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Goiânia, 2021
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Em que acredito?
Como alguém que procurou conhecer inúmeras religiões em busca de um
espaço em que o grupo compartilhasse dos mesmos valores que eu, passei por
candomblé, seicho no ie, budismo, entre outros. Não encontrando nesses espaços
aquilo que procurava, busquei entender qual o meu entendimento do papel de uma
àquele que substitua a figura de um pai ou de uma mãe, sendo assim, um criador.
Não o criador do universo, mas àquele que ensina as noções de certo e errado, uma
por ditar como as coisas são e devem ser. Sendo assim, retira do indivíduo a
algo ditado por um grupo ou por uma figura maior, não sinto que me encaixo em
se faz perante a situação, buscando sempre resolver conflitos a partir de uma visão
de contexto, buscando sempre por justiça. Por esta razão, não acredito na religião
como uma instituição que tem o papel de criar uma ligação com a espiritualidade e
sim um lugar em que se é criado uma figura de grande Outro que possa confortar as
crianças interiores dos adultos aflitos. A religião, por assim ser, me é vista como um
muito importante enquanto grupo social, mas ao mesmo tempo acaba sendo um
empecilho para o processo de individuação dos sujeitos que nela se inserem, tendo
de tornar-se um adulto completo, que aqui defino como uma pessoa consciente de
que é responsável por si e pela forma como suas atitudes afetam o meio.
Em relação à figura divina, não sinto que este seja a figura de um grande
Outro que norteie meus caminhos, pois me entendo unicamente responsável pelas
minhas ações e única autora de meus julgamento. Entendo que as angústias que
esperando que alguém possa resolver por mim as injustiças sociais e tornar mais
fácil minha jornada aqui na terra sem que eu precise me movimentar neste sentido.