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A) Em resumo, os atos vinculados são os que são executados de acordo com
às delimitações anteriormente previstas pela norma jurídica, ou seja, cujo
objeto foi prévia e objetivamente tipificado de forma a permitir um único
possível comportamento diante de uma situação. Portanto a Administração
Pública age de forma mecânica e sem margem de liberdade. Ocorrendo assim
uma situação descrita lei que é apta a conferir um direito ou interesse, a
autoridade competente deve desta forma, emitir um ato, garantindo ao
beneficiário o direito ou exercício de uma faculdade. Por exemplo a
contratação para cargos públicos: nela, o administrador só poderá realiza-la
por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos. Observa-se
que a conduta do administrador foi para uma determinada situação, no caso o
preenchimento do cargo público, previamente redigida pelo legislador.
Por sua vez, os atos discricionários são os que não foram previamente
delimitados, não previstos sob nenhuma forma, pela norma jurídica, deixando
que o ato administrativo seja praticado de acordo com a oportunidade, a
conveniência e a necessidade vislumbrada pelo agente. Em outras palavras, a
situação para que se pratique o ato administrativo discricionário não é prevista
objetivamente e, por isto, inexiste restrição ou sequer delimitação de conduta
previamente estipuladas. Nestes atos a lei concede à Administração
possibilidade de agir baseada em juízos de conveniência e de oportunidade, A
respeito da realização do ato em si, e de seu conteúdo, a lei, ao prever uma
determinada competência, de forma intencional, outorga um espaço para a
liberdade de decisão da Administração Pública. Por exemplo de situação que
suporta uma ação discricionária, pode-se citar a decisão de um prefeito de
asfaltar uma rua determinada, a escolha e determinação de qual rua é de sua
prerrogativa.
Por fim, destaca-se que o ato administrativo discricionário não deve ser
confundido com ato arbitrário, visto que este último implica numa atuação
administrativa além dos limites legais, sendo, desta forma, sempre ilegítimo e
inválido. Infringindo assim, os próprios princípios traçados para a
Administração Pública.
Já o ato discricionário, conforme dito anteriormente, é vinculado à
observância do objetivo traçado pela lei, ou seja, é um poder que a própria lei
confere ao administrador para praticar atos, mas sempre nos limites impõe.
Portanto, o ato discricionário quando praticado de forma correta, deve se
pautar também ao respeito à lei e aos princípios da administração pública.
Pois, se infringidos tais limites e princípios, o ato administrativo, passará de
discricionário para arbitrário.
Digno de nota também, que cada vez se torna mais comum, a procura de
determinado particular ao judiciário, afim de garantir, determinado direito ou
benefício, tais casos, denotam uma extrema falha da administração pública,
pois demonstram a ineficiência de suas políticas, e da falta de empenho em
garantir a manutenção dos serviços sob sua responsabilidade.