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ABRAHAM SHAPIRO
Existem dezenas de milhões de seres humanos passando dias inteiros tentando ser populares
nas mídias sociais. O que eles fazem para conseguir isso? Compram roupas, usam chapéus,
pintam seus rostos, enrolam echarpes esdrúxulos no pescoço, comem e bebem coisas
estranhas e tudo o que podem para criar sua ‘versão fofa ou chocante’ de ser. São de todas
origens, sexos, credos, idades e filosofias, fazendo as maiores bizarrices para tentar tornarem-
se o próximo Whinderson Nunes.
Para ter ideia, o YouTuber mais bem pago do mundo, no ano passado, foi um garoto de 8 anos
de idade.
Mas na verdade, os bilhões de horas – eu escrevi certo: bilhões – que são gastas por estes
milhões de indivíduos acabam servindo a um único fim: enriquecer plataformas de mídias
sociais. Cada vez que postam qualquer coisa – da mais interessante à mais cafona ou proibitiva
–, eles acrescentam um pouco mais de vida e riqueza financeira ao Facebook, Instagram,
Youtube, Twitter e outras, já que são duas as métricas de sucesso, a saber, os likes e o
número de seguidores. Assim, o que as alimenta é volume de publicações, independente da
qualidade.
Por conseguinte, tornar-se popular apenas com base nessas duas métricas levaria você a fazer
coisas que não são as que lhe tornariam mais eficaz ou sentir-se mais orgulhoso do seu
trabalho, ou, falando de modo mais claro, conseguir os milhões de dólares que alguns poucos
conseguem é tão fácil e simples quanto ganhar sozinho na loteria.
Não vale a pena ficar de olho no retrovisor quando você tem que ir para frente.