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Modelos de Negócios
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Sumário
Introdução .......................................................................................................................... 3
Capítulo 1: Modelos de negócios centrados no cliente .......................................................... 4
Consumidor conectado – características................................................................................... 4
Introdução
Sabemos que o mundo vem passando por diversas transformações e, para estar atualizado, é
preciso que se tenha conhecimento de metodologias e ferramentas modernas que
proporcionarão inovação para os negócios brasileiros.
Sendo assim, esta cartilha tem como objetivo nortear e estimular uma reflexão a todos os
empreendedores, futuros empreendedores e todos aqueles que desejam se aprofundar no
assunto.
O e-book foi dividido em três temas centrais, sendo eles: modelo de negócios centrados no
cliente, inovar para diferenciar e oportunidades da economia da paixão.
No primeiro capítulo, você verá quais são as principais características do consumidor moderno
e conectado, o que esse consumidor busca em relação a modelos de negócios inovadores, a
definição com exemplo do que é modelo de negócios e como utilizar o quadro do modelo de
negócios.
Por fim, no último capítulo, contaremos sobre as oportunidades da economia da paixão, e sua
definição.
Este material está repleto de informações e conceitos atualizados para que o seu negócio seja
cada vez mais inovador, atendendo as necessidades de seus consumidores que estão
constantemente em mudança, a fim de que seu negócio não se torne obsoleto e não seja
trocado pela concorrência.
Capítulo 1
O consumidor conectado
O consumidor mudou ao longo dos anos, mas a mudança chave veio com o advento da
tecnologia. Não somente a tecnologia, como também a facilidade de acesso a mesma tornou o
consumidor cada vez mais conectado, exigente e atento aos comportamentos e práticas das
empresas.
O consumidor conectado está cada vez mais curioso sobre as marcas e produtos, seja em seus
valores, seja em suas práticas. Cerca de 90% dos consumidores pesquisam antes de comprar um
produto. Um exemplo bem claro sobre a pesquisa de produtos é o caso de uma pessoa celíaca
comprando pão. Com o acesso rápido à internet, o consumidor pesquisa quais são marcas que
dizem oferecer produtos “glúten free” e ele verifica se há realmente ingredientes no pão que
não causam alergia.
Outro exemplo de como o consumidor conectado está cada vez mais atento às práticas das
empresas é a questão de valores. Suponhamos que em uma rede conhecida de mercado haja
um caso de racismo ou maltrato aos animais. Aquele assunto viraliza nas redes sociais, causando
revolta na população. Caso nenhuma atitude seja feita por parte da rede de mercado, pode
ocorrer que, boa parcela de seus consumidores, não comprarão mais em seu estabelecimento,
por ferir uma comunidade que defende essa causa.
Outra característica é a instantaneidade. O avanço da tecnologia tornou o mundo cada vez mais
prático e ágil, fazendo com que as pessoas busquem atendimento, resolução de problemas e
serviços em geral mais rápidos e eficientes.
Nessa nova onda econômica, o consumidor se torna mais exigente, dono de si próprio e de suas
decisões, ele quer algo personalizado para a necessidade dele.
Além disso, a era digital permitiu uma liberdade maior ao consumidor, que não precisa se limitar
a comprar algo, ele simplesmente pode fazer uma ampla pesquisa e achar o que precisa,
independente do comércio local ter ou não.
Mais do que um bom produto ou serviço, o novo consumidor quer experiências marcantes.
Atualmente nós vivemos a era da experiência. Mas, antes de descrever a era da experiência,
detalharemos a evolução do marketing e do consumidor.
O principal objetivo do marketing 1.0 era o foco nos atributos do produto. Quanto maior a
qualidade do produto percebida pelo cliente e vantagens oferecidas, maior era a vantagem
frente aos concorrentes.
No marketing 2.0, o foco das marcas estava na satisfação das necessidades e desejos do
consumidor, além do posicionamento do seu produto. O preço foi influenciado também de
acordo com o mercado em que estavam localizados os produtos.
O marketing 3.0 foi marcante, pois os consumidores começaram a olhar para questões além do
produto ou serviço. Causas ambientais, sociais e éticos foram considerados importantes na
criação de produtos e determinantes para a compra por parte do cliente.
Nessa era a digitalização tornou-se muito importante. Com a evolução da internet, mídias sociais
e a consolidação do e-commerce, o caminho percorrido para a compra de um produto mudou.
O consumidor começou a se atentar mais antes de comprar um produto, pesquisando todos os
detalhes antes de efetuar a compra. Outro detalhe é a presença Omnichannel.
O marketing 5.0 está voltado à humanidade e a melhora na qualidade vida. O uso da tecnologia
é um importante recuso para realização dessa melhoria. Também é valido destacar que é a era
marcada pela experiência do consumidor, acima de produtos e serviços.
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Era da experiência
Não basta simplesmente oferecer um produto ou serviço, mas toda a experiência envolvendo
cada ponto de contato na jornada do cliente deve fazer com que aquele momento seja
memorável, agradável e não saia da cabeça do consumidor. Veremos um exemplo bem prático
para entendermos a evolução e o que a era da experiência proporciona ao cliente.
Podemos citar empresas que oferecem uma experiência encantadora ao invés de simplesmente
um produto ou serviço. Utilizaremos o caso do café, ou melhor, também da Starbucks.
O café é uma commodity, em outras palavras, um bem em estado bruto. Nesse caso ele precisa
ser moído para seu consumo. Não é um produto pronto.
Depois do grão, a diferenciação se deu através do pó do café, pronto para ser consumido, pois
basta apenas colocar o pó no filtro de café. Porém, muitas marcas de café surgiram e se tornou
popular em vez de diferenciado.
Para se diferenciar dos concorrentes, foi oferecido aos consumidores o café pronto, de máquina,
indo até uma loja ou pedindo no delivery. Mas, esse modelo foi inovado pela era da experiência.
Agora, entra em cena o Starbucks, pois não é oferecido somente um café pronto, mas sim uma
experiência. A música de fundo, o ambiente agradável com meia-luz, as poltronas, WI-FI grátis,
diversas opções de café, o cliente ser chamado pelo nome, recados escritos nos copos, são
elementos que fazem parte dessa experiência.
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O conceito atual de modelo de negócio foi criado por Alex Osterwalder. Ele é um suíço que nos
últimos anos vem trabalhado intensamente neste tema. Segundo Osterwalder, um modelo de
negócio é como uma empresa cria, captura e entrega valor.
Além de trazer uma clareza conceitual sobre o assunto, ele criou uma forma de descrever um
modelo de negócios usando um quadro, organizado em nove blocos, chamado Canvas do
Modelo de Negócio – ou Quadro do Modelo de Negócios.
O quadro do modelo de negócio possui 9 blocos, sendo o lado direito aquele que diz respeito a
geração de valor, alinhado com o que o cliente quer; já o lado esquerdo, diz respeito àquilo que
precisa ser feito para entregar esse valor ao cliente. Para facilitar a compreensão de cada campo,
as perguntas abaixo ajudam a entender qual informação é necessária em cada bloco:
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1- Proposta de valor: o que oferecemos de valor para o cliente? Quais as necessidades que
satisfazemos?
2- Relacionamento com o cliente: qual é o tipo de relacionamento que temos com o
cliente?
3- Segmento de cliente: para quem criamos a proposta de valor?
4- Canais: como estabelecemos contato com o cliente?
5- Receitas: quais são as fontes de renda do meu negócio?
6- Custos: quais são os custos envolvidos para o funcionamento do negócio?
7- Recursos: quais são os recursos necessários para desenvolver a proposta de valor?
8- Atividades chaves: quais são as principais atividades do negócio?
9- Parceiros chaves: quem são os parceiros que estão comigo? Quem são os parceiros que
me ajudam no desenvolvimento do meu negócio?
Através dessas perguntas, torna-se muito mais fácil sabermos onde cada informação deve estar
nos 9 blocos.
Agora você deve estar se perguntando como você pode fazer quadro e por qual bloco começar.
O quadro é uma ferramenta muito simples, pode ser feito com uma folha de papel, no
computador, com post-it, etc. Não há uma regra, sendo todas as opções válidas.
Figura 3 Como elaborar um canvas em qualquer superfície – por exemplo numa na folha A4
Para estruturar os 9 blocos do quadro, não há uma sequência obrigatória. Entretanto, segue
uma sugestão de como começar a preenche-lo:
1. Segmento de clientes;
2. Proposta de valor;
3. Canais;
4. Relacionamento com o cliente;
5. Receitas;
6. Recursos;
7. Atividades chaves;
8. Parceiros chaves;
9. Custos.
Esta forma de fazer o canvas foi criada por uma das maiores especialistas em modelo de
negócios no Brasil, Maria Augusta Orofino.
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Para que esteja claro o que é o modelo de negócios, citaremos um exemplo simples e prático: o
restaurante por quilo.
i) Nos custos, estão incluídos a matéria prima, aluguel, energia elétrica, funcionários,
entre outros.
Todo negócio pode ser inovado e a inovação pode vir de ideias simples, mas que podem mudar
o rumo de uma empresa.
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline/transforme-sua-ideia-em-
modelo-de-negocio,da80b8a6a28bb610VgnVCM1000004c00210aRCRD
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Capítulo 2
O que é criatividade?
A criatividade é a capacidade ou ato de ser criativo, conceber algo original ou incomum, criar,
inventar. É a qualidade relacionada a quem possui ideias originais ou a capacidade de propor
novos enunciados.
Naturalmente, todos temos o potencial criativo dentro de nós, mas ela não deve ser vista apenas
como um talento, mas sim como uma habilidade que pode e deve ser desenvolvida e
aperfeiçoada. É a competência mais importante do profissional do século XXI!
O fator chave para o nosso tema da relação entre criatividade x inovação é que a criatividade
continua sendo uma ideia por si só, e ainda não é uma realidade.
O que é inovação?
Inovação é, em máxima síntese, sobre gerar valor. Para seus colaboradores, para a sociedade e
principalmente para o seu cliente.
Inovação é a implementação ou criação de algo novo que agrega valor para os outros. A inovação
é percebida de forma mais vívida na forma de uma ferramenta, benefício físico ou auxílio que
resolve um problema ou cria uma vantagem.
Como disse, a criatividade sendo uma ideia que ainda não é realidade, a inovação é a realidade
dessa ideia.
Criatividade não é necessariamente inovação. Se você tem uma reunião de brainstorm com
dezenas de novas ideias, então você demonstrou criatividade, mas não há inovação até que algo
seja implementado.
Criatividade é o ato de conceber algo novo, seja uma variação de um tema existente ou algo
totalmente original. Inovação é o ato de colocar esse conceito em prática. É a diferença entre
sugerir a ideia de que uma aeronave poderia voar pelo espaço e realmente construir um foguete
que os astronautas podem usar para chegar à lua.
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Descomplicando: A criatividade está para a idealização assim como a inovação está para a
implementação que tem sucesso. Criatividade não tem que necessariamente gerar resultado, é
algo individual, já a inovação é algo coletivo e sempre gera valor.
A partir desse ponto você já pode dizer qual é a relação entre inovação e criatividade:
criatividade e inovação não são a mesma coisa, mas se complementam. Criatividade inspira a
inovação, e para inovar é preciso ser criativo.
A criatividade permite que você pense em novos objetivos a serem alcançados, e a inovação
permite que você alcance esses objetivos e encontre novos.
As ideias mais criativas são geradas conectando pontos que a maioria nem pensaria em
conectar, impulsionada por uma compreensão apurada do que os consumidores realmente
desejam e precisam.
É por isso que há uma demanda crescente por habilidades como criatividade, pois os problemas
estão se tornando cada vez mais complexos e temos que ser ainda mais criativos para resolvê-
los.
Portanto, esses dois elementos caminham juntos, pois cada vez mais o mundo dos negócios está
se transformando e quem não exercitar a criatividade, gerando insights, e colocá-la em prática
através da inovação, torna-se obsoleto e ultrapassado pela concorrência.
Atualmente, por uma questão econômica, existe uma dificuldade de sustentar modelos de
negócios que sejam lucrativos e atendam a necessidade do consumidor. Conhecer padrões que
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estão dando certo é algo fundamental para que possa servir de inspiração e assim fazer
acontecer.
Ao longo dos anos as empresas inovadoras estão deixando para trás todas as empresas que
atuavam de forma tradicional e que eram líderes nos mercados.
Por isso, conhecer padrões de negócio faz com que seja possível estar conectado com o tipo de
consumidor ou de negócio que está dando certo nos dias de hoje.
- Cauda longa: o modelo Cauda Longa (Long Tail) tem como objetivo vender em
massa produtos de nicho que individualmente vendem pouco, mas que no total
geram alto valor. O modelo também menciona as vendas de menor variedade
de produtos “hits” ou populares que individualmente vendem muito.
Resumindo, o que esse modelo de negócio proposto por Chris Anderson
argumenta é que os produtos de pouca demanda, quando estão juntos, podem
se equiparar ou até mesmo superar o volume de vendas de poucos hits.
Exemplos: Americanas vende muitos itens de alimentos até roupas; já a Cacau
Show vende exclusivamente chocolates e derivados.
- Free: O modelo free é um modelo de negócio gratuito para muitas pessoas, pois
não envolve um pagamento para ter acesso à plataforma, como o Facebook, TV
Band e Google. Pesquisar no Google é gratuito, porém há uma publicidade que
aparece de forma disruptiva. Assim como assistir a um telejornal é gratuito, mas
paga-se pela propaganda que é veiculada nos intervalos.
- Isca e Anzol: Existe ainda os modelos de Isca e Anzol, como nas cafeteiras, em
que o aparelho é disponibilizado e as pessoas compram as cápsulas. O aparelho
de barba que faz com as pessoas tenham que comprar a reposição. Acontece
com impressoras e com plano de celular. É um modelo que pode também
inspirar negócios inovadores.
- Inovação aberta: Outro modelo importante é a Inovação Aberta que tem como
princípios a ousadia, a inclusão e a comunidade. Se estamos precisando inovar,
fazer isso com outras pessoas te apoiando é ainda mais interessante. Há várias
pequenas empresas que estão baseadas neste modelo, como é o caso do
Camiseteria que é uma loja antiga na internet de venda de camisetas que não
possui designer, são as pessoas que mandam a arte e a partir daí as camisetas
são feitas e o artista ganha uma porcentagem da venda.
A seguir, veremos algumas tendências em modelos de negócio que estão dando certo:
- Personalização: O modelo de personalização está cada vez mais presente nas empresas.
Nada melhor para o cliente do que receber um produto ou serviço de acordo com seus
gostos e de forma exclusiva. Essa característica do consumidor moderno fez com que
muitas empresas adotassem esse modelo em diversos segmentos. O Boticário Lab
investiu na personalização. O cliente pode personalizar e criar sua própria fragrância.
Esse é um exemplo clássico de personalização, pois a pessoa pode escolher os
elementos que mais gosta em um perfume totalmente exclusivo. Temos outros
exemplos de personalização, como a criação de seu próprio chocolate da Kit Kat
(chocolatry).
- Live Commerce: O live commerce é um modelo que vem ganhando espeço nas redes
sociais. O Live commerce consiste em você vender produtos ao vivo. Pequenos
comércios já aderiram esse modelo, como lojas de roupas locais, mas também é
praticado por grandes marcas como Riachuelo, Dengo, entre outras.
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- Delivery/ drive thru: Delivery e drive thru são modelos que trazem mais comodidade e
conforto aos clientes, visto que no delivery não há necessidade de o cliente se deslocar
para comprar algo e no drive thru o cliente não precisa entrar no estabelecimento para
fazer suas compras. O delivery tornou-se mais evidente com a pandemia, pois houve
momentos de restrição e isolamento social. Diversas marcas praticam esse modelo,
como Ifood, Rappi, Sam’s Club, entre outros. Outra tendência é o drive trhu, onde a
pessoa vai ao estabelecimento de carro, faz o pedido e retira no próprio local sem sair
do carro. Lojas de construção como Telhanorte e de tintas como Suvinil são exemplos
de empresas que investiram nessa ação.
- Assinaturas: O consumidor moderno está cada vez mais conectado à internet e passar
a fazer compras por esse meio também. O modelo por assinatura está cada vez mais
em alta devido à praticidade de comprar a qualquer hora do dia, com diversas opções
de pagamento, onde você estiver e sem precisar estar fisicamente em uma loja. A
Glambox, FordPass e Netflix são alguns exemplos de serviços por assinatura. Ao invés
de pagar um produto, você paga pelo serviço, em forma de pacotes, podendo ser
mensal, semestral ou anual. Diversos segmentos aderiram a essa prática. A Glambox é
um exemplo de assinatura na área da beleza; já FordPress é exemplo de serviço de
transporte; e a Netflix, no setor de entretenimento.
- https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/criatividade-e-inovacao-
podem-alavancar-as-vendas,9061a5d3902e2410VgnVCM100000b272010aRCRD,
- https://ead.pucpr.br/blog/criatividade-e-inovacao
- https://marcelo.pimenta.com.br/o-que-sao-padroes-de-modelo-de-negocios/
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Capítulo 3
Para responder isso, precisamos entender as mudanças que vivemos no nosso mundo, o estado
em que ele se encontrava antes da pandemia e entender o impacto que a pandemia do novo
coronavírus teve, que marcou um novo momento na nossa história. Vamos lá?
Defino “Economia da Paixão” como um novo momento que vivemos na sociedade e nos
negócios. A combinação de vários fatores possibilita que cada pessoa, independente de origem,
classe social, condição econômica, possa criar um plano para viver a vida que deseja, incluindo
a possibilidade de uma plena, próspera e longeva.
A tecnologia muda não só a forma com que trabalhamos, mas também como pensamos, agimos
e demandamos do mundo.
Já o mundo BANI, que é acrônimo para: Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível veio como
consequência desse mundo VUCA.
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O importante de entender, nesse momento, é que, nesse mundo BANI, com tantas facilidades
tecnológicas cada vez mais presentes na nossa vida, inclusive em situações corriqueiras,
adquirimos o mindset digital.
O mindset digital é sobre como mudamos a nossa forma de pensar, agir e demandar baseado
na nossa proximidade com a tecnologia na era digital.
Tudo está mais ágil, prático, conveniente e focado na boa experiência. E isso reflete no nosso
comportamento atual: demandamos agilidade, praticidade, descomplicação, conveniência e
boa experiência.
Essa configuração de mundo BANI, conceito criado em 2018, foi acelerada pela pandemia do
COVID-19, que forçou o mundo a uma adaptação tecnológica ainda maior e a buscar a
criatividade para lidar com o novo cenário que foi imposto.
Os principais fatores que impulsionam essa nova forma de criar valor são algumas mudanças
que foram aceleradas a partir da pandemia de 2020:
aplicativos, e-commerce, tudo conectado em banda larga por celulares cada vez mais acessíveis
e poderosos;
o novo consumidor – nessa nova onda econômica, o consumidor se torna mais exigente, dono
de si próprio e de suas decisões, ele quer algo personalizado para a necessidade dele. Agora,
consumidores buscam por produtos ou serviços que resolvam verdadeiramente o problema
deles, se tornando uma solução poderosa e que permita uma boa experiência. Além disso, a era
digital também permitiu uma liberdade maior ao consumidor, que não precisa se limitar a
comprar algo, ele simplesmente pode fazer uma ampla pesquisa e achar o que precisa,
independente do comércio local ter ou não;
a Era de Aquário- dentro da astrologia, que é a era que estamos vivendo agora, é marcada por
um momento onde as pessoas estão se voltando cada vez mais para si mesmas. Ao contrário da
era anterior, que era uma era muito mais voltada para fazer as coisas, agora é uma era para ser,
para você conseguir sentir.
a criativa – os chamados setores criativos são os que mais geram riqueza no mundo
contemporâneo. O universo do mundo das artes (pintura, escultura, fotografia, música), do
patrimônio cultural (museus, exposições, arqueologia e biblioteca) da mídia (vídeos, TV, rádio)
e produtos culturais (design, moda, brinquedos, arquitetura e publicidade) não só encontram
mercado próprio, mas como passam a fazer conexões com a indústria, com a agricultura e o
varejo. A economia criativa vem mostrando sua força através do mercado de games, Netflix,
YouTube, Spotify, que geram muito mais riqueza que economias tradicionais como petróleo,
finanças, etc.
o propósito- no frágil mundo BANI, sem raízes e estruturas fortes, é preciso exercitar propósito,
que é nosso guia, nossa âncora e o que nos fortalece. Muitas pessoas na pandemia tiveram o
momento de se questionar se era o momento de continuar fazendo aquilo que elas vinham
fazendo. Por um lado, você tem essa capacidade de empreender sem recursos, já por outro,
você tem uma necessidade do empreendedor ou do profissional de poder fazer algo que tem a
ver com o sentido da vida dele. Ou seja: fica muito mais claro a necessidade de ter um propósito
no seu trabalho.
a vida saudável- uma pesquisa realizada pela Herbalife Nutrition em outubro de 2020, 47% dos
brasileiros começaram a ter consciência sobre a necessidade de novos hábitos alimentares,
passando a consumir alimentos mais naturais . Além disso, a procura por suplementos
alimentares cresceu 59%, de acordo com a pesquisa realizada pelo Mercado Livre.
o trabalho em qualquer lugar- a pandemia impulsionou o home office por motivos de proteção
e cuidado em meio à COVID-19.Pesquisas realizadas mostram que 98% dos brasileiros gostariam
de trabalhar pelo menos uma vez remotamente (Buffer, 2019); 71% dos profissionais se sentem
mais felizes em home office (Owllabs, 2019); e 78% dos brasileiros se sentem mais produtivos
trabalhando em casa (Pulses, 2020). São dados que refletem as mudanças aceleradas nos
últimos tempos.
a busca por conveniência e comodidade por ser exemplificada pelos deliveries e drive thru. Ao
ter que se proteger e proteger a sua família, diversas empresas apresentaram alternativas de
entregar seus produtos via delivery ou drive-thru. E essa tendência não está presente apenas
em época de pandemia, mas é um modelo de tende a permanecer e crescer nos próximos anos.
- https://bit.ly/economia-da-paixao
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Conclusão
Este e-book teve como objetivo auxiliar a cada empreendedor, futuro empreendedor e pessoas
interessadas no assunto a obter maior conhecimento sobre inovação, o novo consumidor
conectado, modelo de negócios, Canvas do modelo de negócios e a economia da paixão.
Você pode ver que é possível criar modelos de negócios inovadores mesmo com poucos
recursos. O Canvas, por exemplo, pode ser feito simplesmente com um papel e uma caneta. O
que você precisa é de força de vontade, trabalho e coragem para escolher um segmento de
clientes que seja realmente relevante e descobrir seu propósito para ter uma proposta de valor
que tenha importância para você e para o seu cliente.
Após essa leitura, você adquiriu conhecimento e agora possui várias informações e dicas para
colocá-las em prática. Diante disso, incentivo que você crie seu próprio modelo de negócio
através do Canvas. E quem não tem um negócio aberto ainda, aproveite essas informações para
também criar o seu modelo que será executado futuramente.
Para inovar, é preciso que você tenha perseverança, que tem a persistência, para ir ajustando o
modelo continuamente, pois se você fizer isso, estará dando um passo importante rumo ao
sucesso.
Portanto, desejo muito sucesso a você e ao seu negócio, lembrando sempre de aproveitar as
oportunidades para melhorar cada dia como indivíduo e empreendedor.
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Referências Bibliográficas
EAD PUCPR. “Criatividade e Inovação: diferença e dicas para estimular”. Disponível em: <
https://ead.pucpr.br/blog/criatividade-e-inovacao > Acesso em: 29/10/2021
Orofino, Maria Augusta. Site. Disponível em: <https://www.mariaaugusta.com.br/ > Acesso em:
29/10/2021.
Pimenta, Marcelo. “Economia da Paixão: Como ganhar dinheiro e viver mais e melhor fazendo
o que ama”. Disponível em: < https://bit.ly/economia-da-paixao > Acesso em : 28/10/2021
SEBRAE. “Por que a criatividade e a inovação podem aumentar suas vendas.” Disponível em:
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/criatividade-e-inovacao-podem-
alavancar-as-vendas,9061a5d3902e2410VgnVCM100000b272010aRCRD > Acesso em:
29/10/2021