A propósito da obra de Padre António Vieira, podes fazer a tua oral sobre a figura de
Santo António. Quem foi este HOMEM, vida e obra.
Hoje vou falar do autor de uma obra que terminamos de
ler este ano “Sermão de Santo António dos Peixes ”-Padre António Vieira. Escolhi este tema visto que fiquei curiosa, quando lemos a obra, por saber mais acerca deste autor, considerado por Fernando Pessoa como o Imperador língua portuguesa. Começo por apresentar Vieira, segundo a perspetiva de Saramago que afirmou que o “Português é uma língua que nunca foi mais bela do que quando a escreveu esse jesuíta”. Partindo da visão de Saramago, Vieira nasceu dia 6 de fevereiro de 1608,em Lisboa. Partiu para o Brasil em 1614 com a família e estabeleceu se na Bahia, onde chegou a exercer a profissão de escrivão. Mais tarde, ingressou no colégio dos jesuítas em Salvador e iniciou a carreira de pregador em 1633.Regressou a Portugal, participando ativamente na vida política, defendendo os cristão novos (judeus obrigados a converter se em cristão) e com isto, despertou o odio da Inquisição. Foi conselheiro de D. João IV e representou Portugal nas relações económicas e politicas com vários países. De volta ao Brasil, estabeleceu -se no Maranhão e dedicou se a evangelizar os índios, defendendo -os dos clones. Por ter tomado esta posição, foi expulso do Brasil em conjunto com todos os jesuítas. Regressou novamente a Portugal onde foi perseguido pela Inquisição. Após o perdão, foi para Roma onde continuou as pregações. Morreu em 1697,no colégio da Bahia. Relativamente à obra de Vieira, esta insere-se no período do Barroco e, por isso, apresenta características típicas desta correte literária, como: uma linguagem metafórica; o uso do vocabulário rebuscado; a alusão a temáticas religiosas; o recurso a inversões sintáticas e a constante intertextualidade com passagens bíblicas. Não nos podemos esquecer que se serve da palavra para criticar as desigualdades sociais, revelando-se um verdadeiro humanista que, como alguém afirmou: “Faz da palavra a matéria-prima do seu ofício”. A palavra tinha, aliás, um papel fundamental na obra de Vieira: Primeiro-ensinar o ouvinte (docere);segundo deslumbrá-lo (delectar);terceiro-influenciar os seus comportamentos (movere). Algumas das suas obras mais conhecidas são: “Sermão de Santo António aos Peixes”, “Sermão do Sexagésimo” e “Sermão do Rosário”. Partilho agora convosco duas afirmações atribuídas ao autor para reflexão de todos: “Todos cuidam da reputação, mas não da consciência”; “A boa educação é de ouro, em toda a parte tem valor”. Concluo a minha apresentação, afirmando que Vieira foi um Homem á frente do sem tempo pois, as temáticas por si tratadas e os problemas sociais que o preocupavam continuam nos dias de hoje a ser preocupantes e atuais. Para além disso, há que salientar a sua dedicação ao bem dos outros, sobretudo dos mais frágeis, optando por incomodar o poder estabelecido, não temendo as consequências negativas que isso acarretou. Penso que é um verdadeiro exemplo o seguir.