O documento discute a evolução do empreendedorismo e o perfil do empreendedor. Apresenta definições de empreendedorismo segundo autores como Schumpeter e Drucker, destacando a busca por inovação e assunção de riscos. Também descreve a crescente taxa de empreendedorismo no Brasil e características comuns em empreendedores como otimismo, autoconfiança e persistência.
O documento discute a evolução do empreendedorismo e o perfil do empreendedor. Apresenta definições de empreendedorismo segundo autores como Schumpeter e Drucker, destacando a busca por inovação e assunção de riscos. Também descreve a crescente taxa de empreendedorismo no Brasil e características comuns em empreendedores como otimismo, autoconfiança e persistência.
O documento discute a evolução do empreendedorismo e o perfil do empreendedor. Apresenta definições de empreendedorismo segundo autores como Schumpeter e Drucker, destacando a busca por inovação e assunção de riscos. Também descreve a crescente taxa de empreendedorismo no Brasil e características comuns em empreendedores como otimismo, autoconfiança e persistência.
A palavra “empreender” vem do latim que significa tomar a decisão de realizar
uma tarefa difícil e laboriosa ou, ainda, colocar um plano em execução. O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado em 1945, Joseph A. Schumpeter, que escreveu em 1942, um livro chamado Capitalismo, Socialismo e Democracia, no qual destacou a função dos empreendedores na formação da riqueza das nações tendo como base uma teoria da destruição criativa, no qual se referia ao empreendedor como alguém versátil, que possui habilidades técnicas para saber produzir, e capitalista, que consegue reunir recursos financeiros, organizar as operações internas e realizar as vendas da sua empresa. Outro conceito de Empreendedorismo, pode ser a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Segundo o teórico Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente associado à inovação. Para Schumpeter, o empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações, ou seja, a introdução de um novo bem, introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologia. Empreendedor é aquele que resolve assumir o risco de iniciar uma organização, é o indivíduo que imagina, desenvolve e realiza o que imaginou (JULIANO, 2011, p. 2). Empreender é a ação de tomar a decisão de realizar uma tarefa difícil e laboriosa ou, ainda, colocar um plano em execução. Outro ponto importante, diz respeito a elaborar um plano de negócios antes de construir o seu empreendimento, pois detalha projetos de execução, facilitando diretamente no alcance dos objetivos para evitar os riscos e alcançar os objetivos. Outros importantes precursores do estudo sobre o empreendedorismo foram: Richard Cantillon, Jean-Baptiste Say e Louis Jacques Filion. No Brasil, vale ressaltar os trabalhos de Fernando Dolabela e José Dornelas, profissionais estes que dedicam-se seus trabalhos para promover o empreendedorismo no país. Para Frank (1967) e Peter Drucker (1970), o empreendedorismo refere-se a assumir riscos. Os empreendedores não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento." (CHIAVENATO, 2007, p.18).
O Brasil apresenta constante evolução para o empreendedorismo. De acordo
com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de Empreendedorismo é de 38,7% (2019), segundo melhor patamar total de empreendedores, desde 2002. São mais de 53,4 milhões de brasileiros se dedicando ao negócio próprio. A pesquisa também mostra que em 2019, o país atingiu 23,3% de taxa de empreendedorismo inicial, quando uma empresa possui menos de 3,5 anos de existência, a maior já alcançada. Os resultados fizeram com que o Brasil chegasse à marca de quarta maior Taxa de Empreendedorismo Inicial em 2019. O estudo foi realizado com 55 países – na ocasião, a marca foi superior às registradas nos países do BRICS (EUA, Colômbia, México e Alemanha). A porcentagem de empreendedores no Brasil é relevante devido um elevado índice de formalização de empresas que trabalhavam de forma clandestina, isto porque ocorreu a modernização da Lei Geral das Microempresas, criando a figura do empreendedor individual e facilitando a vida do micro e pequeno empresário Ao relacioná-los às tendências que comparam a estratégia de sobrevivência empresarial com a teoria da seleção natural de Charles Darwin, em que, quanto mais variação uma espécie apresentar, maior será a chance de sua perpetuação, transpõe-se ao empreendedorismo o fato de que variar (inovar) é uma necessidade constante para reduzir as chances de se igualar aos seus competidores que dividem o mesmo mercado, aumentando as chances de se obter sucesso. Segundo Juliano (2011, p. 3), existem vários fatores que promovem o empreendedorismo e, entre os motivos mais comuns que estimulam a vontade de empreender, está a vontade de ganhar muito dinheiro.
2 PERFIL DO EMPREENDEDOR
O perfil do empreendedor está impregnado na busca por inovações e
estratégias advindas de estudos que favorecem o desenvolvimento e influências no meio social. Alguns perfis e peculiaridades encontradas nos diversos perfis de empreendedores: Otimismo: não confunda otimista com sonhador. O otimista sempre espera o melhor e acredita que tudo vai dar certo no final, mas faz de tudo para chegar aos seus objetivos. Isso inclui, claro, mudanças em seu negócio. Já o sonhador não enxerga riscos e, mesmo que seu negócio esteja falindo, continua fazendo a mesma coisa por acreditar cegamente que basta sonhar para realizar. Autoconfiança: acreditar em si mesmo é fundamental para valorizar seus próprios talentos e defender suas opiniões. Assim, esse tipo de empreendedor costuma arriscar mais. Coragem: sem temer fracasso e rejeição, um empreendedor faz tudo o que for necessário para ser bem sucedido. Essa característica não impede que sejam cautelosos e precavidos contra o risco, mas os faz entender a possibilidade de falhar. Persistência e resiliência: motivado, convicto e entusiasmado, um bom empreendedor pode resistir a todos os obstáculos até que as coisas finalmente entrem nos eixos. Ele não desiste facilmente, supera desafios e segue até o fim, sempre perseverante.
O empreendedor que tiver essas características, está em vantagem quando o
assunto é empreendedorismo, mas vale salientar que o mesmo para ter sucesso como empreendedor, precisa ter um bom projeto, investir no planejamento e no plano de negócios. Importante ressaltar que os perfis foram agrupados em três conjuntos: conjunto de comportamentos de planejamento, conjunto de comportamentos de realização e conjunto de comportamentos de poder. Também foram identificadas três características empreendedoras para cada comportamento, as chamadas Características de Comportamentos Empreendedores (CCE). Conjunto Realização, Conjunto Planejamento e Conjunto Poder. Cada comportamento será acompanhado das três respectivas CCEs. Conjunto Realização
a) Comportamento: busca de oportunidades e iniciativa.
CCE 1: Faz as atividades antes de ser solicitado ou antes de ser
forçado pelas circunstâncias. CCE 2: Age para expandir o negócio para novas áreas, produtos ou serviços. CCE 3: Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos e equipamentos e encontrar terrenos, local de trabalho ou assistência.
b) Comportamento: correr riscos calculados.
CCE 1: Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
CCE 2: Age para reduzir os riscos deliberadamente. CCE 3: Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. c) Comportamento: exigência de qualidade e eficiência.
CCE 1: Encontra maneiras de efetuar práticas melhores, mais
rápidas ou mais baratas. CCE 2: Age de maneira a fazer as coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência. CCE 3: Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que atenda a padrões qualidade previamente combinados.
d) Comportamento: persistência.
CCE 1: Age diante de um obstáculo significativo.
CCE 2: Age repetidamente ou muda de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo. CCE 3: Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário à consecução de metas e objetivos. e) Comportamento: comprometimento.
CCE 1: Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço
extraordinário para completar uma tarefa. CCE 2: Colabora com os empregados ou coloca-se no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho. CCE 3: Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo, acima do lucro a curto prazo. Conjunto Planejamento
a) Comportamento: busca de informações.
CCE 1: Dedica-se pessoalmente a obter informações de
clientes, fornecedores ou concorrentes. CCE 2: Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço. CCE 3: Consulta especialistas para obter assessoria técnica comercial.
b) Comportamento: estabelecimento de metas.
CCE 1: Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que
têm significado pessoal. CCE 2: Tem visão de longo prazo, clara e específica. CCE 3: Estabelece objetivos de curto prazo, mensuráveis. Conjunto Poder
a) Comportamento: persuasão e rede de contatos.
CCE 1: Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou
persuadir os outros. CCE 2: Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos. CCE 3: Age para desenvolver e manter relações comerciais.
3 INTREEMPEEDEDORISMO
O intraempreendedorismo, também conhecido como empreendedorismo
corporativo diz respeito à ação empreendedora dentro das organizações praticada por funcionários, criando um ambiente de inovação e criatividade que proporcionará a criação de novas ideias e aumentando de maneira significativa as chances de sucesso dessas organizações. Para tanto, o plano de negócios é indispensável, deve se considerar as forças externas, as possibilidades de investimento, a mensuração dos riscos envolvidos e evitar ao máximo as indefinições. O capital humano é fundamental, como uma empresa pode ser empreendedora se não contratar colaboradores com comportamentos empreendedores. Segundo Dornelas (2015), intraempreendedorismo é o processo pelo qual um indivíduo, ou um grupo de indivíduos associados a uma organização existente, cria uma nova organização ou instiga a renovação ou inovação dentro da organização existente. Em 1967, com Kenneth E. Knight, e, em 1970, com Peter Drucker, foi introduzida ao empreendedorismo a ideia da necessidade de arriscar em algum negócio para montar uma organização. Já em 1985, com Gifford Pinchot III, foi introduzido o conceito de intra-empreendedor, ou seja, uma pessoa empreendedora, mas que trabalha dentro de uma organização. São funcionários que apresentam competências diferenciadas para analisar cenários, criar ou adaptar ideias, promover inovações e, ainda, encontrar novas oportunidades para a sua empresa. O processo intraempreendedor pode ocorrer em qualquer organização, independentemente do seu tamanho ou vocação, podendo direcionar a empresa para novos negócios, assim como para outras atividades e orientações inovadoras, como a criação de novos produtos ou serviços, novas tecnologias, técnicas ou sistemas administrativos mais eficientes, caracterizando, deste modo, uma postura organizacional muito mais competitiva em relação à concorrência. O processo intraempreendedor exige o desenvolvimento das competências de liderança, criatividade e comunicação. REFERENCIAS
DORNELAS, José. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do
empreendedor de sucesso. LTC: São Paulo, 2015.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa. Sextante: São Paulo, 2008.
DORNELAS, José. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do
empreendedor de sucesso. LTC: São Paulo, 2015.
JULIANO, Marcio de Cassio. Relato de uma experiência metodológica para a
disciplina “Empreendedorismo” em um curso de Administração. Disponível em: <http://www.admpg.com.br/ revista2011/artigos/2.pdf>. Acesso em: 12 out. 2021