Você está na página 1de 12

Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os

Conceitos em Estratégias Interorganizacionais

Natália Carrão Winckler


UFRGS (nataliawinckler@gmail.com)
Gisele Trindade Molinari
UFRGS(giselemolinari@rocketmail.com)

Resumo:
No atual contexto competitivo, as empresas devem buscar recursos que lhes garantam resultados
positivos e sustentáveis. Dentre as estratégias desenvolvidas, estão as interorganizacionais, as quais
envolvem ações de cooperação e colaboração entre parceiros. Cooperação e colaboração são
normalmente usadas na literatura de negócios como sinônimos, no entanto, podem-se considerar
conceitos distintos. Este ensaio discute esta diferença entre os termos. Observa-se que a cooperação
ocorre em nível horizontal com ganhos para ambos os parceiros, e a colaboração aparece em nível
vertical ou horizontal, como apoio de uma organização a outra. Ainda, discute-se o papel da
coopetição, que ocorre em nível horizontal, não exclui episódios de colaboração, mas é uma
ocorrência simultânea de competição e colaboração entre competidores.
Palavras chave: Estratégias, Jogos de Negócios, Competição, Colaboração, Cooperação.

Competition, Colaboration, Cooperation and Coopetition:


Revisiting the Concepts in Interorganizational Strategies

Abstract
In today's competitive environment, companies should seek resources to ensure positive and
sustainable results. Among the strategies developed are the interorganizational, which involve actions
of cooperation and collaboration between partners. Cooperation and collaboration are often used in
business literature as synonyms, however, may be considered distinct concepts. This essay discusses
the difference between the words and notes that cooperation occurs in a horizontal level with gains for
both partners, and collaboration occurs in vertical or horizontal level, in support of an organization to
another. Still, it discusses the role of coopetition, which occurs in a horizontal level, does not exclude
episodes of collaboration, but a simultaneous occurrence of competition and collaboration among
competitors.
Key-words: Strategies, Business Games, Competition, Collaboration, Cooperation.
Gestão Estratégica Organizacional
Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os Conceitos em Estratégias
Interorganizacionais

1 Introdução Polenske (2004) e Silva (2007) os


consideram distintos. Também é
Mudanças conjunturais geradas por
importante diferenciá-los do conceito de
evolução tecnológica, acessibilidade e
competição, visto que não se trata de
demanda dos consumidores por
antônimos, mas de conceitos que podem
informações acerca de processos
ser agregados no que Nalebuff e
produtivos e características dos produtos,
Brandenburger (1996) chamam de
dentre outros fatores, geram impactos
coopetição.
diversos nas organizações. Para se adequar
a este cenário, as empresas buscam adotar Desta forma, este ensaio se propõe a
estratégias apropriadas ao contexto analisar os conceitos de estratégias
competitivo. competitivas, colaborativas, cooperativas e
coopetitivas, como tipos de estratégias
Para enfrentar os atuais desafios, as
interorganizacionais. São diferenciados
empresas desenvolvem estratégias dentre
estes termos quanto à sua configuração
as quais estão as competitivas,
vertical e horizontal, aos seus conceitos e
colaborativas e cooperativas. Algumas
seus objetivos estratégicos.
empresas realizam parcerias, as quais se
configuram como estratégias A apresentação deste ensaio divide-se em 6
interorganizacionais, envolvendo duas ou tópicos: estratégias interorganizacionais,
mais organizações em alianças com estratégias competitivas, estratégias
objetivos específicos. colaborativas e cooperativas, Teoria da
Coopetição, discussão e considerações
O conceito de estratégias
finais.
interorganizacionais faz menção ao
“trabalho em conjunto”, que também é um 2 Estratégias Interorganizacionais
sinônimo de cooperação e colaboração, e Estratégia tem sua origem no termo grego
que gera resultados como o aumento da “strategos”, que significa general do
competitividade das organizações. exército (MINTZBERG, 1987, p.12) e foi
Polenske (2004) observa que a valorização usado pelos militares para representar a
dos 3 Cs (competição, colaboração e/ou busca pelo uso eficaz de recursos na
cooperação) é um resultado das atividades destruição dos inimigos. No entanto, este
implementadas pelas empresas como termo estendeu-se ao ambiente de negócios
resposta aos desafios atuais nos ambientes
após a Segunda Guerra Mundial, a partir
de negócios. Segundo a autora, os analistas do incremento de competitividade entre as
de negócios percebiam há 20 anos que a empresas, da disposição de novos
competição pela maximização de lucros produtos, serviços e tecnologias
era o comportamento ideal de uma (BRACKER, 1980; GHEMAWAT, 2002).
empresa no jogo de negócios. Atualmente,
porém, cooperação e colaboração são Tradicionalmente, as estratégias vêm
necessárias ao sucesso das organizações. sendo referidas ao contexto de estrutura
industrial, formada pela firma, seus
Os termos “colaboração” e “cooperação” compradores, fornecedores e concorrentes,
são usados como sinônimos em inúmeros e à análise sobre a rapidez com que estes
estudos (AMARAL; TOLEDO; TAHARA, inserem novos produtos ao mercado,
1998; BUENO; AMATO NETO;
gerando ajustes de oferta e demanda, de
CATHARINO, 2006; SCHMIDT, 2006; capacidade produtiva e rentabilidade das
SILVA; MOTTA; COSTA, 2007; empresas (PORTER, 1990).
PERUCIA, 2008; THOMPSON; PERRY;
MILLER, 2009; TUTIDA, 2009). Apesar
de similaridades entre os conceitos,

2
Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011
Natália Carrão Winckler, Gisele Trindade Molinari

A compreensão do conceito de estratégia é interligação entre as firmas


demonstrada por Mintzberg (1987) em 5 independentemente das formalizadas entre
Ps, originados de termos em inglês: as empresas.
a) Estratégia como Plano (plan): é uma O conceito de estratégia não é único; é
diretriz ou uma série de diretrizes para se sistêmico e envolve tanto a organização
tratar ou negociar uma situação; como o ambiente em que ela atua
(MINTZBERG; AHLSTRAND;
b) Estratégia como Estratagema (ploy):
LAMPEL, 2000). As organizações
pode ser um truque usado na intenção de
caracterizam-se por usar seus membros
enganar um oponente ou concorrente;
para mobilizar, categorizar e aplicar
c) Estratégia como Padrão (pattern): é a conhecimentos para fins comerciais,
consistência de um comportamento, seja operando com outras organizações e
ele intencional ou não; indivíduos (IRELAND, HITT E
d) Estratégia como Posição (position): é a VAIDYANATH, 2002).
posição da organização no seu meio Considerando os diversos agentes
ambiente, considerando-se um ou mais envolvidos em organizações, a estratégia
competidores, ou simplesmente o mercado de uma empresa pode ser desenvolvida em
de atuação desta organização; nível organizacional ou
e) Estratégia como Perspectiva interorganizacional. Estratégias
(perspective): trata da personalidade da organizacionais dizem respeito somente
organização, o conceito que rege o aos aspectos, recursos e resultados internos
pensamento coletivo e o comportamento de uma organização, enquanto que as
dos seus membros. estratégias interorganizacionais referem-se
àquelas desenvolvidas entre duas ou mais
Mintzberg (1987, p.13) também chama a organizações. Ou seja, as estratégias
atenção sobre estratégias planejadas e organizacionais e interorganizacionais se
estratégias realizadas. O autor afirma que diferenciam pelo escopo de atuação e pelos
há estratégias deliberadas, ou seja, que são objetivos e recursos.
intencionalmente realizadas sobre um
plano, enquanto também há estratégias Este ensaio tem foco em estratégias através
emergentes, nas quais “os padrões se de alianças interorganizacionais, as quais,
desenvolvem na ausência de intenções, ou de modo geral, são arranjos cooperativos
apesar das intenções (as quais não se entre parceiros que buscam realizar um
realizam)”. projeto comum, em uma relação com certo
grau de independência e gerando
Gulati, Nohria e Zaheer (2000) entendem benefícios para ambos (MINTZBERG;
que há outros diversos conjuntos de AHLSTRAD; LAMPEL, 2000; JAOUEN;
modelos que consideram que algumas GUNDOLF, 2009). Ao ingressar em uma
empresas possuem aspectos similares aliança, os parceiros consideram seus
como escala empresarial, produtos, recursos disponíveis e criam um nível de
serviços, preços, entre outros, que as interdependência estratégica com fins
tornam próximas e equivalentes específicos.
estruturalmente. Estas características
servem aos diversos stakeholders para Os objetivos para o ingresso em uma
perceberem e avaliarem a reputação das aliança são variados entre os parceiros.
empresas ou do setor como um todo, Pode-se estar buscando acesso ao mercado
gerando impactos nas atividades ou ocupar a capacidade ociosa de
individuais enquanto firmas e nas suas produção, por exemplo. Assim, conforme o
relações interorganizacionais (YU e objetivo da aliança e as suas
LESTER, 2008). Há, portanto, uma configurações, a estratégia
interorganizacional pode ser competitiva,

Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011 3


Gestão Estratégica Organizacional
Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os Conceitos em Estratégias
Interorganizacionais
colaborativa, cooperativa ou coopetitiva. indústrias em que compete (PORTER,
1997). Ou seja, a empresa deve se defender
2.1 Estratégias Competitivas
de cinco forças competitivas básicas,
Estratégia competitiva é a busca pela chamadas de “forças competitivas de
frequente alteração da posição da empresa Porter”, que dirigem a concorrência na
no seu setor de atuação em relação aos indústria: entrantes potenciais,
concorrentes, e sua formulação deve fornecedores, compradores, substitutos e
considerar a empresa e a indústria ou as concorrentes na indústria (Figura 1).

Fonte: Porter (1997, p.23).


Figura 1 - As forças que dirigem a concorrência na Indústria.

Ao desenvolver este conceito, Michael ameaça de novos produtos no mercado de


Porter cunhou um paradigma dominante atuação da firma, fornecedores relacionam-
para estratégia empresarial nos anos de se com o poder de barganha dos mesmos
1980, compreendendo que a estrutura sobre a firma, os compradores são
industrial influencia na determinação das representados pelo poder de negociação
regras competitivas do jogo de negócios, dos clientes sobre os produtos da firma, os
assim como das estratégias potencialmente substitutos apresentam-se como ameaça de
disponíveis para a empresa (PORTER, produtos substitutos aos produzidos pela
1997). firma e os concorrentes representam o grau
de rivalidade existente dentro do setor de
Porter (1990) afirma que o vigor de cada
atuação da firma.
uma das cinco forças competitivas é uma
função da estrutura industrial, a qual é Defendendo-se destas forças competitivas
relativamente estável, mas pode modificar- e usando-as a seu favor, uma empresa deve
se com o passar do tempo à medida que desenvolver uma estratégia para alcançar
uma indústria se desenvolve. Assim, no uma posição relativa na indústria. De
esquema desenvolvido por Porter (1997), acordo com Carvalho e Laurindo (2007,
os entrantes potenciais representam a p.24), “o desenvolvimento da estratégia

4
Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011
Natália Carrão Winckler, Gisele Trindade Molinari

competitiva tem, pois, um caráter amplo de similaridades destes termos: ambos


como a empresa competirá, quais devem referem-se a relações entre atores dos
ser suas metas e quais as políticas setores públicos ou privados, que podem
necessárias para a consecução destas ter fins competitivos ou não, com duração
metas”. Logo, o seu posicionamento variada, e que dependem do contexto em
determina se a sua rentabilidade está que estão inseridos. No entanto, a autora
abaixo ou acima da média da indústria, ou ressalta que são conceitos diferentes.
seja, se ela é mais ou menos competitiva A menção às estratégias cooperativas
do que as demais firmas que atuam no demanda uma compreensão da origem do
mesmo setor. Assim, uma empresa comportamento cooperativo e das suas
necessita de uma estratégia para alcançar consequências em um ambiente de
uma vantagem competitiva sustentável, ou negociações. “Cooperar é atuar junto, de
seja, uma vantagem duradoura ao longo do forma coordenada, no trabalho ou nas
tempo (PORTER, 1990). relações sociais para atingir metas comuns.
Considerando a busca pela vantagem As pessoas cooperam pelo prazer de
competitiva sustentável como essencial repartir atividades ou para obter benefícios
para o sucesso de uma firma, Pillai (2006) mútuos” (CAMPOS et al, 2003, p.25).
cita outras duas abordagens que Um dos maiores desafios no campo das
determinam como as firmas podem ciências biológicas e sociais modernas é
alcançar vantagem competitiva em longo entender a origem e a evolução do
prazo: a perspectiva baseada em recursos, comportamento cooperativo. Entre teorias
em que a firma possui capacidades e que buscam explicá-lo, como as de seleção
recursos que lhes atribuem um dado de parentesco, reciprocidade, seleção
desempenho; e a abordagem de multinível e seleção cultural de grupo,
capacidades dinâmicas, na qual a firma destaca-se a Teoria dos Jogos como
explora competências internas e externas e abordagem principal. Conforme esta teoria,
as desenvolve para modificar os ambientes os agentes baseiam-se em simulações,
em que atua. O autor ainda cita a visão assumindo, em regra, uma estrutura
relacional como uma forma de garantir simples de retornos e um pequeno conjunto
vantagem competitiva, a qual é construída de estratégias possíveis (BURTSEV;
sobre alianças diádicas interfirmas, em que TURCHIN, 2006). Para Mintzberg (1987)
as firmas combinam recursos de forma a na Teoria dos Jogos há uma estratégia
ter melhor desempenho quando unidas, do como um plano completo, sobre o qual os
que quando agem separadamente. jogadores fazem escolhas considerando
Portanto, além das capacidades individuais todas as situações possíveis.
da firma para atuar em mercados e da sua Nesta lógica de Teoria dos Jogos, insere-se
estratégia interna, a mesma deve o Dilema do Prisioneiro, o qual foi criado
considerar o ambiente externo, no qual se por John Nash, e que lhe atribuiu o Prêmio
posiciona. Ainda, a influência e a atuação Nobel de Economia de 1994. Neste
de outras firmas podem se tornar um meio Dilema, há dois prisioneiros que devem
de melhorar o desempenho individual da escolher situações de cooperação ou de
firma, a partir de parcerias, atuando de delação na prisão. As escolhas dos
forma cooperativa e/ou colaborativa, prisioneiros podem resultar ou em penas
desenvolvendo estratégias conforme os
mais duras para ambos, ou na absolvição
objetivos e recursos disponíveis para tal. de um e condenação de outro, ou na
2.2 Estratégias Cooperativas e condenação de ambos com penas mais
Colaborativas brandas. Com informações limitadas e sem
saber as escolhas um do outro, os
Ao falar em colaboração e cooperação,
prisioneiros entram em um jogo de difícil
Polenske (2004) alerta para as

Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011 5


Gestão Estratégica Organizacional
Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os Conceitos em Estratégias
Interorganizacionais
resolução, no qual a cooperação aparece detalhes das interações, como quem
como a melhor opção para ambos, interage com quem. Neste aspecto, a
resultando em condenação para os dois estrutura social pode servir para a
com penas mais brandas. cooperação entre os agentes em longo
prazo (COHEN; RIOLO; AXELROD,
Se feita uma analogia com o ambiente de
2001).
negócios, Cohen, Riolo e Axelrod (2001)
observam que a cooperação é a maior força A cooperação formal ou informal é o
presente neste Dilema, que dificilmente resultado de um amplo alcance de motivos
será duradoura em situações de jogos de e metas, em uma variedade de formas, de
negócios, pois as seqüências de interações modo que ocorre além de fronteiras
entre agentes podem ser curtas e os verticais ou horizontais, como no caso das
mesmos mudam suas estratégias alianças estratégicas (GULATI, 1998).
rapidamente. Stacey (1995) ressalta que atuar formal ou
informalmente não significa ter mais ou
Segundo Abramovay (1999, p.5), o Dilema
menos estabilidade. As redes informais
do Prisioneiro mostra que os interesses
podem ser estáveis e dependem da
individuais imediatos se contrapõem à
proximidade social dos indivíduos. Cada
“alocação socialmente ótima dos
indivíduo desenvolve ligações com
recursos”, sendo necessário buscar no
inúmeros outros indivíduos, assim como a
capital social, ou seja, nos recursos comuns
organização a que ele pertence.
aos agentes, tais como as estruturas sociais,
o instrumento para a solução dos dilemas De acordo com Molina-Morales, Lopez-
da ação coletiva. Navarro e Guia-Julve (2002), relações
informais requerem proximidade
Os níveis de cooperação tendem a ser
geográfica, a qual facilita a frequência de
maiores em situações com menos medo e
contatos e inter-relações extranegociais.
ganância dos jogadores, e com maiores
De toda forma, a experiência de interações
ganhos cooperativos. Surgem, assim,
como parcerias é um fator que pode gerar
configurações de Dilemas Sociais, que
ganhos para as firmas em alianças, pois
Ostrom (1998) define como momentos nos
desenvolve capacidades relacionais que
quais indivíduos em situações de
elevam as habilidades de extrair valor de
interdependência enfrentam escolhas em
alianças subseqüentes e gera benefícios
que a maximização de resultados para si,
mútuos aos parceiros (GULATI; LAVIE;
em curto espaço de tempo, é um resultado
SINGH, 2009).
por deixar os demais participantes em
situações piores do que se optasse por Na compreensão de Crowley e Karim
alternativas viáveis. Ou seja, a escolha de (1995), parceria significa resolução de
um indivíduo está entre o benefício problemas interorganizacionais,
individual ou o coletivo, algo que pode ser conceituam-na de duas formas: (1) pelos
igualmente positivo para todos os seus atributos tais como confiança, visão
participantes ou pode ser positivo somente partilhada e compromisso de longo prazo;
para si, prejudicando os demais. ou (2) pelo processo onde a parceria
continua a ser vista como um verbo, como
Esta dinâmica, no jogo de negócios, ocorre
a homologação do desenvolvimento de
intuitivamente ou formalmente, pois
uma missão, acordos sobre metas e
envolve mudanças rápidas de tecnologia,
oficinas de condução/organização de
as forças de mercado e os efeitos de
parcerias.
feedback sobre as organizações (TEECE;
PISANO; SCHUEN, 1997). Ela admite O paradigma cooperativo, conforme
processos de aprendizagem e adaptação Dagnino e Padula (2007), tem sido
dos agentes envolvidos no jogo de tradicionalmente caracterizado por um viés
negócios, mas não dedica atenção aos colaborativo, no qual as firmas fazem parte
6
Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011
Natália Carrão Winckler, Gisele Trindade Molinari

de um jogo ganha-ganha baseado nos diferenças setoriais entre eles, por


interesses convergentes das firmas. De exemplo.
outro lado, os autores criticam o fato de Ao observar as estratégias colaborativas,
que esse paradigma da cooperação admite Mintzberg (1987, p.16) as entende como
apenas interdependências positivas “estratégias políticas, ou seja, estratégias
interfirmas e argumentam que qualquer para subverter as forças legítimas da
estrutura de jogo cooperativo está baseada concorrência”. Logo, elas:
em interdependências positivas e negativas
entre as empresas. Uma visão mais ampla Incluem participação direta de dois ou mais
atores no design, produção ou
de cooperação admite a inclusão de comercialização de um produto (processo).
questões concorrenciais (interdependências As relações entre estes atores são
negativas) no esforço para alcançar freqüentemente arranjos internos que são
vantagem colaborativa (interdependências geralmente verticais, algumas vezes entre
positivas). divisões na mesma firma ou ao longo de
cadeias produtivas (POLENSKE, 2004,
A respeito dos relacionamentos p.1003).
cooperativos, sucedem: Têm-se, assim, dois conceitos diferentes.
Quando dois ou mais atores concordam, Cooperação está geralmente ligada às
através de arranjos formais ou informais, em ações inversas à competição no sentido de
compartilhar informações, suporte gerencial
trabalho complementar, porém com o
e treinamento técnico, suprimento de capital
e/ou prover informações de mercado. As objetivo de resultados para ambos os
relações entre estes atores são geralmente parceiros. Na colaboração, observa-se
externas e horizontais, por exemplo, os diferença sutil na finalidade da ação, que
atores não trabalham juntos no design, não prevê benefícios para ambos, nem se
produção e/ou comercialização de um
enquadra num sentido de reciprocidade. A
produto (processo) (POLENSKE, 2004,
p.1003). colaboração está mais situada no contexto
de apoio, gerando benefício para um dos
Em estudo sobre novas formas de trabalho parceiros, ou na forma de auxílio em uma
conjunto entre países líderes em Pesquisa e relação hierárquica.
Desenvolvimento em Ciência e
Tecnologia, Silva (2007) chama a atenção Quanto ao sentido das estratégias,
para as diferenças entre colaboração e Polenske (2004) cita a verticalidade e a
cooperação. Embora ambas signifiquem horizontalidade como aspectos diferenciais
“trabalhar em conjunto”, a cooperação tem entre as cooperativas e as colaborativas.
como diferencial da colaboração o fato de Para a autora, a verticalidade está presente
que, ao cooperar, cada parceiro nas ações de colaboração e a
disponibiliza no “trabalho conjunto” aquilo horizontalidade nas ações de cooperação.
que tem de melhor e atua de forma Trazendo estas questões à prática
complementar, mesmo garantindo sua gerencial, Wilkinson e Young (2002)
independência. Já a colaboração não é observam que as firmas não sobrevivem e
equitativa e assimétrica, o que implica a prosperam somente por seus próprios
existência de um ator principal, esforços individuais. O desempenho de
responsável pelo projeto/programa e cada empresa depende do desempenho de
proprietário dos resultados mais outras empresas, da natureza e da
interessantes do ponto de vista de qualidade das relações diretas e indiretas
aplicação estratégica, industrial e que elas desenvolvem, bem como as suas
comercial, enquanto os outros membros contrapartidas.
são coadjuvantes. O autor observa que a
colaboração bem-sucedida pode evoluir Neste contexto, há em torno das estratégias
para a cooperação, porque esta agrega colaborativas e cooperativas um mix de
funções aos parceiros, sem limitar-se às elementos competitivos e cooperativos (no

Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011 7


Gestão Estratégica Organizacional
Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os Conceitos em Estratégias
Interorganizacionais
sentido adotado por Polenske, 2004 e por objetivo e competem na hora de dividir os
Silva, 2007), evidentes também nos ganhos.
principais eixos de pesquisa econômica e Neste contexto, estabelece-se um jogo de
gerencial, baseados na dicotomia entre a negócios entre empresas, clientes,
competição e a cooperação (DAGNINO; fornecedores, concorrentes e
PADULA, 2002). Já na ocorrência de complementadores, em que seus
ambas simultaneamente, verifica-se comportamentos e posições como
comportamento híbrido em relações de jogadores influenciam nos resultados
interação chamado coopetição. obtidos. Esses jogadores formam uma
2.3 Teoria da Coopetição Rede de Valores, “que representa todos os
jogadores e as interdependências existentes
Coopetição é o termo gerado pela união
entre eles” (NALEBUFF;
das palavras “cooperação” e “coopetição”,
BRANDENBURGER, 1996, p.28). Assim,
por Nalebuff e Brandenburger (1996).
o mesmo jogador pode ser um cliente, um
Trata-se de conceito emergente a respeito
concorrente, um fornecedor ou um
do comportamento de cooperação
complementador para outro jogador
competitiva entre empresas, ou seja, elas
(FIGURA 2).
cooperam para atingir determinado

Fonte: Nalebuff e Brandenburger (1996, p.29).


Figura 2 - A Rede de Valor

Estudos têm sido realizados a partir deste (DAGNINO; PADULA, 2002) e a


conceito de coopetição, ampliando-o e identificação de fatores críticos de sucesso
aplicando-o através de diferentes em estratégias de coopetição em Hong
metodologias, demonstrando que se trata Kong (CHIN; CHAN; LAM, 2008). Há,
de uma estratégia multidimensional e também, estudos realizados no Brasil,
multifacetada (CHIN, CHAN; LAM, como sobre o Consórcio Modular da
2008). São exemplos: a coopetição entre Volkswagen no Brasil (OLIVEIRA;
indústrias suecas e finlandesas MARINS; ROCHA, 2006), o cluster
(BENGTSSON; KOCK, 2000), a análise calçadista em Nova Serrana-MG (LEITE;
de coopetição intraorganizacional em LOPES; SILVA, 2009), o pólo de doces de
firmas multinacionais (TSAI, 2002), a Pelotas-RS (MARCHI; PATIAS; KNEIPP,
tipologia de coopetição a partir da 2009), alambiques de Minas Gerais
dinâmica interfirmas para criação de valor (LEÃO, 2004) e a coopetição como

8
Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011
Natália Carrão Winckler, Gisele Trindade Molinari

estratégia para o desenvolvimento de um simultaneamente, pelos interesses comuns.


selo de Indicação de Procedência no Vale Por isso, Bengtsson e Kock (2000)
dos Vinhedos da Serra Gaúcha (GOLLO, compreendem que a coopetição ocorre em
2006). interações divididas em atividades, sendo
impossível cooperar e competir na mesma
A coopetição baseia-se em relações
atividade. Há, assim, graus de cooperação
complexas e interações diádicas entre
e de competição na relação de coopetição
atores que vivenciam um conflito entre si
(FIGURA 3).
pelos sentimentos de hostilidade e amizade

Fonte: Bengtsson e Kock (2000), p.6.


Figura 3 - Diferentes tipos de relacionamento coopetitivo entre competidores.

Para Zineldin (2004, p.780) coopetição é a aqueles que as constituem. Entretanto, no


“situação de negócio em que jogo de negócios, ao envolver outras
independentes partes cooperam entre si e organizações, observa-se frequentemente
coordenam as suas atividades, dessa forma uma lógica de “perde-ganha”, de
colaborando para alcançar objetivos competição interorganizacional.
mútuos, mas ao mesmo tempo, competindo Em se tratando de competição, esta é uma
entre si, bem como com outras empresas”. prática que prevê a disputa por ganhos
Trata-se fundamentalmente de um jogo de comuns a organizações rivais e ocorre em
soma não-zero, ou seja, de ganha-ganha, nível horizontal. No entanto, no contexto
com benefícios mútuos para os parceiros.
competitivo atual, muitas empresas optam
A coopetição é uma estratégia que pode pela formação de parcerias com objetivos
explicar a rede de interdependência específicos e para a geração de eficácia
estratégica entre as firmas por um sistema organizacional.
de criação de valor coopetitivo. Neste O trabalho conjunto entre as empresas
sentido, na coopetição, a cooperação e a parceiras pode ser cooperativo ou
competição co-evoluem (DAGNINO; colaborativo. Campos et al (2003) cita
PADULA, 2002), complementarmente. como estímulos para estas parcerias o
3 Discussão prazer em cooperar e a busca por
benefícios mútuos, que são duas
Considerando o conceito de Ireland; Hitt;
motivações distintas.
Vaidyanath (2002), para quem
organizações possuem um caráter social de Cooperação é uma relação que ocorre em
benefícios para os seus membros, que nível horizontal, com motivações
utiliza seus conhecimentos para fins semelhantes ou distintas entre os parceiros,
comerciais, pode-se observar que as a qual gera benefícios mútuos. Estes
mesmas buscam o resultado para si e para benefícios remetem à reciprocidade,

Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011 9


Gestão Estratégica Organizacional
Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os Conceitos em Estratégias
Interorganizacionais
quando deve haver resultados positivos das situações de cooperação em que o
para ambos. resultado deve ser claro para ambos os
parceiros.
A cooperação pelo prazer em cooperar
acontece em situações de apoio, em que o Diferentemente destes conceitos
ato cooperativo ocorre sem se esperar nada colaborativos, ao se trazer à discussão a
em troca, ou o que se pode chamar de coopetição, conceitualmente tem-se
colaboração. Colaboração é a ação que cooperação e competição simultânea entre
gera benefício para um parceiro, num parceiros. Esta é uma atividade com
sentido horizontal ou vertical, e na qual o resultados positivos para ambos os
ganho não precisa ser conjunto, visto que é participantes, ou seja, de ganho conjunto,
um apoio, sem esperar retribuição. É o que geralmente, no sentido horizontal. Para
se verifica nas situações de apoio viabilizar a coopetição, não se descarta a
organizacional que empresas oferecem possibilidade de atividades colaborativas
umas às outras. O resultado pode ser precedentes às cooperativas e
positivo para ambas num sentido de competitivas.
imagem e reputação, mas ele não é O quadro 1 apresenta a diferença entre os
obrigatório e é implícito, diferenciando-se conceitos e os resultados esperados.

Estratégia Comportamento dos atores Sentido Objetivos


Competição Concorrência/ Rivalidade Horizontal Ganhos individuais
Cooperação Reciprocidade Horizontal Ganhos comuns
Colaboração Apoio Horizontal ou vertical Ganhos individuais
Coopetição Competição + Cooperação Horizontal Ganhos comuns
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Quadro 1 – Diferenciando os conceitos.

A partir do quadro 1, pode-se afirmar que a recursos para permanecerem no mercado,


cooperação ocorreria em relações diádicas tal como a realização de parcerias entre
e recursivas, com resultados estratégicos competidores ou não. Na formação de
para ambos, podendo gerar o acréscimo de parcerias, como uma estratégia
competitividade ou não. Já, a colaboração interorganizacional, fatores de
acontece em parcerias que não formam comportamento dos participantes são
uma recursividade necessária, que pode se importantes, por exemplo, especialmente
dar em um contexto hierárquico porque varia conforme o objetivo da
diferenciado, como um agente em nível aliança.
superior que auxilia outro agente com nível A partir de algumas abordagens teóricas,
inferior na hierarquia. As relações de observa-se que as alianças motivadas por
competição encontram-se em termos de ganhos comuns a ambos os parceiros são
concorrência, a partir de situações de consideradas cooperativas, e quando
rivalidade e disputa por ganhos ocorrem entre competidores são chamadas
individuais. A coopetição prevê ganhos de coopetição, a união de cooperação e
comuns e distribuídos entre os parceiros. competição. No caso de alianças em que
4 Considerações Finais haja benefícios para um parceiro apenas,
tem-se uma estratégia de apoio, ou seja,
O uso de cooperação e colaboração como
colaborativa.
sinônimos é uma evidência de falha na
conceituação destes termos. No atual Outro aspecto importante desta discussão é
momento competitivo, as empresas que estão em evidência além dos “3 Cs”
necessitam desenvolver estratégias e citados por Polenske (2004), o quarto “C”,
10
Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011
Natália Carrão Winckler, Gisele Trindade Molinari

representado pela coopetição. Com a DAGNINO, G.B.; PADULA, G. Coopetition


diferenciação destes conceitos de strategy: a new kind of interfirm dynamics for
value creation. In: European Academy of
cooperação, colaboração, competição e Management Second Annual Conference –
coopetição, é preciso aplicá-los em estudos “Innovative Research in Management”. Estocolmo,
empíricos, na busca de complementar este 2002. Proceedings… Estocolmo, 2002.
debate e demonstrar seus resultados DAGNINO, G.B.; PADULA, G. Untangling the
práticos nas organizações. Rise of Coopetition: The intrusion of
Competition in a Cooperative Game Structure.
Referências International Studies of Management and
ABRAMOVAY, R. O capital social dos territórios: Organization, v.37, n.2, 2007.
repensando o desenvolvimento rural. Porto Alegre: GHEMAWAT, P.. Competition and Business
IV Encontro Nacional de Sociologia Política. Strategy in Historical Perspective. The Business
Anais.. Porto Alegre, 1999. History Review, v.76, n.1, 2002.
AMARAL, D.C.; TOLEDO, J.C.; TAHARA, C.S. GOLLO, S.S. Estratégias de Cooperação
Modelo para avaliação da integração na Competitiva e a Inovação: O caso da Indicação
colaboração entre empresas. Niterói: XVIII de Procedência Vale dos Vinhedos – RS. (Tese).
ENEGEP, 1998. Anais… Niterói, 1998. Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em
BENGTSSON, M.; KOCK, K.. Cooperation and Administração/ UFRGS, 2006.
Competition in business networks: to cooperate and GULATI, R. Alliances and Networks. Strategic
compete simultaneously. Industrial Marketing Management Journal, v.19, n.4, 1998.
Management, v.29, n.5, 2000.
GULATI, R.; LAVIE, D.; SINGH, H. The nature of
BUENO, C.G.; AMATO NETO, J.; CATHARINO, partnering experience and the gains from alliances.
M. A dynamic relationship framework for Strategic Management Journal, v.30, n.11, 2009.
innovation: implications for the Brazilian aerospace
strategy operations. Journal of Integrated Design GULATI, R.; NOHRIA, N.; ZAHEER, A. Strategic
and Process Science, v.10, n.3, 2006. Networks. Strategic Management Journal, v.21,
n.3, 2000.
BRACKER, J. The Historical Development of the
Strategic Management Concept. The Academy of IRELAND, R.D.; HITT, M.A.; VAIDYANATH,
Management Review, v. 5, n. 2, 1980. D. Alliance Management as a Source of
Competitive Advantage. Journal of Management,
BURTSEV, M.; TURCHIN, P. Evolution of n.28, v.3, 2002.
cooperative strategies from first principles. Nature,
v. 440, n. 7087, 2006. Disponível em: JAOUEN, A.; GUNDOLF, K. Strategic alliances
<http://www.nature.com/nature/journal/v440/n7087 between microfirms: specific patterns in the French
/full/nature04470.html>. Acesso em 22 jan. 2009. context. International Journal of
Entrepreneurial Behaviour & Research, v.15,
CAMPOS, F.C.A.; SANTORO, F.M.; BORGES, n.1, 2009.
M.R.S.; SANTOS, N. Cooperação e
Aprendizagem On-Line. Rio de Janeiro: DP&A, LEÃO, D.A.F.S. Coopetição: Tipologia e
2003. Impactos no Desempenho das Empresas da
Indústria da Cachaça de Alambique do Estado
CARVALHO, M.M.; LAURINDO, F.J.B. de Minas Gerais. (Dissertação). Recife: Programa
Estratégia competitiva: dos conceitos à de Pós-Graduação em Administração/ UFPE, 2004.
implementação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
LEITE, R.S.; LOPES, H.E.G.; SILVA, S.A.D. A
CHIN, K.S.; CHAN, B.L.; LAM, P.K.. Identifying Estratégia em Relacionamentos Coopetitivos: um
and prioritizing critical success factors for estudo do arranjo produtivo de Nova Serrana.
coopetition strategy. Industrial Management & RBGN – Revista Brasileira de Gestão de
Data Systems, v.108, n.4, 2008. Negócios, v.11, n.30, p.65-78, jan./mar, 2009.
COHEN, M.D.; RIOLO, R.L.; AXELROD, R. The MARCHI, J.J.; PATIAS, T.Z.; KNEIPP, J. O Pólo
role of social structure in the maintenance of de Doces de Pelotas sob a perspectiva da rede de
cooperative regimes. Rationality and Society, valor: possibilidades estratégicas. In: XXIX
v.13, n.1, 2001. Enegep. Salvador, 2009. Anais... Salvador, 2009.
CROWLEY, L.G.; KARIM, A. Conceptual model CD-ROM
of partnering. Journal of Management in MINTZBERG, H.. The strategy concept I: five Ps
Engeneering, v.11, n.5, 1995. for strategy. California Management Review.
v.30, 1987.

Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011 11


Gestão Estratégica Organizacional
Competição, Colaboração, Cooperação e Coopetição: Revendo os Conceitos em Estratégias
Interorganizacionais
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, Revista de Administração de Empresas, v.47,
J. Safári de Estratégia: um roteiro pela selva do n.4, 2007.
planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookland,
STACEY, R.D. The science of complexity: an
2000.
alternative perspective for strategic change
MOLINA-MORALES, F.X.; LÓPEZ-NAVARRO, processes. Strategic Management Journal, v.16,
M.A.; GUIA-JULVE, J. The role of local 1995.
institutions as intermediary agents in the industrial
TSAI, W. Social Structure of “Coopetition” Within
district. European Urban and Regional Studies,
a Multiunit Organization: Coordination,
v.9, n.4, 2002.
Competition, and Intraorganizational Knowledge
NALEBUFF, B.J.; BRANDENBURGER, A.M. Sharing. Organization Science, v.13, n.2, 2002.
Co-opetição. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 308 p.
TEECE, D.J.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic
OLIVEIRA, U.R.; MARINS, F.A.S.; ROCHA, Capabilities and Strategic Management. Strategic
H.M. Estratégia de coopetição versus competências Management Journal, v.18, n.7, 1997.
essenciais e prioridades competitivas em gestão de
THOMPSON, A.M.; PERRY, J.L.; MILLER, T.K.
operações: análise do consórcio modular da
Conceptualizing and Measuring Collaboration.
Volkswagen Caminhões e Ônibus do Brasil. In:
Journal of Public Administration, Research and
XXVI ENEGEP. Fortaleza, 2006. Anais...
Theory, v.19, n.1, 2009.
Fortaleza, 2006.
TUTIDA, L. Estratégias Colaborativas e
OSTROM, E. A Behavioral Approach to the
Competitivas nos Processos de Comercialização
Rational Choice Theory of Collective Action:
na Cadeia Produtiva da Soja na Região de Assaí.
Presidential Address, American Political Science
(Dissertação). Curitiba: Centro de Pesquisa e Pós-
Association, 1997. The American Political
Graduação em Administração/ Universidade
Science Review, v.92, n.1, 1998.
Federal do Paraná, 2009.
PERUCIA, A.S. Estratégias Colaborativas na
WILKINSON, I.; YOUNG, L. On cooperating:
Industria de Jogos Eletrônicos. (Dissertação). São
Firms, relations and networks. Journal Business
Leopoldo: Programa de Pós-Graduação em
Research, v.55, n.2, 2002.
Administração/ Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (Unisinos), 2008. YU, T.; LESTER, R. Moving Beyond Firm
Boundaries: A social network perspective on
PILLAI, K.G. Networks and Competitive
reputation spillover. Corporate Reputation
Advantage: a synthesis and extension. Journal of
Review, v.11, n.1, 2008.
Strategic Marketing, n.14, 2006.
ZINELDIN, M. Co-opetition: the organisation of
POLENSKE, K.R. Competition, colaboration and
the future. Marketing Intelligence & Planning,
cooperation: An uneasy triangle in Networks and
Emerald Group Publishing, v.22, n. 7, 2004.
Firms and Regions. Regional Studies, v.38, n.9,
2004.
PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva:
criando e sustentando um desempenho superior.
Rio de Janeiro: Campus, 1990.
PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva:
Técnicas para análise de indústrias e da
concorrência. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997
SCHMIDT, F.H.. O impacto das estratégias
colaborativas na Indústria de Transporte Aéreo.
(Dissertação). Rio de Janeiro: Programa de Pós-
Graduação em Administração/ Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2006.
SILVA, D. H. Cooperação Internacional em
Ciência e Tecnologia: oportunidades e riscos.
Revista Brasileira de Política Internacional,
v.50, n.1, Brasília, 2007.
SILVA, J.F.; MOTTA, P.C.; COSTA, L.S.V.
Coalinhamento entre estratégias competitivas e
colaborativas e desempenho de empresas. RAE –

12
Revista ADMpg Gestão Estratégica, v. 4, n. 1, 2011

Você também pode gostar