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Eventos, Meetups e participação em fóruns

Para saber tudo sobre eventos e meetups na área de tecnologia, nada melhor do que aprender com o
nosso especialista no assunto:

Curtiu o vídeo? Um estereótipo da pessoa desenvolvedora é aquele de que somos completamente


isolados de qualquer contato social. Apesar de gostarmos de máquinas, isso não quer dizer que não
sejamos sociáveis. Na verdade, grande parte do sucesso de uma carreira, seja como dev ou não, vem da
interação com outras pessoas!

As vantagens do networking

Abordaremos este tópico em mais detalhes em outro capítulo mais adiante, mas, para podermos
entender como este conteúdo é importante, precisamos tocar neste assunto agora! Todas as carreiras
precisam de interação e networking e a carreira de desenvolvimento também está inclusa nesta lista.

A interação e o networking com outros pares permitem a troca mais elaborada de conhecimento e,
melhor ainda, de experiências! Saber interagir com outras pessoas é um atributo essencial de qualquer
profissional, pois mostra a capacidade de lidar com o mais difícil de todos os softwares: outra pessoa.

Apesar de networking e interação ser algo que não possa ser ensinado em sua totalidade, pois é algo
muito subjetivo e vai de cada situação e cada pessoa, existem regras gerais que podemos seguir para
obter o maior aproveitamento possível de uma interação social. Mas, além de tudo isso, interagir com
outras pessoas permite ampliar o seu universo pessoal e "sair da bolha" onde cada um de nós está
inserido, permitindo que possamos explorar as diferentes realidades que permeiam nossa área. tanto de
forma social, quanto também de forma técnica, além de ser uma ótima maneira de descontração,
resolução de problemas e também criação de uma rede de contatos.

Conferências e meetups

Cada área tem seu local de socialização e trocas de conhecimento, para a área de desenvolvimento
estamos falando de eventos, congressos e meetups!
O que é um meetup

Um meetup é caracterizado por um evento pequeno, quase informal, entre profissionais de uma área -
aqui, especificamente, tecnologia. Geralmente, um meetup tem de 10 a 50 pessoas e é organizado por
comunidades locais que focam em um assunto ou tecnologia específica, por exemplo, um meetup de
Node.js organizado pela comunidade oficial de Node.js do Brasil, a NodeBR.

Da mesma forma, os meetups possuem um tema ou conteúdo específico. No nosso exemplo, um


meetup sobre Node.js, uma temática possível seria "a versão 14 do Node.js e suas novidades". A grande
"beleza" dos meetups está justamente no formato de encontro informal, que ocorre dentro de algum
escritório ou local geralmente cedido como patrocínio por uma empresa - muitas vezes aonde os
próprios organizadores ou membros trabalham - e são totalmente gratuitos.

Todos os meetups surgem com o mesmo objetivo: unir uma comunidade de pessoas que utilizam ou são
entusiastas de um mesmo assunto, e essa natureza informal, facilita a troca de informações e também o
networking entre as pessoas que estão presentes em seus eventos. A grande parte dos meetups possui
uma grade de conteúdo bastante definida, começando após o expediente, tendo de uma a três palestras
(de 20 a 40 minutos) sobre temas relacionados ao assunto daquele meetup em questão, com pausas
chamadas de coffee breaks entre elas para que as pessoas interajam, encorajando ainda mais o
networking.

Porém, um dos modelos mais interessantes é o de mesa redonda, onde não há um tema expressamente
definido, mas sim um guia de conversas e um painel com de três a cinco pessoas consideradas
experientes neste tema guia. A partir daí, os hosts (apresentadores) do evento coletam perguntas da
audiência e um debate se inicia em cima daquela questão. Toda a plateia é mais do que bem-vinda para
responder à questão ou então acrescentar um ponto válido em cima de uma discussão já existente.
Existem uma série de variações sobre este modelo, onde os organizadores do evento coletam perguntas
de antemão para manter o fluxo das perguntas fluindo e até mesmo um modelo de troca de
apresentadores, onde as perguntas são levantadas para a plateia e, quem responder, se torna o próximo
a perguntar.

O modelo de mesa redonda, apesar de ser menos focado, é, sem dúvida, o melhor modo de realizar
networking e conhecer novas pessoas devido a sua própria natureza mais aberta de conversa.
O que é uma conferência

Um evento, conferência ou congresso é uma evolução do meetup. Conferências possuem, na sua grande
parte, um número maior de participantes que um meetup. Eventos deste tipo são divididos em
pequenos, médios e grandes. Um evento de pequeno porte, como o ABCDev geralmente contém de 200
a 500 pessoas, enquanto eventos médios e grandes podem conter de milhares até dezenas de milhares e
se estenderem por vários dias. Geralmente são pagos e acontecem em grandes espaços de conferências
reservados somente para este fim, muitas vezes possuem comitês de organização e são patrocinados por
diversas empresas - exceto alguns poucos casos, como a Criptorave, que é totalmente organizada com o
dinheiro e apoio da comunidade.

O foco principal de uma conferência é proporcionar um ambiente rico de experiências para a pessoa
participante, então espere encontrar um ambiente muito organizado, com palcos, estandes de
patrocinadores, um espaço aberto onde é permitida a circulação durante todo o evento e outras
atrações. Diferentemente de um meetup, uma conferência pode durar por um ou mais dias inteiros. Por
isso, são geralmente organizadas em finais de semana e começam bem cedo, terminando ao final do dia.

O conteúdo proporcionado por uma conferência pode variar. Na maioria dos casos, uma conferência não
possui um tema muito fechado, pois seria muito complicado encontrar pessoas palestrantes para algo
muito específico. Por este motivo, conferências se focam, na maioria dos casos, em tecnologias. Quer um
exemplo? a PHP Experience foi uma conferência totalmente focada em PHP e seus aspectos. Da mesma
forma temos conferências - como o próprio ABCDev - que não possuem um foco além da tecnologia
como um todo, ou seja, o tema é aberto desde que tenha a ver com tecnologia.

Eventos deste tipo também podem ter peculiaridades e atividades extras. Podemos ter eventos de trilha
única, que só possuem um único palco onde todas as palestras acontecem. Mas também podemos ter
eventos de múltiplas trilhas, onde existem pelo menos dois palcos, com palestras acontecendo
simultaneamente durante toda a duração da conferência. Além disso é possível que hajam também
workshops para as pessoas participantes como atividade extra.

Workshops são aulas práticas sobre um assunto específico. Um exemplo é o "Criando sua aplicação
utilizando Azure Static Web Pages", onde a pessoa instrutora realiza a tarefa junto com quem está
assistindo. Nestes tipos de conteúdos, as pessoas participantes precisam levar seus próprios
equipamentos, como notebooks e o que for necessário para realizar a tarefa.
Como encontrar um meetup ou conferência

Agora que já sabemos o que é um meetup e o que é uma conferência, vamos entender como podemos
encontrar eventos para participar e, ao longo dos próximos textos, vamos dissertar ainda mais sobre
como a participação neles é muito importante para a consolidação das sua carreira em tecnologia.

Encontrando meetups

A grande maioria dos meetups está localizada no Meetup.com - o site que, inclusive, popularizou o uso
da palavra meetup. O site é gratuito para uso e permite que você faça o cadastro e encontre
comunidades baseado nos seus interesses.

O site do Meetup

Para encontrar um grupo de interesse no meetup, após criar sua conta, basta clicar no link "explore" no
topo da página. Para encontrar os melhores meetups, garanta que a opção "groups" esteja selecionada,
e digite as palavras chave:

Grupo no Meetup

Selecione seu grupo de interesse e clique no botão "Join this group":

O botão está no canto inferior direito

Na aba "Events" você poderá ver os eventos passados e futuros deste grupo:

Página de um evento
Para participar, basta clicar no botão "Attend" na lista ou então clicar no evento para saber mais
informações - como o local aonde vai ocorrer, a grade de palestras e etc - e então verificar se há ainda
vagas disponíveis.

Waitlist localizada no canto direito

No caso do evento que escolhemos, o local está lotado, então só podemos entrar na lista de espera e
aguardar que novas vagas sejam liberadas. Por isso, é necessário "ficar de olho" nos eventos que você
quer participar, já que as vagas se esgotam em um curto período de tempo.

Depois de adicionar o evento ao seu é comparecer no dia e hora agendados. Tente encontrar ou
conversar com as pessoas que organizam o evento através de suas redes sociais para iniciar o
networking, ou então encontrar outros amigos ou amigas para poderem comparecer com você. Mas
lembre-se, todos eles precisam se registrar no site.

É possível encontrar eventos também através de grupos no Facebook e perfis no Twitter de outras
pessoas desenvolvedoras ou das pessoas que organizam estas comunidades. No entanto, a melhor
opção ainda é conversar com outras pessoas e ir nos mesmos eventos que são divulgados. Comunidades
de desenvolvimento são um grupo muito coeso e conhecem umas às outras. Portanto, muitos eventos
acabam sendo parcerias e levam pessoas que participam de uma comunidade a também participarem
de outra.

Encontrando Conferências

Os melhores locais para encontrar conferências são os próprios meetups, onde pessoas comentam sobre
as próximas conferências. Ainda não está inserido no processo e não sabe das conferências? Não tenha
medo de perguntar para colegas ou pessoas que conhecer em meetups.

Uma outra opção é "pesquisar", já que grande parte das conferências também possui um perfil no
Twitter ou sites de digulgação. Basta pesquisar pela palavra "Conferência" que você acabará
encontrando :)

A participação em uma conferência é um processo bem direto, geralmente pagas. As conferências


vendem ingressos por meio do próprio site, muitas vezes utilizam-se de meetups para poder divulgar
códigos de desconto e outras opções para as pessoas poderem participar mais facilmente.

Escolhendo e participando de eventos e meetups

Existem poucos pontos que precisamos ficar atentos nas conferências e meetups, basta escolher os que
mais se assemelham com o seu conteúdo de escolha. Meetups não tem muito segredo, todos eles vão
providenciar uma experiência diferente, então só mesmo participando de alguns para entender um
pouco mais e consolidar sua opinião sobre "gostar" ou "não gostar" do meetup em questão.

Com conferências é um pouco diferente, existem conferências que são voltadas para o público técnico,
embora também existam conferências que são voltadas para o público mais estratégico, como C-levels.

No primeiro tipo, você terá muitas palestras focadas em tecnologias e know-hows específicos,
geralmente suportadas por players conhecidos por pessoas desenvolvedoras. O intuito destes
patrocinadores aqui não é vender, mas sim criar uma relação com essas pessoas para que eles possam
advogar em prol da marca. Além disso, o objetivo da conferência é criar um ambiente técnico saudável.

No segundo tipo, as palestras são focadas em estratégia, crescimento, tomadas de decisões e


apresentação de conceitos ou produtos voltados não à tecnologia em si, mas sim para a gestão de
pessoas ou times. Eventos deste tipo geralmente tem uma pegada fortemente promocional e de vendas,
de forma que o foco não é a pessoa desenvolvedora, mas sim as pessoas que tomam decisões
estratégicas dentro da empresa. Portanto, os patrocinadores e estandes estarão repletos de pessoas
tentando avidamente vender alguma coisa ou te conectar com algum time de demonstrações. Este tipo
de conferência geralmente não é muito legal para quem quer desenvolver alguma habilidade técnica,
embora reja uma oportunidade para se conectar a tendências do mercado.

Como regras gerais, existem algumas coisas importantes que precisam ser analisadas antes de participar
de uma conferência ou meetup:

Verifique se o evento possui um Código de Conduta (chamado de CoC). Isto é muito importante para
garantir a segurança de todos no evento

Verifique se o evento não está envolvido com algum tópico polêmico, ou então se os temas e o
passado do evento são saudáveis. Ou seja: busque pela reputação do evento e das pessoas
organizadoras.

Como participar de meetups e eventos

Já vimos como podemos entrar e participar de meetups no site do Meetup e como encontrar e participar
de eventos por meio de buscas pelas redes sociais, certo? Porém, a participação real dos eventos vai
muito além de marcar participação em sites, viu? Para que você possa tirar o máximo proveito de todos
os eventos que participar, é necessário que você de fato saiba extrair o máximo possível das
oportunidades que um evento apresenta.

As formas de se aproveitar um evento diferem pouco entre meetups e conferências. Em geral, para
meetups, a maneira correta de se aproveitar ao máximo estes eventos é por meio da interação pura e
simplesmente. Meetups, como dissemos, são eventos pequenos e informais, então o contato entre as
pessoas é muito mais próximo e muito mais casual. Aproveite para tirar dúvidas com quem estiver
palestrando, encontrar pessoas que se interessam pelas mesmas tecnologias que você, ou até mesmo
procurar parcerias para seus futuros projetos. Tente interagir com outras pessoas, sejam elas
participantes ou palestrantes, o máximo possível. Meetups são ótimas portas de entrada para encontrar
novas oportunidades de trabalho e também para entender problemas que outras pessoas já passaram,
assim você pode buscar formas de ajudar (criando oportunidades de trabalho até então não existentes)
ou então apender com situações com que outras pessoas já passaram.

Para conferências maiores, a forma de engajar com pessoas é um pouco mais restrita, pois o espaço é
muito maior e, geralmente, as pessoas se fecham em pequenas ilhas de "pessoas já conhecidas". Em
conferências, você terá mais contato com as pessoas que mais querem falar com você: quem patrocina.
Então, aproveite para dar uma volta em todos os estandes de patrocínio, pegar alguns brindes e
conhecer um pouco mais das soluções de cada empresa. Importante: muitas empresas só patrocinam
estes eventos porque estão na busca de novas pessoas para seu time, então é uma ótima oportunidade
para pegar um contato de alguém do time de RH e cortar alguns passos na contratação, ou até mesmo
fazer uma entrevista ou teste técnico ali mesmo no local e até já sair com um emprego novo embaixo do
braço quando voltar para casa! :)

Em suma, a maior distinção está no tipo de contato: em meetups, as pessoas são muito mais abertas
para conversas porque estão geralmente ali com esta finalidade. Já em conferências, muitas pessoas
estão ali ou porque querem ver um conteúdo específico ou então porque foram enviadas por suas
empresas para estarem no local e, por isso, tem uma abertura menor para o networking. De qualquer
forma, não quer dizer que não exista networking em grandes conferências, então sempre aproveite
qualquer de conexão que você encontrar.

Regras não escritas dos meetups

Para meetups, há uma série de pequenas "boas práticas" que são esperadas. Estas boas práticas foram
elaboradas em conversas com incontáveis pessoas que participam e organizam eventos para
comunidades. Elas não são obrigatórias, porém podem fazer a diferença entre uma pessoa bem ou mal
vista pela comunidade.

1. Se você disse que irá comparecer, compareça

O maior problema dos meetups é a chamada "quebra", ou seja: quando alguém confirma presença e não
vai. Quando os meetups são organizados, quem os organizou está esperando uma determinada
quantidade de pessoas, então todos os cálculos sobre sala, espaço, local, coffee são feitas com base
neste número, que é o número de pessoas confirmadas no site do Meetup.

Se você marca uma presença e, no dia, acaba não aparecendo, isso tira o lugar de outra pessoa que
poderia estar ir e aprender algo. Sempre que você não puder ir em um meetup, mesmo depois de ter
confirmado, vá até o site do evento e libere a vaga. Mas evite fazer isso no dia do evento, sempre se
programe com, pelo menos, uma semana de antecedência para ir ou desistir de participar de
determinado evento.

Em alguns meetups, a portaria exige que a pessoa se identifique com nome completo e documentos
pessoais. Estas informações são enviadas para a organização do meetup que consegue verificar a
presença ou ausência no evento. Em alguns casos, aplicam punições, como a incapacidade de participar
de um determinado número de eventos, caso a pessoa seja alguém que não aparece constantemente.
Em alguns casos é aplicada a remoção da pessoa da comunidade.

2. Interaja

Meetups são ótimos lugares para interagir, conhecer novas pessoas e fazer novos contatos. Deixe sua
timidez de lado e faça perguntas, fale, responda, converse. Todos adoram uma boa interação e, às vezes,
você é a pessoa que está faltando para que outra tome coragem para fazer o mesmo, melhorando a
interação para todo o grupo.

3. Feedback é importante

Se você gostou de algo no evento? Tem alguma sugestão de melhoria? Ao final de um meetup,
comunique a quem está organizando por meio de um feedback estruturado, dizendo pontos bons e ruins
e o que precisa ser melhorado. Uma comunidade é feita de membros e só pode ser melhorada a partir
dos membros da mesma.

4. Seja amigável

Muitas pessoas participam de meetups: iniciantes, intermediárias e avançadas. Às vezes a dúvida de uns
é a solução de outra pessoa, então evite fazer qualquer tipo de julgamento ou comentário polarizado
sobre algum assunto.

5. Evite sair no meio dos conteúdos

As vezes temos um imprevisto e precisamos sair no meio de um meetup. Quando for algo inadiável, não
tem problema. Mas quando você puder aguardar, tente sair somente no intervalo entre uma ou outra
palestra ou no coffee break.

Aprendendo mais indo em eventos

Além de networking, meetups e conferências são locais de aprendizado. Para tirar o máximo proveito e
aprender ainda mais com o conteúdo que está sendo exposto, interaja com quem está palestrando e
quem está na audiência por meio de perguntas, comentários e qualquer informação que julgar
interessante compartilhar.

Lembre-se que, na maioria das vezes, uma palestra só contém o mínimo necessário para as pessoas
conhecerem ou então saberem que tal assunto existe (até porque é muito difícil passar um conteúdo
completo em 40 minutos ou menos). Então, fique atento às referências que são colocadas nos finais de
cada slide! Se não houver, vá até a pessoa que apresentou a palestra, parabenize-a pelo trabalho (pois
criar conteúdo dá um trabalhão!) e pergunte aonde pode saber mais sobre o assunto e se ela estaria
disposta a responder futuras dúvidas que você possa vir a ter, e em quais canais ela poderia fazer isto.
Ou seja, o aprendizado começa no evento, mas nunca termina!

Uma nota sobre comportamento: É importante deixar claro que, apesar de a maioria das pessoas
estarem abertas para responder questionamentos, não é muito legal ficar chamando seu mais recente
contato o tempo todo para todas as dúvidas. Somente chame a pessoa para tirar dúvidas quando exaurir
todas as possibilidades de resposta, compile suas dúvidas em um texto maior e envie tudo de uma única
vez. Além disso, sempre dê um contexto sobre o que você está fazendo, o que era esperado que
acontecesse e também o que aconteceu, com detalhes.

Sempre tome notas de tudo que está sendo dito! Leve seu notebook, celular, caderno ou o que você se
sentir mais confortável para poder anotar os pontos importantes de uma palestra. Tire fotos e coloque
tudo isso em um local onde poderá ver depois e, para isso, é importante ter organização pessoal e
disciplina para poder estudar tudo o que foi passado.

Eventos são um ótimo local para começar seu aprendizado e descobrir o que está acontecendo no
mercado, quais são as tecnologias mais novas, as novidades em cada ramo e até mesmo os novos
assuntos que estão surgindo. Mas lembre-se, o aprofundamento sobre eles deve vir de você!

Curtiu? Agora é só selecionar os próximos eventos que você gostaria de participar? Já pensou em
organizar algum meetup? Que tal se unir a outros colegas Trybe e organizar um evento?

Parte 2

Networking e Construção de Redes

O que você vai aprender?

Primeiramente, vamos ouvir o que a Ana Gabriela tem para nos contar?
Nas últimas aulas falamos sobre participação em eventos e fóruns e sobre information interviews. Para
essas aulas você já teve algumas dicas práticas sobre networking, afinal para ambas as práticas a
capacidade de criar conexões é algo essencial.

Para aprofundar nosso conhecimento no tema vamos falar sobre sobre networking e como ele pode
contribuir para a sua carreira, além de falar sobre dois tipos diferentes de Network: Inbound e
Outbound.

Network: O que é e por que importa?

Network significa, na tradução literal, Rede de Trabalho. Mas network mas vai além de contatos de
pessoas do trabalho, já que engloba quem conhecemos de diferentes áreas de nossa vida e também
quem nos conhece.

Vamos construindo o network ao longo da vida, muitas vezes sem perceber. Nossa rede de contatos é
composta por pessoas com quem estudamos no colégio, pessoas que conhecemos praticando esportes,
colegas de trabalho, fornecedores e clientes com quem entramos em contato, etc.

Nossa rede de contatos dá origem ao que chamamos de Capital Social.

Assim como o dinheiro é uma forma de capital que pode nos trazer benefícios e a nossa inteligência
representa nosso capital intelectual, as pessoas que conhecemos e que nos conhecem também fazem
parte do nosso capital, elas são nosso Capital Social.

Pessoas conhecidas podem te indicar uma oportunidade de trabalho, te conectar com parcerias para um
projeto, as possibilidades são infinitas! Mas, obviamente, não devemos cultivar amizades apenas na
esperança de receber algo em troca – inclusive isso pode ser prejudicial para a sua carreira, mas já
chegamos lá. Cultivamos relações para dar e receber.

A antropologia costuma definir as relações humanas como sistemas de trocas. Trocamos sorrisos, afetos,
favores, bens e informações. Por isso, na hora de nos relacionarmos com alguém precisamos nos
perguntar: O que estamos dando e o que estamos recebendo?

Dar e Receber – A chave para construção de Networking

O vídeo abaixo resume um trecho da pesquisa de Adam Grant, psicólogo e professor da Universidade da
Pensilvânia, retirado de seu livro Dar e Receber.

No vídeo ele fala sobre 3 tipos de pessoas: Doadoras, Tomadoras e Compensadoras.

Lembra que falamos agora a pouco que quem busca se relacionar apenas esperando receber algo em
troca (Tomadores e Compensadores) tendem a não ser as pessoas mais bem sucedidas? É isso que as
pesquisas mostram!

Mas uma questão ficou sem resposta no vídeo: O que diferencia as pessoas doadoras que alcançam o
sucesso e estão no topo da pirâmide daquelas pessoas doadoras que estão na base da pirâmide?

Ambas partem do pressuposto de que podem confiar e verdadeiramente querem Dar mais do que
Receber. No entanto, as pessoas doadoras da base continuam dando, sem perceber que algumas
pessoas tiram proveito dessa tendência de comportamento. As Pessoas doadoras do topo, por sua vez,
possuem uma visão de mundo positiva e querem verdadeiramente contribuir com o grupo. Mas quando
percebem que alguém no grupo está apenas tirando proveito do processo, buscam outros grupos ou
pessoas para uma relação "ganha-ganha".

Nós, enquanto seres humanos, somos essencialmente sociais. Alguns teóricos sustentam que é
justamente a capacidade de nos conectarmos uns com os outros e reconhecermos quem é digno de
confiança ou não que nos diferenciou do restante dos animais. De acordo com Yuval Harari (autor de
Sapiens):

“Nossa linguagem evoluiu como uma forma de fofoca. De acordo com essa teoria, o Homo sapiens é
antes de mais nada um animal social. A cooperação social é essencial para a sobrevivência e reprodução.
[...] Graças a informações precisas sobre quem era digno de confiança, pequenos grupos puderam se
expandir para bandos maiores, e os sapiens puderam desenvolver tipos de cooperação mais sólidos e
mais sofisticados. [...] Os sapiens podem cooperar de maneiras extremamente flexíveis com um número
incontável de estranhos. É por isso que os sapiens governam o mundo, ao passo que formigas comem
nossos restos e chimpanzés estão trancados em zoológicos e laboratórios de pesquisa.”

O que deve ficar dessa teoria é:

Como seres humanos somos seres sociais e nossas relações são estabelecidas como sistemas de troca. A
melhor forma de construir uma boa rede é sendo uma pessoa doadora, mas uma pessoa doadora que
sabe reconhecer quem é a pessoa digna de sua confiança.

Teoria de redes aplicada ao networking

Você conhece a teoria dos "6 Graus de Separação"? Esse conceito, também conhecido como "Mundo
Pequeno", se originou a partir da teoria de redes e cria a teoria de que, no mundo, são necessários no
máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer se conectem.

No estudo, feito nos Estados Unidos, buscou-se através do envio de cartas, identificar o números de
laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta
com uma "pessoa alvo" e sua missão era enviar uma nova carta para a pessoa identificada. Caso
conhecesse a pessoa "alvo", o processo era simples: enviar uma carta para essa pessoa. Mas caso não
conhecesse a "pessoa alvo", deveria enviar uma carta para uma pessoa qualquer de sua rede,
imaginando que ela tivesse maior chance de conhecê-la até chegar na pessoa alvo, no destino final. A
pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para as pessoas responsáveis pelo estudo.

Ao fim do estudo foi possível verificar que, através de 6 conexões (em média), seria possível se conectar
a qualquer pessoa do MUNDO! Isso pode ser com o/a presidente de uma empresa, um(a) governador(a),
um(a) ator/atriz. Ou seja, qualquer pessoa!

Quer saber mais sobre o assunto? Explore o livro Seis graus de separação, de Duncan Watts.

Agora que você já conhece a teoria dos 6 graus de separação você pode imaginar que existem 6 graus
até chegar na sua vaga dos sonhos, certo? E se essa distância for ainda menor?
A tecnologia tem diminuído ainda mais a distância entre as pessoas, aproximando mais quem está longe.
Uma pesquisa feita pelo Facebook com seus mais de 720 milhões de usuários demonstrou que, através
do Facebook, há cerca de 4.7 graus de separação entre as pessoas.

Resumindo: Você pode se conectar com praticamente qualquer pessoa do mundo através de uma
pessoa que conhece. Provável que essa pessoa conhece uma outra pessoa que pode te conectar com
uma oportunidade ou pessoa que tenha interesse em conversar. Pense agora como ter conhecimento
desse conceito pode aumentar incrivelmente seu networking e sua capacidade de entrar em contato
com pessoas daquela empresa que você tanto quer fazer parte.

Teoria dos Laços Fracos e Conectores

Ainda dentro da teoria de redes existem mais 2 conceitos importantes que podem te ajudar a se
conectar com outras pessoas e construir seu network.

Em um estudo feito nos anos 60, Mark Granovetter pesquisou como as pessoas que acabaram de mudar
de emprego ficaram sabendo de seus novos empregos, novas oportunidades de trabalho. As respostas
das pessoas participantes indicavam que a informação partiu de alguém em sua lista de contatos
pessoais.

Porém, o mais surpreendente e contra intuitivo é que esses contatos foram descritos como “pessoas
conhecidas” e não como “pessoas amigas", com alto grau de proximidade. Era de se esperar que as
amizades tivessem a maior motivação em te ajudar, certo? Então, por que as “pessoas conhecidas” tem
um papel tão crucial na busca de uma nova oportunidade de trabalho?

Vamos começar a análise com a seguinte rede social de círculo de amizade. Imagine que cada bolinha
seja uma pessoa e quando estão ligadas por uma linha significa que se conhecem.

Sua rede de conhecidos

Se observarmos a relação entre os nós A, B e C podemos dizer que existem boas chances de, em certo
momento, os nós B e C formarem um vínculo de amizade através de uma conexão feita por A.
B e C ficam amigos por causa de A

E, como se trata de um grupo bem conectado (veja o número de conexões), isso poderá ocorrer com
diversos outros nós! Quanto mais amizades em comum duas pessoas têm, maiores as chances de se
conhecerem.

Por causa das conexões já existentes a sua rede cresce ainda mais!

Consequentemente, caso alguém da rede saiba de uma oportunidade de trabalho, todas as outras
pessoas deste grupo também ficarão sabendo, afinal todas elas estão conectadas.

Pode-se supor que uma oportunidade de trabalho é algo escasso (a demanda por uma oportunidade de
trabalho é, em geral, maior do que a quantidade de oportunidades disponíveis). Então, provavelmente
alguém que te dá informação sobre uma oportunidade de trabalho conseguiu através de uma fonte de
informações que você não possui.

Considere o nó C e suas amizades. Podemos perceber que a ligação de C com os nós A, B e D remete a
uma ligação de um grupo muito bem definido, provavelmente de pessoas próximas do mesmo círculo.
Isso é o que chamamos de laços fortes.

Porém, se observarmos a ligação entre C e H, percebemos que nenhuma outra amizade de H é uma
amizade de C. Portanto, ele pertence a um grupo distinto de amizades.

O nó H, sendo apenas uma pessoa conhecida de C, tem acesso às informações que o nó C não tem. Ou
seja: pois possui grupos diferentes de amizade. Repare que se eliminarmos a ligação entre C e H, os nós
de A a G perdem comunicação com os nós de H a M.

Chamamos essa ligação entre C e H de Conector ou Ponte. Essa ponte nos permite explicar por que as
indicações de oportunidades de trabalho vêm de pessoas que as vezes são apenas “pessoas conhecidas”.
Imagine que C é uma pessoa desenvolvedora e busca um trabalho na sua área de formação, sendo que C
estudou com B, A e D. Logo, se F for uma pessoa empregadora e apresentar uma oportunidade de
trabalho para A ou B, estes irão agarrá-la ou, caso não estejam abertos a uma oportunidade de trabalho
indicá-la para outra pessoa, já que provavelmente possuem várias pessoas desenvolvedoras em sua lista
de contatos.

Já se J trabalha na mesma empresa que H e comenta que precisa de uma pessoa desenvolvedora, H que
é, por exemplo, da publicidade conhece poucas pessoas desenvolvedoras. No entanto, H se lembra que
conheceu A em um evento ou curso e, por isso, são um laço fraco por terem pouco contato e fazerem
parte de círculos sociais diferentes.

No entanto, se H gostou daquela breve conexão que teve com A é provável que comente sobre a
oportunidade. Assim, mostramos porque muitas pessoas ficam sabendo de oportunidades de trabalho
através de pessoas conhecidas e não pessoas do seu círculo de dia a dia.

É importante ressaltar que isso não impede que algumas amizades próximas te apresentem
oportunidades interessantes, viu? Isso apenas ilustra que muitas vezes pessoas de fora do nosso círculo
comum possuem ótimas oportunidades e podemos (e devemos) aproveitá-las :)

Aumentando sua rede de contatos

Agora você já sabe a importância de aumentar sua rede de contatos para além do seu círculo tradicional,
certo?

Existem diversas maneiras de fazer isso, você já viu bastante sobre isso nas aulas passadas em que
falamos de eventos, meetups, fóruns e information interview. Não deixe de colocar esses conceitos em
prática!

O que fazer agora?

Como próximo passo você fará uma atividade, buscando responder as seguintes perguntas e executando
as atividades propostas.
Como eu vou aplicar esse conhecimento na minha vida a partir de hoje?

Que pessoas do meu círculo social eu posso conectar entre si de modo a terem algum ganho? Lembre-
se, pessoas doadoras acabam tendo vantagens e construindo dívidas morais com as outras (Pense e já
faça essa ponte!)

Que pessoas seria interessante eu conhecer para entender mais a fundo sobre alguma empresa ou
oportunidade? Quem da minha rede pode me conectar? Se souber, mande uma mensagem para essa
pessoa! Caso não saiba quem pode te conectar, tente postar isso nas redes sociais e veja se aparece
alguma indicação.

O foco é começar a colocar em prática o poder do networking e das conexões. Lembre-se que saber e
não fazer é o mesmo que não saber! Se não puser em prática você não terá nenhum resultado!

Use o restante do tempo da aula para pensar sobre e fazer as atividades acima, combinado?

Parte 3

Networking como Ferramenta

Já ouviu alguma vez na sua vida a palavra Network?

Essa palavra, que praticamente já faz parte do vocabulário das pessoas nativas do Brasil, principalmente
no contexto de negócios, se refere a rede de contatos profissionais e pessoais que podemos ter. Já
Networking pode ser definido como a arte de construir e manter relações (pessoais), a longo prazo, que
impliquem (sempre) em um benefício para as partes envolvidas. Você já sabe um pouco sobre o tema,
afinal já falamos sobre isso em aulas anteriores, certo?
Frequentemente ouvimos pessoas comentando sobre o número de pessoas na sua rede, número de
seguidores, número de conexões, visando quantidade. Mas quando se trata de rede profissional e
pessoal, a qualidade nas relações importa muito mais. Conhecer pessoas e fazer conexões é algo ótimo,
mas é o que você faz com essas conexões é o que realmente importa. O quão relevante nós somos para
elas?

Vamos a um exemplo: De que adiantaria ter o e-mail de uma pessoa CEO de uma empresa gigantesca, se
você envia um e-mail e, por não ser um contato próximo, tem a sua mensagem ignorada!?

Agora, vamos supor que você ainda queira se conectar com essa pessoa CEO e descobre que tem
pessoas conhecidas em comum. Melhor ainda: você descobre que uma amizade ou pessoa próxima de
sua rede de contatos é bem próxima da "pessoa alvo". Bom, aí está uma bela oportunidade de não
apenas enviar um e-mail como uma pessoa desconhecida, mas de acionar seus contatos para que façam
a "ponte" entre você e a pessoa desejada. Faz sentido?

Esse é um ótimo cenário de uso do networking de forma estratégica.

Apesar de você ter sua história, suas qualificações e habilidades, se você não mostrar ao mundo, não
compartilhar com as pessoas, não construir relações sólidas ao longo de sua jornada, talvez nunca
saibam o seu real valor. Por isso, é super importante construir relacionamentos sustentáveis, baseado
em colaboração, comportamento e reputação.

Qual a importância na minha carreira?

Veja que interessante, segundo uma pesquisa conduzida pela Association for Talent Development, 51%
dos empregos são preenchidos por meio de indicações de funcionários e 42% por contatos via redes
sociais. Essas são as duas principais maneiras pelas quais as empresas relatam encontrar candidatos para
preencher vagas em aberto. A razão para isso é simples: há uma taxa de retenção de pessoas muito
maior em relação as pessoas que foram contratadas como resultado de networking. Também verificaram
que ganha-se 6% a mais em média quando é contratado como resultado de uma indicação.

Além desses pontos, fazer networking contribui com muitos outros aspectos.
Segue aqui alguns deles:

Colaboração. Networking precisa ser uma via de mão dupla, onde você recebe e doa. É um contexto
interessante para desenvolver a habilidade de colaboração e compartilhamento de conhecimento.;

Comunicação. Também é uma oportunidade para praticar sua habilidade de comunicação, seja oral ou
escrita. Treinar a clareza, assertividade, objetividade e estruturação das suas ideias;

Validação social. Conforme as pessoas vão tendo mais confiança em você e no seu trabalho, você
começa a ter validações sociais que podem se converter em recomendaçoes escritas, vídeos,
depoimentos a respeito da sua pessoa que poderão ser utilizados em diversos cenários. Caso estejam
público, servirão de validação para quem chegar até seu perfil;

Marca pessoal. Conforme seu network expande, mais pessoas sabem da existência do seu trabalho.
Conforme seu network se fortalece, você permite que elas te conheçam, além do raso. Elas podem
conhecer os bastidores, sua jornada até ali, suas capacitações, superações, desafios, a qualidade do seu
trabalho, seus aspectos diferenciais e terão a possibilidade de lembrar de você em momentos que
pedirem indicações. Muito além de uma descrição no LinkedIn, as impressões que se tem de alguém
após um breve diálogo é o que realmente permanece;

Conhecimento. A cada contato que você tem com pessoas da sua rede, é uma oportunidade de
absorver conhecimento, experiências, sejam elas iguais as suas, fazendo o papel de validação, ou
diferentes, te mostrando contextos e abordagens distinstas que poderão expandir sua visão de mundo.
Quando você dialoga, por exemplo, com devs que trabalham em empresas distintas, você perceberá que
muitas das vezes enfrentam problemas similares, mas adotam abordagens distintas por conta de N
variáveis. Assim você consegue expandir sua visão em relação ao mercado de Ti, indo além dos limites
da sua realidade;

Feedback Quando se tem a oportunidade de dialogar com pessoas que está fora do seu contexto, seja
de trabalho, projeto, cidade, estado, país, você tem a oportunidade de crescer através de feedbacks com
visões externas, em alguns momentos até neutras diante de uma situação que você a apresente para
opinar;
Indicações de trabalho É bem comum em tecnologia, networking criar oportunidades para se receber
Indicações de trabalho que possam ter tudo a ver com você.

Você está a 6 pessoas de distância de qualquer pessoa

Será que a afirmação do título é real?

Para entendermos, vamos abordar a teoria conhecida como Teoria dos 6 graus de separação que é
inspirada em um estudo científico de psicologia de 1967, chamado The small world problem (ou “O
problema do mundo pequeno”, em tradução livre) desenvolvido pelo psicólogo Stanley Milgram. Ela foi
originalmente apresentada por Frigyes Karinthy em 1929 e popularizado em 1990 pelo dramaturgo norte
americano John Guare.

Te convido agora a assistir o vídeo abaixo e depois retornar a esse conteúdo.

Onde encontrar essas pessoas para networking?

Existem inúmeros locais onde você pode fazer networking, de forma intencional ou não intencional.

A qualidade das conexões no presencial é algo de alta qualidade. Veja alguns tipos de possibilidades:
meetups, conferências, ir estudar ou trabalhar por um dia em coworkings, entre outros.

No online existem plataformas gigantescas e plataformas menores. Com as informações acima fica bem
claro que hoje temos tantos meios para nos conectar com as pessoas quanto a nossa imaginação nos
permitir. Quer um exemplo legal? Em 2018 o famoso LinkedIn tinha aproximadamente 546 milhões de
usuários ao redor do mundo. Isso representa em torno de 25% do total de usuários da internet. Ou seja,
é um ambiente bem propício para se conectar com novas pessoas, certo?

Veja mais alguns exemplos de tipos de lugares online para se estar: grupos de WhatsApp, Telegram,
Discord, Slacks, Facebook, fóruns, hackathons e maratonas em grupo online, entre outros.

Abaixo temos 3 sites bem legais para se buscar comunidades presenciais e online. As 2 primeiras
possuem opções de filtragem por interesse e localidade:
Plataforma mundial de comunidades

O maior "repositório" de comunidades de tecnologia brasileiras

Newsletter de hackathons nacionais e internacionais

No final do dia, o que estamos buscando é a tal da serendipidade, ou seja, ato ou capacidade de
descobrir coisas boas por mero acaso, sem previsão, circunstância interessante ou agradável que ocorre
sem aviso, algo bom inesperado. Não é por acaso que essa palavra serendipidade é destaque em uma
das paredes do prédio do Cubo Itaú, o maior centro de empreendedorismo da América Latina!

Fonte

Busque estar em contextos e tome ações que propiciem os acasos felizes!

Parte 4

Networking com propósito

Que tal expandir sua rede de contatos profissionais e ainda utilizar esse processo para conhecer um
pouco mais sobre uma ocupação, uma área ou uma empresa?

A Informational Interview (entrevista informativa) é uma prática que se define como uma conversa
informal e intencional (não por acaso) que você pode ter com alguém. O objetivo é obter informações
relacionadas, por exemplo, com a procura de um potencial emprego, aconselhamento sobre sua carreira,
conhecimento a respeito da cultura corporativa de um futuro local de trabalho, etc.

Preparamos um vídeo para contar mais sobre esse tema para vocês:

O que difere uma "Entrevista Informativa" de uma "Entrevista de Emprego" formal é que a "Entrevista
Informativa" é, de fato, uma conversa não formal, onde não há um "julgamento", uma "avaliação"
explícita a respeito de um dos lados da conversa, mas sim, uma troca mútua das pessoas envolvidas.
Enquanto uma pessoa A pode conhecer uma pessoa em potencial para trazer para seu time (mas sem
compromissos prévios), do outro lado, podemos ter alguém (pessoa B) que está no momento de
pesquisar sobre as empresas e oportunidades em potencial, conhecendo melhor as culturas e desafios
para dar os próximos passos.

Um outro cenário possível é quando uma pessoa A compartilha sobre seu dia a dia de trabalho e
informações sobre a empresa em que atua (sem intenções de contratar alguém) e, do outro lado, temos
uma pessoa B, que está buscando receber uma indicação ou conhecer os "caminhos das pedras" para
trabalhar na empresa em que A atua.

Já imaginou algumas "Conversas Informais" que você pode ter? Você pode considerar a Informational
Interview parte da fase de pesquisa de procura de trabalho, além de ser uma ótima forma de praticar o
seu "pitch" e praticar para o momento de uma entrevista formal.

Como conseguir uma Informational Interview

Você pode procurar pela empresa do seu interesse no LinkedIn (ou em qualquer rede de sua preferência)
e buscar a listagem de colaboradores. Você também pode optar por uma pessoa que já ouviu falar ou
consumiu algum de seus conteúdos (entrevista, post, artigo, podcast). Escolha uma ou algumas pessoas
e envie uma mensagem, seja por uma rede social, e-mail, etc.

Tem dificuldades sobre como se conectar?

Algumas dicas:

Descreva brevemente quem você é;

Explique como a encontrou;

Reconheça as realizações da pessoa convidada;


Deixe claro o assunto em questão e o tempo que você precisa de dedicação da outra pessoa;

Seja uma pessoa atenciosa e grata;

Para uma "Informational Interview" não mencione (pelo menos inicialmente) um possível pedido de
indicação, a solicitação de uma entrevista ou de um emprego.

Demonstre seu entusiasmo pela conversa, por conhecer mais sobre a empresa, sobre a área de atuação
da pessoa, sobre a ocupação, etc. Isso precisa estar em evidência no seu convite.

Veja 2 exemplos de mensagens iniciais para convidar alguém para uma Informational Interview através
do LinkedIn:

Estou em transição para a área de tecnologia e vi aqui no seu LinkedIn que você já atua nessa área há
X anos. Será que podemos conversar por alguns minutos sobre os principais desafios do setor em que
você atua?

Tenho muita admiração pela empresa C e, ao ver sua entrevista no canal D, percebi que você tem sido
muito relevante para ela se tornar referência no mercado nacional. Podemos marcar um café de alguns
minutos, pra você me contar um pouco mais sobre a cultura dessa empresa e a sua experiência atuando
nesse papel?

Agora veja o exemplo de um e-mail para convidar alguém para um Informational Interview:

Assunto: Gostei muito do seu podcast

Olá, Jessica Jones,

Meu nome é T'Challa. Nos últimos meses venho estudando programação na escola Trybe, onde conheci
Tony Stark, professor de programação que me recomendou ouvir seu podcast sobre tecnologia e
programação. Eu gostei muito de todos os conteúdos que você trouxe a respeito da área, principalmente
as dicas para quem está iniciando na programação. Sua trajetória tem se tornado uma inspiração pra
mim.

Se possível, gostaria de bater um papo com você para conhecer mais sobre a sua trajetória e entender
quais foram os seus primeiros passos no mercado de trabalho em tecnologia.

Poderíamos marcar uma call para falarmos sobre o tema? Se for mais conveniente pra você falar ao
telefone, isso também funcionaria bem para mim. Tenho tempo livre na parte da manhã na próxima
quarta ou quinta-feira. Você teria disponibilidade em algum dos dias sugeridos?

Agradeço novamente por compartilhar suas experiências e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

T'Challa +55 XX XXXXX-XXXX t-challa@wakanda.com

Como se portar inicialmente?

A Informational Interview pode acontecer de diversas maneiras. Pode ser por telefone, mas o ideal é que
seja presencial (ou através de uma call com vídeo) para que haja de fato uma conexão e construção de
um relacionamento entre as pessoas envolvidas na conversa.

No caso de um bate-papo presencial, seguem algumas dicas para você mandar bem:

O que evitar?

Não pergunte algo sobre a empresa logo de início. Lembre-se de se conectar com a pessoa antes de
qualquer coisa. Se interesse pelo ser humano que está diante de você de forma genuína.
Não inicie a conversa pedindo uma indicação ou perguntando sobre a candidatura em uma
oportunidade/entrevista. É importante que você entregue valor para a pessoa que se disponibilizou em
estar ali com você.

Não vá ao bate-papo sem buscar informações sobre a pessoa. Utilize as redes sociais como fonte de
informação, o perfil no linkedin, procure no Google. Pode ser que você encontre artigos publicados, um
curriculum Lattes, um site pessoal, etc. Tudo isso servirá como insumo para que a conversa seja mais
rica, dinâmica, fluída e você consiga se conectar com a pessoa.

Se você levar perguntas escritas em um papel ou no celular, tente memorizá-las e olhe suas anotações
em último caso. Isso evita parecer um interrogatório ou algo muito formal.

Seja uma pessoa grata! Ela está cedendo aquele tempo como um favor de prover informações do seu
interesse.

Como quebrar a barreira do desconhecido?

Bom, logo no início pode ser que você esteja com muito nervosismo e não consiga fazer a conversa fluir
com total naturalidade.

Tenha consciência que essa oportunidade é uma via de mão dupla. Você tem a chance de conhecer mais
sobre a empresa em questão, a área, a ocupação da pessoa e, ao mesmo tempo, tem a oportunidade de,
informalmente, apresentar quem você é, seus diferenciais e experiências. Mostre seu potencial em vir a
se encaixar em alguma vaga que esteja aberta ou um papel que esteja em falta internamente.

Quer preparar um roteiro de perguntas para a Informational Interview? Provavelmente as suas


perguntas estarão dentro dessas 5 categorias:

Preparação - a pessoa entrevistada terá facilidade ao falar sobre processos seletivos da empresa em
que ela atua, pois já passou por esse processo antes. Certamente conseguirá trazer sugestões sobre o
processo seletivo e dicas sobre como se preparar.

Identificação atual - a pessoa entrevistada terá facilidade para falar sobre a sua Identificação Atual, ou
seja: cargo, área e funções. Esses podem ser pontos interessantes para você entender esses desafios
parecem interessantes para a carreira que você gostaria de desenvolver.

Projeção de futuro - é uma oportunidade para entender melhor sobre os níveis hierárquicos,
crescimento na vertical, horizontal, ouvir exemplos de histórias reais que ocorreram nessa empresa.

Empresa - perguntas sobre processos, ferramentas, práticas, desafios, cultura da empresa,


principalmente, pra você entender se consegue se enxergar nesse contexto.

Lifestyle - aqui entendemos um pouco mais sobre os limites e impactos da vida profissional na vida
pessoal.

Veja alguns exemplos de perguntas que você pode realizar em uma Informational Interview:

Por que você gosta de trabalhar na empresa X?

Como você se preparou para esse trabalho?

Como é o processo de seleção?

Como é o onboarding?

Como é o seu dia a dia? Quais as suas responsabilidades?

Existe um plano de carreira? Como funciona o crescimento profissional?

Há algum suporte / incentivo para participações em eventos, conferências, cursos, etc?

Como qualquer diálogo, você também receberá perguntas! Então, aproveite essa oportunidade para
apresentar quem você é.

Curtiu? Já pensou em alguns nomes para uma Informational Interview? Agora é com você! :)

Parte 5

Ganhando experiência em hackathons

O que é uma hackathon?


Uma hackathon é uma competição de programação voltada para o desenvolvimento de algum projeto –
ou múltiplos projetos – com base em um tema proposto.

Este projeto deve ser desenvolvido em forma de uma maratona (por isso o nome "hackathon"), que dura
de 1 a 3 dias (geralmente hackathons começam em uma sexta-feira à noite e vão até domingo de manhã
ou tarde). Durante todo este período, pessoas desenvolvedoras, designers, entusiastas da programação
e outras pessoas se juntam em times que tem como objetivo resolver um desafio proposto.

Ao final da hackathon, há uma avaliação e uma premiação para o melhor projeto. Estes prêmios podem
ser desde pequenos brindes, eletrônicos, até viagens e prêmios em dinheiro para o time vencedor. Além
destes prêmios, uma hackathon é uma ótima oportunidade para conhecer pessoas, tirar projetos do
papel e até mesmo criar novos produtos. Muitas empresas já foram criadas dentro de hackathons, da
mesma forma como muitos parceiros de negócio já foram encontrados nestes eventos.

Como encontrar hackathons

Não há uma "regra" propriamente dita para encontrar hackathons. Porém existem algumas empresas
especializadas na realização destes eventos atualmente. Uma delas é a Shawee, Parceira Trybe que
realiza hackathons em diversas empresas. Além disso, existem outras opções de sites que agregam
conteúdos de hackathons, como a comunidade Hackathon Brasil e o site Hackathon.com, que permitem
pesquisa com filtros e uma lista de eventos.

Porém, a melhor forma é ainda por meio do networking com outras pessoas e a entrada em grupos
diversos voltados a hackathons propriamente ditos. Também é possível procurar pelo Telegram por
comunidades e grupos que são voltados a este assunto, utilizando a ferramenta de busca. Fique sempre
de olho nas suas empresas de tecnologia favoritas e siga as novidades que são postadas em redes
sociais.

Considerações ao participar de hackathons

Uma vez dentro das plataformas que oferecem algum tipo de busca, é necessário prestar atenção nas
regras do evento. Cada hackathon tem uma regra diferente e possui temas distintos. As principais
perguntas que você deve fazer ao pensar em participar de uma hackathon são:

Eu quero participar de hackathons?


Esta é a pergunta mais importante. Quando queremos conseguir experiência, fazemos de tudo para
aprender o máximo possível, mas sempre se pergunte se é isto mesmo que você quer fazer. Hackathons
não são eventos fáceis e nem tranquilos, muito pelo contrário, são eventos super cansativos que exigem
muito física e mentalmente de cada um.

Participar de um evento destes apenas por participar, sem um objetivo claro, não vai te levar a lugar
nenhum. Seu objetivo pode ser profissional, pessoal, ou puramente diversão e desafio, por exemplo.
Você também pode participar para crescer na carreira e melhorar suas habilidades como pessoa
desenvolvedora, ou mesmo participar para ajudar um amigo ou amiga que está precisando de mais
alguém no time, ou então por puro desenvolvimento pessoal e a vontade de participar de um desafio.
Todos são motivos válidos, só não vá a uma hackathon somente porque alguém te disse para fazer isso.

Este tema é interessante para meu aprendizado?

Você terá algum tipo de ganho intelectual participando deste evento? Experiência também é algo que
devemos buscar com frequência.

Todas as hackathons vão te ensinar alguma coisa, mas cabe a você descobrir se este aprendizado vai
acrescentar algo para sua carreira ou não.

Este tema é interessante para a área que pretendo seguir?

Sempre que participamos de hackathons com um intuito profissional, temos que escolher
cuidadosamente o tema e o que vamos fazer. Ou seja:. Não adianta nada ser o primeiro lugar em uma
hackathon sobre aplicações mobile quando a área que você está querendo seguir é bancos de dados.
Certamente você aprenderá muito, mas talvez esse conhecimento não seja diretamente relacionado com
a carreira que você pretende seguir.

O que vou aprender e levar deste evento?

Tenha uma ideia do que quer construir antes de participar da hackathon. Além disso, é interessante
possuir uma ideia do que isso pode te ensinar e como isso vai evoluir sua vida pessoal e profissional.

Este tema me interessa?


Além de experiência, a hackathon deve ser um evento prazeroso para você. Então, aproveite para curtir
a experiência :)

Identificação do tipo de hackathon

Feitas todas as considerações, agora você já pode identificar o tipo de hackathon que você quer
participar.

Existem vários tipos de hackathons, desde beneficentes até corporativos. Cada um deles possui um
objetivo diferente. Por exemplo, existem hackathons para contratação de pessoas para uma empresa,
bem como também hackathons para ajudar ONGs ou então até mesmo hackathons onde a ideia final é
"comprar" uma ideia do time ganhador e transformá-la em um produto na empresa.

Um exemplo é o Hack for Good desenvolvido para criar soluções para ajudar pessoas a combater o
COVID-19. Ou mesmo o AjudaBH, desenvolvido por estudantes Trybe no I HackaTrybe. :)

Como entrar em hackathons

Todas as hackathons possuem uma página de cadastro. Alguns hackathons são presenciais, outros são
online. Leia com cuidado essas informações. Familiarize-se com o tema do projeto._

Verifique as instruções de participação que podem variar de evento para evento.

Como criar equipes em hackathons

Geralmente um time pode ter de 1 a 6 pessoas, embora alguns hackathons aceitem até 10 pessoas.

Hackathons possuem alguns tipos de formato, de acordo com a criação das equipes dos seus projetos.

Equipes pré-escolhidas
Alguns hackathons permitem que você, como participante, monte sua equipe previamente e apenas
cadastre todos os membros na plataforma de organização.

Neste caso, procure sempre selecionar pessoas com expertises diferentes. Quanto mais diverso o grupo
for, melhor será para o desenvolvimento do projeto. Por exemplo, evite selecionar pessoas versadas
somente em backend ou só em frontend: busque pessoas diversas que vão contribuir para a construção
do projeto como um todo em um leque de áreas; não só em áreas técnicas, mas também em áreas de
negócio (administração, UX, etc), dependendo do evento que você estiver participando.

Equipes sorteadas

Quando falamos de equipes sorteadas, temos dois tipos: Equipes sorteadas previamente e Equipes
instantâneas. Em ambos os casos, quem vai escolher as equipes é a organização da hackathon. Quando
isto acontece, as pessoas com quem você irá trabalhar provavelmente podem ser desconhecidas e, com
certeza, todos terão aptidões muito diversas dentro do time, pois este tipo de escolha visa verificar como
o time trabalha em grupo com pessoas desconhecidas.

No caso de equipes previamente selecionadas, você terá alguns dias ou semanas para poder conhecer os
membros do seu time. Então, adiante-se e faça um contato com todas as pessoas que serão suas
parceiras no evento. Se conheçam melhor, criem grupos, façam networking. Um time bem entrosado é
um grande passo para o sucesso do mesmo.

Em caso de equipes instantâneas, os times serão selecionados no dia do evento, após ou durante a
cerimônia de abertura. Então, tenha certeza de que você estará presente no horário determinado.
Nestes casos você não conhecerá o time previamente, então, como primeira atividade, tente organizar
uma dinâmica onde as pessoas se apresentem e contem seus pontos fortes e fracos antes de realizar
qualquer tipo de trabalho.

Como ganhar hackathons

Ganhar é parte do processo de participar de uma hackathon, mas não fique triste se isso não acontecer!
Pense em tudo o que aconteceu e como você vai sair de lá com mais experiência para a próxima.

A maioria das hackathons possui critérios de avaliação determinados e explicados no início. Se atente a
estes critérios, mas geralmente o projeto vencedor não é o que está com o melhor código, nem o que é
mais bonito, mas o foi além na resolução do problema proposto. Então, tente sempre direcionar o seu
pensamento aos temas propostos.

Conheça o tema

Faça o seu "dever de casa" e pesquisa sobre o tema, projetos já existentes, exemplos de repositórios e
tudo que puder levantar de informações.

Uma pessoa fará a gestão

Além disso, é sempre importante definir alguém que representará o time. A pessoa será responsável por
cuidar do andamento do projeto, definir como as tarefas serão divididas, além de ser encarregada pela
busca de mentorias e ajudas disponíveis durante o evento, também sendo responsável por resolver
entraves e discussões. Essa pessoa - não necessariamente precisa ser quem deu a ideia do projeto, mas
sim quem irá inspirar todos a trabalhar como um time.

Gestão de tempo

Diferentemente de uma maratona, onde ganha quem chega primeiro à linha de chegada, uma hackathon
não liga para quem termina primeiro um projeto. No entanto, é igualmente importante ter gestão de
tempo.

É necessário pensar e criar um projeto que seja factível dentro do tempo estipulado, mas que também
atenda aos objetivos do tema. Muitas pessoas tomam este passo como garantido, mas é aqui que a
maioria dos times perde a noção do que acontece.

Assim que a hackathon iniciar, junte seu time e escolha um local para trabalhar, fique lá até o fim do
evento. Depois siga uma série de passos determinados para criar o projeto e só começe e trabalhar nele
no final:

Faça um brainstorming de ideias na primeira meia hora. Se não houver novas ideias, peça ajuda para a
mentoria na hackathon e estenda por mais meia hora. Lembre-se de levantar todas as dúvidas e todos os
pontos incertos e resolvê-los logo em seguida para descobrir a viabilidade do projeto.

Assim que surgir uma ideia plausível que o time concorde, passe para o planejamento de tarefas.
Levante – em 15 ou 20 minutos – todos os requisitos necessários para criar o projeto, sejam eles de
infraestrutura, código, ferramentas e etc.

Defina uma pessoa que será a representante do grupo.

Esta pessoa deverá coordenar a distribuição as tarefas para o time e também para si mesma.

Façam sincronizações constantes sobre a evolução do projeto. Se a ideia não estiver indo para frente,
abandone-a e começe outra, lembre-se que o tempo é crucial.

Prepare sua apresentação com pelo menos 12 horas de antecedência. Isso inclui todos os tipos de
mídias e imagens necessárias para seu pitch.

Reserve as últimas 3 ou 4 horas somente para testes e praticas de apresentação.

Lembre-se que um projeto imperfeito, mas que funciona, é melhor do que um projeto bem feito que
nunca ficou pronto.

Pitch

A apresentação do seu projeto é de suma importância. O pitch é uma apresentação de 2 a 3 minutos


sobre o que vocês construíram no evento. Por isso, ele precisa ser rápido, conciso, e focar nas partes que
importam e que impressionarão as outras pessoas.

Pense no pitch como você tentando convencer alguém a comprar algum produto seu, durante a subida
de um elevador: você só tem este período para fazer a venda, então deve-se deixar detalhes de
implementação e pequenas coisas de lado e focar somente nas principais funcionalidades.

Lembre-se de que o melhor pitch é aquele que será lembrado! Então, faça a sua apresentação ser
memorável, divertida e, acima de tudo, inspiradora e impactante. Utilize-se de demonstrações rápidas,
mostre o porquê de vocês merecerem o prêmio. Todas as atenções estarão voltadas a quem está
apresentando, portanto é importante que seja uma pessoa que consiga capturar a atenção da plateia e
das pessoas do júri.

Mais do que apresentar o produto como um todo, a ideia do pitch é mostrar por que seu projeto é o
mais adequado ao tema do que os outros. Então, tente mostrar às pessoas juradas o que elas buscam
analisar. Se um dos critérios é o projeto ser rápido, foque na rapidez, se a ideia é que o projeto seja
bonito, então foque na beleza. Isto vale para todas as etapas, inclusive o que acabamos de falar sobre
tarefas.

Parte 6
Cursos e aulas

Conversamos muito sobre Hackathons no módulo passado, mas eles não são a única forma de conseguir
experiência em desenvolvimento! Também é possível adquirir muita experiência com cursos e
formações!

Como encontrar formações e cursos

Tudo se resume a como você gosta de aprender. Cursos presenciais, apesar de terem uma grande
vantagem de serem em tempo real e possuírem estruturas físicas que podem ser utilizadas por quem
está aprendendo, tem a grande desvantagem de serem presenciais. Ou seja, você deve considerar tempo
de deslocamento até o local. Em compensação, cursos online, por não terem esse pormenor, fazem mais
sentido a quem está na área de tecnologia por dois principais motivos:

Não há tempo de deslocamento

Como a tecnologia está sempre mudando, você pode fazer vários cursos online enquanto faz um curso
presencial, já que eles podem até ser mais baratos por não terem estrutura física

Maior flexibilidade, você muitas vezes pode escolher quando e onde fazê-los.

Por estes motivos, cursos online ou formações à distância são bastante indicados para quem está
procurando melhorar suas habilidades.

Como se engajar com formações e cursos

Para tudo que desejar aprender é necessário engajamento. A pessoa precisa estar animada com o que
vai fazer e gostar do que está fazendo. O aprendizado depende de quão engajada a pessoa está com o
conteúdo que quer aprender.

Existem diversas técnicas para se engajar em formações e cursos, uma das formas mais interessantes é
pensar em um projeto que você quer muito fazer e então procurar as tecnologias em cursos online ou
presenciais. Desta maneira, é possível focalizar o conteúdo destes cursos ao projeto que você planeja
construir. O desenvolvimento de projetos pessoais relacionados a um aprendizado ajuda a manter a
mente focada em aprender mais profundamente e dá um sentido à ação de aprender. Isso mantém a
pessoa mais engajada com o que estiver aprendendo.

Outra forma bastante interessante de se engajar com esses aprendizados é procurar se engajar com
outras pessoas que estejam estudando as mesmas coisas! Lembra do networking? Então, ele é
importante para manter engajadas as pessoas que estão focadas no mesmo aprendizado. Tente criar um
projeto em comum, ou então cada uma desenvolver seu próprio projeto para, então, trocar
aprendizados :)

A maioria das escolas e cursos online possuem grupos ou fóruns de discussões e, como já falamos antes,
fóruns são uma ótima forma de se trocar conhecimento. Seja uma pessoa bastante ativa em fóruns e
participe do desenvolvimento de projetos de outras pessoas. A melhor forma de se aprender alguma
coisa é ensinando alguém a fazer a mesma coisa! Por isso, pegar os problemas de outras pessoas para
tentar resolver à sua maneira pode ser uma excelente oportunidade para aprofundar os seus métodos
de execução do tema.

Uma outra forma de aprender mais é realizando pequenos projetos para outras pessoas, os famosos
freelances que, além de contar com o ganho de experiências em trabalhos pagos, também podem ser de
grande ajuda ou dar aquele empurrão que falta para você aprender uma tecnologia que tanto queria.

Como apresentar realização de formações e cursos

É importante que você possa apresentar uma prova de que você realizou sua formação ou curso.
Geralmente, os cursos possuem projetos de finalização de curso, os TCCs, que são ótimas formas de
apresentar que seu curso foi realizado com sucesso.

Exija certificados de conclusão para seus cursos, declarações ou diplomas para que você possa certificar
que seus cursos foram feitos de forma satisfatória. Coloque estas informações em suas redes sociais
profissionais, como o LinkedIn. Descreva em cada uma das suas formações as competências que você
adquiriu durante o curso, se possível, com uma prova de cada uma delas. Anexe tudo em suas redes
sociais para formar um portifólio. Vale lembrar que é muito importante denominar quais projetos foram
pessoais e quais foram projetos oficiais na sua trajetória. Por isso, preste atenção na hora de descrevê-
los em seu portifólio.

Conclusão

Neste pequeno, mas importante capítulo, tentamos ressaltar a importância de sempre ser uma pessoa
atualizada com as últimas tendências na sua área e também sobre como é possível demonstrar esses
conhecimentos para outras pessoas e outras empresas!

Parte

Produção de conteúdos

Fala pessoal! Antes de começarmos, vamos ouvir o que o AJ tem para nos contar.

Muito do trabalho de uma pessoa desenvolvedora é, de fato, escrever código. Isto por si só é algo que
temos que nos esforçar muito para aprender e dominar, certo? Porém, para o mercado de trabalho, não
é suficiente que você seja apenas uma "máquina de códigos", mesmo que eles sejam muito bons.
Lembre-se que estamos sempre lidando com pessoas e, por isso, temos que fazer um esforço para
entendê-las. Isso significa que as pessoas não estarão ativamente procurando alguém para acompanhar
ou então para se inspirar. Essa inspiração deve vir até elas, e é aí que a produção de conteúdos entra.

Existe um ditado que diz:

Quem não é visto não é lembrado.

E isso nunca foi tão real quanto nos últimos anos. Com o advento da Internet e da interconectividade
entre todas as pessoas, hoje, mais do que nunca, faz-se necessário que você seja visto/vista por outras
pessoas para que seu trabalho e conteúdo se torne relevante. As pessoas estão constantemente
recebendo informações de todas as fontes possíveis, seja via redes sociais, feeds de notícias, podcasts,
etc. Isto é o que chamamos de conteúdo.

Para que sua carreira profissional possa realmente decolar, é importante que as pessoas notem o
trabalho que você está fazendo. Desta forma, é quase que imprescindível que você como uma pessoa
profissional gere conteúdo sobre sua área. Seja este conteúdo instrutivo, informativo, educativo ou
qualquer outro tipo de assunto que você se sinta bem escrevendo. Mas por que você deveria escrever?
Quais são os motivos pelos quais a escrita e o compartilhamento de conteúdo são excelentes para a vida
profissional?

Por que criar conteúdo?

Existem muitas razões pelas quais não só pessoas desenvolvedoras, mas qualquer tipo de pessoa
profissional deveria escrever. Como é falado neste artigo, as pessoas associam o conteúdo de um artigo
explicativo, introdutório ou até mesmo informativo à pessoa que o escreveu. Ou seja, nós associamos
quem criou aquele conteúdo como sendo uma autoridade (ou pelo menos tendo mais autoridade que a
maioria das pessoas) naquele assunto.

Ser identificado/identificada como uma autoridade é extremamente importante para sua carreira como
um todo, porque fará com que as pessoas te identifiquem como uma pessoa respeitável e, mais do que
isso, procurarão você para sanar dúvidas e explicar problemas que elas não estão conseguindo resolver.
Além disso, escrita técnica leva a uma capacidade muito maior de demonstrar o que aprendeu e ensinar
outras pessoas, fazendo com que elas olhem para você como uma pessoa "guia" ou uma espécie de
inspiração. Escrever também te dá a capacidade de criar um portfólio de conteúdo que pode ser
utilizado como fonte de referência para consultas futuras e também para debates mais técnicos, onde
você precisaria explicar suas decisões de maneira mais aprofundada.

Assim como o artigo diz, além de consolidar sua posição como uma pessoa profissional de
desenvolvimento, a escrita técnica pode também contribuir para soft skills importantes, como o
aumento da desenvoltura falada e escrita, melhorando sua capacidade de comunicação com outras
pessoas. Escrever também afia seu pensamento crítico e aprofunda seu repertório, uma vez que é
necessário pesquisar referências para poder entender um conteúdo complexo. E, por fim, prepara a
pessoa para feedbacks positivos ou negativos, que é uma habilidade essencial para todas as pessoas no
mercado de trabalho.

O artigo também informa sobre diversas outras capacidades e habilidades adquiridas conforme você
começa a escrever com mais frequência - é uma leitura mais do que recomendada.

Como conhecer seu público

Um dos pontos mais importantes para se pensar quando estamos escrevendo conteúdo é a identificação
do público-alvo. Todo o conteúdo deve ser feito para algo ou para alguém. A produção a esmo é um
esforço muito grande que não traz resultados. Lembre-se: você precisa trabalhar de forma inteligente e
não de forma árdua.

Para começar a produzir conteúdo, antes de colocar suas ideias em um texto, vídeo ou qualquer outra
plataforma, é necessário que você identifique o público-alvo a ser atingido. Isso é geralmente algo que
vem de uma reflexão pessoal interna, ou seja, temos que saber qual é o tipo de público que ficamos mais
confortáveis em atingir ou que é mais fácil para nos comunicarmos. Para facilitar o processo, uma dica é
olhar nas redes sociais mais famosas como o Twitter, Grupos do Facebook e LinkedIn quais são os
conteúdos mais procurados. Pergunte para seus amigos e amigas, não tenha medo de passar uma
pesquisa para seus contatos nas redes por meio de um formulário online, tente responder às seguintes
perguntas:

Qual é a média de idade das pessoas que me seguem?

No que a maioria destas pessoas trabalham?

A quanto tempo trabalham nisso?

Qual é o nível profissional delas?

Como elas obtêm seu conteúdo?

Qual é o tipo de conteúdo que elas mais procuram?

Quais são os horários que elas estão mais ativas na busca de conteúdo?

Elas se beneficiariam com o conteúdo que quero apresentar?

Todas estas perguntas podem ser feitas pessoalmente, via chat, mensagens, tweets, formulários e muitas
outras formas. Anote todas as respostas, tente conseguir uma base grande de pessoas para responder
seu questionário e tente sempre manter as perguntas mais diretas possíveis, utilizando checkboxes,
múltiplas escolhas e opções que não abrem uma gama muito grande de possibilidades de resposta. Isto
porque as pessoas tendem a responder as mesmas coisas com palavras diferentes e isso dificulta a
análise dos dados. Limite-se a dar escolhas pré-definidas para sua possível audiência com uma opção
"outros" e pergunte pessoalmente às pessoas que a selecionaram para compreender seu público.

Evite dar muitas escolhas parecidas e até mesmo muitas opções específicas, se atenha a tópicos mais
gerais, pois pessoas tendem a ficar confusas quando precisam escolher entre vários assuntos. Procure
utilizar uma forma de classificação como: "De 1 a 5, sendo 5 o mais relevante, qual é o grau de relevância
que estes conteúdos têm para você?". Desta forma você conseguirá identificar quais são os interesses do
seu público alvo muito mais facilmente.

Sabendo quem é seu público

Além de identificar os interesses do seu público, é importante saber quem são as pessoas que estão na
sua rede. Para isso, tente pensar como as pessoas que você quer atingir consumiram os mesmos
conteúdos. Lembre-se de que seu público-alvo não é uma única pessoa, mas sim um grupo de pessoas
que está procurando uma solução para um problema. É necessário refletir sobre como você poderia
comunicar a possível a solução deste problema, o que torna as coisas muito mais complexas, porque
temos que pensar em algo que não é visível a ninguém.

Não há muito o que dizer sobre a identificação do público-alvo, pois isso é algo que virá com a
experiência e depende do tipo de público que você quer atingir. Lembre-se apenas de que temos uma
grande quantidade de pessoas que são iniciantes em qualquer coisa, depois temos uma quantidade
menor que são intermediárias e somente uma pequena parcela é avançada em todos os assuntos. Ou
seja, escrever para um público iniciante automaticamente fará seu conteúdo válido para intermediários e
avançados tendo, consequentemente, um público maior. Mas nem tudo é tão fácil assim! Por ser muito
mais fácil escrever algo introdutório do que algo avançado, existem muito mais pessoas fazendo isso. Em
contrapartida, escrever para um público avançado deixará você com um público menor, porém muito
mais qualificado e com muito mais experiência e networking para compartilhar. Neste cenário a
dificuldade vem com a escrita, né? Temas complexos demandam mais estudo, análise e reflexão.

Para decidir sobre o que escrever, sempre tente responder às seguintes perguntas:

Por que este público gostaria de ler isso?

Por que quero atingir este público?

Por que essas pessoas viriam ao meu blog/canal?

O canal que estou pensando seria a melhor forma de produzir conteúdo?

Quanto tempo meu público tem para consumir conteúdo?

Público direto e indireto


Quando falamos sobre público-alvo, temos sempre dois lados para a história: O direto e o indireto.

O público direto é aquele que você quer atingir, ou seja, é para quem seu conteúdo é destinado
originalmente. Por exemplo, um artigo sobre os aprendizados na vida de uma pessoa desenvolvedora
mobile é focado para pessoas que estão ou querem entrar no mercado mobile - este é seu público
direto.

O público indireto é aquele que você vai atingir por meio do seu público direto, ou seja, os dois estão
relacionados e conectados. O público indireto geralmente compreende as pessoas que não estão na
"bolha" do seu público direto, ou seja, estão fora do que você pretende atingir. Geralmente este público
é entusiasta ou composto por head hunters, que são pessoas que procuram talentos para empresas.
Tenha em mente que você pode atingir este público com estratégias em seus conteúdos, por exemplo,
postando algo que é relevante para uma ou mais empresas em particular e se tornando uma referência
neste assunto, fazendo com que seu perfil seja mais notado por pessoas que procuram por outras para
contratar. Mas, na maioria dos casos, você não tem controle de como você vai atingir este público, pois
as pessoas que são, de fato, seu público-alvo vão acabar fazendo a ponte entre seu conteúdo e seu
público indireto. Alguns exemplos de como o público indireto é atingido:

Uma pessoa desenvolvedora mostra um vídeo seu sobre um assunto para um colega de trabalho e
uma pessoa do RH é entusiasta de programação e quer saber mais sobre você

Seu conteúdo é compartilhado por uma pessoa no LinkedIn que calhou de ser um contato de uma
pessoa head hunter

Newsletters de sua autoria, o diretor de marketing de uma empresa gostou do seu trabalho e indicou
você para um colega que é um coordenador de tecnologia em uma grande empresa

Perceba que você não tem controle da situação, então o melhor a se fazer é deixar o público indireto
aberto e não tentar atingi-lo diretamente, pois isso pode acabar tirando o foco do seu conteúdo original.

Identificando seu canal

Tão importante quanto quem vai consumir seu conteúdo, é onde seu conteúdo será consumido. Esta é
uma questão mista. Você precisa identificar qual é o canal que seu público mais utiliza. Isto pode ser
feito usando as técnicas que vimos anteriormente, mas também é necessário identificar quais são os
canais que você se sente mais a vontade produzindo conteúdo. Estes canais podem ser texto, áudio,
vídeo ou até mesmo outro tipo de canal ainda não explorado. Procure responder às perguntas:

Como meu público consome o conteúdo?

Eu me sinto a vontade produzindo conteúdo para este canal?

Como eu posso começar a produzir conteúdo neste canal?

O que eu preciso para evoluir meu conteúdo neste canal?

Novamente, realize formulários, pergunte e entenda seu público antes de escolher um canal.

Marca pessoal

Tenha uma marca pessoal. A partir do momento que você produz conteúdo para a Internet, você se
torna uma fonte. Crie uma marca pessoal que seja constante em todos os seus conteúdos, desta forma
as pessoas irão associar a sua marca ao seu conteúdo e isso torna ele mais profissional.

Obviamente que não é necessário gastar muito quando estiver começando. Mas, sempre tenha em
mente que, se você quiser seguir para a produção de conteúdo profissionalmente, então você precisará
um dia de uma marca pessoal. O livro do Arthur Bender sobre personal branding é uma leitura muito
recomendada.

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Guia de produção de conteúdo para desenvolvedores

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Personal branding por Arthur Bender

Planejando sua carreira e marca pessoal

A arte de construir marcas

Construindo uma marca pessoal na era digital


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