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Análise de acidente de trabalho em cozinha industrial a

partir de uma imagem

Analisando a partir de imagens, percebe-se o ato inseguro do funcionário na realização da


manutenção do refrigerador. Com certeza este é o fator principal e gerador do acidente.
Contudo não se esgota as potencialidades geradoras de acidente nesta imagem, conforme
abordarei a seguir: O funcionário não está vestindo uniforme adequado. Pode ser que ele
esteja fazendo a manutenção em um componente elétrico utilizando manga curta, bermuda e
um tipo de sandália, sem nenhum tipo de isolamento ou proteção (ainda que o equipamento
possa estar desenergizado) com o braço exposto naquela posição, há o aumento do
desconforto de ter o braço apoiando o corpo sobre o revestimento do refrigerador. Um
possível choque ou tentativa de melhorar a posição desconfortável pode ter levado ao
desequilíbrio e imediata queda; O local demonstra claramente não ser o ideal para a realização
da tarefa, pois não oferece espaço suficiente além de que atrás dele a bancada se transforma
num potencial agravante da queda, caso ela ocorra para trás do sujeito em questão; O ato
inseguro é caracterizado pela ausência de uma escada que dê a sustentação ideal para acessar
o alto do refrigerador em segurança, e também é potencializado pelo corpo do funcionário
estar totalmente apoiado no equipamento estando “pendurado” no mesmo, com os pés na
gaveta interna do refrigerador dando um frágil equilíbrio ao funcionário em questão, sendo
esta frágil gaveta a única opção de segurança em caso de perda da sustentação, escorregão ou
desequilíbrio. A quebra desta gaveta pode ter gerado o desequilíbrio e conseqüente perda de
sustentação ocasionando a queda.

Partindo dos funcionários que estavam próximos do local do acidente, conforme mostra a
imagem e considerando a pouca ou nenhuma capacitação em atendimento de primeiros
socorros, eles devem imediatamente entrar em contato com o setor de segurança do trabalho
e comunicar o acidente. Visto que esse primeiro contato foi realizado, a instrução que os
funcionários deveriam conhecer por treinamentos como DDS ou caso não o tenham, cabe ao
pessoal capacitado da segurança do trabalho, iniciar ações como: realizar o isolamento da área
onde ocorreu o acidente, tendo o cuidado de verificar se o local não corre o risco de piorar a
situação no entorno, como por exemplo risco de incêndio por curto circuito do equipamento
em manutenção no momento do acidente, estabilidade do refrigerador sem o risco de queda
desta máquina ou de objetos sobre a vítima ou socorrista que atenderá o acidentado,
mantendo desta forma o local seguro tanto para a vítima quanto para quem realizar o socorro
adequado do acidentado. Em seguida é necessário verificar se existe sangue no entorno da
vítima ou se há outros ferimentos como fratura, sem mexer na vítima do acidente. Esta
visualização da vítima trará informações completas para o atendimento ser realizado de forma
que atenda eficientemente a vítima. Estando convicto da integridade física da vítima é então
necessário verificar o nível de consciência em que se encontra, tentando conversar com ela
mantendo-a calma. Primeiramente verificar no entorno da vítima possíveis objetos ou
substâncias que possam agravar a sua situação ou pôr em risco o socorrista. Neste caso
percebe-se o pouco espaço disponível, portanto é fundamental manter o local acessível ao
socorrista, desta forma devo impedir que se formem aglomerações ou que haja obstáculos
para acesso pelo socorrista à vitima, solicitando que pessoas estranhas ao incidente não se
aproximem, tudo de maneira tranqüila, mantendo a calma sem causar pânico.

Com uma visualização rápida do local da queda, devo perceber quais foram os fatores
causadores do acidente para que ninguém mais venha correr o mesmo risco. Então continuo
atento a evolução do atendimento quando da chegada do socorro especializado, monitorando
o local. Quanto a vítima, devo observar se há obstrução da respiração, seja por objeto como
dentadura ou prótese, seja por sangue. Neste caso é imprescindível manter as vias aéreas
desobstruídas abrindo a boca e removendo objeto, sangue ou qualquer corpo estranho.
Manter cuidadosamente o queixo erguido facilitando a passagem de ar. Neste caso de
inconsciência é importante eliminar o risco de afogamento, colocando a vítima de lado e
tentando se comunicar com ela percebendo se ela reage ou sente dor.. Caso não haja
obstrução das vias aéreas, ainda assim devo atentar para o nariz e boca além do tórax que
deve indicar movimentos típicos da respiração, percebendo se está respirando ou não. Caso
não esteja respirando: iniciar massagem cardiorrespiratória. Também é necessário tomar
conhecimento da circulação sanguínea verificando o pulso da vítima com dois dedos na base
do polegar, na artéria radial ou na artéria carótida no pescoço. Estando a vítima com sinais
vitais em funcionamento,

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