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A evolução da cooperação e-book

Preprint · January 2021


DOI: 10.13140/RG.2.2.19938.35521

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Murillo De Oliveira Dias


Fundação Getulio Vargas
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A evolução da
cooperação

Prof. Murillo Dias, DSc


A Evolução da Cooperação

REFERÊNCIA: AXELROD, R. A Evolução da Cooperação. Rio de Janeiro: Leopardo, 2010, pp 117-18 e 126-

127.

Como promover a Cooperação (Capítulo 7)

ESTE CAPÍTULO considera a perspectiva de um reformador e questiona coomo a

situação estratégica pode ser transformada para promover a cooperação entre os

jogadores. O capítulo anterior abordou uma perspectiva diferente, em que o problema era

como aconselhar um indivíduo que se encontrava em determinada circunstância. Quando

a situação estratégica permitia interações continuadas entre os indivíduos, a maioria das

recomendações apontava as razões por que um egoísta deveria cooperar, mesmo

havendo um incentivo no curto prazo para não cooperar. Porém, se a interação não fosse

duradoura, um egoísta desertaria, pois estaria em melhor posição para obter os

benefícios no curto prazo. Por outro lado, este capítulo não considera uma determinada

situação estratégica. Ao contrário, questiona como seria possível promover a cooperação

por meio de mudanças na própria situação estratégica, por exemplo, aumentando a

importância do futuro.

Prof. Murillo Dias, DSc


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A Evolução da Cooperação

Geralmente considera-se a coooperação como algo positivo. Essa é a abordagem natural

quando considerada sob a perspectiva dos jogadores. Afinal de contas, a cooperação mútua é

positiva para ambos os jogadores no Dilema do Prisioneiro, e por isso, este capítulo foi escrito

do ponto de vista de como promover a cooperação. No entanto, conforme descrito

anteriormente, há situações em que uma pessoa faz exatamente o oposto. Para impedir que as

empresas fixem os preços, ou para evitar que possíveis inimigos coordenem suas ações, a

abordagem poderia ser transformada no oposto, para não promover a cooperação.

Prof. Murillo Dias, DSc


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A Evolução da Cooperação

O Dilema do Prisioneiro é indicado para essas situações. A história original funciona da seguinte forma: dois

suspeitos de um crime são presos pela polícia e interrogados separadamente, pois a polícia não tem provas

suficientes para condená-los. Um deles pode desertar, confessando, e esperar uma pena mais leve. Porém,

se ambos confessarem, serão condenados. Por outro lado, se cooperarem entre si e não confessarem,

serão condenados a uma pena menor.

Supondo que nenhum dos jogadores tenha escrúpulos, medo ou delação, as recompensas podem constituir

o Dilema do Prisioneiro (Luce e Raiffa, 1957, pp.94-95). Do ponto de vista social é inquestionável que os dois

suspeitos tenham pouca probabilidade de serem pegos novamente na mesma situação, pois esse é o exato

motivo pelo qual a traição é vantajosa para ambos.

Enquanto a interação não for iterada (repetida) , é muito difícil conseguir a cooperação. Por isso, uma maneira

importante para promover a cooperação é fazer com que os mesmos indivíduos voltem a se encontrar,

sejam capazes de se reconhecer, e de se lembrar qual foi o comportamento do outro até o momento. Essa

interação continuada é o que torna possível a estabilidade da cooperação baseada na reciprocidade. A

recomendação para promover a cooperação mútua, divide-se em três categorias: aumentar a importância do

futuro em relação ao presente; alterar as recmpensas dos jogadores a partir dos quatro resultados possíveis,

numa jogada; e ensinar aos jogadores valores, exemplos, e práticas que irão promover a cooperação.

Ensinar as pessoas a se importar umas com as outras

UMA ÓTIMA MANEIRA de promover a cooperação na sociedade é ensinar as pessoas a cuidar do bem-

estar das outras. Pais e professores despendem um esforço tremendo para ensinar às crianças o valor da

felicidade dos outros. Em termos de teoria dos jogos, isso significa que os adultos tentam moldar os valores

das crianças para que as preferências dos novos cidadãos incorporem não apenas seu próprio bem-estar

individual, mas pelo menos em certa medida, o bem-estar dos outros. Sem dúvida, uma sociedade

constituída por pessoas tão atenciosas terá muito mais facilidade em manter a cooperação entre seus

membros, mesmo quando se encontram numa situação do Dilema do Prisioneiro.

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A Evolução da Cooperação

Um bom termo para denominar o fenômeno da utilidade de uma pessoa sendo positivamente

influenciada pelo bem-estar de outra é altruísmo. O altruísmo é, portanto, um motivo para a ação.

Deve-se reconhecer, entretanto, que certos tipos de comportamento aparentando generosidade

ocorrem, na verdade, por motivos muito diferentes. Por exemplo, as doações muitas vezes são feitas

devido à aprovação social obtida e não pelo desejo genuíno de auxiliar os menos afortunados. E

tanto nas sociedades modernas quanto nas tradicionais, a doação é provavelmente parte de um

processo de troca. O motivo pode ser mais para criar uma obrigação, que para melhorar o bem-estar

do beneficiário (Blau, 1968).

Do ponto de vista da genética da evolução biológica, o altruísmo pode ser mantido entre parentes.

Uma mãe que arrisca a própria vida para salvar alguns de seus descendentes, pode aumentar as

chances de que cópias de seus genes sobreviverão. Essa é a base da teoria do parentesco genético

(...).

Prof. Murillo Dias, DSc


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A Evolução da Cooperação

O altruísmo entre as pessoas pode ser mantido por meio da socialização, no entanto, há um

sério problema. Um indivíduo egoísta recebe os benefícios devido ao altruísmo de outro, e não

pode pagar os cutos do bem-estar, não retribuindo a generosidade. Todos nós conhecemos

pirralhos mimados, pessoas que esperam que as outras sejam atenciosas e generosas, mas

que não pensam nas necessidades de ninguém, a não ser nas suas. Essas pessoas precisam

ser tratadas de forma diferente daquelas mais atenciosas, para não sermos explorados por

elas. Esse modo de pensar sugere que os custos do altruísmo podem ser controlados sendo

altruísta com todos inicialmente, e, depois apenas com aqueles que apresentam sentimentos

semelhantes. Isso faz com que, rapidamente, a pessoa retorne à reciprocidade como base da

cooperação.

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Sobre o Autor

Prof. Murillo Dias é Doutor em Administração pela Rennes School of Business, França, cujo diploma

foi convalidado no Brasil pela COPPEAD/UFRJ. Mestre em Administração pela FGV/EBAPE. MBA

em Gestão Empresarial pela FGV-RJ, graduado em Engenharia Eletrônica pelo CEFET-RJ. 

Possui como seguintes certi฀cações internacionais: PMP, MBTI I e II e Thomas DISC. Experiência

pro฀ssional de mais de 20 anos, sendo 5 desenvolvidos na administração pública, onde foi

presidente da Comissão de Licitação da FENORTE, RJ.  Empresário do ramo de tecnologia há mais

de 20 anos. Professor convidado e coordenador de cursos da FGV. Atuou em consultorias ou

treinamentos junto às seguintes empresas: White Martins, SICOOB, Semp Toshiba, Grupo Brasif,

Sharp, Ricoh, Penn Foster, Gol Grupo, ESSEC (França, FGV- DINT, Duas Rodas, Machado Meyer,

Mitsui, AASP, FIAT, IFA (Agência de Investimentos na França, Ogilvy, Eletrobrás, Furnas, Embraer,

White Martins, Chemtech- Siemens, Radix, Engenharia SICREDI, CRESOL, SESCOOP, UNIMED,

AURORA Alimentos, Petrobrás, entre outras.  

Autor de cursos, livros e mais de 100 artigos publicados em 20 países. Recebeu ao todo 15

premiações - destaque para a premiação concedida pela Columbia Unversity (EUA) em 2013.

Tradutor e Revisor. Leciona a disciplina de Negociações Internacionais e técnicas de Planejamento

na Rennes School of Business, França.

É membro da International Association for Conflict Management-IACM (EUA) e faz parte dos

seguintes conselhos editoriais: London Journal Press (Reino Unido); Journal of Research and

Literature (EUA); Institute of Scholars e Deccan Business Review (Índia).

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Premiações

1. Prêmio Distinct Scientist. Prêmio Internacional de Cientistas 2021, na India 

2. Lifetime Achievement Award, no International Scientists Award 2020, por VDGOOD (ÍNDIA)

3. Premiado como Melhor Professor Internacional dos Anos, pelos RULA Awards, Research

Peace Award do Ano 2020 (ÍNDIA)  

4. 5 e 6. Premiado como Professor Emérito em 2020 pela FGV Brasília (em três turmas

distintas)  

7. Premiado como Melhor e Mais Inovador Professor em Administração de Empresas pela

RULA Awards, Prêmio Research Peace do Ano 2019 (ÍNDIA)  

8. Recebeu o prêmio de melhor professor de 2019 pela International Awards Conference do

International Journal of Management & Social Studies - INSc (ÍNDIA)  

9. Premiado como Melhor Educador em 2019 pela International Association of Research and

Development Association (IARDO), em parceria com a Vedant College of Engineering and

Technology (INDIA)  

10.Premiado como Melhor Pesquisador em Ciências Sociais em 2019 pela International

Association of Research and Development Association (IARDO), em parceria com a Vedant

College of Engineering and Technology (INDIA)  

11.Premiado como Professor Destaque em 2018 pela FGV São Paulo  

12.Premiado como Professor Destaque em 2018 pela FGV Brasília  

13.Premiado como Melhor Professor em 2015 pela Gestão da FGV  

14.Primeiro brasileiro a receber o prêmio Consórcio Avançado de Cooperação, Conflito e

Complexidade (AC4), pela Columbia University em 2013 (EUA).  

15.Premiado como ProfessorDestaque em 2012 pela Direito Rio - FGV

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Livros Publicados

1) Dias, M. Os Quatro tipos de Negociação. Edição do autor, 2020 1  

2) Dias, M. Os Setes Mitos da Negociação. Edição do autor, 2020  

3) Dias, M. As Cinco Etapas da Negociação. Edição do autor, 2020, 3ª. Edição  

4) Dias (2020) Seven Myths About Negotiation. Rio de Janeiro: Author1s edition.  

5) Dias, M. (2020). The Four-Type Negotiation Matrix. In Berghaus, E. (Ed.), Principles,

Fundamentals and Practice of Management (Volume 4). Zittau, Germany: Weser Books.  

6) Dias, M. (2020). In Fedorov, S. (Ed.), When You Don’t See the Other Party: Business

Asynchronous Negotiations on Intangible Assets. Research Trends in Multidisciplinary

Research and Development (Volume 6, pp.13-26). Zittau, Germany: Weser Books.

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Livros Publicados

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