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Capítulo 1 – Séries numéricas infinitas

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TOPICO 1 – SÉRIES NUMÉRICAS E DE FUNÇÕES

1- Séries Numéricas

Introdução

A operação de adição só faz sentido quando aplicada a um par de números reais. Porém, devido à
propriedade associativa em Ʀ, podemos efectuar uma soma de 3, 4, 5, ..., 100 ou mais números reais, sem
incorrer em erros. Por exemplo, podemos obter a soma 2 + 4 + 7 como 2 + 4 + 7 = (2 + 4) + 7 ou
então 2 + 4 + 7 = 2 + (4 + 7) , o resultado é o mesmo.

Mas, como somar infinitos números, como obter a soma de infinitas parcelas? No que segue, vamos
estender o conceito de adição para uma infinidade de números e definir o que significa essa soma.
Chamaremos estas somas infinitas de Séries numéricas.

Para melhor entendimento deste tema, vamos recordar alguns conceitos sobre sucessões numéricas.

1.1 – Revisão do Tema de convergência de sucessões

Definição 1.1- uma sucessão numérica infinita (ou simplesmente, sucessão ou sequência) é um conjunto
{𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , . . . , 𝑎𝑛 , . . . } ordenado pelos indices naturais. O número an chama-se termo geral da
sucessão {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , . . . , 𝑎𝑛 , . . . }, ou simplesmente termo da sucessão.
Designação: para a sucessão {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , . . . , 𝑎𝑛 , . . . } também podem ser usados as seguintes designações:
sucessão {𝑎1 , 𝑎2 , . . . } ou {𝑎𝑛 }∞
𝑛=1 ou {𝑎𝑛 }`.

Exemplos:

1 1 1 1
{𝑎𝑛 } = {1, , , , . . . } , onde o termo geral é 𝒂𝒏 = 𝑛
2 3 4

3 5 7 9 2𝑛+1
{𝑎𝑛 } = { , , , , . . . } o termo geral desta sucessão 𝑎𝑛 =
2 3 4 5 𝑛+1

Podemos verificar que à medida que o n aumenta os termos da sucessão se aproximam de um número
real L, diz-se que L é limite de an , mais precisamente:

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Definição 1.2 – Diz-se que 𝑳 ∈ 𝑹 é limite da sucessão {𝑎𝑛 }e escreve-se lim 𝑎𝑛 = 𝐿, se


𝑛→∞

∀𝜀 > 0, ∃𝑛0 ∈ 𝑁 , ∀𝑛 ≥ 𝑛0 : |𝑎𝑛 − 𝐿| < 𝜀.


Exemplos:
1 1 1
1) 𝑎𝑛 = → 0, de facto | − 0| < 𝜀 ↔ 𝑛 >
𝑛 𝑛 𝜀
1 1
Para 𝑛 > , tem-se | − 0| < 𝜀
𝜀 𝑛
2𝑛+1 2𝑛+1 2 2
2) 𝑎𝑛 = → 2, de facto | − 2| = <𝜀 ↔ 𝑛 > −1
𝑛+1 𝑛+1 𝑛+1 𝜀
2 2𝑛+1
Para 𝑛 > − 1, tem-se | − 2| < 𝜀
𝜀 𝑛+1

Observações:
𝑎) lim 𝑎𝑛 = 𝑎, se e somente se (sse) lim ( 𝑎𝑛 − 𝑎) = 0,
𝑛→∞ 𝑛→∞

b) Se an tem limite e 𝑎𝑛 ≥ 0, ∀𝑛 ∈ 𝑁, então lim 𝑎𝑛 ≥ 0.


𝑛→∞

Definição 1.2 – Diz-se que a sucessão {𝑎𝑛 } tem limite +∞ ou que tende para +∞ e escreve-se lim 𝑎𝑛 =
𝑛→∞

+∞, se ∀𝑀 > 0, ∃𝑛0 ∈ 𝑁 , ∀𝑛 ≥ 𝑛0 : 𝑎𝑛 > 𝑀

Definição 1.4 – (Convergência de uma sucessão) - Uma sucessão é convergente se tiver um limte finito.
Caso contrário, diz-se divergente.
Exemplos:
𝑎𝑛 = 3 + 2−𝑛 converge para 3, porque o lim (3 + 2−𝑛 ) = 3;
𝑛→∞

Mas as sucessões {𝑛2 }, {−𝑙𝑛𝑛}, 𝑒 {(−1)𝑛 } são divergentes, sendo que:


𝑛2 → +∞, −𝑙𝑛𝑛 → −∞ 𝑒 (−1)𝑛 não tem limite.

Definição 1.5 – (Unicidade do limite)- O limite de uma sucessão convergente é único.

Sucessões limitadas
Definição 1.6 – uma sucessão 𝑎𝑛 é limitada se existirem dois números reais que enquadram os termos
da sucessão, isto é: ∃ 𝑀, 𝐿 ∈ 𝑅: 𝑀 ≤ 𝑎𝑛 ≤ 𝐿.
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L chama-se majorante e M chama-se minorante

Exemplos:
1
a) Mostre que a sucessão 𝑢𝑛 = 3 + é limitada.
𝑛
1
Consideremos a sucessão 𝒂𝒏 = . Esta sucessão é limitada, pois, tem todos os seus termos
𝑛
1 1
enquadrados entre 0 𝑒 1, isto é, 0 < ≤ 1 ⇔ 0 + 3 ≤ 3 + ≤ 3 + 1 ⇔ 3 ≤ 𝑢𝑛 ≤ 4. A sucessão é
𝑛 𝑛

limitada, tem como minorante 3 e majorante 4.

2𝑛−1
b) 𝑎𝑛 =
𝑛+1

Vamos recordar o conceito de monotonia desta sucessão.


Definição 1.7- Uma sucessão 𝑎𝑛 é crescente se 𝑎𝑛+1 − 𝑎𝑛 ≥ 0, ∀𝑛 ∈ 𝑁 e decrescente se 𝑎𝑛+1 −
𝑎𝑛 ≤ 0, ∀𝑛 ∈ 𝑁.
Se uma sucessão é crescente ou decrescente, diz-se que a sucessão e monótona.

2𝑛−1
Voltemos ao nosso exemplo 𝑎𝑛 =
𝑛+1
2(𝑛+1)−1 2𝑛−1 2𝑛+1 2𝑛−1 3
𝑎𝑛+1 − 𝑎𝑛 = (𝑛+1)+1
− = − = (𝑛+2)(𝑛+1) > 0, logo, a sucessão 𝑎𝑛 é crescente.
𝑛+1 𝑛+2 𝑛+1

Observação: toda a sucessão crescente tem o minorante igual ao 1o termo.


Toda a sucessão decrescente tem o majorante igual ao 1o termo.
2.1−1 1
𝑎1 = = é o minorante.
1+1 2

Vamos separar a parte inteira da que contem o n, assim:


2𝑛−1 −3
𝑎𝑛 = =2+
𝑛+1 𝑛+1
−3 3
< 0⇔2 − < 2 ⇔ 𝑎𝑛 < 2, ∀𝑛 ∈ 𝑁 é o majorante.
𝑛+1 𝑛+1

Teorema 1: Qualquer sucessão convergente é uma sucessão limitada.

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Observação: nem toda sucessão limitada é convergente. Por exemplo, 𝑎𝑛 = (−1)𝑛 é mas não
convergente.
Teorema 2: (teorema de Sandwich)- sucessões enquadradas
Se as sucessoes 𝑎𝑛 e 𝑐𝑛 convergem para L e 𝑎𝑛 ≤ 𝑏𝑛 ≤ 𝑐𝑛 , então lim 𝑏𝑛 = 𝐿.
𝑛→∞

Teorema 3- Toda a sucessão crescente e limitada converge para o supremo do conjunto dos seus
termos:
Toda a sucessão decrescente e limitada converge para o infimo do conjunto dos seus termos.
Teorema 4 - Toda a sucessão crescente e não majorada diverge, isto é, tende 𝑝𝑎𝑟𝑎 + ∞.
Toda a sucessão decrescente e não minorada diverge, isto é, tende 𝑝𝑎𝑟𝑎 − ∞.

Teorema 5

1) Se |𝑥 | < 1, então lim 𝑥 𝑛 = 0;


𝑛→∞
𝑥𝑛
2) Qualquer que seja o numero real x, tem lugar lim =0
𝑛→∞ 𝑥!

Limites notáveis:

1 𝑛 1 −𝑛 1 ln 𝑛 𝑛
lim (1 + 𝑛) = lim (1 − 𝑛) = 𝑒, lim (𝑛𝑠𝑒𝑛 𝑛) = 1 , lim = 0+, lim = +∞
𝑛→∞ 𝑛→∞ 𝑛→∞ 𝑛→∞ 𝑛 𝑛→∞ 𝑙𝑛𝑛

2 - CONCEITO DE SÉRIES NUMÉRICAS

Definição 2.1- uma série numérica infinita é uma soma formal infinita de números reais 𝒂𝒏 (𝑛 ∈
𝑁) e escreve-se ∑∞
𝑛=1 𝑎𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 +. . . (1)
𝑛
A soma dos primeiros termos da série (1) 𝑆𝑛 = ∑𝑗=1 𝑎𝑗 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 +. . . +𝑎𝑛 chama-se n-

ésima soma parcial da série (1) e, a soma infinita dos termos restantes 𝑅𝑛 = ∑𝑗=𝑛+1 𝑎𝑗 = 𝑎𝑛+1 +

𝑎𝑛+2 + 𝑎𝑛+3 +. . . chama-se resto da série.

Definição 2.2- Diz-se que a série (1) converge ou é convergente se a sucessão das somas parciais
{𝑆𝑛 } é convergente. Neste caso o valor S = lim 𝑆𝑛 chama-se soma da série e escreve-se
𝑛→∞

∑∞
𝑛=1 𝑎𝑛 = 𝑆.

Se a série (1) não é convergente, diz-se que a série diverge ou ou e divergente.


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Assim, a série (1) diverge para +∞ e escreve-se ∑+∞


1 𝑎𝑛 = +∞ 𝑠𝑒 lim 𝑠𝑛 = +∞; ou
𝑛→∞

a série (1) diverge para −∞ e escreve-se ∑+∞


1 𝑎𝑛 = −∞ 𝑠𝑒 lim 𝑠𝑛 = −∞;
𝑛→∞

2.1. Série Geométrica



Definição 2.3 – Uma série da forma ∑𝑛=1 𝑎𝑟 𝑛−1 = 𝑎 + 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟 2 + . . . +𝑎𝑟 𝑛−1 + . . . , onde 𝑎,
𝑟 ∈ 𝑅 chama-se série geométrica ou progressão geométrrica com razão r.

Observação: A série geométrica também pode ser dada na forma ∑𝑛=0 𝑎𝑟 𝑛 = 𝑎 + 𝑎𝑟 +

𝑎𝑟 2 + . . . ou na forma genérica ∑𝑛=𝑘 𝑎𝑟 𝑛−𝑘 = 𝑎 + 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟 2 + 𝑎𝑟 3 +. . .
Exemplos:
1 1
1. 0,1 + 0,01 + 0,001 + 0,0001+ . . . = ∑∞
𝑛=1 é série uma geométrica de razão 𝑟 = e a=
10𝑛 10

1
2. 3 − 3.2 + 3. 22 − 3. 23 + 3. 24 + . . . = ∑∞
𝑛=0 3. (−2)
𝑛
é série uma geométrica de razão 𝑟 =
−2 e a= 3.

2.1.1. Convergência da Série Geométrica


1) |𝑟| = 1
i) 𝑟=1
Se 𝑟 = 1 a série fica: ∑ 𝑎 = 𝑎 + 𝑎 + 𝑎 + 𝑎 + . . . e, portanto, a n-ésima soma parcial
será lim 𝑆𝑛 = lim (𝑛 + 1)𝑎 = ±∞ (𝑜 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎), logo a série diverge.
𝑛→+∞ 𝑛→+∞

ii) 𝑟 = −1
𝑛
A série fica ∑𝑘=0 𝑎(−1)𝑛−1 = 𝑎 − 𝑎 + 𝑎 − 𝑎+ . . .
Caculemos as sua somas parciais
𝑆1 = 𝑎
𝑆2 = 𝑎 − 𝑎 = 0
𝑆3 = 𝑎 − 𝑎 + 𝑎 = 𝑎
𝑆4 = 𝑎 − 𝑎 + 𝑎 − 𝑎 = 0
------------------ -
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Portanto a série diverge, pois o limite de Sn não existe limite.


2) |𝑟| ≠ 1
𝑆𝑛 = 𝑎 + 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟 2 + 𝑎𝑟 3 . . . +𝑎𝑟 𝑛−1 (1)
𝑟𝑆𝑛 = 𝑎𝑟 + +𝑎𝑟 2 + 𝑎𝑟 3 . . . +𝑎𝑟 𝑛 (2)
𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 (1) 𝑒 (2) 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
𝑎(1−𝑟 𝑛 )
𝑆𝑛 − 𝑟𝑆𝑛 = 𝑎 − 𝑎𝑟 𝑛 ⇔ 𝑆𝑛 = ,
1−𝑟

𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 ∶
𝑎
𝑎 (1 − 𝑟 𝑛 ) 𝑠𝑒 |𝑟| < 1
lim 𝑆𝑛 = lim = {1−𝑟
𝑛→+∞ 𝑛→+∞ 1−𝑟 ∞ 𝑠𝑒 |𝑟| > 1

Conclusão:

A série geométrica ∑1 𝑎𝑟 𝑛−1 , 𝑎 ≠ 𝑜 𝑒 𝑟 ∈ 𝑅


𝑎
 Converge 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒 |𝑟| < 1
1−𝑟

 Diverge se |𝑟| ≥ 1

Exercicio 1: Verifique se as seguintes séries geométricas são convergentes e em caso


afirmativo, determine a sua soma:

𝒏−𝟏 𝟏 𝒏−𝟏 𝒆 𝒏−𝟏 𝟏 (−1)𝑛+1


1)∑𝟏(√𝟐) 2) ∑𝟏 ( ) 3) ∑𝟏 𝝅 (− ) 4) ∑𝒏=𝟏 5) ∑𝒏=𝟐
𝟐 𝝅 𝟑𝒏 𝟑𝒏

2.2 – Séries Telescópica e p-série


a) Série Telescópica

1 1 1 1 1
Verifique se a série∑ = + + + + . . . converge e encontre a soma .
𝑛=1 𝑛(𝑛+1) 1𝑥2 2𝑥3 3𝑥4 4𝑥5

Resolução:
1 1 1
A partir desta transformação, = − Podemos escrever as somas parciasda seginte
𝑛(𝑛+1) 𝑛 𝑛+1

forma:
1 1 1 1 1
𝑆𝑛 = + + + . . . + (𝑛−1)𝑛 +
1𝑥2 2𝑥3 3𝑥4 𝑛(𝑛+1)

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1 1 1 1 1 1 1 1 1
= (1 − ) + ( − ) + ( − ) + . . . + ( − )+( − ), simplificando teremos:
2 2 3 3 4 𝑛−1 𝑛 𝑛 𝑛+1

1
𝑆𝑛 = 1 −
𝑛+1
4
1
Então lim 𝑆𝑛 = 1 e a série converge para 1, logo ∑ =1
𝑛→+∞ 𝑛=1 𝑛(𝑛+1)

b) A p-série
Vamos assumir sem demonstração o seguinte resultado:

1
A p-série ∑ 𝑝
(𝑝 > 0)
𝑛=1 𝑛

 Converge se 𝑝 > 1
 Diverge se 0 < 𝑝 ≤ 1
Observações:

1
A p-série ∑ 𝑝
, 𝑐𝑜𝑚 𝑝 = 1 chama-se série harmónica, e como já tínhamos colocado,
𝑛=1 𝑛

diverge.

Exemplos:

1
1) ∑ (𝑝 = 0) diverge
𝑛=1 𝑛

1
2) ∑ 2
(𝑝 = 2) converge
𝑛=1 𝑛

1 1
3) A p-série ∑ (𝑝 = ) diverge
𝑛=1 √𝑛 2

2.3. Propriedades das Séries


Teorema 6- Se uma ∑+∞ 𝑛
𝑛=1 𝑎𝑛 é convergente, então, o lim 𝑎 = 0,
𝑛→∞

Observação: o teorema 6 dá-nos a condição necessária para a convergência da série ∑+∞


𝑛=1 𝑎𝑛 .

Facilmente, podemos observar que a mesma não é suficiente para a convergência da série. Por
exemplo a série harmónica
1 1 1 1 1
∑+∞
𝑛=1 = 1 + + + + . . . é divergente apesar de lim =0
𝑛 2 3 4 𝑛→∞ 𝑛

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O teorema pode ser reformulado na forma de critério (teste) da divergência da série numérica,
também chamado de Critério do Termo Geral (CTG).
Teste da divergência:
 Se o lim 𝑎𝑛 ≠ 0 (ou não existe), então a série ∑+∞
𝑛=1 𝑎𝑛 diverge.
𝑛→∞

 Se o lim 𝑎𝑛 = 0, então a série ∑+∞


𝑛=1 𝑎𝑛 pode convergir ou divergir.
𝑛→∞

Teorema 7- Uma série ∑+∞ +∞


𝑛=1 𝑎𝑛 é convergente se e somente se a ∑𝑛=𝑛0 𝑎𝑛 é convergente

(∀𝑛0 ∈ 𝑁).
O significado do teorema 7 é o seguinte: A convergência ou a divergência de uma série não é
afectada pela retirada ou pelo acréscimo de um número finito de termos.

Teorema 8 – Seja dada uma sucessão {𝑎𝑛 } positiva. A série ∑+∞


𝑛=1 𝑎𝑛

 É convergente se e somente se a sucessão das somas parciais {𝑆𝑛 } é limitada por cima
(tem majorante);
 Diverge para +∞ se e somente se a sucessão das somas parciais {𝑆𝑛 } não é limitada
por cima.
Teorema 9 – sejam dadas as sucessões ∑+∞ +∞
𝑛=1 𝑎𝑛 e ∑𝑛=1 𝑏𝑛 convergentes para A e B

respectivamente. Sãa válidas as seguintes proposições:


a) ∑+∞ +∞
𝑛=1 𝑐𝑎𝑛 = 𝑐. (∑𝑛=1 𝑎𝑛 )

b) ∑+∞ +∞ +∞
𝑛=1(𝑎𝑛 + 𝑏𝑛 ) = ∑𝑛=1 𝑎𝑛 + ∑𝑛=1 𝑏𝑛

c) 𝑎𝑛 ≤ 𝑏𝑛 (∀𝑛 ∈ 𝑁), 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴 ≤ 𝐵

TPC: Resolva os exercicios da página 1 da ficha 1.

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