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Resumo Cap 1 -

● O livro "Para Compreender a Ontologia de Lukács", escrito pelo autor Sergio


Lessa, apresenta uma discussão sobre a ontologia marxista e suas
implicações. No primeiro capítulo, Lessa descreve as três esferas ontológicas
que compõem a realidade social. São elas:

○ A esfera do ser social: que compreende todas as relações sociais
estabelecidas entre os indivíduos, tais como as relações econômicas,
políticas, jurídicas e culturais.

○ A esfera da consciência social: que se refere às ideias, valores e
representações mentais que são produzidos e compartilhados pelos
indivíduos na sociedade. Essa esfera inclui tanto as ideologias
dominantes quanto as ideologias contestadoras.

○ A esfera da práxis social: que engloba as atividades humanas práticas,
ou seja, o trabalho e a ação humana transformadora da realidade.
Essa esfera inclui tanto as atividades econômicas quanto as atividades
políticas e culturais.

● Essas três esferas são interdependentes e se influenciam mutuamente,


formando a totalidade concreta da realidade social. A compreensão dessas
esferas ontológicas é fundamental para a análise crítica da realidade social e
para a construção de uma perspectiva transformadora.

● No mesmo capítulo, o autor Sergio Lessa também faz uma distinção


ontológica entre a esfera inorgânica, a esfera biológica e o ser social.

● A esfera inorgânica é a esfera da matéria inanimada, composta por


elementos físicos e químicos, como átomos e moléculas. Nessa esfera, não
há vida, nem relações sociais ou consciência social.

● A esfera biológica é a esfera da vida, que se caracteriza pela presença de


organismos vivos, capazes de se reproduzir, crescer e se adaptar ao meio
ambiente. Nessa esfera, há vida, mas ainda não há relações sociais ou
consciência social.

● Por fim, o ser social é a esfera específica da existência humana, que se


caracteriza pela presença de relações sociais, consciência social e práxis
social. Nessa esfera, os indivíduos interagem uns com os outros, criando
instituições sociais, desenvolvendo valores e ideias, produzindo bens e
serviços e transformando a natureza.
● A distinção ontológica entre essas esferas é importante para entender a
especificidade da existência humana, que se diferencia da natureza
inorgânica e da natureza biológica pela presença da dimensão social. Além
disso, essa distinção também ajuda a compreender as diferentes dimensões
da realidade social, que envolvem não apenas a esfera do ser social, mas
também a esfera da consciência social e a esfera da práxis social.

O que é Momento predominante ?


O "momento predominante" é uma ideia desenvolvida por Georg Lukács, um filósofo
marxista húngaro, que se baseia na teoria de Karl Marx sobre a relação entre a
estrutura social e a consciência individual.

Segundo Lukács, o momento predominante é a característica principal de uma


sociedade em um determinado momento histórico, que é determinada pelas
relações sociais de produção existentes na sociedade. Essas relações de produção
incluem a forma como o trabalho é organizado, como os bens são produzidos e
distribuídos, e como as pessoas interagem entre si.

O momento predominante influencia a consciência individual, que é a maneira como


cada pessoa percebe e entende o mundo ao seu redor. Isso significa que a maneira
como a sociedade é organizada e funcionando afeta a maneira como as pessoas
pensam e agem.

Por outro lado, a consciência individual também pode influenciar o momento


predominante. Se um número suficiente de pessoas na sociedade mudar suas
ideias e crenças, isso pode levar a uma mudança na estrutura social e, portanto, no
momento predominante.

Em resumo, o "momento predominante" é uma ideia importante na filosofia marxista


que ajuda a explicar como a estrutura social e a consciência individual estão
interligadas e como elas podem mudar ao longo do tempo.

O que é o equilíbrio dinâmico estacionário da sociedade?

Para Lukács, o "equilíbrio dinâmico estacionário das contradições" é um conceito


importante que descreve o equilíbrio entre as forças sociais opostas que existem em
uma determinada sociedade. De acordo com Lukács, todas as sociedades são
caracterizadas por contradições e conflitos internos, que podem ser vistos como a
tensão entre diferentes forças sociais, como as classes sociais ou os grupos de
interesse.
O equilíbrio dinâmico estacionário das contradições ocorre quando as forças sociais
opostas em uma sociedade estão em equilíbrio, mantendo a estabilidade social a
longo prazo. Isso não significa que não haja conflitos ou mudanças na sociedade,
mas sim que essas forças opostas estão equilibradas de tal forma que a sociedade
como um todo permanece relativamente estável e coerente.

Lukács argumenta que o equilíbrio dinâmico estacionário das contradições é um


estado transitório, pois a luta entre as forças opostas inevitavelmente leva a
mudanças na sociedade. Em outras palavras, esse equilíbrio é temporário e,
eventualmente, será substituído por um novo equilíbrio dinâmico, resultante da luta
e da superação das contradições existentes na sociedade.

Assim, para Lukács, o equilíbrio dinâmico estacionário das contradições é uma


forma de descrever o equilíbrio entre as forças sociais opostas que existem em uma
sociedade, que mantêm a estabilidade social a longo prazo, mas que não pode ser
visto como permanente, pois a luta e a superação das contradições são inevitáveis
e levam a mudanças na sociedade

Resumo cap 2

O que é trabalho para Lukács?

Para Lukács, o trabalho é uma atividade fundamental que dá significado e forma à


vida humana. Ele acredita que o trabalho é uma atividade criativa e transformadora,
que permite ao ser humano modificar e moldar a natureza de acordo com suas
necessidades e desejos.

Lukács entende que o trabalho é uma atividade socialmente mediada, ou seja, que
acontece dentro de uma estrutura social e econômica mais ampla. Isso significa que
a maneira como o trabalho é organizado e controlado em uma sociedade é
influenciada pelas relações sociais de produção existentes.

Para Lukács, o trabalho é uma atividade que permite ao ser humano desenvolver
suas capacidades e habilidades, tornando-se mais plenamente humano. Ele
acredita que a alienação do trabalho é um problema sério, pois impede que os
trabalhadores percebam a importância de seu trabalho e experimentem a satisfação
de criar e transformar o mundo à sua volta.

Lukács também vê o trabalho como uma atividade que cria e molda as relações
sociais. Ele acredita que a maneira como o trabalho é organizado e controlado em
uma sociedade influencia as relações entre as pessoas, criando hierarquias e
desigualdades que podem levar a conflitos sociais.

Em resumo, para Lukács, o trabalho é uma atividade fundamental que dá forma e


significado à vida humana. Ele acredita que o trabalho é uma atividade criativa e
transformadora que permite ao ser humano modificar a natureza de acordo com
suas necessidades e desejos, mas que também é influenciado pelas relações
sociais de produção existentes e pode levar a problemas de alienação e
desigualdade.

Por que o trabalho é uma categoria teleológica?

A categoria trabalho é teleológica para Lukács porque ele acredita que o trabalho é
uma atividade orientada para um fim, que é a transformação da natureza para
atender às necessidades humanas. Essa transformação da natureza é vista como
uma atividade que tem um objetivo final, que é a satisfação das necessidades
humanas.

Para Lukács, o trabalho é um processo teleológico porque ele está voltado para a
realização de um objetivo final, que é a satisfação das necessidades humanas. Ele
vê o trabalho como uma atividade orientada para um fim, que busca transformar a
natureza para atender às necessidades humanas e, assim, criar as condições para
o desenvolvimento humano pleno.

Além disso, para Lukács, o trabalho também é teleológico porque ele é uma
atividade que está orientada para o futuro. Ele acredita que o trabalho é uma
atividade que cria as condições para o desenvolvimento humano pleno, e que esse
desenvolvimento só pode ser alcançado no futuro, através da transformação da
natureza e das relações sociais existentes.

Em suma, a categoria trabalho é teleológica para Lukács porque ele acredita que o
trabalho é uma atividade orientada para um fim, que busca transformar a natureza
para atender às necessidades humanas e criar as condições para o
desenvolvimento humano pleno, tanto no presente quanto no futuro.

o que é intentio recta para lukács?

Em Lukács, a expressão "intentio recta" é usada para se referir a um conceito


importante em sua teoria da consciência. Em essência, "intentio recta" significa
"intenção correta" ou "intenção reta".

Para Lukács, a "intentio recta" refere-se à capacidade da consciência de ter uma


visão clara e objetiva da realidade, livre de preconceitos e ilusões. Isso implica a
capacidade de ver a realidade como ela é, sem distorções ou interferências, e de
formar juízos objetivos com base nessa visão.

A "intentio recta" é importante para Lukács porque ele acredita que a consciência
deve ter uma visão clara e objetiva da realidade para ser capaz de compreender as
relações sociais e históricas que moldam a vida humana. Isso envolve a capacidade
de perceber as contradições e lutas sociais que existem em todas as sociedades,
bem como a capacidade de compreender o papel do trabalho, da tecnologia e da
cultura na formação da vida social.

Além disso, a "intentio recta" também é importante para Lukács porque ele acredita
que a consciência deve ser capaz de agir com base em uma visão clara e objetiva
da realidade. Isso implica a capacidade de tomar decisões informadas e
responsáveis, bem como a capacidade de agir em conformidade com as
necessidades e desejos da vida humana.

Em resumo, para Lukács, a "intentio recta" é a capacidade da consciência de ter


uma visão clara e objetiva da realidade, livre de preconceitos e ilusões, e de agir
com base nessa visão. Essa capacidade é fundamental para a compreensão das
relações sociais e históricas que moldam a vida humana e para a tomada de
decisões informadas e responsáveis.

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