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Tema: Desafios para implementação de uma alimentação saudável nas escolas brasileiras.

O documentário “Muito Além do Peso” denuncia, além da insuficiente prática de exercício por jovens e
crianças, a inexistência do cardápio saudável principalmente em escolas públicas no Brasil. Urge, nesse contexto, a
necessidade do combate aos desafios para a disponibilização da alimentação balanceada em instituições de
ensino, uma vez que tais obstáculos atravancam o progresso da nação. Desse modo, a ínfima atuação
governamental e a desigualdade na oferta da qualidade alimentar em escolas são notáveis impasses dessa
problemática.
Diante a realidade supracitada, destaca-se o insuficiente desempenho governamental em ofertar
alimentação saudável no âmbito escolar brasileiro, o que representa um desafio ao negligenciar a condição salubre
de vida infantojuvenil. Neste sentido, medidas de governos antecedentes até o contemporâneo marginalizaram tal
implementação, como no governo de Eurico Gaspar Dutra com o “Plano SALTE” que pouco desenvolveu o eixo da
alimentação escolar enquanto não se importou com sua saudabilidade. Dessa maneira, a inexistente articulação do
Estado em fomentar salubridade na alimentação de jovens e crianças em instituições de ensino é evidenciado
historicamente, salientando a marginalização existente nesse cenário que estende a lacuna entre o estudante e seu
acesso a alimentação sadia.
Ademais, outro aspecto relevante é a não democratização do abastecimento de comidas saudáveis em
escolas públicas que, diferentes das particulares, não possuem tal regalia, fomentando a disparidade social. Por
analogia, a sociedade, sobre à óptica do sociólogo Karl Marx, é composta por possuidores e não detentores dos
meios de produção, beneficiando uma classe em detrimento da outra. Dessa forma, a elite é beneficiada, possuindo
amplo acesso, também, à condição saudável de alimentação nas instituições de ensino privadas, ao passo que a
parcela marginalizada depende dos auxílios do Estado que, por sua vez, não fornece tal condição básica,
inviabilizando a homogeneidade social ao segregar esses indivíduos.
 É fato, portanto, que a negligência governamental impulsionada pela desigualdade que permeia o tecido
social impede a implementação da qualidade alimentícia sadia nas escolas brasileiras. Assim, cabe ao Governo,
Poder Executivo responsável pelo bem-estar social, aliado ao Ministério da Educação, selecionar cardápios
diversificados e saudáveis e democratizá-los em instituições de ensino, por meio de pesquisas por profissionais da
saúde e pela alocação efetiva de verba, a fim de assegurar a qualidade alimentícia salubre nas escolas,
favorecendo o progresso do país.  Por consequência, a marginalização historica e a não homogeneização da
oportunidade de acesso a tal alimentação não serão uma realidade no Brasil, viabilizando um cenário mais
promissor e desenvolvido.

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