A norma regulamentadora NR 13, do Ministério do Trabalho e Emprego – TEM
estabelece requisitos compulsórios relativos a projeto, operação , manutenção e inspeção de caldeiras e vasos de pressão. Devido à enorme diversidade e complexidade destes tipos de equipamentos, a interpretação destas exigências e o seu enquadramento na referida norma, podem ser muito complicados.
Caldeiras a vapor
Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia.Ou seja, serão considerados, como “caldeiras” todos os equipamentos que simultaneamente geram e acumulam vapor de água ou outro fluido. O vapor pode ser usado em diversas condições tais como: baixa pressão, alta pressão, saturado, superaquecido etc. Ele pode ser produzido também por diferentes tipos de equipamentos nos quais estão incluídas as Caldeiras. O profissional capaz para fazer todo procedimento da caldeira deve ser um profissional da área de Engenharia Mecânica e de Engenharia Naval bem como os engenheiros civis com atribuições ( art. 28 do Decreto Federal nº 23.569/33 ) que tenham cursado as disciplinas de “Termodinâmica e suas Aplicações” e “Transferência de Calor”. As caldeiras estabelecidas devem funcionar de acordo com a sua Pressão Máxima de Trabalho Permitida (PMTP) e é determinada através: das dimensões e geometria de cada parte específica da caldeira (por exemplo: diâmetro, espessura, etc.); da resistência dos materiais (valores de tensão máxima admissível dependentes da temperatura) ; de outros fatores específicos para cada situação. Para manter um bom nível de segurança é obrigatório que as caldeiras venham com válvulas de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA, indicador de pressão, sistema de controle do nível da água e se drenagem. Algumas informações sobre a caldeira como pressão máxima de trabalho, pressão de teste hidrostático, ano de fabricação e fabricante, dentre outras informações que são estabelecidas pela NR-13 devem estar afixadas a ela em um local de fácil visibilidade. No estabelecimento onde ela for instalada devem conter documentos como Prontuário da Caldeira, Registro de Segurança, Projeto de Instalação, Projetos de Alteração ou Reparo e Relatórios de inspeção, estas sendo periódicas e extraordinárias, constituídas por exames externos e internos, respeitando os prazos estabelecidos para cada tipo de caldeira, e as conclusões devem constar no Registro de Segurança (livro), ou seja , todo tipo de ocorrência deve ser registrada. Existem três tipos de diferentes caldeiras, para sua classificação é levado em conta a pressão de operação e o volume interno da caldeira. Assim, a categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2; categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume é igual ou inferior a 100 litros; categoria B são todas aquelas que não se enquadram nas categorias anteriores. Em relação a instalação, as caldeiras devem ser colocadas em “Casa de Caaldeiras”( constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,)ou em local especifico denominado “Área de Caldeira”, afastadas no mínimo três metros de: outras instalações do estabelecimento;de depósitos de combustíveis, executando-se reservatórios para partida com até 2.000 litros de capacidade; do limite de propriedade de terceiros; do limite com as vias públicas.possuir saídas de emergências amplas e direções distintas e também possuir sistema de iluminação de emergência que consiga manter iluminados os pontos mais importante na operação da caldeira. Toda Caldeira deve ter “Manual de Operação” atualizado e em português, os instrumentos e controles devem ser mantidos calibrados e em boas condições de operação e a qualidade da água deve ser controlada. É bastante importante fazer uma inspeção na caldeira antes dela funcionar, mas já instalada, pois pode ter sofrido alterações durante o transporte e também se deve fazer uma rigorosa Avaliação de Integridade para determinar a sua vida remanescente ao completar 25 anos de uso.