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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_____ VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE ______________ ESTADO DE ___________.

A, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade


n.____, (inscrito no cadastro de pessoas físicas do Ministério da Fazenda sob o
n.___________, residente e domiciliado na rua _____, n. _____, bairro
_______, Código de endereçamento postal __________, Cidade, Estado, por
seu Advogado que esta subscreve, procuração anexa; vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO EM
FLAGRANTE, com base no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, e sua
combinação, artigo 304, parágrafo 3º, do Código de Processo Penal, pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. DOS FATOS

Consta dos autos de prisão em flagrante, presidido pelo Delegado de


Polícia que o Requerente, durante tiroteio com a polícia, foi ferido
não mão direita e como portava entorpecentes ilegalmente, foi preso
e autuado em flagrante. No entanto, por estar ferido, não teria
conseguido assinar o Auto de Prisão em Flagrante, oportunidade em
que, a Autoridade Policial determinou que um funcionário da
Delegacia assinasse a rogo o referido Auto.

Independente de discutir a autoria do delito, resta claro que a prisão


do Requerente é totalmente ilegal, haja vista ter ocorrido uma nítida
irregularidade formal na lavratura do Auto de Prisão em Flagrante,
vez que este não foi assinado por duas testemunhas como determina
o Código de Processo Penal. Senão Vejamos:

II. DO DIREITO

Preceitua o artigo 304, parágrafo 3º, do Código de Processo Penal


que: "quando o acusado se recusar a assinar, não souber, ou não
puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas
testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste”.
Assim, torna-se nítido que a Prisão em Flagrante do Requerente não
se amolda ao mandamento processual, o que a torna de manifesta.
À luz do expedido, é de concluir que não merece prosperar o
flagrante.

Caso assim não se entenda, trata-se de evidente hipótese de


concessão de liberdade provisória.

Com efeito, segundo o art. 310, parágrafo único, nos seus caso
esteja presente uma das situações descritas no art. 23 do CP
(excludentes de ilicitude) o Juiz, ao tomar conhecimento do flagrante,
concederá liberdade provisória, mediante termo de comparecimento
a todos os atos do processo, sob pena de revogação.

Dessa forma, bem caracterizado o direito do Requerente à Liberdade


Provisória.

III. DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja deferido o presente pedido de


relaxamento da prisão em flagrante imposta ao Requerente, com
fundamento no art. 5.º, LXV, da CF/1988 ou, caso Vossa Excelência
assim não entenda, que seja concedida a Liberdade Provisória, nos
termos do art. 310, parágrafo único do mesmo codex, expedindo-se o
competente alvará de soltura em seu favor, como medida de inteira
justiça.

Termos em que pede indeferimento.

( Local), (Data).

(Advogado)
OAB/Nº

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