazônia), além da maior planície interior inundável do mundo (Pantanal). No passado o país já foi líder mundial de
combate ao desmatamento. Entretanto, desde que Bolsonaro assumiu o poder, o país está se transformando em líder
mundial em desmatamento. Segundo dados da Global Forest Watch, o Brasil foi o país que mais destruiu suas florestas em
2019, e este ano, os dados mostram que a situação só se agravou. Os efeitos de tamanha destruição se refletem nas
queimadas que estão avançando sobre alguns dos principais biomas brasileiros, como o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado.
Em seu discurso, Bolsonaro minimizou ou procurou negar esta realidade, ainda que todas as imagens de satélite disponíveis
comprovem o tamanho da destruição.
“Negar ou minimizar o drama ambiental que o Brasil vive neste momento, resultado da política do governo Bolsonaro,
agrava a difícil situação que o país enfrenta. Lamentavelmente, já estamos habituados a ouvir o presidente faltar com a
verdade, desqualificar a ciência e buscar culpabilizar terceiros ao invés de assumir a responsabilidade constitucional que
possui. Entretanto, quando o faz numa assembleia geral da ONU, diante de centenas de líderes de países, de investidores e
do mundo todo, o presidente piora ainda mais a imagem do Brasil e agrava as sérias crises que enfrentamos”, comenta
Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil. Mesmo com a proibição de queimadas imposta
pela moratória do fogo desde 16 de julho, a Amazônia e o Pantanal registraram recordes de queimadas até a metade de
setembro. Até o dia 21 de setembro, o Pantanal registrou 5.966 focos de calor, um aumento de 107% em relação a
setembro todo do ano passado. Além do Pantanal, a Amazônia também já registrou 27.660 focos entre os dias 1 e 21 de
setembro, um aumento de 38% em relação ao mês de setembro inteiro de 2019. Ao contrário do que foi afirmado pelo
presidente, os incêndios na floresta amazônica não são resultado de um fenômeno natural, mas frutos da ação humana,
sendo uma das principais ferramentas utilizadas para o desmatamento, especialmente por grileiros e agricultores, que o
usam para limpar áreas para uso agropecuária ou especulação. “Se considerarmos o ano todo, o Pantanal já queimou 185%
a mais do que o ano passado e a Amazônia 12%. Um verdadeiro líder de um país soberano estaria neste momento
colocando toda a sua capacidade de governança para agir de forma efetiva e impedir a tragédia que estamos vivenciando
nos biomas brasileiros. Fingir que não viu, além de ser uma atitude irresponsável por parte de um presidente, significa
condenar o futuro de todos os brasileiros”, afirma Mariana. O mundo está vendo, horrorizado, a forma como o governo
brasileiro trata as florestas a partir do desmonte sistemático das estruturas e políticas públicas que promovem a proteção
ambiental. Não há planos, metas ou orçamento capazes de proteger as riquezas naturais do Brasil de forma concreta e
eficaz. A política antiambiental do presidente está derretendo a imagem do país lá fora e colocando em risco a nossa
economia. “Ao invés de negar a realidade, em meio a destruição recorde dos biomas brasileiros, o governo deveria cumprir
seus deveres constitucionais em prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente para enfrentar os incêndios
que consomem o Brasil”, finaliza Mota.

Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/press/em-discurso-na-onu-bolsonaro-nega-crise-ambiental-no-brasil/


Acesso 07/03/21

TEXTO 2

TEXTO 3

O homem influencia a natureza desde o estabelecimento da humanidade em sociedades. Os processos mais


ambientalmente impactantes surgiram com a Revolução Industrial, na Europa, a partir dos séculos XVIII e XIX. Isso porque as
indústrias começaram a explorar muita matéria-prima e a poluir a atmosfera. Além disso, incentivou a urbanização e a
intensificação da produção de lixo. Assim, da relação do homem com a natureza surge a consciência ambiental, que consiste
em entender o meio onde está inserido. De modo geral, ter esse entendimento é saber o funcionamento do meio ambiente
e como nossas ações causam impactos a curto, médio e longo prazo. Isso engloba o tipo de poluição gerada por diferentes
atividades e os recursos demandados. A consciência completa não separa o ser do ambiente, mas desperta na pessoa a
percepção de que as agressões à natureza serão um reflexo dela própria. Por fim, esse conhecimento precisa ser colocado
em prática de forma a mitigar os efeitos negativos com ações conscientes de preservação. Disponível em:

Disponível: < https://blog.solarprime.com.br/consciencia-ambiental-entenda-o-que-e/ > (Adaptado)Acesso 07/03/2021

TEXTO 4

É mais rentável ter a Amazônia em pé, diz especialista


Para o climatologista Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), a Amazônia já
está vivenciando o que ele chama de “ponto de inflexão”. Esse é o momento a partir do qual a destruição da floresta pode
se tornar irreversível, com consequências para o clima mundial.
Números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, confirmaram um
aumento de 29,5% no desmatamento da Amazônia entre 1.º de agosto de 2018 e 31 de julho do ano passado, em
comparação com os 12 meses anteriores. Em agosto, um número recorde de queimadas colocou o bioma no foco das
preocupações internacionais.
Em artigo assinado com o ambientalista e biólogo americano Thomas E. Lovejoy na revista Science Advances, Nobre
sustenta que ainda há uma esperança para salvar a floresta, mas a decisão precisa ser tomada o quanto antes. “O ponto de
inflexão é aqui e agora”, escreveu o climatologista, um dos maiores especialistas em Amazônia e em mudanças climáticas do
Brasil.
Os últimos números divulgados pelo Inpe confirmam que houve aumento significativo das queimadas na Amazônia no
ano passado. Como o senhor vê o atual momento do desmatamento no Brasil?
Não há dúvida de que houve um aumento generalizado do desmatamento da Amazônia, que o Inpe detectou muito bem. O
aumento foi de cerca de 30% em relação ao período anterior e ultrapassamos os dez mil quilômetros quadrados destruídos,
mostrando que o Deter (sistema de alertas em tempo real, do Inpe) tinha detectado a tendência correta.
Os estudos mostram que as queimadas foram causadas pelo homem. Pode-se atribuir ao clima alguma responsabilidade
pela situação?
Não. Foi uma estação seca normal, nem mais quente nem com menos chuva. Não foi como 2016. O clima não pode ser
usado para explicar o aumento registrado. A causa do aumento é ação humana: mais gente botando fogo em áreas de
pastagem e agricultura. O fogo na Amazônia tem uma origem humana em 99,9% dos casos.
Bem diferente do que o que está acontecendo na Austrália (lá uma onda de incêndios desde setembro já deixou 27
mortos e centenas de desabrigados)…
Sim, quem faz essa analogia faz de propósito ou por ignorância. O fogo é natural na vegetação da Austrália, formada por
florestas secas, savanas; faz parte da ecologia local. Estamos falando do fogo de origem natural, que todo ano tem. A área
queimada este ano foi recorde por causa de alguns fatores. A Austrália registrou a segunda maior seca de sua história e as
temperaturas mais altas desde o início dos registros. Quanto mais quente e seco for o ambiente, mais explosivo é o
incêndio. Um fator adicional muito importante na propagação do incêndio é o vento muito forte, que leva as chamas. A
situação da Amazônia é bem diferente. É uma floresta úmida e praticamente não tem vento.
Novo estudo publicado na revista Science Advances mostra que, até 2050, 16% da Amazônia poderá ser consumida por
queimadas. Esses incêndios vão lançar uma quantidade muito alta de dióxido de carbono na atmosfera, fazendo com que
a floresta, que sempre foi um sorvedouro de gás carbônico, se transforme em uma grande emissora de CO2, contribuindo
ainda mais para o aquecimento global. O senhor concorda com essa análise?
Sim, as conclusões são bem razoáveis. Na verdade, eles não levaram em conta nesse estudo o risco de savanização da parte
sul da Amazônia. Se levarem, além de todas as emissões que calcularam, vindas das queimadas, haverá também as
emissões das árvores que estão morrendo. Ou seja, a Amazônia pode se tornar uma fonte emissora de CO2 ainda antes do
que eles projetaram.
Qual o impacto de mudanças desse tipo na Floresta Amazônica para o clima na América do Sul, em particular, e no
mundo, de modo geral?
A savanização do sul da Amazônia até 2050 vai lançar 200 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente a cinco
anos das emissões globais de CO2. Ou seja, do ponto de vista do clima mundial, uma mudança dessas contribui muito para o
aumento do aquecimento global. Para a América do Sul, teríamos um aumento da estação seca e uma elevação da
temperatura. Além disso, o fato de a floresta jogar menos vapor d’água na atmosfera – a respiração das plantas já está
diminuindo – interfere no regime de chuvas da Bacia do Prata, afetando todo o sul do Brasil, além do Uruguai e da
Argentina.
Em editorial assinado com Thomas E. Lovejoy na Science Advances, o senhor sustenta que “o ponto de inflexão é aqui e
agora”, mas que, a despeito do prognóstico ruim, ainda haveria uma esperança para a floresta antes de a situação se
tornar irreversível. Qual é essa esperança?
Zerar o desmatamento e reflorestar. O grande valor da floresta é de pé. Esse é o futuro da Amazônia, a bioeconomia
moderna, da biodiversidade. Não aquela que destrói a floresta para plantar cana. Manter a floresta em pé é muito mais
rentável do que tirar a floresta. Essa defesa do ruralismo atrasado brasileiro (de derrubar a floresta) é cultural, não é uma
decisão econômica racional. Dá para aumentar muito a produção e a rentabilidade sem expandir a fronteira agrícola.
Mas o momento político não é pouco favorável para isso?
Essa ideia da bioeconomia da floresta em pé é relativamente nova. Pelo que tenho ouvido do ministro (da Economia) Paulo
Guedes e de parte de sua equipe há muita coisa que pode ser alinhada à ideia de uma bioeconomia moderna. Acho que
estamos num momento bom para ter esse debate.

Disponível: < https://www.istoedinheiro.com.br/e-mais-rentavel-ter-a-amazonia-em-pe-diz-especialista/ > Acesso


09/03/2021

Você também pode gostar