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A sexualidade é uma parte integrante da vida de cada indivíduo que contribui para a sua identidade ao
longo de toda a vida e para o seu equilíbrio físico e psicológico.
A sexualidade é "uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade, que se
integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo
tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia
também a nossa saúde física e mental" (OMS, 1992).
“É impossível falar em sexualidade sem recordar a herança cultural que recebemos dos antepassados,
incluindo os aspetos morais que determinaram em cada época quais os padrões de sexualidade
considerados normais.” (Telarolli, apud. Kupstas, 2000).
Neste sentido, para compreender a sexualidade, é necessário um olhar multidimensional sobre o ser
humano, visto que cada indivíduo possui interesses próprios, sentimentos e atitudes que são
influenciados pelas perceções particulares ou coletivas do período vivido.
No início da Idade Moderna, com o Renascimento, pode-se perceber uma certa tendência à maior
libertação nas condutas sexuais. O divórcio total entre a fé e a razão experimentado coloca o homem no
centro da reflexão humanista. Essa moral individual preservava a liberdade e tudo que permitisse ao
homem uma escolha racional do bem. A nova conceção de Homem e de sexualidade passa a ser
expressa inclusive através da arte. No entanto, com o advento da Reforma Protestante e da
Contrarreforma Católica, mais uma vez a religiosidade cerca e determina os rumos e a formação do
conceito de sexualidade.
Estudo da sexualidade
"Uma preparação atempada, consciente e refletida para uma Maternidade/Paternidade deverá fazer
parte do projeto de vida individual, mas também do casal. A escola pode contribuir para a
consciencialização da responsabilidade da maternidade/paternidade e deve propiciar os meios e a
informação adequados para que cada aluno se aperceba das implicações de, no futuro, vir a ter e/ou a
cuidar de uma criança. A decisão de alguém ter um filho deve ser previamente pensada. Implica
mudanças na vida, e poderá implicar alterações nos comportamentos quotidianos.
A capacidade de assumir uma atitude “crítica”, relativa às diferentes perspetivas que a sociedade tem
perante a gravidez, e a parentalidade, assume também especial importância."
https://ensina.rtp.pt/artigo/a-gravidez-na-adolescencia/
A dignidade está vinculada à ideia de que cada pessoa detém um valor intrínseco, sendo que a mesma
desfruta de uma posição especial no Universo, não podendo ser considerada como meio, mas sim como
fim em si mesmo. Assim, alguém é digno quando detentor de direitos e garantias fundamentais, dentro
de uma determinada sociedade, devendo o homem ser respeitado pelos seus pares, como também ter
especial proteção por parte do Estado.
Proteção da liberdade sexual: Qualquer aversão à manifestação da orientação afetiva sexual bem como
a identidade de género de uma pessoa, viola a integridade física, psíquica e moral da vítima, afetando
diretamente os direitos personalíssimos e a dignidade da pessoa humana.
https://dre.pt/legislacao-consolidada/-/lc/107981223/201708230100/73474071/diploma/indice
Em Ct 8,6-7 está patente a experiência do povo bíblico que descobre no amor humano uma imagem do
amor de Deus, que ama o Seu povo com um amor que é um amor apaixonado, como o que une os
esposos. Pretende-se que as pessoas deem conta da sacralidade do amor humano, no qual os crentes
descobrem o amor divino. A partir das comparações utilizadas pelo texto pretende-se salientar a força
divina que o povo bíblico descobre no amor.
Já em Cor 13, descortina-se o amor como realidade ao mesmo tempo transcendente e humana. Num
diálogo e comentário deste texto, podemos recordar que o amor cristão é entendido à luz do
paradigma Jesus Cristo, e que vai até ao amor do inimigo, e que traz consigo a capacidade de perdoar,
ou seja um amor que não é apenas atitude passiva ou contemplativa, mas que é ação na vida do crente.
Devemos também reconhecer o amor como ligação da família humana.
A ousadia de apresentar o ser humano como imagem de Deus, homem e mulher, é uma novidade
bíblica, em relação às culturas circundantes. Mais ainda, a própria imagem de Deus é diversas vezes
descrita a partir do amor humano. Um amor que deseja o Seu povo, ao ponto de consequentemente o
procurar, o encontrar e se fazer homem, dando a vida. Sendo, assim, totalmente amor gratuito e
disposto a perdoar. Precisamente, no sentido em que se apresenta o ser humano como imagem de
Deus, pode apresentar-se o amor humano como imagem do amor de Deus. «O modo de Deus amar
torna-se medida do amor humano». E se é medida, com razão é imagem, porque toda a imagem toma
a sua própria consistência e a sua própria razão de ser do original que reproduz. Cremos, assim, que
esse original do amor humano é o amor de Deus.