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All content following this page was uploaded by Murillo De Oliveira Dias on 13 January 2021.
REFERÊNCIA: AXELROD, R. A Evolução da Cooperação. Rio de Janeiro: Leopardo, 2010, pp 117-18 e 126-
127.
jogadores. O capítulo anterior abordou uma perspectiva diferente, em que o problema era
havendo um incentivo no curto prazo para não cooperar. Porém, se a interação não fosse
benefícios no curto prazo. Por outro lado, este capítulo não considera uma determinada
importância do futuro.
quando considerada sob a perspectiva dos jogadores. Afinal de contas, a cooperação mútua é
positiva para ambos os jogadores no Dilema do Prisioneiro, e por isso, este capítulo foi escrito
anteriormente, há situações em que uma pessoa faz exatamente o oposto. Para impedir que as
empresas fixem os preços, ou para evitar que possíveis inimigos coordenem suas ações, a
O Dilema do Prisioneiro é indicado para essas situações. A história original funciona da seguinte forma: dois
suspeitos de um crime são presos pela polícia e interrogados separadamente, pois a polícia não tem provas
suficientes para condená-los. Um deles pode desertar, confessando, e esperar uma pena mais leve. Porém,
se ambos confessarem, serão condenados. Por outro lado, se cooperarem entre si e não confessarem,
Supondo que nenhum dos jogadores tenha escrúpulos, medo ou delação, as recompensas podem constituir
o Dilema do Prisioneiro (Luce e Raiffa, 1957, pp.94-95). Do ponto de vista social é inquestionável que os dois
suspeitos tenham pouca probabilidade de serem pegos novamente na mesma situação, pois esse é o exato
Enquanto a interação não for iterada (repetida) , é muito difícil conseguir a cooperação. Por isso, uma maneira
importante para promover a cooperação é fazer com que os mesmos indivíduos voltem a se encontrar,
sejam capazes de se reconhecer, e de se lembrar qual foi o comportamento do outro até o momento. Essa
recomendação para promover a cooperação mútua, divide-se em três categorias: aumentar a importância do
futuro em relação ao presente; alterar as recmpensas dos jogadores a partir dos quatro resultados possíveis,
numa jogada; e ensinar aos jogadores valores, exemplos, e práticas que irão promover a cooperação.
UMA ÓTIMA MANEIRA de promover a cooperação na sociedade é ensinar as pessoas a cuidar do bem-
estar das outras. Pais e professores despendem um esforço tremendo para ensinar às crianças o valor da
felicidade dos outros. Em termos de teoria dos jogos, isso significa que os adultos tentam moldar os valores
das crianças para que as preferências dos novos cidadãos incorporem não apenas seu próprio bem-estar
individual, mas pelo menos em certa medida, o bem-estar dos outros. Sem dúvida, uma sociedade
constituída por pessoas tão atenciosas terá muito mais facilidade em manter a cooperação entre seus
Um bom termo para denominar o fenômeno da utilidade de uma pessoa sendo positivamente
influenciada pelo bem-estar de outra é altruísmo. O altruísmo é, portanto, um motivo para a ação.
ocorrem, na verdade, por motivos muito diferentes. Por exemplo, as doações muitas vezes são feitas
devido à aprovação social obtida e não pelo desejo genuíno de auxiliar os menos afortunados. E
tanto nas sociedades modernas quanto nas tradicionais, a doação é provavelmente parte de um
processo de troca. O motivo pode ser mais para criar uma obrigação, que para melhorar o bem-estar
Do ponto de vista da genética da evolução biológica, o altruísmo pode ser mantido entre parentes.
Uma mãe que arrisca a própria vida para salvar alguns de seus descendentes, pode aumentar as
chances de que cópias de seus genes sobreviverão. Essa é a base da teoria do parentesco genético
(...).
O altruísmo entre as pessoas pode ser mantido por meio da socialização, no entanto, há um
sério problema. Um indivíduo egoísta recebe os benefícios devido ao altruísmo de outro, e não
pode pagar os cutos do bem-estar, não retribuindo a generosidade. Todos nós conhecemos
pirralhos mimados, pessoas que esperam que as outras sejam atenciosas e generosas, mas
que não pensam nas necessidades de ninguém, a não ser nas suas. Essas pessoas precisam
ser tratadas de forma diferente daquelas mais atenciosas, para não sermos explorados por
elas. Esse modo de pensar sugere que os custos do altruísmo podem ser controlados sendo
altruísta com todos inicialmente, e, depois apenas com aqueles que apresentam sentimentos
semelhantes. Isso faz com que, rapidamente, a pessoa retorne à reciprocidade como base da
cooperação.
Prof. Murillo Dias é Doutor em Administração pela Rennes School of Business, França, cujo diploma
foi convalidado no Brasil pela COPPEAD/UFRJ. Mestre em Administração pela FGV/EBAPE. MBA
Possui como seguintes certicações internacionais: PMP, MBTI I e II e Thomas DISC. Experiência
treinamentos junto às seguintes empresas: White Martins, SICOOB, Semp Toshiba, Grupo Brasif,
Sharp, Ricoh, Penn Foster, Gol Grupo, ESSEC (França, FGV- DINT, Duas Rodas, Machado Meyer,
Mitsui, AASP, FIAT, IFA (Agência de Investimentos na França, Ogilvy, Eletrobrás, Furnas, Embraer,
White Martins, Chemtech- Siemens, Radix, Engenharia SICREDI, CRESOL, SESCOOP, UNIMED,
Autor de cursos, livros e mais de 100 artigos publicados em 20 países. Recebeu ao todo 15
premiações - destaque para a premiação concedida pela Columbia Unversity (EUA) em 2013.
É membro da International Association for Conflict Management-IACM (EUA) e faz parte dos
seguintes conselhos editoriais: London Journal Press (Reino Unido); Journal of Research and
2. Lifetime Achievement Award, no International Scientists Award 2020, por VDGOOD (ÍNDIA)
3. Premiado como Melhor Professor Internacional dos Anos, pelos RULA Awards, Research
4. 5 e 6. Premiado como Professor Emérito em 2020 pela FGV Brasília (em três turmas
distintas)
9. Premiado como Melhor Educador em 2019 pela International Association of Research and
Technology (INDIA)
4) Dias (2020) Seven Myths About Negotiation. Rio de Janeiro: Author1s edition.
Fundamentals and Practice of Management (Volume 4). Zittau, Germany: Weser Books.
6) Dias, M. (2020). In Fedorov, S. (Ed.), When You Don’t See the Other Party: Business