Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOTA............................................................................................................................... 5
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ........................................................................................ 6
LEI Nº 5.970/1973 ....................................................................................................................6
CTB ...........................................................................................................................................7
DOS CRIMES DE TRÂNSITO ..................................................................................................7
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CTB ............................................................................14
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO .............................................................................14
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA....................................................18
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS.............................21
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS .....................22
DO CIDADÃO .........................................................................................................................22
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO ...................................................................................23
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO ........................................................................................23
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALIZAÇÃO E DO
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO .....................................................................24
DOS VEÍCULOS .....................................................................................................................24
DA HABILITAÇÃO ..................................................................................................................30
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO (PRINCIPAIS) ..........................................................................31
DAS PENALIDADES ..............................................................................................................45
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS .............................................................................................49
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO .....................................................................................52
RESOLUÇÕES DO CONTRAN ESSENCIAIS PARA A PROVA ...........................................52
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................ 73
NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ...............................................................73
ATO ADMINISTRATIVO .........................................................................................................74
AGENTES PÚBLICOS ............................................................................................................76
PODERES ADMINISTRATIVOS ............................................................................................82
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA ............................................................................83
LICITAÇÕES...........................................................................................................................83
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .....................................................................84
PRINCÍPIOS ...........................................................................................................................84
DIREITO CONSTITUCIONAL....................................................................................... 85
2
PODER CONSTITUINTE ........................................................................................................85
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ........................................................................88
DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA E DIREITOS POLÍTICOS ...............93
PODER EXECUTIVO ..............................................................................................................94
UNIÃO – BENS E COMPETÊNCIAS .....................................................................................96
FORÇAS ARMADAS ..............................................................................................................99
SEGURANÇA PÚBLICA ........................................................................................................99
SEGURIDADE SOCIAL ........................................................................................................100
FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE, JOVEM E IDOSO..................................................101
MEIO AMBIENTE .................................................................................................................101
DOS ÍNDIOS .........................................................................................................................102
DIREITO PENAL ......................................................................................................... 103
PRINCÍPIOS BÁSICOS ........................................................................................................103
APLICAÇÃO DA LEI PENAL................................................................................................105
O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS ..............................................................................106
ILICITUDE ............................................................................................................................109
CULPABILIDADE .................................................................................................................113
PUNIBILIDADE E CAUSAS DE EXTINÇÃO ........................................................................115
CRIMES CONTRA A PESSOA.............................................................................................116
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO....................................................................................117
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE PESSOAL (O MAIS RELEVANTE) ...............................118
CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA ..............................................................120
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ......................................................................................121
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................123
DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................... 126
AÇÃO PENAL .......................................................................................................................126
TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (LEI Nº 9.099/1995) ............................128
DAS PROVAS .......................................................................................................................130
PRISÃO .................................................................................................................................133
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ...............................................................................................135
DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS......................................................................................136
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ........................................................................................... 137
LEI Nº 5.553/1968 (APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTOS E LEI Nº 12.037/2009
(IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO CIVILMENTE IDENTIFICADO) .....................................137
LEI Nº 8.069/1990 (ECA – PRINCIPAIS ASPECTOS PARA A PRF) ..................................138
LEI Nº 8.072/1990 (CRIMES HEDIONDOS - ASPECTOS ESSENCIAIS)...........................139
DECRETO N. 1.655/1995 E DECRETO 8.662/2019 (COMPETÊNCIA DA PRF) ...............140
3
LEI 9.099 (JUÍZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS) – ASPECTOS RELEVANTES.143
LEI 9.455/98 (CRIMES DE TORTURA)................................................................................144
LEI Nº 9.605/1998 E SUAS ALTERAÇÕES: CAPÍTULOS III E V........................................145
LEI Nº 10.826/2003 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO) .................................................146
LEI Nº 11.343/2006 (DROGAS) ............................................................................................149
LEI Nº 12.850/2013 (ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA) ..........................................................153
LEI 13.675/2018 (ORGANIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS DA SEGURANÇA PÚBLICA) .............155
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE – PRINCIPAIS DISPOSITIVOS COM
PERTINÊNCIA PARA A PRF) ..............................................................................................156
DIREITOS HUMANOS ................................................................................................ 160
DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL .....................................................160
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS
HUMANOS ...........................................................................................................................161
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS .................................................162
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS.............................................163
LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................. 167
INFORMÁTICA ........................................................................................................... 169
ÉTICA E CIDADANIA ................................................................................................. 179
ÉTICA X MORAL ..................................................................................................................179
POLÍTICA DE GOVERNANÇA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (DECRETO Nº
9.203/2017) – PRINCIPAIS ASPECTOS ..............................................................................179
PROMOÇÃO DA ÉTICA E DE REGRAS DE CONDUTA PARA SERVIDORES. CÓDIGO DE
ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO
FEDERAL (DECRETO Nº 1.171/1994).................................................................................181
SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL E COMISSÕES DE
ÉTICA (DECRETO Nº 6.029/2007).......................................................................................182
CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL (EXPOSIÇÃO DE
MOTIVOS Nº 37/2000) – PRINCIPAIS PONTOS.................................................................184
ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA CIDADANIA. PROMOÇÃO DA
TRANSPARÊNCIA ATIVA E DO ACESSO À INFORMAÇÃO (LEI Nº 12.527/2011 E
DECRETO Nº 7.724/2012). ..................................................................................................186
DECRETO Nº 7.724/2012 ....................................................................................................188
TRATAMENTO DE CONFLITOS DE INTERESSES E NEPOTISMO (LEI Nº 12.813/2013 E
DECRETO Nº 7.203/2010) – PRINCIPAIS REGRAMENTOS..............................................189
DECRETO Nº 7.203/2010 (PRINCIPAIS REGRAMENTOS) ...............................................191
GEOPOLÍTICA ............................................................................................................ 192
LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................................................................ 197
INGLÊS .................................................................................................................................197
ESPANHOL...........................................................................................................................198
4
NOTA
1. O Resumão é um material desenvolvido para elevar sua nota em até 30 pontos
líquidos na prova da PRF, focando em um texto objetivo e enxuto, que deve ser
memorizado pelo candidato. Na última prova da PRF, acertamos dezenas de
questões da prova como Resumão.
2. Nesta edição, colocamos apenas os tópicos mais relevantes das matérias mais
relevantes. O objetivo não é abordar tudo, mas sim o que for relevante para a prova.
3. O material foi elaborado focando, principalmente, na pertinência temática do cargo
da PRF e naquilo que tem maior chance de ser cobrado em prova.
4. Trata-se de um material que tem por objetivo fazer com que você estude
rapidamente os tópicos com maior probabilidade para a prova da PRF, sobretudo
quando restam poucos dias para a prova.
5. Leia, releia e faça anotações. Preocupe-se em memorizar os conceitos, mesmo que
não façam sentido para você.
Possui alguma observação a fazer sobre o material? Deixe aqui seu comentário:
https://forms.gle/z9ZrDdmn3VNBnnGY8
5
Observação: a aplicação desse regramento é bastante rotineira no trabalho
do PRF. Muitas vezes, a permanência do veículo na via pode acarretar
outros acidentes.
Trata-se de um tópico com bastante potencial de aparecer na prova.
CTB
DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Disposições Gerais
§ Quando o agente cometer crime de lesão corporal culposa e estiver nas situações
abaixo, não se aplica a composição civil dos danos e não se aplica a propositura da
aplicação imediata da pena restritiva de direitos (da Lei 9.099/05). Nos casos abaixo,
também independe de representação da vítima (são crimes de ação penal pública
incondicionada).
ü sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência;
ü participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de
veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;
ü transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50
km/h (cinquenta quilômetros por hora).
7
exames médicos da vítima e o compromisso dos autores em comparecer a todos os
atos necessários junto às autoridades policial e judiciária.
Gabarito: Errado.
§ Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave
dano patrimonial a terceiros;
§ Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
§ Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
§ Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do
veículo;
§ Ter o condutor do veículo cometido infração quando sua profissão ou atividade
exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
§ Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características
que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
§ Sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
8
(CESPE/2019/PRF) Alfredo, conduzindo seu veículo automotor sem placas, atropelou
um pedestre. Alessandro, dirigindo um veículo de categoria diversa das que sua carteira
de habilitação permitia, causou lesão corporal culposa em um transeunte, ao atingi-lo.
Nessas situações, as penas impostas a Alfredo e a Alessandro serão agravadas,
devendo o juiz aplicar as penas-base com especial atenção à culpabilidade e às
circunstâncias e consequências do crime.
Gabarito: Certo.
9
Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
§ Detenção, de seis meses a dois anos (cabe TCO – crime de menor potencial
ofensivo) e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
§ Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
ü não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
ü praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
ü deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
vítima do acidente;
ü no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
transporte de passageiros.
§ A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos (não cabe TCO),
sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo
com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
§ Penas - detenção, de seis meses a um ano (cabe TCO), ou multa, se o fato não
constituir elemento de crime mais grave.
§ Se ele praticar lesão corporal ou homicídio culposo e não prestar socorro, não será
enquadrado neste delito, pois há tratamento específico, como vimos acima (em que
a pena é aumentada de 1/3 à metade).
§ Ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima
com morte instantânea ou com ferimentos leves, ele responderá criminalmente.
§ Atenção: se houver um acidente e uma pessoa não envolvida deixar de prestar
socorro, aplica-se a omissão do Código Penal:
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
10
(CESPE/2019/PRF) Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou um transeunte,
causando-lhe ferimentos leves. Luciano não prestou socorro à vítima nem solicitou
auxílio da autoridade pública. Nessa situação, a conduta de Luciano será considerada
atípica caso um terceiro tenha prestado apoio à vítima em seu lugar.
Gabarito: Errado.
§ Penas - detenção, de seis meses a três anos (não cabe TCO), multa e suspensão
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ Quando o crime estará configurado:
ü concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue
ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
§ Obs.: essa é a previsão do CTB, que não considera a margem de erro
do aparelho. Na parte das resoluções retornaremos a esse tema.
ü sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da
capacidade psicomotora.
§ A verificação poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame
clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
§ É crime de perigo abstrato (não precisa demonstrar perigo de dano).
§ Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa (cabe TCO), com nova
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
§ Entende-se que o crime só se caracteriza com suspensão judicial do direito de dirigir
ou proibição.
§ Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo
estabelecido no CTB, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
11
manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente,
gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:
§ Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos (não cabe TCO), multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
§ Se da prática do crime em questão resultar lesão corporal de natureza grave, e as
circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o
risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão (mais grave), de 3
(três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas.
§ Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos,
sem prejuízo das outras penas previstas.
Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
12
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda,
a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja
em condições de conduzi-lo com segurança:
13
Para os crimes acima previstos, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das
seguintes atividades:
14
JARI:
Atribuições da PRF, nas rodovias (via rural pavimentada) e estradas federais (via
rural não pavimentada):
17
§ Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a
segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas,
o patrimônio da União e o de terceiros;
§ Executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de advertência por escrito
e multa e as medidas administrativas cabíveis, com a notificação dos infratores e a
arrecadação das multas aplicadas e dos valores provenientes de estadia e remoção
de veículos, objetos e animais e de escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;
§ Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de
atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
§ Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas
aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
§ Assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão
rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas
legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e
instalações não autorizadas;
§ Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas
causas, adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando-
os ao órgão rodoviário federal;
§ Implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito;
§ Promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo
com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
§ Integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins
de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência,
com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra
unidade da Federação;
§ Fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos
automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de
dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais.
§ Aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando prevista de forma
específica para a infração cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao órgão
máximo executivo de trânsito da União.
18
§ Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública,
observadas as seguintes disposições.
o a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos,
todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda,
indo para a direita da via e parando, se necessário;
o b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente,
deverão aguardar no passeio e somente atravessar a via quando o veículo já
tiver passado pelo local;
o c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha
intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de
urgência;
o d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com
velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas
as demais normas deste Código;
o e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente
quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares
de alarme sonoro e iluminação intermitente;
o f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os
veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de
iluminação intermitente.
§ Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento
na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço,
desde que devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma
estabelecida pelo CONTRAN.
§ A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda,
obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste
Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito
de entrar à esquerda.
§ O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio da utilização da
luz baixa:
§ a) à noite;
§ b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar
com outro veículo ou ao segui-lo;
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de
tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada
para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para
19
indicar a existência de risco à segurança para os veículos que circulam no
sentido contrário;
§ O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver
parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga
de mercadorias.
§ Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou
pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão
utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à noite.
§ Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diurna deverão manter acesos
os faróis nas rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo
durante o dia.
§ É livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo
onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observadas as
demais regras do CTB.
§ Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas
vias:
o utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
o segurando o guidom com as duas mãos;
o usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do
CONTRAN.
§ Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser
transportados:
o utilizando capacete de segurança;
o em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do
condutor;
o usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do
CONTRAN.
§ A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação
de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que
dotado o trecho com ciclofaixa.
§ Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
o nas vias urbanas (pouco relevante para a PRF):
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
20
RODOVIA DE RODOVIA DE ESTRADAS
PISTA DUPLA PISTA SIMPLES
Automóveis, 110 km/h 100 km/h 60 km/h
camionetas e
motocicletas
Demais veículos 90 km/h 90 km/h 60 km/h
21
§ Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas na
condução de veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado o seu
fracionamento e o do tempo de direção.
§ Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção,
devidamente registradas, o tempo de direção poderá ser elevado pelo período
necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça
a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja comprometimento
da segurança rodoviária.
§ Entende-se como tempo de direção ou de condução apenas o período em que o
condutor estiver efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o destino.
§ Entende-se como início de viagem a partida do veículo na ida ou no retorno, com ou
sem carga, considerando-se como sua continuação as partidas nos dias
subsequentes até o destino.
§ O tempo de direção será controlado mediante registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo e, ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou
ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo, conforme
norma do Contran.
§ O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar de forma independente
de qualquer interferência do condutor, quanto aos dados registrados.
§ A guarda, a preservação e a exatidão das informações contidas no equipamento
registrador instantâneo inalterável de velocidade e de tempo são de
responsabilidade do condutor.
DO CIDADÃO
§ Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação
de equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação
e outros assuntos pertinentes a este Código.
22
§ Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever
de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre
a possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise
efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento ocorrerá.
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
§ Os sinais de trânsito classificam-se em:
ü verticais;
ü horizontais;
ü dispositivos de sinalização auxiliar;
ü luminosos;
ü sonoros;
ü gestos do agente de trânsito e do condutor.
23
§ Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na
inspeção de segurança e na de emissão de gases beneficiário poluentes e ruído.
25
§ Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via
poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga
ou misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste
Código e pelo CONTRAN. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze
meses, prazo a partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o
serviço regular de transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a
legislação pertinente e com os dispositivos deste Código.
VEÍCULO DE COMPETIÇÃO:
DA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
26
PLACAS ESPECIAIS PARA JUDICIÁRIO E MP COM ATUAÇÃO CRIMINAL:
27
§ Os veículos que saírem do território nacional sem o pagamento e que posteriormente
forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território nacional serão
retidos até a regularização da situação.
DO REGISTRO DE VEÍCULOS
DO LICENCIAMENTO
28
O mesmo acontece com os veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega
ou entreposto alfandegário e o Município de destino.
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
29
ü instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de
regulamentação do Contran;
ü inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de
segurança.
DA HABILITAÇÃO
§ Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem
carro lateral;
§ Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo
peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
ü São os condutores da categoria B autorizados a conduzir veículo automotor da
espécie motor-casa, definida nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não
exceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
lugares, excluído o do motorista.
§ Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo
peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;
§ Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros,
cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
§ Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se
enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de
peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.
ü Aplica-se a regra acima ao condutor da combinação de veículos com mais de
uma unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou do
peso bruto total.
§ O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor
destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de
terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via
pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E. O trator de roda e os
equipamentos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão ser
conduzidos em via pública também por condutor habilitado na categoria B.
§ É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação
quando o condutor estiver à direção do veículo.
30
§ O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento da
fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o
condutor está habilitado.
§ O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a novos
exames para que possa voltar a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo
CONTRAN, independentemente do reconhecimento da prescrição, em face da
pena concretizada na sentença.
§ Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido poderá ser submetido aos
exames mencionados acima, a juízo da autoridade executiva estadual de trânsito,
assegurada ampla defesa ao condutor.
EXAME TOXICOLÓGICO
31
§ Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e retenção do
veículo até a apresentação de condutor habilitado.
§ Quem entregar a direção ou permitir que uma pessoa nessas condições conduza o
veículo sofre as mesmas consequências.
(CESPE/2019/PRF) Dirigindo seu veículo automotor, Caio foi abordado por policial
rodoviário federal, que constatou que a validade de sua carteira nacional de habilitação
estava vencida havia mais de trinta dias. Nessa situação, Caio será multado, sua carteira
de habilitação será recolhida e seu veículo será removido.
Gabarito: Errado.
32
(CESPE/PRF/2019) Um policial rodoviário federal abordou o condutor de um veículo
por dirigir sem usar o cinto de segurança. Nessa situação, depois de aplicar multa, o
policial poderá reter o veículo somente até a colocação do cinto pelo motorista, se não
constatar outra infração de trânsito.
Gabarito Preliminar: certo.
A questão acabou sendo anulada em razão do erro em afirmar que o policial aplicou a
multa. Quem aplica a multa é a PRF. O policial lavra o auto de infração (autua), mas
não aplica a multa.
34
Infração: promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e
demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
via
35
Infração: deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar
providências para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para
assegurar a segurança e a fluidez do trânsito
Infração: fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, salvo nos
casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja
devidamente sinalizado
36
ü É infração grave punido com multa.
ü Medida administrativa: remoção do veículo.
** O CTB prevê também infrações para o caso de parar o veículo (parar é diferente de
estacionar) em locais/modos não permitido. Para tais casos, tendo em vista que o
condutor está presente, não é prevista medida administrativa de remoção.
37
§ Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão das
placas irregulares.
§ Incide na mesma penalidade aquele que confecciona, distribui ou coloca, em veículo
próprio ou de terceiros, placas de identificação não autorizadas pela
regulamentação.
Infração: transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de forma a
perturbar a visão de outro condutor
40
§ É infração gravíssima punida com multa.
§ Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;
§ É infração média.
§ Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da carga excedente.
§ O excesso de peso pode ser aferido por equipamento (balança) ou direto pela nota
fiscal:
o Equipamento: há tolerância. Veja o que diz a Resolução 803/2020:
42
Infração: transitar com o veículo em desacordo com a autorização especial,
expedida pela autoridade competente para transitar com dimensões excedentes,
ou quando a mesma estiver vencida
43
§ A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide (ou seja, não afasta)
as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme
disposições de lei.
§ As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao
embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações
e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados no
CTB.
§ Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as
penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária
em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per
si pela falta em comum que lhes for atribuída.
§ Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia
regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o
trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus
condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar.
§ Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos
praticados na direção do veículo.
§ O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o
único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
inferior àquele aferido.
§ O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um
embarcador ultrapassar o peso bruto total.
§ O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou
manifesto for superior ao limite legal.
§ Pontuação pelas infrações (pouco relevante):
Gravíssima 07 pontos
Grave 05 pontos
Média 04 pontos
Leve 03 pontos
46
§ A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem,
vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em
direito admitidas.
Evasão da pesagem
Acidente x Tacógrafo
51
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
§ Deve constar no auto de infração:
ü tipificação da infração;
ü local, data e hora do cometimento da infração;
ü caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros
elementos julgados necessários à sua identificação;
ü o prontuário do condutor, sempre que possível;
ü identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou
equipamento que comprovar a infração;
ü assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como
notificação do cometimento da infração.
§ A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da
autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual,
reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível,
previamente regulamentado pelo CONTRAN.
Antes, um alerta: você verá por aqui muitos termos que não compreenderá. Se você
“empacar” em cada um desses termos, não irá vencer o conteúdo a tempo. Seu
objetivo é MEMORIZAR.
Vamos lá...
52
§ O desrespeito a esse regramento tem como medida administrativa a remoção do
veículo.
53
ü Não se exige registrador instantâneo de velocidade para os veículos de
transporte de passageiros ou de uso misto, registrados na categoria particular e
que não realizem transporte remunerado de pessoas.
ü Não é obrigatório o uso de cinto de segurança para os veículos destinados ao
transporte de passageiros, em percurso que seja permitido viajar em pé.
54
ao órgão máximo executivo de trânsito da União as identificações e localização
das gravações, segundo os modelos básicos.
92/1998: TACÓGRAFO
§ O registrador instantâneo deverá apresentar e disponibilizar a qualquer momento,
pelo menos, as seguintes informações das ultimas vinte e quatro horas de operação
do veículo:
ü I. velocidades desenvolvidas;
ü II. distância percorrida pelo veículo;
ü III. tempo de movimentação do veículo e suas interrupções;
ü IV. data e hora de início da operação;
ü V. identificação do veículo;
ü VI. identificação dos condutores;
ü VII. identificação de abertura do compartimento que contém o disco ou de
emissão da fita diagrama.
55
§ Ao final de cada período de vinte quatro horas, as informações previstas no artigo
segundo ficarão à disposição da autoridade policial ou da autoridade administrativa
com jurisdição sobre a via, pelo prazo de noventa dias.
§ Os limites máximos de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículo,
nas superfícies das vias públicas, são os seguintes (principais):
ü peso bruto total ou peso bruto total combinado, respeitando os limites da
capacidade máxima de tração - CMT da unidade tratora determinada pelo
fabricante:
ü peso bruto total para veículo não articulado: 29 t;
ü veículos com reboque ou semirreboque, exceto caminhões: 39,5 t;
ü peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados com
duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque, e comprimento
total inferior a 16 m: 45 t;
ü peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados com
duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos em
tandem triplo e comprimento total superior a 16 m: 48,5 t.
§ O disposto nesta Resolução não se aplica aos veículos especialmente projetados
para o transporte de carga indivisível, conforme disposto no Art. 101 do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB.
56
ü Art. 101 do CTB (atualizado): Ao veículo ou à combinação de veículos
utilizados no transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e
dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela
autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito,
com prazo certo, válida para cada viagem ou por período, atendidas as
medidas de segurança consideradas necessárias, conforme regulamentação
do Contran.
57
§ Especificações da Sinalização Especial para Combinação de Veículos de Carga –
CVC com mais de 19,80m:
ü A sinalização especial para combinação de veículos de carga – CVC deve ser
constituída por película autoadesiva aplicada diretamente na traseira do
veículo ou sobre placa metálica fixada na traseira do mesmo.
ü A sinalização especial para combinação de veículos de carga – CVC deve ser
composta de quadro na cor branca retrorrefletiva medindo 1,50m X 0,50m
contendo os dizeres “VEICULO LONGO” e “COMPRIMENTO METROS” na
cor preta não retrorrefletiva, superposto e centralizado a um quadro medindo
2,30m X 0,80m com faixas inclinadas em 45o da direita para a esquerda de
cima para baixo nas cores laranja retrorrefletiva e preta não retrorrefletiva com
largura de 0,15m.
ü Para atender às necessidades especiais de fixação no veículo, a sinalização
especial para Combinação de Veículos de Carga – CVC poderá ser bipartida
em seu sentido transversal, contudo, as partes não poderão ter uma
separação maior que 5cm (cinco centímetros.
§ As lanternas especiais de emergência que emitem luz de cor azul, conforme Anexo
XVI, poderão ser utilizadas exclusivamente em veículos destinados a socorro de
incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, quando em efetiva prestação do serviço de urgência e devidamente
identificados.
§ Ficam limitados a instalação e o funcionamento simultâneo de no máximo 8 faróis,
independentemente de suas finalidades.
§ A identificação, localização e forma correta de utilização dos dispositivos luminosos
deverão constar no manual do veículo.
§ É proibida a coloção adesivos, pinturas, películas ou qualquer outro material que não
seja original do fabricante nos dispositivos dos sistemas de iluminação ou
sinalização de veículos.
§ É proibida a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou sinalização de
veículos por outras de potência ou tecnologia que não seja original do fabricante.
§ É vedada a instalação de dispositivo ou equipamento adicional luminoso não
previsto no sistema de sinalização e iluminação veicular estabelecido nesta
resolução.
58
254/2007: VIDROS DE SEGURANÇA
§ Para circulação nas vias públicas do território nacional é obrigatório o uso de vidro
de segurança laminado no pára-brisa de todos os veículos a serem admitidos e de
vidro de segurança temperado, uniformemente protendido, ou laminado, nas
demais partes envidraçadas.
§ A transmissão luminosa não poderá ser inferior a 75% para os vidros incolores
dos pára-brisas e 70% para os pára-brisas coloridos e demais vidros
indispensáveis à dirigibilidade do veículo.
ü Ficam excluídos dos limites fixados os vidros que não interferem nas áreas
envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a
transparência não poderá ser inferior a 28%. O mesmo vale para o vidro
traseiro, desde que o veículo esteja dotado de espelho retrovisor externo
direito, conforme legislação vigente.
§ Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo,
conforme ilustrado no anexo desta resolução:
ü I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa periférica de serigrafia destinada a
dar acabamento ao vidro e à área ocupada pela banda degrade, caso
existente, conforme estabelece a NBR 9491;
ü II – as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras do veículo,
respeitando o campo de visão do condutor.
59
§ PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC): peso máximo que pode ser
transmitido ao pavimento pela combinação de um veículo de tração ou de carga,
mais seu(s) semi-reboque(s), reboque(s), respeitada a relação potência/peso,
estabelecida pelo INMETRO – Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial, a Capacidade Máxima de Tração da unidade de tração, conforme definida
no item 2.7 do anexo dessa Resoluçãoe o limite máximo estabelecido na Resolução
CONTRAN no 211/06, e suas sucedâneas.
§ CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT): máximo peso que a unidade de tração
é capaz de tracionar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado pelas suas
condições de geração e multiplicação do momento de força, resistência dos
elementos que compõem a transmissão.
60
§ Nos veículos de que trata esta Resolução, será admitido o transporte eventual de
carga indivisível, respeitados os seguintes preceitos:
ü I- As cargas que sobressaiam ou se projetem além do veículo para trás,
deverão estar bem visíveis e sinalizadas. No período noturno, esta
sinalização deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e um dispositivo
refletor de cor vermelha.
ü II- O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da distância entre os
dois eixos do veículo. (figura 2)
61
432/2013: ALCOOLEMIA
62
ü II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05
miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado
o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para
Etilômetro” constante no Anexo I;
ü III – sinais de alteração da capacidade psicomotora.
§ Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165 do
CTB ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um dos procedimentos
previstos sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB (conduzir
embriagado ou drogado) caso o condutor apresente os sinais de alteração da
capacidade psicomotora.
§ O crime previsto no art. 306 do CTB será́ caracterizado por qualquer um dos
procedimentos abaixo:
ü I – exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis)
decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L);
ü II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34
miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado
o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para
Etilômetro” constante no Anexo I;
ü III Exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão
ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
ü IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora.
63
§ Sinais observados pelo agente fiscalizador:
iii. Exaltação;
iv. Ironia;
v. Falante;
vi. Dispersão.
64
508/2014: TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NO COMPARTIMENTO DE CARGA
65
Ø Os dispositivos de amarração devem estar em bom estado e serem dotados de
mecanismo de tensionamento, quando aplicável, que possa ser verificado e
reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto.
Ø É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o percurso o
tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando necessário.
Ø Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga, sendo
permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona de cobertura, quando
exigível.
Ø Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, no caso de
haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os dispositivos de amarração
devem ser tensionados pelo lado interno das guardas laterais (Figura 1).
ü Fica proibida a passagem dos dispositivos pelo lado externo das guardas
laterais.
ü Excetuam-se os casos em que
a carga ocupa todo o espaço
interno da carroceria, estando
apoiada ou próxima das
guardas laterais ou dos seus
fueiros, impedindo a passagem
dos dispositivos de amarração
por dentro das guardas. Neste
caso, os dispositivos de
amarração podem passar pelo
lado externo das guardas.
ü Os pontos de amarração não
podem estar fixados
exclusivamente no piso de
madeira, e sim fixados na parte
metálica da carroceria ou no
próprio chassi.
§ Para as cargas que não ocuparem toda a carroceria no sentido longitudinal, restando
espaços vazios nos painéis traseiro e frontal, devem ser previstos pelo transportador,
além dos dispositivos de amarração, outros dispositivos diagonais que impeçam os
movimentos para frente e para trás da carga (Figura 2).
66
561/2015: MANUAL BRASILEIRA DE FISCALIZAÇÃO
68
manual, usado ostensivamente como controlador em via ou em seu ponto
específico, que apresente limite de velocidade igual ou superior a 60 km/h.
ü O uso de medidores do tipo portátil para a fiscalização do excesso de
velocidade é restrito às seguintes situações:
§ I - nas vias urbanas e rurais com características urbanas, quando a
velocidade máxima permitida for igual ou superior a 60 km/h (sessenta
quilômetros por hora); e
§ II - nas vias rurais, quando a velocidade máxima permitida for igual ou
superior a:
• a) 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), em rodovia; e
• b) 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em estrada.
ü Para utilização do equipamento portátil, deve ser realizado planejamento
operacional prévio em trechos ou locais:
§ I - com potencial ocorrência de acidentes de trânsito;
§ II - que tenham histórico de acidentes de trânsito que geraram mortes
ou lesões; ou
§ III - em que haja recorrente inobservância dos limites de velocidade
previstos para a referida via ou trecho.
§ O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deve mapear e publicar em seu
site na rede mundial de computadores relação de trechos ou locais em que está apto
a ser fiscalizado o excesso de velocidade por meio de equipamento portátil.
§ Nos locais em que houver instalado medidor de velocidade do tipo fixo, os
medidores de velocidade portáteis somente podem ser utilizados a uma
distância mínima de:
ü I - 500 m (quinhentos metros), em vias urbanas e em trechos de vias rurais
com características de via urbana; e
ü II - 2.000 m (dois mil metros), para os demais trechos de vias rurais.
§ Os medidores de velocidade do tipo portátil somente devem ser utilizados por
autoridade de trânsito ou seu agente, no exercício regular de suas funções,
devidamente uniformizados, em ações de fiscalização, não podendo haver
obstrução da visibilidade, do equipamento e de seu operador, por placas,
árvores, postes, passarelas, pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra
forma que impeça a sua ostensividade.
70
§ Quando o peso verificado for igual ou inferior ao PBT ou PBTC estabelecido para o
veículo, acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento), mas ocorrer excesso de
peso em algum dos eixos ou conjunto de eixos, aplicar-se-á multa somente sobre a
parcela que exceder essa tolerância.
§ Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou PBTC estabelecido para o
veículo, acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento), aplicar-se-á a multa
somente sobre a parcela que exceder essa tolerância.
§ A critério do agente, observadas as condições de segurança, poderá ser dispensado
o remanejamento ou transbordo de produtos perigosos, produtos perecíveis, cargas
vivas e passageiros.
§ Na fiscalização de peso por eixo ou conjunto de eixos, independentemente da
natureza da carga, o veículo poderá prosseguir viagem sem remanejamento ou
transbordo, desde que os excessos aferidos em cada eixo ou conjunto de eixos
sejam simultaneamente inferiores a 12,5% (doze e meio por cento) do menor valor
entre os pesos e capacidades máximos estabelecidos pelo CONTRAN e os pesos e
capacidades indicados pelo fabricante ou importador.
71
PPD/CNH A - Veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou sem carro
lateral ou semirreboque especialmente projetado para uso exclusivo deste
veículo;
- Todos os veículos abrangidos pela ACC.
Obs.: Não se aplica a quadriciclos, cuja categoria é a B.
PPD/CNH B - Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela categoria A, cujo Peso
Bruto Total (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito
lugares, excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade tratora
se enquadre na categoria B, com unidade acoplada, reboque, semirreboque,
trailer ou articulada, desde que a soma das duas unidades não exceda o peso
bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não exceda a oito lugares, excluído
o do motorista;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000
kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
- Tratores de roda e equipamentos automotores destinados a executar
trabalhos agrícolas;
72
DIREITO ADMINISTRATIVO
73
ATO ADMINISTRATIVO
§ São os requisitos ou elementos do ato administrativo (COFIFO-M-O):
ü Competência
ü Finalidade
ü Forma
ü Motivo
ü Objeto
§ Competência: é o poder atribuído ao agente administrativo para que o mesmo
desempenhe suas funções, advindo da lei ou do decreto autônomo (emitido pelo
Presidente da República). A competência é o conjunto de atribuições conferidas aos
ocupantes de um cargo, emprego ou função pública. Trata-se de elemento vinculado
do ato administrativo, mesmo que esse ato seja discricionário. A competência é
intransferível e irrenunciável, mas a execução do ato pode ser delegada, para
agentes ou órgãos de mesma ou de inferior hierarquia, ou mesmo avocada, de
agentes ou órgãos subordinados.
§ Finalidade: a finalidade do ato administrativo é satisfazer o interesse público e
atender ao escopo previsto na lei. Trata-se de elemento vinculado. Trata-se de
elemento vinculado do ato administrativo.
§ Forma: é o modo de exteriorização do ato, tal como o edital de um concurso público.
Trata-se de elemento vinculado do ato administrativo.
§ Motivo: segundo Di Pietro, motivo é definido como pressuposto de fato e de direito
que serve de fundamento ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o
dispositivo legal em que se baseia o ato. Pressuposto de fato, como o próprio nome
indica, corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações
que levam a Administração a praticar o ato. Na última prova da PRF, sobre motivo,
a seguinte afirmativa foi considerada correta: “Tanto a inexistência da matéria de fato
quanto a sua inadequação jurídica pode configurar o vício de motivo de um ato
administrativo”.
§ Objeto: É o fim imediato do ato, representando o resultado prático do ato
administrativo. Pode ser vinculado ou discricionário.
§ Convalidação e ratificação do ato administrativo: o ato praticado por agente
incompetente pode ser convalidado por aquele que tem a competência, “sanando a
incompetência”. Nesse caso, a convalidação é chamada de ratificação. Quando
estivermos diante de um caso de competência exclusiva (indelegável), não será
possível a ratificação. A ratificação é ato administrativo discricionário da autoridade
competente.
74
** Para alguns autores, a tipicidade e a exigibilidade também seriam atributos.
Em prova de 2019, o CEBRASPE considerou correta a seguinte questão: “De
acordo com a doutrina administrativista clássica e majoritária, são
atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a
imperatividade e a autoexecutoriedade”.
75
Como exemplo, podemos citar a concessão de autorização para porte de arma,
que consiste em ato discricionário e precário, podendo ser revogada a qualquer
momento.
ü A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a
posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato
jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório.
ü Permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, através do
qual a Administração Pública faculta ao particular interessado a utilização de bem
público ou a prestação de serviço público.
AGENTES PÚBLICOS
Aspectos gerais:
§ Independe de aprovação em concurso público a investidura nos cargos em
comissão, sendo de livre nomeação e exoneração.
** Para os demais cargos públicos, a investidura acontece por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou
de provas e títulos.
**Obs.: exoneração não é punição. Se uma pessoa for exonerada do cargo em comissão a pretexto de ser punida, pela teoria
dos motivos determinantes, a exoneração será anulada. O modo correto de punir, retirando a pessoa do cargo, é
pela destituição de cargo em comissão, devendo ser aberto procedimento administrativo disciplinar.
Lei 8.112:
§ As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si.
§ A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
§ Principais penas previstas na lei 8.112:
ü A pena para abandono de cargo é de demissão. Configura abandono de cargo
a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias
consecutivos.
ü A pena para inassiduidade habitual é de demissão. Entende-se por
inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias,
interpoladamente, durante o período de 12 meses.
ü A pena para crime contra a administração pública, corrupção e improbidade
administrativa é de demissão.
ü A pena para conduta escandalosa, na repartição, é a de demissão.
ü A pena para insubordinação grave em serviço é a de demissão.
ü A pena para ofensa física, em serviço, a servidor ou particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem, é a demissão.
ü A pena para aquele que revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo
é demissão.
ü A pena para aquele que lesar os cofres públicos é demissão.
76
ü A pena para quem acumular, ilegalmente, cargos empregos ou funções públicas,
é a de demissão.
ü Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
ü As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
No quadro acima, temos a situação antiga da estrutura de carreira da PRF e a situação nova (atual).
77
§ O ingresso nos cargos da carreira de que trata esta Lei dar-se-á mediante aprovação
em concurso público, constituído de duas fases, ambas eliminatórias e
classificatórias, sendo a primeira de exame psicotécnico e de provas e títulos e a
segunda constituída de curso de formação.
§ A investidura no cargo de Policial Rodoviário Federal dar-se-á no padrão único da
classe de Agente, onde o titular permanecerá por pelo menos 3 (três) anos ou até
obter o direito à promoção à classe subsequente. A partir de 1o de janeiro de 2013,
a investidura no cargo de Policial Rodoviário Federal dar-se-á no padrão inicial
da Terceira Classe (é o seu caso, após aprovado no concurso da PRF).
§ O ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal permanecerá
preferencialmente no local de sua primeira lotação por um período mínimo de
3 (três) anos exercendo atividades de natureza operacional voltadas ao
patrulhamento ostensivo e à fiscalização de trânsito, sendo sua remoção
condicionada a concurso de remoção, permuta ou ao interesse da administração.
o Atenção: preferencialmente é diferente de obrigatoriamente! Vários
nomeados da turma de 2020 já foram removidos.
§ Os ocupantes de cargos da carreira de Policial Rodoviário Federal ficam sujeitos a
integral e exclusiva dedicação às atividades do cargo.
§ Os cargos em comissão e as funções de confiança do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal serão preenchidos, preferencialmente, por servidores
integrantes da carreira que tenham comportamento exemplar e que estejam
posicionados nas classes finais, ressalvados os casos de interesse da
administração, conforme normas a serem estabelecidas pelo Ministro de Estado da
Justiça.
§ É de quarenta horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes da carreira de
que trata esta Lei.
§ Sobre as funções, temos: o seguinte:
CLASSE atividades de ...controle e avaliação, ... bem como a articulação e o intercâmbio com
ESPECIAL natureza administrativa e operacional, outras organizações e corporações policiais,
policial e coordenação e direção das em âmbito nacional e internacional, além das
administrativa, atividades de corregedoria, atribuições da Primeira Classe.
envolvendo inteligência e ensino, ...
direção,
planejamento,
coordenação,
supervisão,...
PRIMEIRA atividades de ... controle e execução ... bem como articulação e intercâmbio com
CLASSE natureza administrativa e outras organizações policiais, em âmbito
policial, operacional, ... nacional, além das atribuições da Segunda
envolvendo Classe.
planejamento,
coordenação,
capacitação,..
SEGUNDA atividades de ... a execução e controle
CLASSE natureza administrativo e operacional
das atividades inerentes ao
78
policial cargo, além das atribuições
envolvendo... da Terceira Classe.
TERCEIRA atividades de ... a fiscalização,
CLASSE natureza patrulhamento e policiamento
policial ostensivo, atendimento e
envolvendo... socorro às vítimas de
acidentes rodoviários e
demais atribuições
relacionadas com a área
operacional do Departamento
de Polícia Rodoviária Federal.
§ Esta lei institui a indenização devida para servidores (PRF, PF, Receita, dentre outros)
que atuam em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle,
fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços.
§ A indenização será devida por dia de trabalho.
§ Os locais estratégicos são definidos levando em consideração os seguintes critérios:
ü Municípios localizados em região de fronteira;
ü Dificuldade de fixação de efetivo.
§ Sobre a indenização:
ü Não poderá ser paga cumulativamente com diárias, indenização de campo ou
qualquer outra parcela indenizatória decorrente do trabalho na localidade.
ü Na hipótese de ocorrência da cumulatividade, será paga ao servidor a verba
indenizatória de maior valor.
79
§ A indenização será devida por turno ou escala de trabalho ao Policial Rodoviário
Federal que se dispuser, voluntariamente, a trabalhar durante parte do período de
repouso remunerado de seu regime de turno ou escala e participar de eventuais
ações relevantes, complexas ou emergenciais que exijam significativa mobilização
da Polícia Rodoviária Federal.
§ Ato do Ministro de Estado da Segurança Pública estabelecerá:
80
§ Requisitos para fins de promoção:
o Cumprimento do interstício de doze meses de efetivo exercício no último
padrão de cada classe;
o Resultado satisfatório na avaliação de desempenho no interstício considerado
para a promoção;
o Participação em eventos de capacitação, observada a carga horária mínima
estabelecida.
o Da promoção da terceira classe para a segunda classe, além dos requisitos
acima, o policial deverá ter o estágio probatório homologado.
§ Entende-se como resultado satisfatório o alcance de 70% das metas estipuladas em
ato do dirigente máximo do órgão, no caso de progressão, e de 80% das metas, no
caso de promoção.
O interstício necessário para a progressão e promoção será computado em dias,
contado da data de entrada em exercício do servidor no cargo e descontadas as
ausências e afastamentos do servidor que não forem considerados pela Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, como de efetivo exercício.
§ A 8.112 considera como de efetivo exercício (principais):
ü Férias.
ü Exercício de cargo em comissão ou equivalente em outro órgão ou entidade.
ü Participação de programa de treinamento regularmente instituído ou
programa de pós-graduação stricto sensu no País.
ü Desempenho de mandato eletivo (político).
ü Júri e outros serviços obrigatórios.
ü Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento.
ü Licença à gestante, à adotante e à paternidade.
ü Licença para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses.
ü Por motivo de acidente em serviço ou doença profissional.
ü Para capacitação.
ü Para deslocamento para a nova sede.
ü Para participar de competição desportiva nacional ou integrar
representação desportiva nacional.
ü Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil faça parte
ou coopere.
ü Afastamento por 1 dia, para doação de sangue.
ü 8 dias consecutivos em razão de casamento.
ü 8 dias consecutivos em razão de falecimento de cônjuge, companheiro, pais,
filhos, etc.
ü As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior
poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
81
PODERES ADMINISTRATIVOS
§ Poder regulamentar: é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar
atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Ao passo
que as leis constituem atos de natureza originária, o poder regulamentar é de
natureza derivada (ou secundária).
**CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmativa: “No exercício do poder regulamentar, a administração
pública não poderá contrariar a lei.” De outro lado, essa afirmativa foi considerada incorreta: “Configura abuso do
poder regulamentar a edição de regulamento por chefe do Poder Executivo dispondo obrigações diversas das
contidas em lei regulamentada, ainda que sejam obrigações derivadas.” Quando falamos em obrigações
principais, somente a lei pode instituir. Quando falamos em obrigações derivadas, o poder regulamentar da
Administração Pública pode instituir. Não configura abuso do poder regulamentar editar regulamento criando
obrigação derivada.
§ Poder hierárquico: consiste nas atribuições de comando, chefia e direção dentro
da estrutura administrativa. Trata-se de poder vinculado, com vistas à auto
organização da Administração Pública.
**Veja questão do CEBRASPE considerada correta: “No exercício do poder hierárquico, os agentes públicos têm
competência para dar ordens, rever atos, avocar atribuições, delegar competência e fiscalizar”.
ü As hipóteses de transferência do exercício de competência são geralmente
chamadas de delegação e avocação. A avocação transfere o exercício da
competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia hierárquica,
enquanto a delegação transfere o exercício de competência do órgão
superior para o inferior.
ü Não pode ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo, a
decisão de recursos administrativos, as matérias de competência exclusiva
do órgão ou autoridade.
**Em complemento, a seguinte questão foi considerada correta pelo CEBRASPE: “O ato de delegação
de competência, revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, decorre do poder
administrativo hierárquico”.
§ Poder disciplinar: é aquele que confere à Administração a capacidade de apurar
infrações administrativas de servidores públicos e das demais pessoas que estejam
sob o regime jurídico da Administração Pública. Exemplo disso são os
procedimentos administrativo disciplinares.
**A seguinte assertiva foi considerada incorreta pelo CEBRASPE: “A aplicação de multa ao estabelecimento
comercial decorre do poder disciplinar da administração pública”. Não se trata de poder disciplinar, pois o poder
disciplinar está relacionado ao controle interno da própria administração. A questão fez confusão com o poder
de polícia. Em complemento, em prova para agente da PF, a seguinte afirmativa foi considerada correta: “A
aplicação de sanção administrativa contra concessionária de serviço público decorre do exercício do poder
disciplinar”.
**Cuidado com a pegadinha: “A administração aplica penalidades a seus servidores com base no Poder
Hierárquico”. Errado, a punição dos servidores decorre imediatamente do disciplinar e apenas indiretamente do
Poder Hierárquico.
§ Poder de polícia: em face do poder de polícia, poderá a Administração Pública
condicionar ou restringir os direitos de terceiros, em prol do interesse da
coletividade. Constitui exemplo do poder de polícia a interdição de restaurante pela
autoridade de vigilância sanitária e aplicação de multas.
§ Em 2020, por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é
constitucional a delegação da atividade de policiamento de trânsito, inclusive
82
quanto à aplicação de multas, para empresas públicas e sociedades de economia
mista.
**O relator da decisão do STF destacou que, no julgamento do RE 658570, o STF decidiu que o poder de polícia
não se confunde com segurança pública. Assim, seu exercício não é prerrogativa exclusiva das entidades
policiais. Segundo ele, a fiscalização do trânsito com aplicação de sanções administrativas constitui mero
exercício de poder de polícia. "Verifica-se que, em relação às estatais prestadoras de serviço público de atuação
própria do Estado e em regime de monopólio, não há razão para o afastamento do atributo da coercibilidade
inerente ao exercício do poder de polícia, sob pena de esvaziamento da finalidade para a qual aquelas entidades
foram criadas", concluiu.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
§ Quando alguém é responsável por fazer determinado serviço, ela é responsável pelo
serviço e pelas consequências dele advindas. Se um dano for causado, aquele que
prestou o serviço poderá ser responsabilizado. Falamos que a responsabilidade será
objetiva quando não for necessária a demonstração de que houve dolo ou culpa.
Falamos em responsabilização subjetiva quando for necessária a demonstração de
dolo ou culpa.
§ A responsabilidade em relação à Administração Pública é, como regra, objetiva,
independe de comprovação de dolo ou culpa. Já em relação ao servidor público
causador do dano, a responsabilidade é subjetiva, devendo ele ter causado o dano
por dolo ou culpa.
§ Quando a administração atua gerando um dano (ato comissivo), não há dúvidas de
que a responsabilidade é objetiva. E quando há omissão? A responsabilidade da
administração pública decorrente de omissão resulta de seu dever de agir e da
capacidade de essa ação evitar o dano – sem isso, não há falar em
responsabilização. Excetuados os casos de dever específico de proteção, a
responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.
LICITAÇÕES
§ Princípio da adjudicação compulsória: se a Administração atribuir o objeto licitado a
alguém, deverá fazê-lo ao vencedor da licitação.
§ Principais modalidades cobradas em prova:
ü Na modalidade concurso, a administração poderá contratar o projeto ou
serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos
patrimoniais a ele relativos.
**CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmação: “Concurso é a modalidade de licitação para
escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. Em se tratando de seleção de projeto de cunho
intelectual, deverá o autor ceder à administração os direitos patrimoniais a ele reativos para pagamento
do prêmio ou remuneração”.
ü O convite é a única modalidade de licitação em que a lei não exige a
publicação de edital.
ü A modalidade de licitação utilizada para a venda de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados é denominada leilão.
83
§ Licitação inexigível x dispensável x dispensada:
ü Quando inexiste competitividade, estamos diante de uma hipótese de
licitação inexigível. Quando houver competitividade, ou seja, há adversários,
mas licitar é facultável, estamos diante de uma licitação dispensável. Por
outro lado, é vedada a licitação, mesmo existindo competitividade, no caso
de licitação dispensada.
ü Em prova do CEBRASPE de 2020, as seguintes afirmativas foram
consideradas corretas: “É hipótese de inexigibilidade de licitação a
contratação de profissional ou empresa de notória especialização para
fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras, de natureza singular,
quando houver inviabilidade de competição”.
ü A existência de fornecedor exclusivo de determinado produto é hipótese
de inexigibilidade de licitação.
**Dica para memorizar os casos de inexigibilidade:
- Fornecedor exclusivo;
- Profissional artístico;
- Profissional de notória especialização, vedado para publicidade.
§ A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial (Súmula 473 do STF).
§ Cabe ao Poder Legislativo o poder-dever de controle financeiro das atividades do
Poder Executivo, o que implica a competência daquele para apreciar o mérito do ato
administrativo sob o aspecto da economicidade.
PRINCÍPIOS
§ Os princípios da Administração Pública que estão expressos na CF são o LIMPE:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ Como princípio implícito, temos a supremacia do interesse público sobre o
privado: Tal princípio fundamenta a requisição administrativa, a qual está assim
definida na CF/88: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano.
84
DIREITO CONSTITUCIONAL
PODER CONSTITUINTE
O Poder Constituinte está relacionado à ideia de Constituição. No Brasil, temos a CF/88,
onde estão as regras mandamentais de nosso ordenamento jurídico, as quais são
superiores a todas as demais normas. Essa ideia está relacionada ao princípio da
supremacia constitucional, que significa colocar a Constituição no topo do sistema
normativo (sistema de regras do País). A CF é o fundamento de validade de todas as
demais normas, pois estabelece em seu corpo a forma pela qual a normatividade
infraconstitucional será produzida.
§ Fundamentos:
ü Proclamação de independência, quando se cria um Estado Soberano (também
conhecido por fundamento histórico);
ü Ruptura revolucionária, quando uma revolução instaura uma nova ordem
jurídica, criando nova Constituição Federal, e desconstituindo o poder anterior;
ü Ruptura plena com a sociedade anterior.
§ Poder Constituinte Originário e Derivado:
ü Segundo o CEBRASPE: “Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem
natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de
fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser
ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade”.
ü Memorize o esquema abaixo:
PODER CONSTITUINTE
ORIGINÁRIO DERIVADO
DECORRENTE
(Constituições REFORMADOR
Estaduais)
CRIAÇÃO DE
EMENDAS
COONSTITUCIONAIS
REVISÃO
(não é mais possível)
85
§ Poder Constituinte Originário:
ü O poder constituinte originário instaura o Estado constitucional, rompendo com
a ordem jurídica anterior, organizando os poderes do Estado. Basta lembrar da
CF/88, que rompeu com a ordem jurídica anterior (Regime Militar), criando um
“novo Brasil” a partir de então, com nova ordem jurídica.
ü Características do poder Constituinte Originário: é inicial, autônomo,
incondicionado e ilimitado.
ü Segundo o CEBRASPE: “O titular do poder constituinte é o povo, que, no Brasil,
engloba tanto os brasileiros natos quanto os naturalizados”.
§ Poder Constituinte Derivado:
ü Chama-se “derivado” porque deriva do Poder Originário, não podendo a ele
contrariar, embora possa inovar.
ü Possibilita a alteração da Constituição e a estruturação das Constituições dos
Estados membros (Constituição Estadual de SP, RJ, etc).
ü Tem como características: é limitado, subordinado e condicionado.
ü Poder Constituinte Decorrente:
§ É o poder que possuem os Estados-Membros (e DF) de elaborar suas
próprias Constituições.
§ É um poder limitado, devendo obedecer à CF. Além disso, não goza
da soberania, que pertence somente ao Poder Constituinte Originário.
§ Atenção: Município não é titular do Poder Constituinte Decorrente.
ü Poder Constituinte Reformador:
§ É o poder de modificar e atualizar a Constituição, por meio das
Emendas Constitucionais, ou por meio da Revisão (que não é
aplicável mais).
ü Emendas à constituição:
§ A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
• De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmera de Deputados ou
do Senado Federal;
• Do Presidente da República;
• De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades
da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.
86
§ Requisito de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição):
• A PEC será discutida e votada em Cada Casa do Congresso
Nacional (ou seja: Câmara e Senado), em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos
de votos dos respectivos membros.
• A Constituição não poderá ser emendada na vigência de
intervenção federal, de estado de sítio ou de estado de defesa.
• A EC não pode contrariar o texto originário, pois do contrário
será inconstitucional.
• A constituição prevê matérias que não podem ser modificadas.
São as chamadas “cláusulas pétreas” – Não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (memorize
palavra por palavra das cláusulas abaixo):
o A forma federativa do Estado;
§ Atenção à pegadinha, substituindo “Estado” por
“Governo”.
o O voto direto, secreto, universal e periódico;
§ Atenção à pegadinha: o voto obrigatório não é
cláusula pétrea.
o A separação dos Poderes (Judiciário, Legislativo,
Executivo);
o Os direitos e garantais individuais: permite-se EC
tratando sobre os direitos e garantias fundamentais,
contudo, não podem abolir, no todo ou em parte,
qualquer direito. Pode ampliar.
§ O texto constitucional possui o que se chama de supremacia, ou seja,
a norma constitucional está no topo da hierarquia das normas de nosso
ordenamento jurídico.
§ Contudo, o que garante que a CF esteja no topo da hierarquia no
Brasil é a supremacia formal, como decorrência da rigidez
constitucional. Essa rigidez reflete um processo mais trabalhoso e
complexo para que uma norma seja elevada à categoria de norma
constitucional, por meio das Emendas Constitucionais.
• Veja assertiva considerada ERRADA pelo CEBRASPE: A
supremacia material da norma constitucional decorre da rigidez
constitucional, isto é, da existência de um processo legislativo
distinto, mais laborioso.
ü REVISÃO CONSTITUCIONAL:
§ A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da
promulgação da Constituição (1988), pelo voto da maioria absoluta
dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
87
§ Como já ocorreu a revisão, trata-se de norma de eficácia exaurida,
não podendo mais ser feita revisão.
§ Uma emenda constitucional que pretenda estabelecer novo
procedimento de revisão será inconstitucional (sendo inválida).
ü Mutação constitucional (tópico da doutrina): é forma de alteração do sentido
da Constituição, mantendo o mesmo texto. É simplesmente dar uma nova
interpretação. É alteração informal.
Direito à vida:
§ Nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo a vida. Em caso de guerra
declarada, admite-se pena de morte (portanto, até o direito à vida é relativo).
Veja questão considerada correta pelo CEBRASPE em prova de 2014: “O direito à
vida, assim como todos os demais direitos fundamentais, é protegido pela CF de
forma não absoluta”.
§ Aspecto biológico do direito à vida: direito à integridade física e psíquica (direito de
continuar vivo).
§ Aspecto amplo do direito à vida: direito a condições materiais e espirituais mínimas
necessárias a uma vida digna (entendimento do CEBRASPE).
** Atenção: assunto cobrado no concurso de Agente de Segurança Penitenciária de
Pernambuco e também no INSS, em provas do CESPE.
Inviolabilidade domiciliar:
§ A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, como regra.
§ A inviolabilidade poderá ser quebrada no caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, seja de dia ou de noite.
88
§ A inviolabilidade também poderá ser quebrada para cumprimento por determinação
judicial, durante o dia.
§ Segundo o STF, entende-se que em veículos automotores é possível realizar buscas
livremente, quando houver fundada suspeita (art. 240, § 2º, do CPP), o que dispensa
a exigência de mandado de busca e apreensão, salvo quando se tratar de veículo
destinado à habitação do indivíduo, como trailers, cabines de caminhão, barcos,
dentre outros.
§ Na prova de 2019 da PRF, o tema foi abordado. Contudo, a questão foi anulada com
a seguinte justificativa: “Não é assente o entendimento da matéria abordada na
assertiva”. Veja a questão:
A boleia de um caminhão, utilizada pelo motorista, ainda que provisoriamente, como dormitório e local
de guarda de seus objetos pessoais em longas viagens, não poderá ser objeto de busca e apreensão
sem a competente ordem judicial na hipótese de fiscalização policial com a finalidade de revista
específica àquele veículo.
Anonimato:
89
o sigilo teria sido apenas “transferido” da instituição financeira para o fisco,
permanecendo os dados ao abrigo do sigilo.
§ Acesso ao WhatsApp de aparelho celular coletado em busca e apreensão: não há
óbice para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho,
inclusive as conversas do WhatsApp (STJ. 5ª Turma. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix
Fischer, julgado em 03/10/2017). Fora dos casos de autorização judicial, acessar o
celular poderá configurar abuso de autoridade.
§ Há entendimento do STJ no sentido de que o celular poderá ser acessado sem
autorização judicial, desde que haja autorização do acusado.
Direito à liberdade:
§ Segundo o STF, a marcha da maconha, em defesa da legalização das drogas, está
dentro da liberdade de expressão, não configurando o crime de apologia (incitar o
uso de drogas).
Extradição de estrangeiro:
Direito de reunião:
Sobre o preso:
90
§ Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.
Atenção:
A CF prevê a prisão civil do depositário infiel e do devedor de pensão alimentícia.
Contudo, for força do Pacto de São José da Costa Rica, o ordenamento jurídico
brasileiro permite apenas a prisão civil por dívida de pensão alimentícia.
Direito à igualdade:
§ Igualdade formal: é a igualdade jurídica, na qual todos devem ser tratados de
maneira igual, sem quaisquer distinções.
§ Igualdade material: é a igualdade real. Para ser alcançada, pode implicar em
tratamento desigual. Exemplo: cotas raciais para acesso às universidades públicas.
§ O STF firmou entendimento no sentido de que não viola o princípio da isonomia a
utilização de critérios diferenciados para a promoção de militares do sexo feminino
e masculino da Aeronáutica. (AI 443.315-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira
Turma).
§ Este assunto foi cobrado em 2014 pelo CESPE, o qual considerou errada a seguinte
afirmação: “A utilização de critérios distintos para a promoção de integrantes do
sexo feminino e do masculino de corpo militar viola o princípio constitucional da
isonomia.”
Racismo:
91
Prisão em flagrante x apresentação espontânea:
§ Não poderá ser preso aquele que se apresenta espontaneamente à autoridade
policial, depois de ter cometido um delito (ou seja, já não está mais em flagrante
delito). Nesse sentido, assim afirma a CF:
“Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar”.
§ Fora dos casos de transgressão militar e crime propriamente militar, uma pessoa só
pode ser presa em flagrante ou por ordem do juiz.
§
Propriedade:
§ Em caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano.
**O Assunto acima foi cobrado em prova da PRF, em 2013.
Atenção:
Iminente perigo: autoridade usa a propriedade e indeniza depois se houver dano.
Desapropriação: primeiro indeniza, depois desapropria.
Tratados Internacionais:
§ Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.
§ Se o tratado não versar sobre direitos humanos, terá força de lei.
92
Tribunal Penal Internacional:
§ O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.
Direitos sociais:
§ São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
93
Nacionalidade:
§ O brasileiro nato não poderá perder a nacionalidade, salvo se adquirir outra
nacionalidade fora dos casos abaixo:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis;
§ O naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada não só por esse motivo
(adquirir outra nacionalidade), como também por conta de atividade nociva ao
interesse nacional.
§ Perda de nacionalidade e reaquisição: se perde a nacionalidade como nato,
readquire como nato; se perde como naturalizado, readquire como naturalizado.
** Assunto cobrado pela PRF, em 2013.
Direitos políticos:
§ É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
ü cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
ü incapacidade civil absoluta;
ü condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
ü recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII;
ü improbidade administrativa.
PODER EXECUTIVO
§ Sobre o Brasil
ü Forma de governo adotada: República.
ü Sistema de governo adotado: Presidencialismo.
ü O Presidente da República acumula as funções de chefe de Estado e de chefe
de Governo, talkei?
94
§ São crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra a CF e,
especialmente, contra:
ü a existência da União;
ü o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
ü o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
ü a segurança interna do País;
ü a probidade na administração;
ü a lei orçamentária;
ü o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
95
ü exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
ü nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios,
o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central
e outros servidores, quando determinado em lei;
ü nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII, da
CF;
ü convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional;
ü declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo
das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou
parcialmente, a mobilização nacional;
ü celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
ü conferir condecorações e distinções honoríficas;
ü permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
ü prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
ü prover (prover é função delegável) e extinguir os cargos públicos federais,
na forma da lei;
ü editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da CF.
96
§ A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para
defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
97
ü São competências DELEGÁVEIS, mediante LC, para questões
específicas.
98
FORÇAS ARMADAS
§ As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia
e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se:
ü à defesa da Pátria,
ü à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem.
§ Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo
de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
SEGURANÇA PÚBLICA
§ Componentes da segurança pública: PF, PRF, PFF (ferroviária), Polícias Civis,
Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Penais (federais,
estaduais e distritais).
*Atenção às policiais penais, pois se trata de novidade.
§ Compete à PRF, na forma da lei, o patrulhamento ostensivo das rodovias
federais. *Note que a CF não atribuiu à PRF a função do combater ao tráfico de drogas. Contudo, tratando-
se de flagrante, qualquer polícia deverá atuar.
ü Fique ligado numa pegadinha cobrada pelo CEBRASPE NO CFP DA PRF:
“compete à PRF o patrulhamento ostensivo das rodovias brasileiras”. Está
errado. Rodovia Federal é diferente de rodovia brasileira.
§ A PRF é órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira.
§ Compete à PF:
ü apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei;
ü prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
ü exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
ü exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares.
99
§ Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
§ As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias
penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
§ Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de
seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ Direito de greve e carreiras de segurança pública: o exercício do direito de greve,
sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública
(entendimento do STF).
§ Segurança viária – a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública
e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
SEGURIDADE SOCIAL
Seguridade social:
100
ü caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
MEIO AMBIENTE
§ Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
§ O meio ambiente é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida.
§ Incumbe ao Poder Público:
ü preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
ü preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético;
ü definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
101
Foi cobrado assim pelo CEBRASPE: “Compete ao poder público definir
espaços territoriais ambientalmente protegidos, sendo a sua supressão
permitida somente através de lei”. Assertiva correta.
ü exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade;
ü controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
ü promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
ü proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade.
§ As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente,
na forma da lei.
DOS ÍNDIOS
§ São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias
a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos
lagos nelas existentes.
§ As terras aqui mencionadas são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre
elas, imprescritíveis.
§ É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum"
do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco
sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do
Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que
cesse o risco.
102
DIREITO PENAL
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Princípio da insignificância:
§ Se a conduta do agente lesar ou expuser a perigo de lesão de forma insignificante
os bens jurídicos, cabe a aplicação do princípio da insignificância.
§ O princípio da insignificância atua como causa de exclusão da tipicidade penal
(tipicidade material).
§ Para o STF, temos os seguintes requisitos para aplicação do princípio da
insignificância (MARI):
ü Mínima ofensividade da conduta;
ü Ausência de periculosidade social da ação;
ü Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
ü Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
§ Insignificância no descaminho – tanto para o STF como o STJ: 20 mil reais o valor
limite para que o fato seja considerado insignificante.
§ O princípio da insignificância é também conhecido como o princípio da bagatela
própria.
§ Diferença entre bagatela própria x imprópria:
A bagatela imprópria não afasta o crime, mas sim a aplicação da pena. Já a
bagatela própria afasta o próprio crime (é como se o crime não tivesse existido),
ao excluir a tipicidade material do fato.
103
Princípio da continuidade típico normativa:
§ Ocorre apenas um redirecionamento de um tipo para outro, não havendo sua
descriminalização.
§ Difere da abolicio criminis, a qual trata da hipótese em que uma lei nova destipifica,
em parte ou totalmente, um fato que era anteriormente definido como crime.
§ Exemplo: de continuidade típico-normativa – atentado violento ao pudor (art. 214 do
antigo Código Penal), que foi revogado pela lei 12.015/09. Podemos dizer que tal
conduta não deixou de ser considerada crime, mas sim que ela apenas “migrou”
para o tipo penal do crime de estupro, disciplinado pelo artigo 213 do atual Código
Penal.
Princípio da fragmentariedade:
§ Princípio segundo o qual o Direito Penal deve tipificar apenas um pequeno número
de condutas, especialmente aquelas que forem mais graves e praticadas contra
bens jurídicos mais relevantes. Esse princípio atua conjuntamente com o da
intervenção mínima.
Princípio da legalidade:
§ Não há crime sem lei anterior que o defina. Portanto, medida provisória ou decreto
não podem criar crime, apenas lei emanada do Congresso Nacional.
§ É o princípio segundo o qual as leis devem obedecer às formas e aos
procedimentos exigidos na criação da lei penal, bem como na elaboração de
seu conteúdo normativo.
**Medida provisória não pode criar crime, pois viola o princípio da reserva legal. Apenas a lei pode criar crime.
Contudo, admite-se que medida provisória seja criada para beneficiar o infrator em matéria penal.
Princípio da taxatividade:
§ O princípio da taxatividade é um dos corolários do princípio da legalidade, pregando
que a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, não cabendo
incriminações vagas ou genéricas.
104
Princípio da adequação social:
§ O princípio da adequação social preconiza que não se pode reputar criminosa
uma conduta tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em uma
descrição típica (ou seja, em um crime previsto em lei). Trata-se de condutas que,
embora formalmente típicas, porquanto descritas num tipo penal, são materialmente
atípicas porque socialmente adequadas, isto é, estão em consonância com a ordem
social.
§ Em outras palavras, o princípio da adequação social busca afastar a tipificação de
condutas consideradas socialmente adequadas. Por meio da interpretação, ele limita
a aplicação do tipo penal. O princípio em questão também se dirige para o legislador,
servindo como norte na criação de leis.
**Exemplo: mãe que fura orelha da filha para colocação de brinco – pelo princípio da adequação social, não irá
responder criminalmente pelo crime de lesão:
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
A conduta da mãe é formalmente típica, foi de fato ofendeu a integridade corporal de outrem. Contudo, pelo
princípio da adequação social, não é materialmente típica, ou seja.
Para existir o crime, a conduta deve ser formalmente típica e materialmente típica.
Princípio da alteridade:
§ Segundo o princípio da alteridade, para haver crime, a conduta humana deve
colocar em risco ou lesar bens de terceiros. É proibida a incriminação de atitudes
que não excedam o âmbito do próprio autor. Você não pode ser vítima de si próprio.
Exemplo: não é crime se matar.
**Indo além: a criminalização do uso da droga não viola o princípio da alteridade? Afinal, o usuário estaria
causando mal a si próprio. Conforme doutrina, o uso de drogas, além de causar mal para o próprio usuário, causa
mal à saúde pública como um todo.
§ Leis excepcionais temporárias: no que diz respeito à eficácia temporal da lei penal,
o término da vigência das leis denominadas temporárias e excepcionais não
depende de revogação por lei posterior. Consumado o lapso da lei temporária ou
105
cessadas as circunstâncias determinadoras das excepcionais, cessa, então, a
vigência dessas leis.
Atenção:
Ultratividade diz-se de uma lei quando ela é aplicada posteriormente ao fim de sua
vigência (revogação). É o caso das leis excepcionais e temporárias, pois estas são
ultrativas.
As leis excepcionais e temporárias também são intermitentes (são revogadas em curto
período, de forma “automática”).
106
não houve o dolo no sentido de matar uma pessoa. Trata-se de erro de tipo, o qual
exclui o dolo.
Tipos de tentativa:
§ Branca/Incruenta: O agente não conseguiu nem mesmo atingir o objeto pretendido.
Ex.: Ao atirar, os projéteis desviaram da vítima.
§ Vermelha/Cruenta: O agente conseguiu atingir o objeto, mas não conseguiu
consumar o delito. Ex.: O projétil somente perfurou o braço da vítima.
§ Perfeita/Acabada: O agente utilizou todos os meios que estavam ao seu alcance, e
mesmo assim não consumou o crime. Ex.: O agente lesionou a vítima com socos e
disparou 4 tiros na mesma, mas foi preso em flagrante antes que a vítima pudesse
vir a falecer.
§ Imperfeita/Inacabada: O agente não consegue utilizar todos os seus meios de
execução para a prática delituosa. Ex.: O agente tem a possibilidade objetiva desferir
cinco disparos, mas só consegue efetuar um disparo, pois é preso em flagrante
antes.
107
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção (Lei das Contravenções).
Assim sendo, teoricamente, a tentativa existe nas contravenções, ela apenas não é
considerada (não sendo punível).
§ Conduta: sem a conduta, não há falar em crime. A conduta pode ser dolosa (quando
há intenção de cometer o crime) ou culposa (não há intenção). Quando falamos que
alguém agiu sem dolo ou sem culpa, não há conduta. Não havendo conduta, não há
crime.
§ Resultado: todo crime tem resultado jurídico (ou normativo), pois sempre há lesão
ao bem jurídico tutelado ou perigo de lesão, quando um crime é cometido. Todavia,
nem todo crime resultado naturalístico (modificação física do mundo exterior), como
acontece no crime de homicídio (alguém morre). Quando estudamos resultado do
crime, é importante saber sobre os crimes formais, materiais e de mera conduta.
ü Crimes materiais: o resultado naturalístico descrito no tipo é indispensável
para a consumação. Exemplo: homicídio – “Art. 121 - Matar alguém”.
ü Crimes formais: o resultado naturalístico descrito no tipo é dispensável. A
consumação acontece com a prática da conduta em si (por isso, também se
chama de delito de consumação antecipada). Ex.: “Extorsão – Art. 158 -
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar
que se faça ou deixar de fazer alguma coisa”. O mero “constranger” com o
intuito de obter vantagem já faz o crime se consumar, ainda que nenhuma
vantagem venha a ser obtida com o crime.
ü Crimes de mera conduta: não há resultado naturalístico no tipo (crime de
mera atividade). Exemplo: porte ilegal de armas, pois o mero ato de portar a
arma em si não gera nenhuma consequência no mundo, mas já consuma o
crime.
§ Nexo causal: é o elo que une a conduta praticado pelo autor ao resultado. É o elo
causal que possibilita a atribuição de responsabilidade penal.
108
§ Tipicidade (formal ou material).
ü Tipicidade formal: é a conformidade do fato ao tipo penal, ou seja, a
adequação do ato praticado pelo agente àquilo que está previsto
abstratamente na norma. Exemplo: homicídio – “fulano matou ciclano”. Nesse
caso, a tipicidade formal se encaixa no delito de homicídio.
ü Tipicidade material: é a valoração da conduta e do resultado. O bem jurídico
deve ser efetivamente lesado. Aqui entra o princípio da insignificância, pois o
delito foi praticado, mas não houve lesão ao bem jurídico de forma
significativa.
ILICITUDE
§ A melhor forma de estudar a ilicitude, é estudando o que a afasta, pois é isso que irá
cair na prova da PRF. Existindo qualquer uma das causas que excluem a ilicitude,
não há crime.
§ Além das causas previstas acima, há uma supralegal (ou seja, não está nas leis):
seria o consentimento do ofendido. Para que o consentimento da vítima exclua o
crime, alguns requisitos devem estar presentes:
ü a disponibilidade do bem jurídico tutelado pela norma,
ü a validade do consentimento,
ü a necessidade de este último ser manifestado de forma livre e por pessoa
capaz,
ü a anterioridade ou simultaneidade entre o crime e o consentimento.
§ ESTADO DE NECESSIDADE É: “Considera-se em Estado de necessidade quem
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se”.
ü Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar
o perigo.
ü Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.
ü O Código Penal adotou a teoria unitária, não reconhecendo o estado de
necessidade exculpante (que excluiria a culpa), mas apenas o estado ne
necessidade justificante (que exclui a ilicitude).
ü Se o bem jurídico sacrificado for de maior valor que o bem jurídico protegido
há uma redução da pena apenas.
109
ü A teoria diferenciadora foi adotada apenas no Código Penal Militar (o que não
importa para a PRF).
ü Exemplo de caso envolvendo estado de necessidade:
§ Para salvar sua filha que está prestes a ser atacada por um pitbull, o
pai mata o animal.
§ Marido, para salvar a esposa, dirige em alta velocidade, gerando perigo
de dano, sem ser habilitado, para levá-la ao hospital. Ou seja, comete
um crime de trânsito para salvar a vida de sua esposa.
§ LEGÍTIMA DEFESA É: “Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente,
a direito seu ou de outrem” (é também conhecida como legítima defesa real).
ü Muito importante: observados os requisitos acima, também se considera em
legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco
de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crime. Lembre-se do
caso do “sniper”, no RJ.
ü Atenção: a justificativa para um PRF que mata uma pessoa em serviço,
obedecendo aos requisitos legais, é legítima defesa (não há estrito
cumprimento do dever legal de matar ou exercício regular de direito).
§ Legítima defesa putativa:
ü Trata-se de uma hipótese que imaginária. É aquela que o agente, por erro,
acredita existir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.
ü Ex: A foi jurado de morte por B. Em determinada noite, em uma rua escura,
encontram-se. B coloca a mão no bolso, e A, acreditando que ele iria pegar
uma arma, mata-o. Posteriormente, descobre-se que B iria lhe oferecer uma
Bíblia, pois havia se convertido.
ü A legítima defesa putativa não exclui a ilicitude da conduta, mas pode isentar
de pena, se o erro for inevitável. Se for evitável, pode responder por crime
culposo.
§ Legítima defesa sucessiva: havendo excesso, permite-se a defesa legítima do
agressor inicial. O agressor inicial, contra o qual se realiza a legítima defesa, tem o
direito de defender-se do excesso, uma vez que o agredido, pelo excesso,
transforma-se em agressor injusto. Ocorre uma troca de papel entre agressor e
agredido, em razão do excesso de defesa da vítima inicial.
ü CEBRASPE considerou correta a seguinte assertiva: “Nos termos do Código
Penal e na descrição da excludente de ilicitude, haverá legítima defesa
sucessiva na hipótese de excesso, que permite a defesa legítima do agressor
inicial”.
§ Estrito cumprimento de dever legal: toda obrigação que for extraída direta ou
indiretamente de LEI. Podem agir em estrito cumprimento de dever legal os PRF’s,
por exemplo, ao efetuarem uma prisão de alguém com mandado de prisão expedido
pelo juiz competente. Outro exemplo de estrito cumprimento do dever legal: em
abordagem de elevada suspeita criminal, o PRF pede ao condutor que desça do
110
veículo. Caso o PRF retire o condutor de dentro do veículo usando a força, estará
ele amparado pelo estrito cumprimento do dever legal.
§ Exercício regular do direito: são aquelas situações relacionadas à pessoa comum,
em que essas exercem todos os seus direitos que a lei franqueia.
Excesso punível:
§ No caso de excesso nas excludentes de ilicitude, o sujeito responderá pelo excesso
doloso ou culposo.
§ O CEBRASPE cobrou esse tópico da seguinte forma:
ü “A responsabilidade penal do agente nas hipóteses de excesso doloso ou
culposo aplica-se a todas as seguintes causas de excludentes de ilicitude
previstas no CP: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento
de dever legal ou exercício regular de direito”. Questão correta.
ü Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da
análise das excludentes de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido
dolosamente. Questão incorreta.
§ O excesso pode ser:
ü Intensivo: a defesa acontece enquanto ainda está sofrendo agressão. O meio
utilizado é desproporcional: uma pessoa franzina agride com tapas um lutador
faixa preta de 2m de altura, e, enquanto os tapas estão sendo dados, o lutador
se defende com uma bazuca, explodindo a vítima (exemplo ridículo ajuda a
memorizar).
ü Extensivo: acontece quando a agressão já acabou. Aqui, a duração da defesa
é desproporcional, perdurando após a agressão já ter acabado (lembre-se
do(a) que acabou com você).
§ O CEBRASPE cobrou o tópico da seguinte forma em prova da PF: “Considere que
João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um desconhecido, também
maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um
guarda-chuva e continue desferindo nele vários golpes, mesmo estando o
desconhecido desacordado. Nessa situação hipotética, João incorre em excesso
intensivo”. Questão errada, pois a agressão já havia terminado. Logo, é excesso
extensivo.
§ Comentário do CEBRASPE sobre a questão acima: “Conforme preleciona a doutrina,
a referida situação hipotética configura “excesso extensivo, o qual ocorre quando o
agente, tendo atuado nos limites impostos pela legítima defesa, depois de ter feito
cessar a agressão, dá continuidade à repulsa praticando, assim, neste segundo
momento, uma conduta ilícita. O excesso extensivo é, pois, um excesso na duração
da defesa, enquanto o excesso intensivo é um excesso em sua virtualidade lesiva”.
111
Culpa consciente x culpa inconsciente x dolo eventual:
§ Na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas acredita que ele não irá ocorrer
(lembre-se do atirador de facas).
§ Na culpa inconsciente, o agente não prevê o resultado, mas ele ocorre por
imprudência, negligência ou imperícia.
§ No dolo eventual, o agente prevê a possibilidade de ocorrência do resultado, mas
pouco se importa se vai ocorrer ou não.
Crime impossível:
§ O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio
empregado, violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo
tipo penal (entendimento do CESPE).
§ O que diz o CP: “Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”.
§ Exemplo de ineficácia absoluta do meio: tentar matar por meio de disparo de arma
de fogo utilizando uma arma de brinquedo (por desconhecimento).
§ Exemplo de absoluta impropriedade do objeto: tentar matar uma pessoa que já está
morta.
Omissão:
§ Omissão própria: a omissão vem descrita na própria lei. Não admite tentativa.
Exemplo: omissão de socorro (art. 135 do CP).
§ Omissão imprópria: o agente tem o dever de agir para evitar o resultado. Não o
fazendo, responderá pela sua omissão (art. 13, parágrafo segundo, do CP). O dever
de agir advém das seguintes situações:
ü Quando tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
112
ü Quando, de outras formas, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
(garantidor – exemplo: enfermeira);
ü Quando, com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado.
CULPABILIDADE
CULPABILIDADE
POTENCIAL
EXIGIBILIDADE DE
IMPUTABILIDADE CONSCIÊNCIA DA
CONDUTA DIVERSA
ILICITUDE
EXCLUDENTE:
ABAIXO, AS ABAIXO, AS
EXCLUDENTES EXCLUDENTES ERRO DE PROIBIÇÃO
INEVITÁVEL
OBEDIÊNCIA
MENORIDADE
HIERÁRQUICA
DOENÇÅ MENTAL OU
COAÇÃO MORAL
DESENVOLVIMENTO
IRRESISTÍVEL
MENTAL RETARDADO
EMBRIAGUEZ
COMPLETA POR CASO
FORTUITO OU FORÇA
MAIOR
Excludentes da imputabilidade:
§ Imputabilidade é aptidão para recebimento da pena.
§ São excludentes legais da imputabilidade:
ü Ser menor de idade: os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis.
Trata-se de critério biológico.
§ Menor de idade não pratica crime, mas ato infracional (ECA).
§ A emancipação civil não tem relevância.
ü Embriaguez acidental completa: é isento de pena o agente que, por
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
113
§ Exemplo de caso fortuito: o agente ignora a natureza inebriante daquilo
que ingere.
§ Exemplo de força maior: o agente é forçado a beber.
ü É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento. Trata-se de critério biopsicológivo.
§ A inimputabilidade deverá ser analisada de acordo com o caso
concreto através do incidente de insanidade.
Embriaguez preordenada:
§ O agente se embriaga de forma voluntária para praticar um crime. Configura situação
agravante.
114
§ Na coação física, não há dolo. Exemplo: alguém força o dedo de uma
pessoa a puxar o gatilho e matar outra pessoa. Conduta atípica para
aquele que sofreu coação física.
§ Na coação moral irresistível, há dolo.
ü Se a coação moral for resistível, haverá apenas atenuação da pena.
§ Obediência hierárquica:
ü Se o fato é cometido em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
ü Se a ordem for manifestamente ilegal, responderão o superior e o
subordinado pelo crime.
Excludentes da potencial consciência da ilicitude:
§ Uma pessoa só pode ser culpabilizada se o autor do crime tiver ou puder conhecer
as circunstâncias que conferem caráter de ilicitude ao fato.
§ Vamos a um exemplo: Ciclano, pessoa muito pobre, que vive isolado nas montanhas,
com a esposa doente, corta uma lasca de um tronco de uma árvore medicinal para
um chá, cometendo crime ambiental. Ciclano não tinha aptidão nenhuma para
adquirir a consciência da ilicitude da conduta. Nesse caso, resta caracterizado o que
se chama de erro de proibição invencível (inevitável), ficando isento de pena.
§ Erro de proibição:
INEVITÁVEL EVITÁVEL
O agente não era capaz de conhecer o O agente era capaz de conhecer o
caráter ilícito da conduta caráter ilícito da conduta.
Exclui a potencial consciência da Não exclui a potencial consciência da
ilicitude. ilicitude.
O agente é isento de pena. O agente é punível, com pena reduzida
de 1/6 a 1/3.
§ Não confunda erro de tipo com erro de proibição: no erro de tipo, o agente não
sabe o que faz, tendo falsa percepção da realidade. Ele não tem dolo. Afeta a
tipicidade da conduta. Exemplo: depois de um jantar com colegas da empresa, ao ir
embora, pega o celular de outra pessoa, pensando ser o seu. Em tese, cometeu
crime de furto. Contudo, o crime é afastado pelo erro de tipo.
115
§ Graça: concedida por decreto do Presidente da República (é
individual).
§ Indulto: concedido por decreto do Presidente da República (é coletivo,
não tendo destinatário certo).
ü pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
(abolitio criminis);
ü pela prescrição, decadência ou perempção;
ü pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;
ü pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
§ Extinção da punibilidade no crime de peculato culposo: a reparação do dano, se
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de
metade a pena imposta.
§ A Lei 9.099 também trata da extinção da punibilidade, por meio dos institutos da
transação penal e da suspensão condicional do processo.
§ Se o crime for cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, e
resulta lesão corporal de natureza gravíssima, o agente irá responder domo se
tivesse praticado lesão corporal gravíssima.
§ Se o crime for cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, e
resulta morte, o agente irá responder como se tivesse praticado homicídio.
116
Feminicídio (qualificadora do homicídio – maior gravidade da pena):
§ É crime a prática de homicídio contra mulher por razões de sua condição de sexo
feminino.
§ É crime a prática de homicídio contra autoridade ou agente das forças armadas, das
polícias, dos bombeiros militares, dos do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição.
§ Tipo penal: subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência.
§ Importante saber: se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de
fogo, a pena aumenta-se de dois terços. Segundo a jurisprudência, não é necessário
que a arma seja apreendida e periciada, desde que o seu uso no roubo seja provado
por outros meios de prova, tais como a palavra da vítima e testemunhas.
§ Para o STJ, é desnecessário o exame pericial para que possa ser aplicada a
majorante do emprego de arma no crime de roubo.
117
pretende-se um comportamento da vítima, restando um mínimo de liberdade de
escolha, enquanto, no crime de roubo, o comportamento não é essencial.
§ Exemplo: o agente, empregando uma arma de fogo, constrangendo a vítima a
efetuar uma transferência de dinheiro para a sua conta digitando a senha no caixa
eletrônico.
§
§ Tipo penal: obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento.
§ O crime não depende de representação nos casos em que a vítima for:
ü Administração Pública, direta ou indireta;
ü Criança ou adolescente;
ü Pessoa com deficiência mental;
ü Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
§ Aplica-se a pena em dobro se o crime é cometido contra idoso.
118
Assédio Sexual: constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. A pena é aumentada
em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
Estupro de vulnerável: ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor
de 14 (catorze) anos.
Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter
mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
119
ü II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem
as práticas referidas neste crime. constitui efeito obrigatório da condenação
a cassação da licença de localização e de funcionamento do
estabelecimento.
Difusão de doença ou praga: difundir doença ou praga que possa causar dano a
floresta, plantação ou animais de utilidade econômica.
§ Quem não utilizou máscara durante o auge da pandemia, pode ser classificado neste
crime.
120
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos
alimentícios: corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto
alimentício destinado a consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor
nutritivo.
§ Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em
depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a
substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.
§ Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito
para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto
falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.
§ Incluem-se entre os produtos a que se refere este crime os medicamentos, as
matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de
uso em diagnóstico.
121
ü Utilizar a CNH do irmão para dirigir não comete o crime de falsidade
ideológica, mas de falsa identidade.
§ Trocar a foto do documento de identificação por outra, própria, mais recente:
não é crime, mas fato atípico.
§ Na CNH, alterar por conta própria o nome que lá consta: é crime de falsificação
de documento público.
§ Falsificação de documento público: “falsificar, no todo ou em parte, documento
público, ou alterar documento público verdadeiro”. Nas mesmas penas incorre quem
insere ou faz inserir:
ü I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua
a qualidade de segurado obrigatório;
ü II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em
documento que deva produzir efeito perante a previdência social,
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;
ü III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado
com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa
ou diversa da que deveria ter constado.
** Esse assunto foi abordado em prova do CEBRASPE para agente da PCDF, em prova de
2013. A afirmativa a seguir foi considerada ERRADA: “O empresário que inserir na carteira de
trabalho e previdência social de seu empregado declaração diversa da que deveria ter escrito
cometerá o crime de falsidade ideológica”.
122
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
123
ü A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou
o pratica infringindo dever funcional.
ü Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena
- detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ Corrupção ativa:
ü Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2
(dois) a 12 (doze) anos, e multa.
ü A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.
124
§ A pena é aplicada em dobro se o descaminho é praticado em transporte aéreo,
marítimo ou fluvial.
§ Sofre a pena do descaminho quem pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
permitidos em lei.
§ No descaminho, pode ser aplicado o princípio da insignificância.
125
crime de menor potencial ofensivo, poderá ser oferecida a transação penal e
não iniciar a ação penal (conforme Lei 9.099/95). Existe também o acordo de
não persecução penal.
127
§ Ação penal privada subsidiária da pública:
ü É o caso que apresentamos acima, da Rita.
ü Se o MP não oferecer a denúncia no prazo de 15 dias, em regra, (indiciado
solto) ou de 05 dias (indiciado preso), o ofendido tem direito de ajuizar a
queixa-crime.
§ Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não
for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos
os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso
e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.
§ O ofendido tem 6 meses a partir do dia em que se esgota o prazo do
MP.
§ A Lei 9.099 tem aplicação às infrações de menor potencial ofensivo. São elas:
ü Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos
desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
ü Entenda: contravenção é diferente de crime. Infração penal é gênero do qual
são espécies a contravenção e o crime.
128
doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.
§ Fluxo do TCO:
ü Alguém comete uma infração criminal de menor potencial ofensivo.
ü É lavrado o TCO e encaminha-se imediatamente ao juizado o autor do
fato e a vítima ou o autor assume o compromisso de comparecer em
juízo.
129
DAS PROVAS
O que é prova:
§ O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas.
ü Inquérito policial colhe elementos informativos (não é prova, como regra).
ü Prova é aquela produzido sob contraditório judicial.
ü O Brasil NÃO adotou o sistema taxativo da prova (como regra) no CPP.
§ O CPP traz uma lista de provas. Porém, a doutrina admite outras
provas, como vídeos (provas inominadas), desde que respeitem as
regras constitucionais.
§ Há determinados fatos que não precisam ser provados:
ü Fatos evidentes: decorrem do raciocínio lógico.
ü Fatos notórios: todos sabem.
ü Presunção legal: a lei presume que tenha sido de tal forma.
Provas ilícitas:
§ São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
ü Exemplo: busca e apreensão sem ordem judicial.
§ São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas (teoria dos frutos da
árvore envenenada), salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre
umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras.
§ Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos
e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir
ao fato objeto da prova.
§ Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
130
§ O CEBRASPE considerou correta as seguintes assertivas:
ü CPP não admite as provas ilícitas, determinando que devem ser
desentranhadas do processo as obtidas com violação a normas
constitucionais ou legais, inclusive as derivadas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente.
ü Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se
beneficiarem o réu.
ü A gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores pode ser
usada como prova, mesmo que tenha sido feita sem qualquer autorização ou
sem o conhecimento de quem estava na outra ponta da linha.
ü A teoria dos frutos da árvore envenenada, de origem norte-americana e
consagrada na CF, proclama a mácula de provas supostamente lícitas e
admissíveis, obtidas, todavia, a partir de provas declaradas nulas pela forma
ilícita de sua colheita.
Cadeia de custódia
§ Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados
para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou
em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.
§ A cadeia de custódia tem início:
ü Com a preservação do local do crime;
ü Ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio.
§ O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
ü É o caso do PRF que se depara com uma cena de crime. Ele deverá isolar o
local para preservar o ambiente.
§ Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido,
que se relaciona à infração penal.
§ A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial,
que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando
for necessária a realização de exames complementares
ü É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer
vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.
131
Exame de corpo de delito e perícias
§ Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
§ Não sendo possível o exame de corpo de delito, por terem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
ü Para a jurisprudência, não só a prova testemunhal, mas qualquer prova pode
suprir o exame, quando desaparecidos os vestígios.
§ Nos crimes de menor potencial ofensivo, o exame de corpo de delito está
dispensado quando a inicial acusatória vier acompanhada de boletim médico (ou
prova equivalente) atestando o fato.
§ Será dada prioridade ao exame de corpo de delito quando se tratar de crime
que envolva:
ü Violência doméstica e familiar contra a mulher;
ü Violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
§ Exige-se no exame de corpo e delito:
ü Um perito oficial ou
ü Dois peritos não oficiais.
§ O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em
parte (sistema liberatório de apreciação da prova pericial).
Confissão
§ A confissão não pode ser feita por procurador.
§ Não se admite confissão tácita.
§ Pode ser extrajudicial, mas terá menor valor probatório.
§ A confissão será divisível (pode valer só para uma parte da conduta) e retratável, sem
prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
Prova documental
§ A fotografaria do documento, devidamente autenticada, tem o mesmo valor do
original.
Indícios:
§ Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com
o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.
Busca e apreensão
§ A busca e apreensão é utilizada por se obter uma prova.
§ Pode ocorrer na fase judicial ou na investigação policial.
132
§ Pode ser determinada de ofício (pelo juiz) ou a requerimento de qualquer das
partes.
§ A carta aberta pode ser objeto de busca e apreensão (segundo doutrina
majoritária).
§ As buscas domiciliares serão executadas de dia (do nascer ao por do sol), salvo se
o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os
executores mostrarão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-
o, em seguida a abrir a porta. Vale a mesma ideia quando se tiver de proceder a
busca em compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva
ou em compartimento não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou
atividade (exemplo: consultório particular, quarto de hotel, etc).
o Boleia de caminhão: segundo o STJ, arma apreendida no interior da boleia do
caminhão tipifica o crime de porte ilegal de arma de fogo, não considerando
o veículo como casa (se considerasse como casa, o crime seria de posse).
§ Quando ausentes os moradores, qualquer vizinho, se houver presente, será intimado
para assistir a diligência.
Busca pessoal (muito importante para PRF, pois faz parte do dia a dia)
§ É realizada quando há fundada suspeita para encontrar arma proibida ou
determinados objetos.
§ Não se exige ordem judicial. Exemplo: equipe da PRF em ronda visualiza uma pessoa
suspeita, com um volume na cintura com contornos de uma pistola, em um local de
alto índice de criminalidade. Será feita a busca pessoal no indivíduo e em seus
pertences, e inclusive no veículo de eventual suspeito (havendo fundada suspeita).
§ A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou
prejuízo da diligência.
PRISÃO
Temos dois tipos de prisão: a prisão pena (punição após sentença condenatória) e a
prisão de natureza cautelar (que não é pena). Para PRF, a única prisão com relevância
é a prisão em flagrante, já que se trata de uma polícia ostensiva.
§ Prisão em flagrante:
ü Quando alguém pratica um crime, será ele preso se a polícia o pegar em
flagrante.
ü O que é flagrante?
§ Flagrante próprio (ou real ou verdadeiro ou propriamente dito): o
indivíduo está cometendo a infração ou acaba de cometer o fato.
§ Flagrante impróprio: o indivíduo não é encontrado no local do fato,
mas se inicia uma busca imediata ao indivíduo (perseguição),
acabando ao final por ser preso.
133
§ Flagrante Presumido: o indivíduo é encontrado com objetos do crime
que fazem presumir que foi o autor do delito. Não necessita ter ocorrido
perseguição.
§ Flagrante Provocado: é um flagrante inválido, tratando-se de crime
impossível.
§ Flagrante Forjado: é um flagrante inválido que se refere a um fato que
não ocorreu, mas criado para incriminar o indivíduo.
ü Quem deve efetuar a prisão em flagrante?
§ Qualquer do povo poderá (flagrante facultativo) e as autoridades
policiais e seus agentes deverão prender (flagrante obrigatório) quem
quer que seja encontrado em flagrante delito.
ü Não podem ser presos em flagrante:
§ Menores de 18 anos (entre 12 e 18 podem ser apreendidos, mas não
presos – ECA).
§ Presidente da República.
§ Deputados Federais e Senadores: só podem ser presos em flagrante
de crime inafiançável.
§ Juiz e membro do MP: só podem ser presos em flagrante de crime
inafiançável.
§ Diplomatas estrangeiros.
§ Aquele que, após cometer o delito, apresenta-se espontaneamente à
autoridade policial.
§ O autor de crime de menor potencial ofensivo só será preso se recusar
comparecer ao juizado ou se negar a assumir o compromisso de
comparecer em juízo.
ü Disposições legais:
§ Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor
(aquele que efetuou a prisão) e colherá, desde logo, sua assinatura,
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e
ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a
autoridade, afinal, o auto.
§ A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo
menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do
preso à autoridade.
§ Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-
lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas,
que tenham ouvido sua leitura na presença deste.
§ A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
134
ü Uso de algemas, conforme STF (P-R-F): Perigo – Resistência – Fuga
§ Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Prevê a CF:
§ O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei
Prevê a legislação:
§ Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação
criminal quando:
ü o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
ü o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o
indiciado;
ü o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações
conflitantes entre si;
ü a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou
mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da
defesa;
ü constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes
qualificações;
ü o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da
expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação
dos caracteres essenciais.
§ As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para
identificar o indiciado.
135
DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS
§ Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá (principais):
ü apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
ü colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
ü ouvir o ofendido;
136
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
LEI Nº 5.553/1968 (APRESENTAÇÃO E USO DE
DOCUMENTOS E LEI Nº 12.037/2009 (IDENTIFICAÇÃO
CRIMINAL DO CIVILMENTE IDENTIFICADO)
137
§ Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e
voz dos presos provisórios ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por
ocasião da identificação criminal.
Conselho tutelar
§ O conselho tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional.
§ É encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e
do adolescente.
§ Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no
mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública
138
local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para
mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de
escolha.
§ O CT poderá requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, serviço social,
previdência, trabalho e segurança.
139
§ Segundo a Lei: a pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente
em regime fechado. Contudo, o STF declarou inconstitucional essa norma,
cabendo ao juiz fixar o regime inicial.
§ Homicídio simples não é crime hediondo.
§ Homicídio privilegiado não é crime hediondo.
§ Para o STF, tráfico privilegiado de drogas não é crime hediondo.
§ Outros exemplos de crimes hediondos:
ü Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.
ü Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição.
ü Furto qualificado pelo emprego de explosivo.
ü Organização criminosa, quando direcionada à prática de crime hediondo.
ü Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual
de criança ou adolescente ou de vulnerável.
ü Estupro.
ü Extorsão.
ü Roubo nas hipóteses: com uso de arma de fogo; restrição de liberdade da
vítima; lesão corporal grave ou morte.
ü Epidemia.
DECRETO 1.655
140
ü III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito e os
valores decorrentes da prestação de serviços de estadia e remoção de
veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas excepcionais;
ü IV - executar serviços de prevenção, atendimento de acidentes e salvamento
de vítimas nas rodovias federais;
ü V - realizar perícias, levantamentos de locais boletins de ocorrências,
investigações, testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos
estabelecidos em leis e regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos
acidentes de trânsito;
ü VI - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de
segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte
de cargas indivisíveis;
ü VII - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar
ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, bem como zelar
pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança,
promovendo a interdição de construções, obras e instalações não
autorizadas;
ü VIII - executar medidas de segurança, planejamento e escoltas nos
deslocamentos do Presidente da República, Ministros de Estado, Chefes de
Estados e diplomatas estrangeiros e outras autoridades, quando necessário,
e sob a coordenação do órgão competente;
ü IX - efetuar a fiscalização e o controle do tráfico de menores nas rodovias
federais, adotando as providências cabíveis contidas na Lei n° 8.069 de
13 junho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
ü X - colaborar e atuar na prevenção e repressão aos crimes contra a vida,
os costumes, o patrimônio, a ecologia, o meio ambiente, os furtos e
roubos de veículos e bens, o tráfico de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando, o descaminho e os demais crimes previstos em leis.
§ O documento de identidade funcional dos servidores policiais da Polícia Rodoviária
Federal confere ao seu portador livre porte de arma e franco acesso aos locais
sob fiscalização do órgão, nos termos da legislação em vigor, assegurando - lhes,
quando em serviço, prioridade em todos os tipos de transporte e comunicação.
141
DECRETO 9.662
142
LEI 9.099 (JUÍZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS) –
ASPECTOS RELEVANTES
§ O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou
a transação.
§ Juizados Especiais Criminais:
ü O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos,
tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e
continência.
ü Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine
pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
ü O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima
e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
ü Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
ü A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por
qualquer meio hábil de comunicação.
ü Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o
autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por
seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos
danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa
de liberdade.
ü A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo
Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no
juízo civil competente.
ü Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a
renúncia ao direito de queixa ou representação.
ü Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao
ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que
será reduzida a termo.
ü O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica
decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.
ü Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público
poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou
multas, a ser especificada na proposta. Não se admitirá a proposta se ficar
comprovado:
143
§ I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;
§ II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco
anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste
artigo;
§ III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade
do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e
suficiente a adoção da medida.
ü Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à
apreciação do Juiz. Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita
pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou
multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para
impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
144
dobro do prazo da pena aplicada (é efeito automático da
condenação).
§ II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de
deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
§ III - se o crime é cometido mediante sequestro.
ü O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-
se o agente em local sob jurisdição brasileira.
ü A lei prevê regime inicial fechado (salvo no caso daquele que se omite).
Contudo, há duvidas sobre a constitucionalidade dessa regra (portanto,
dificilmente será cobrada).
.
PRINCIPAIS CRIMES:
§ Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou
nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão
competente: Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
ü Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata
pessoal do agente ou de sua família.
§ Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados
por órgão competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas
as penas cumulativamente.
§ Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
145
ü I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos
inferiores aos permitidos;
ü II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de
aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
ü III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes
provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.
Atenção ao verbo “transportar” – pertinência temática com a PRF.
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo
que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
146
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (manipula a arma)
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de
. O parágrafo único foi declarado
inconstitucional pelo STF.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha
como finalidade a prática de outro crime:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. O parágrafo único foi
declarado inconstitucional pelo STF.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
147
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente
a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer
modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
148
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar,
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de
conduta criminal preexistente.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade
competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória. (foi declarado inconstitucional pelo STF)
149
o a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo,
sucessivamente a:
§ admoestação verbal;
§ multa.
Ø Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia,
cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
Ø Critério de aferição do “uso pessoal”:
o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz
atenderá à NATUREZA e à QUANTIDADE da substância apreendida, ao
LOCAL e às CONDIÇÕES em que se desenvolveu a ação, às
CIRCUNSTÂNCIAS sociais e pessoais, bem como à CONDUTA e aos
ANTECEDENTES do agente.
Ø Atenção: o crime para o usuário ainda existe, embora não implique em prisão.
REPRESSÃO
Ø As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia
na forma, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo
lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação
do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova.
Ø As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o
disposto no art. 243 da Constituição Federal.
o Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde
forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração
de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à
reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
o Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da
exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo
especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
CRIMES (principais)
Ø Em caso de prisão por tráfico de drogas ilícitas, o juiz poderá substituir a pena
privativa de liberdade por restritiva de direito.
o A vedação da conversão da pena do tráfico privilegiado em penas
restritivas de direitos foi declarada inconstitucional pelo STF em sede de
150
controle difuso. Sua eficácia foi suspensa pela Resolução nº 5/2012 do
Senado Federal.
Ø Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de
500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
ü § 1º Nas mesmas penas incorre quem:
§ I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe
à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz
consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de
drogas;
§ II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas
que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
§ III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou
consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
§ IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico
destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com
a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
ü § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide
ADI nº 4.274) Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ Marcha da maconha – o que entende o STF: “O Supremo Tribunal
Federal (STF) reforçou, nesta quarta-feira (23/11/11), a legalidade
dos eventos chamados “marcha da maconha”, que reúnem
manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Por
unanimidade, os ministros decidiram que esse tipo de manifestação
não pode ser considerado crime previsto no artigo 33, parágrafo 2º,
da Lei de Tóxicos (Lei nº 11.343/2006), o que configuraria afronta
aos direitos de reunião e de livre expressão do pensamento,
previstos na Constituição Federal”.
ü § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de
seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6
(seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento (..) , sem prejuízo das penas
previstas no art. 28.
151
ü (tráfico privilegiado – não é hediondo) § 4o Nos delitos definidos no
caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto
a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde
que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa.
§ O STF tem aplicado esta minorante também às mulas do tráfico
(ex.: pessoa que não tem ligação com a organização criminosa, mas
que apenas recebe dinheiro para o transporte.
§ No mesmo sentido, o STJ: É possível o reconhecimento do tráfico
privilegiado ao agente transportador de drogas, na qualidade de
"mula", uma vez que a simples atuação nessa condição não induz,
automaticamente, à conclusão de que ele seja integrante de
organização criminosa.
Ø Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir,
entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação,
preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 (três)
a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-
multa.
Ø Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um
sexto a dois terços, se:
ü I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e
as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito
(importante);
§ Súmula 607/STJ: "A majorante do tráfico transnacional de drogas
(art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a prova da
destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a
transposição de fronteiras”.
§ CESPE/2018: Em um aeroporto no Rio de Janeiro, enquanto estava
na fila para check-in de um voo com destino a um país sul-
americano, Fábio, maior e capaz, foi preso em flagrante delito por
estar levando consigo três quilos de crack. Nessa situação, ainda
que não esteja consumada a transposição de fronteiras, Fábio
responderá por tráfico transnacional de drogas e a comprovação da
destinação internacional da droga levará a um aumento da pena de
um sexto a dois terços.
• Correto.
ü II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou
no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou
vigilância;
ü III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de
152
entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento
de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares
ou policiais ou em transportes públicos;
ü IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de
arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
ü V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes
e o Distrito Federal;
ü VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a
quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade
de entendimento e determinação;
ü VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Ø Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores
ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no
caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.
§ A lei em questão tem pouca pertinência para a PRF. Contudo, sofreu modificação
recente, podendo vir a ser cobrada na prova.
§ Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
153
CRIME
§ Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta
pessoa, organização criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas
correspondentes às demais infrações penais praticadas.
§ 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa
dessa condição para a prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao
exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações
criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da
organização.
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra
organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se
fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público
a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o
exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes
ao cumprimento da pena.
§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei,
a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério
Público, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão.
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas
à disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos
penais de segurança máxima.
§ 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa
ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá progredir de
regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros
benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção
do vínculo associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico processual e meio de
obtenção de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos.
§ Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial,
reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por
restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente
com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração
advenha um ou mais dos seguintes resultados:
ü I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização
criminosa e das infrações penais por eles praticadas;
154
ü II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da
organização criminosa;
ü III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da
organização criminosa;
ü IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações
penais praticadas pela organização criminosa;
ü V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física
preservada.
§ § 1º Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade
do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do
fato criminoso e a eficácia da colaboração.
§ § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a
qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a
manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz
pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não
tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
§ São direitos do colaborador (dentre outros): - cumprir pena ou prisão cautelar em
estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.
§ Sentença, medida cautelar, ou recebimento de denúncia não podem ser
proferidas com fundamento exclusivo nas declarações do colaborador.
§ O acordo homologado poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os
fatos objeto da colaboração.
§ Ação controlada:
ü Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou
administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para
que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de
provas e obtenção de informações.
ü § 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será
previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso,
estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público (flagrante
retardado/postergado).
§ Infiltração de agentes: não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime
pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.
155
especialmente para análise e enfrentamento dos riscos à harmonia da convivência
social, com destaque às situações de emergência e aos crimes interestaduais
e transnacionais.
§ É instituído o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que tem como órgão
central o Ministério Extraordinário da Segurança Pública e é integrado pelos
órgãos de que trata o art. 144 da Constituição Federal , pelos agentes
penitenciários, pelas guardas municipais e pelos demais integrantes estratégicos e
operacionais, que atuarão nos limites de suas competências, de forma cooperativa,
sistêmica e harmônica.
§ São integrantes estratégicos do Susp:
ü I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio
dos respectivos Poderes Executivos;
ü II - os Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social dos três entes
federados.
§ São integrantes operacionais do Susp: a PRF, dentre os outros (PF, PC, etc).
§ A União poderá apoiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando não
dispuserem de condições técnicas e operacionais necessárias à implementação do
Susp.
§ Os órgãos integrantes do Susp poderão atuar em vias urbanas, rodovias, terminais
rodoviários, ferrovias e hidrovias federais, estaduais, distrital ou municipais, portos e
aeroportos, no âmbito das respectivas competências, em efetiva integração com o
órgão cujo local de atuação esteja sob sua circunscrição, ressalvado o sigilo das
investigações policiais.
§ Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente
público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-
las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
§ As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando
praticadas pelo agente com a finalidade específica de:
ü prejudicar outrem
ü ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro,
ü ou por mero capricho ou satisfação pessoal.
§ A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não
configura abuso de autoridade.
ü Portanto, não comete abuso de autoridade o PRF que se confunde na
interpretação da lei, removendo um veículo quando deveria apenas reter.
§ Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
156
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos
pelo caput deste artigo.
§ Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
§ São efeitos da condenação a quem comete abuso de autoridade:
ü I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime,
devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando
os prejuízos por ele sofridos;
ü II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função
pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos (requer reincidência e
não é automático, devendo ser declarado na sentença);
ü III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública (requer
reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença).
ü As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade
previstas nesta Lei são:
§ I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;
§ II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo
prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e
das vantagens;
ü As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente.
ü Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-
disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em
estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito.
157
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das
testemunhas;
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada
à violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório
em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao
preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função.
158
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a
imóvel ou suas dependências;
II - (VETADO);
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma
horas) ou antes das 5h (cinco horas).
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver
fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação
de flagrante delito ou de desastre.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do
investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou
invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter
vantagem ou privilégio indevido.
159
DIREITOS HUMANOS
DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
§ Dentre outras características, os direitos humanos são imprescritíveis, inalienáveis,
indisponíveis, universais e indivisíveis.
§ Os direitos fundamentais são os direitos humanos reconhecidos por um Estado e
positivados em uma Constituição (ordem interna de um Estado).
§ A dignidade da pessoa humana constitui fundamento da República Federativa do
Brasil.
§ O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.
§ A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para, dentre outras
hipóteses, assegurar a observância do princípio constitucional dos direitos da
pessoa humana.
§ Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes
de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá́
suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
§ Direitos fundamentais de primeira dimensão (ideia de LIBERDADE):
ü Foco na liberdade do indivíduo em relação ao Estado (direitos de resistência
frente ao Estado). São os direitos civis, políticos e liberdades. Exemplo: direito
de ir e vir.
§ Direitos fundamentais de segunda dimensão (ideia de IGUALDADE):
ü Foco nos direitos sociais, culturais e econômicos. Exige-se um “fazer” do
Estado, uma prestação. Exemplo: direito à educação e à saúde.
§ Direitos fundamentais de terceira dimensão (ideia de FRATERNIDADE):
ü São direitos transindividuais destinados à proteção do gênero humano. Ideias
de: fraternidade, direito ao ambiente, progresso, paz, autodeterminação dos
povos e demais direitos difusos.
§ Principais direitos previstos na CF:
ü ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
ü nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido (é o princípio da intranscendência da pena);
ü é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
ü às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer
com seus filhos durante o período de amamentação;
ü a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
160
ü não haverá penas:
§ a) de morte, salvo em caso de guerra declarada;
§ b) de caráter perpétuo;
§ c) de trabalhos forçados;
§ d) de banimento;
§ e) cruéis;
ü ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
ü o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;
ü o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
ü o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
ü não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel (o
Pacto de São José da Costa Rica veda a prisão do depositário infiel).
§ A Constituição Federal traz um rol não-exaustivo de direitos fundamentais, ou seja,
há outros direitos nela não previstos decorrentes dos princípios e tratados.
§ Vedação ao retrocesso: os direitos fundamentais devem ser ampliados, mas não
reduzidos (“efeito cliquet”).
161
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
§ Segundo entendimento do CEBRASPE: “Consensualmente considerada um
prolongamento natural da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU, 1945), a
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi aprovada pela Assembleia-
geral da ONU em 1948 (Resolução 217–A). O documento reflete o desejo de paz,
justiça, desenvolvimento e cooperação internacional que tomou conta de quase todo
o mundo após duas grandes guerras no espaço de apenas duas décadas.”
§ Características da DUDH:
ü Faz parte do Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos.
ü A declaração não apresenta um rol fechado de direitos, podendo ser
ampliado.
ü Fundamenta-se na ideia de que todos nascem iguais em dignidade e direitos.
ü Orienta-se pelos princípios da universalidade, igualdade e não-discriminação.
ü Não trata da pena de morte.
ü Os exercícios de direitos não podem justificar a violação dos direitos de
outrem. A DUDH de 1948 marca a internacionalização dos direitos humanos,
sendo o primeiro documento de dimensão mundial a tratar de tal forma o tema
dos direitos humanos.
ü A Declaração Universal dos Direitos Humanos não prevê̂ expressamente
instrumentos ou órgãos próprios para sua aplicação compulsória.
ü A DUDH não é um tratado, mas resolução.
162
§ Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo
em outros países.
§ Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada
por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das
Nações Unidas.
§ Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
§ Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
§ A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto
ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
§ Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual
trabalho.
§ Todo ser humano tem direito à educação. A educação será gratuita, pelo menos nos
graus elementares e fundamentais. A educação elementar será obrigatória. A
educação técnico-profissional será acessível a todos, bem como a educação
superior, esta baseada no mérito.
§ No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas
às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as
justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade
democrática.
§ Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos
contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
163
§ Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos
e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu
tratamento.
§ As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a
readaptação social dos condenados.
§ Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos
países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade
acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no
sentido de proibir o cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal
competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade
física e intelectual do recluso.
§ Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios:
o a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em
cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade
judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços devem ser executados sob
a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os
executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias
ou pessoas jurídicas de caráter privado;
o b) serviço militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de
consciência, qualquer serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;
o c) o serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a
existência ou o bem-estar da comunidade;
o d) o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
§ Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da detenção e
notificada, sem demora, da acusação ou das acusações formuladas contra ela.
§ Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença
de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e tem o
direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuízo
de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que
assegurem o seu comparecimento em juízo.
§ Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de
autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de
obrigação alimentar.
§ Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um
prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial,
estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal
formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter
civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
§ Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência,
enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda
pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:
o a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou
intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal;
164
o b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;
o d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por
um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular,
com seu defensor;
o e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo
Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não
se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido
pela lei;
o f) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se
culpada.
§ A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.
§ O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser submetido
a novo processo pelos mesmos fatos.
§ O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os
interesses da justiça.
§ Ninguém poderá ser condenado por atos ou omissões que, no momento em que
foram cometidos, não constituam delito, de acordo com o direito aplicável.
§ Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da
ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição
de pena mais leve, o delinquente deverá dela beneficiar-se.
§ Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido
condenada em sentença transitada em julgado, por erro judiciário.
§ Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito
inclui a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer
natureza, sem considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma
impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha.
§ O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito à censura
prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente previstas
em lei e que se façam necessárias para assegurar:
o a) o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;
o b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da
moral públicas.
§ A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo
exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da
adolescência.
§ A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao
ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à
hostilidade, ao crime ou à violência.
§ Toda pessoa atingida por informações inexatas ou ofensivas emitidas em seus
prejuízos por meios de difusão legalmente regulamentados e que se dirijam ao
público em geral, tem direito a fazer, pelo mesmo órgão de difusão, sua retificação
ou resposta, nas condições que estabeleça a lei.
165
§ Em nenhum caso a retificação ou a resposta eximirá das outras responsabilidades
legais em que se houver incorrido.
§ Toda criança terá direito às medidas de proteção que a sua condição de menor
requer, por parte da sua família, da sociedade e do Estado.
§ Ninguém pode ser expulso do território do Estado do qual for nacional e nem ser
privado do direito de nele entrar.
§ O estrangeiro que se encontre legalmente no território de um Estado-parte na
presente Convenção só poderá dele ser expulso em decorrência de decisão adotada
em conformidade com a lei.
§ Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em
caso de perseguição por delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos,
de acordo com a legislação de cada Estado e com as Convenções internacionais.
§ Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso ou entregue a outro país, seja ou
não de origem, onde seu direito à vida ou à liberdade pessoal esteja em risco de
violação em virtude de sua raça, nacionalidade, religião, condição social ou de suas
opiniões políticas.
§ É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.
§ Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a
independência ou segurança do Estado-parte, este poderá adotar as disposições
que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às exigências da situação,
suspendam as obrigações contraídas em virtude desta Convenção, desde que tais
disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o
Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de
raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
§ A disposição precedente não autoriza a suspensão dos direitos determinados nos
seguintes artigos: 3 (direito ao reconhecimento da personalidade jurídica), 4 (direito
à vida), 5 (direito à integridade pessoal), 6 (proibição da escravidão e da servidão), 9
(princípio da legalidade e da retroatividade), 12 (liberdade de consciência e religião),
17 (proteção da família), 18 (direito ao nome), 19 (direitos da criança), 20 (direito à
nacionalidade) e 23 (direitos políticos), nem das garantias indispensáveis para a
proteção de tais direitos.
§ Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer necessário evitar
danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos assuntos de que estiver conhecendo,
poderá tomar as medidas provisórias que considerar pertinentes. Se se tratar de
assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar
a pedido da Comissão.
166
LÍNGUA PORTUGUESA
§ Emprego facultativo de vírgula:
o Quando a expressão adverbial for de curta extensão e vier no início da frase,
pode-se ou não a isolar com a vírgula: “Na PRF, trabalhamos de forma
intensa”.
o Com orações adverbiais: “irei a praia amanhã, se não chover”. Com vírgula ou
sem a oração estaria certa. Contudo, o uso da vírgula dá mais ênfase.
o Depois de algumas conjunções: “Ele estudou muito para a prova da PRF
durante a madrugada. Conjunções: entretanto, portanto, todavia, por isso.
§ Emprego facultativo de crase:
o Diante de nomes próprios femininos: entreguei a chave da viatura a Paula.
o Diante de pronome possessivo feminino: cedi o fuzil a minha colega.
o Depois da preposição até: fui até a sede da PRF.
§ Haver:
o Haver com o sentido de existir ou ocorrer: verbo fica no singular. Ex.: Havia
dez candidatos.
o Quando “haver” admitir sujeito: eles haverão de entender isso em algum dia
§ Onde: Indica lugar em que algo ou alguém está (localização), deve ser utilizado
somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Ex.: Não sei onde
fica a sede da PRF.
§ Aonde: Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplos a seguir: Aonde
você irá depois da formatura do curso de formação da PRF?
§ Esse: use “esse” e suas variações (nesse, nessa, essa) para retomar um tempo que
já foi mencionado. Exemplo: Turquinho foi o primeiro policial rodoviário federal. Esse
policial...
167
o Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de
conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto,
por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo: Marta estava bem preparada
para o teste, portanto não ficou nervosa.
o Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica
a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Por exemplo: Não demore, que o filme já vai começar.
§ Uso do travessão:
o Pode ser usado para indicar a fala de um personagem.
o Separar expressões ou frases explicativas.
o Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos.
168
INFORMÁTICA
Internet das coisas:
Big data:
169
ü A PRF pode, por exemplo, coletar uma infinidade de dados de veículos que
trafegam nas rodovias e cruzar com bancos de dados do governo, extraindo
informações relevantes sobre os veículos. Com isso, o trabalho policial se
torna mais eficiente e direcionado, utilizando-se do Big Data.
ü Segundo o CESBRASPE: A Big Data pode ser utilizada na EAD (ensino à
distância) para se entender as preferências e necessidades de aprendizagem
dos alunos e, assim, contribuir para soluções mais eficientes de educação
mediada por tecnologia.
ü As informações extraídas podem ser de todos os tipos, incluindo fotos, redes
sociais, comportamentos, tráfego aéreo, georreferenciamento e todo o tipo
de dado.
ü A corporação que utiliza o big datal, através da colheita e processamento dos
dados, terá subsídios para tomar melhores decisões.
ü Big data permite uma grande capacidade de captura de dados, com alta
velocidade de captura, descoberta e análise.
§ Os tipos de dados:
ü Dados não estruturados: não possuem organização definida. Não estão
organizados seguindo qualquer padrão. A maior parte dos dados gerados no
mundo é desse tipo.
ü Dados estruturados: há um padrão definido de estruturação dos dados.
Estrutura rígida. Dados de um mesmo registro possuem relação entre eles.
Exemplo: Banco de Dados.
ü Dados semiestruturados: há uma estrutura em cada campo de dados,
porém sem um formato específico.
Computação na nuvem:
§ O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à
utilização da memória e da capacidade de armazenamento e cálculo de
computadores e servidores Hospedados em Datacenter e interligados por meio da
Internet, seguindo o princípio da computação em grade.
§ No cloud computing, quem realiza as tarefas de armazenamento, atualização e
backup é o servidor (ou DATACENTER) e não o usuário.
§ Com a cloud computing, não há mais necessidade de instalar ou armazenar
aplicativos, arquivos e outros dados afins no computador ou em um servidor
próximo, dada a disponibilidade desse conteúdo na Internet.
§ Segundo o CEBRASPE, a computação na nuvem envolve: entrega sob demanda de
poder computacional, armazenamento de banco de dados, aplicações e outros
recursos de tecnologia da informação por meio de uma plataforma de serviços via
Internet.
170
§ Segundo o CEBRASPE, o uso do backup (cópia de segurança) em nuvem para
sistemas de armazenamento de imagens tem como vantagem a salvaguarda das
cópias em ambientes fisicamente seguros e geograficamente distantes.
§ Tipos de nuvem:
ü Pública: acessível a todos.
ü Privada: acesso restrito aos usuários de determinada corporação.
ü Comunitária: acesso compartilhado por organizações com interesse em
comum.
ü Híbrida: o conceito não está relacionado ao tipo de acesso, mas ao modelo
do serviço prestado. No modelo híbrido, há uma combinação entre diferentes
estruturas, podendo ter um ambiente privado e outro público, por exemplo.
Através da nuvem híbrida, é possível manter sistemas que tratam informações
sensíveis, como informações policiais, na nuvem privada, deixando as
informações não sensíveis de modo acessível ao cidadão, no ambiente
público.
BdaaS Big data como serviço Permite que as empresas manuseiem e aproveitem um
volume explosivo de dados. Integra mecanismo de consulta
SQL, ferramentas de exploração de dados, bibliotecas
analíticas, estruturas de processamento, ferramentas de
monitoramento.
DaaS Device como serviço Oferece desktops virtuais aos usuários. Máquinas virtuais
executam os sistemas operacionais hospedados na nuvem
do provedor do serviço contratado que, por sua vez, realiza a
transmissão aos dispositivos dos usuários.
Inteligência artificial:
171
§ A inteligência artificial pode ser utilizada conjuntamente com o “big data” e com itens
relacionados a ideia de “internet das coisas”.
§ Possibilita às aprender com experiências (machine learnig), perfomando de forma
semelhante ao ser humano. O mecanismo de aprendizagem das máquinas envolve
o conceito de deeplearning, utilizando algoritmos complexos para imitar a
aprendizagem humana, tal como se fosse uma rede neural.
Internet e intranet:
172
§ SSH: em informática o SSH (Secure Shell) é, ao mesmo tempo, um programa de
computador e um protocolo de rede que permitem a conexão com outro computador
na rede de forma a permitir execução de comandos de uma unidade remota. Ele
possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da criptografada
na conexão entre o cliente e o servidor.
§ Extranet: é a parte de uma intranet que pode ser acessada pela Internet, ou seja, a
extranet fica disponível na Internet para interação com clientes e fornecedores de
uma organização, mas com acesso autorizado, controlado e restrito. Uma extranet
pode sim ser acessada por meio de smartphones.
§ Proxy:
o Um servidor proxy é um "computador" que atua como intermediário entre uma
rede local e a Internet.
o Exemplo de uso: uma empresa que tenha um link internet em apenas um
computador, pode instalar um servidor proxy neste computador, e todos os
outros podem acessar a Internet através do proxy.
o É o termo utilizado para definir os intermediários entre o usuário e seu
servidor. E por isso desempenha a função de conexão do computador (local)
à rede externa (Internet).
o Os servidores proxy ajudam a melhorar o desempenho na Web armazenando
uma cópia das páginas da Web utilizadas com mais frequência. Quando um
navegador solicita uma página que está armazenada na coleção do servidor
proxy (o cache), ela é disponibilizada pelo servidor proxy, o que é mais rápido
do que acessar a Web.
o Os servidores proxy também ajudam a melhorar a segurança porque filtram
alguns tipos de conteúdo da Web e softwares mal-intencionados, mas não é
antivírus!
VPN:
§ VPN - É uma rede privada construída dentro da infraestrutura de uma rede pública,
como a internet, utilizando recursos de criptografia para garantir a integridade e a
confidencialidade dos dados trafegados.
§ Os principais objetivos na implantação de um VPN são:
ü Disponibilizar acesso por meio de redes públicas, internet, a baixo custo;
ü Isolar uma rede distribuída contra interferência externa;
ü Proteger a privacidade e a integridade de mensagens atravessando redes não
confiáveis (públicas);
ü Manipular toda faixa de protocolos da internet correntemente em uso de
forma transparente.
§ As principais aplicações de VPNs são:
ü Acesso remoto a rede corporativa via internet;
ü Conexão de LANs via internet;
173
ü Criação de VPNs e dentro de uma intranet.
HTTP e HTTPS:
§ HTTP é a sigla em língua inglesa de HyperText Transfer Protocol (Protocolo de
Transferência de Hipertexto), um protocolo de Aplicação do Modelo OSI utilizado
para transferência de dados na rede mundial de computadores, a World Wide Web.
Também transfere dados de hiper-mídia (imagens, sons e textos).
§ HTTPS (HyperText Transfer Protocol Secure), é uma implementação do protocolo
HTTP sobre uma camada SSL ou do TLS, essa camada adicional permite que os
dados sejam transmitidos através de uma conexão criptografada e que se verifique
a autenticidade do servidor e do cliente através de certificados digitais.
§ HTTPS – associar à Segurança
Segurança:
§ Rootkit:
ü É um tipo de cavalo de troia.
ü Rootkit é um software malicioso que permite o acesso a um computador
enquanto oculta a sua atividade. Originalmente o rootkit era uma coleção de
ferramentas que habilitavam acesso a nível de administrador para um
computador ou uma rede.
ü Caso o antivírus detecte um rootkit, o malware pode tentar desativar a
proteção e deletar alguns componentes delicados da solução.
ü A habilidade de se esconder permite que este tipo de malware permaneça no
sistema da vítima por meses ou até anos, possibilitando que hackers usem o
sistema para o que bem entender.
§ Ransomware (sequestrador):
ü Diversos órgãos governamentais sofreram ataques de ransomware
recentemente, o que aumenta a importância desse tipo de vírus para a
prova.
ü É um tipo de malware que bloqueia o acesso do usuário aos seus
arquivos ou ao dispositivo, exigindo um pagamento online anônimo para
que o acesso seja restaurado.
ü Uma forma bastante comum de ataque é por meio de um e-mail malicioso (ou
malspam), incluindo armadilhas em anexo, como arquivos em pdf ou
similares, pela prática de phishing.
ü Pode utilizar engenharia social, para enganar as pessoas e fazê-las executar
o arquivo.
ü Uma das formas de prevenção aos danos do ataque é o backup, pois se os
dados foram sequestrados, eles estarão a salvo, replicados.
ü Conforme o CEBRASPE:
174
§ o tipo de ataque mais comumente utilizado como precursor para
viabilizar ataques de ransomware contra estações de trabalho de
usuários é o ataque de phishing.
§ Ransomware é um tipo de malware que cifra os arquivos armazenados
no computador da vítima e solicita um resgate para decifrá-los.
§ Formatos comuns de arquivos, como, por exemplo, .docx ou .xlsx, são
utilizados como vetor de infecção por ransomware, um tipo
de software malicioso que encripta os dados do usuário e solicita
resgate.
§ Scareware:
ü Scareware é um software malicioso que faz com que os usuários de
computadores acessem sites infestados por malware. Também conhecido
como software de engano, software de verificação desonesto ou fraudware,
o scareware pode vir na forma de caixas suspensas.
§ Spyware:
ü É um tipo de malware. Consiste em um programa automático de computador
que recolhe informações sobre o usuário, sobre os seus costumes na internet
e transmite essa informação a uma entidade externa na Internet, sem o
conhecimento e consentimento do usuário.
§ Koobface:
ü O Koobface pode entrar no computador disfarçado de algo chamativo em que
o usuário deseja clicar. Por exemplo, ele pode publicar uma mensagem oculta
no mural do Facebook, como "Você foi visto na nossa câmera secreta", para
incentivar você a clicar em um link que baixa e instala o worm no computador.
ü Outra tática do Koobface é usar anúncios do tipo pay-per-click (pague por
clique) para gerar receita enquanto redireciona o tráfego para sites
falsificados, incluindo alguns que oferecem proteção antivírus falsa. Algumas
variações levam você ao YouTube ou a um site semelhante e dizem que, para
continuar, você precisa instalar uma nova versão do Adobe Flash ou de um
plug-in.
ü Uma vez instalado no computador, o worm Koobface percorre o sistema
coletando informações pessoais, como dados de login ou bancários,
garimpando sua lista de contatos para conseguir mais alvos e criando
publicações falsas em seu nome. Depois disso, o worm transmite os dados
para um centro de comando e controle (C&C). À medida que mais
computadores são infectados, eles formam uma rede robô, conhecida como
botnet, que se reconecta ao mestre para obter atualizações de malware que
ajudam o vírus a contaminar outros sistemas.
175
§ Worm Warhol:
ü É um worm de computador capaz de se replicar rapidamente e infectar um
grande número de computadores na Internet em apenas 15 minutos.
§ Adware:
ü Adware é o nome que se dá a programas criados para exibir anúncios no
computador, redirecionar suas pesquisas para sites de anunciantes e coletar
seus dados para fins de marketing. Por exemplo, eles rastreiam o tipo de sites
que você costuma acessar para exibir anúncios personalizados.
§ Cavalo de troia:
ü Cavalo de Troia é um tipo de malware que, frequentemente, está disfarçado
de software legítimo. Eles podem ser empregados por criminosos virtuais e
hackers para tentar obter acesso aos sistemas dos usuários. Em geral, os
usuários são enganados por alguma forma de engenharia social para carregar
e executar cavalos de Troia em seus sistemas. Uma vez ativados, os cavalos
de Troia permitem que os criminosos o espionem, roubem seus dados
confidenciais e obtenham acesso ao seu sistema pela porta de fundo. Essas
ações podem incluir:
§ Excluir dados
§ Bloquear dados
§ Modificar dados
§ Copiar dados
§ Atrapalhar o desempenho de computadores e redes de computadores
ü Diferentemente dos vírus e worms, os cavalos de Troia não conseguem se
autorreplicar.
ü Cavalo de troia backdoor: com um cavalo de Troia backdoor, usuários
maliciosos controlam remotamente o computador infectado. Com ele, o autor
consegue fazer o que quiser no computador infectado, como enviar, receber,
iniciar e excluir arquivos, exibir dados e reiniciar o computador. Os cavalos de
Troia backdoor costumam ser usados para reunir um conjunto de
computadores e formar uma botnet ou rede zumbi, que pode ser usada para
fins criminosos.
§ Phishing:
ü Phishing é uma maneira desonesta que cibercriminosos usam para enganar
você a revelar informações pessoais, como senhas ou cartão de crédito, CPF
e número de contas bancárias. Eles fazem isso enviando e-mails falsos ou
direcionando você a websites falsos.
ü Normalmente, o phishing ocorre por meio de spam (e-mails indesejados).
176
§ Antivírus – gerações:
ü Primeira Geração: escaneadores simples;
§ Os antivirus de primeira geração utilizam os recursos de verificação
com base em assinatura, ou seja, é como se fosse uma marca ou
impressão digital. Caso o código malicioso ou programa possuísse a
marca, o antivirus então barra o código. Entretanto, isso depende de
atualização constante e veloz dos antivirus para serem capazes de
capturarem os diversos códigos que surgem diariamente.
ü Segunda Geração (vem sendo cobrado pelo CESPE): escaneadores
heurísticos;
§ Os antivírus modernos têm o princípio da heurística. A detecção
heurística permite ao antivírus identificar vírus que não constem do seu
banco de dados, através da análise do comportamento de um arquivo
ou programa (aplicativos que fazem uma varredura na memória RAM,
por exemplo, podem ser considerados suspeitos).
§ O banco de dados de proteção do seu antivírus é atualizado com novas
“assinaturas” ou código de vírus toda vez que você se conecta a
Internet. Porém, quando o antivírus “não conhece o vírus” (não possui
sua “assinatura”) ele parte para a análise do comportamento do arquivo
ou programa suspeito (verificação heurística) o que aumenta a geração
de Falsos Positivos.
ü Terceira Geração: armadilhas de atividade;
ü Quarta Geração: proteção total.
§ Firewall
ü O firewall é um filtro de conexões que bloqueia ou libera o acesso pelas portas
TCP do computador. Os worms se propagam pelas conexões de rede usando
portas desativadas ou abandonadas. Assim, o firewall impede a sua
propagação, sendo uma ferramenta preventiva.
ü O firewall não é antispyware. Portanto, apesar de bloquear a propagação, ele
não elimina o worm. Para eliminar, deve-se usar um antispyware, como o
Windows Defender.
Sistemas de buscas:
§ O Google é um metabuscador que utiliza palavras-chave para encontrar resultados
em todas as bases de dados disponíveis na Internet.
§ Refinar as pesquisas:
ü A Pesquisa Google geralmente ignora pontuações que não façam parte de
um operador de pesquisa.
ü Não coloque espaços entre o termo de pesquisa e o símbolo ou palavra. Uma
pesquisa por site:globo.com funcionará, mas por site: globo.com não.
177
ü Pesquisar em redes sociais @: Coloque antes de uma palavra para pesquisar
em redes sociais. Exemplo: @instagram.
ü Pesquisar um preço $: Coloque o símbolo antes de um número. Exemplo:
celular $1200.
ü Se quiser fazer a pesquisa dentro de um intervalo, utilize dois pontos (um ao
lado do outro ..). Exemplo: câmera $50..$200.
ü Excluir palavras da pesquisa – : coloque o símbolo de menos antes da palavra
que deve ser excluída da pesquisa. Exemplo: velocidade do jaguar -carro.
ü Pesquisar uma correspondência exata “ “: o que tiver dentro das aspas será
pesquisado junto. Exemplo: “planeta terra” – o sistema irá procurar a
expressão toda. O resultado da busca sem as aspas é diferente. Faça o teste
para entender.
ü Combinar Pesquisa or: combina as pesquisas de dois termos. Exemplo: prf or
pf.
ü Com este sinal * você procura palavras em uma mesma busca, porém não
necessariamente juntas (uma do lado da outra). Exemplo: planeta*terra.
ü Para pesquisar em site específico: coloque “site” antes de um site ou domínio.
Exemplo: site:.gov.
ü Se quiser pesquisar por sites relacionados, use o termo “related:” antes do
endereço modelo. Exemplo: realated:quebrandoasbancas.com.
ü Para ver a versão em cache do Google de um site, coloque “cache:” antes do
site.
ü Para ver detalhes de um site, use “info:” antes do endereço do site.
178
ÉTICA E CIDADANIA
ÉTICA X MORAL
§ Ética é a ciência que estuda a moral. Portanto, a ética é teórica, ao passo que a
moral é prática.
§ A ética é imutável, permanente, atemporal. Já a moral é temporal, variando de cultura
para cultura.
§ Moral, vocábulo herdado do latim, e ética, do grego, identificam conceitos que
exprimem um conjunto de regras de conduta que se espera que sejam adotadas
(CEBRASPE).
§ A probidade administrativa é um aspecto da moralidade administrativa que recebeu
da Constituição Federal brasileira um tratamento próprio.
§ A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ Em consonância com os princípios constitucionais da impessoalidade e da
moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 13, considerou proibida a
prática de nepotismo na administração pública, inclusive a efetuada mediante
designações recíprocas — nepotismo cruzado.
§ Moralidade: extraído da junção de Legalidade com Finalidade. A legalidade e
finalidade devem andar juntas na conduta de qualquer servidor público, para o
alcance da moralidade.
§ A moralidade administrativa é objetiva, não importando a intenção do agente
(subjetiva)
§ Os atos da administração pública devem obedecer não somente à lei jurídica, mas
também a padrões éticos. Tal característica se refere ao princípio da moralidade,
sendo esta pressuposto de validade de todo ato da administração pública.
§ Segundo o CEBRASPE: agente público que se utiliza de publicidade governamental
com a finalidade exclusiva de se promover viola o princípio da moralidade.
§ Art. 116 da L. 8.112: São deveres do servidor: (...) IX - manter conduta compatível
com a moralidade administrativa;
179
vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse
da sociedade;
ü II - valor público - produtos e resultados gerados, preservados ou entregues
pelas atividades de uma organização que representem respostas efetivas e
úteis às necessidades ou às demandas de interesse público e modifiquem
aspectos do conjunto da sociedade ou de alguns grupos específicos
reconhecidos como destinatários legítimos de bens e serviços públicos;
ü III - alta administração - Ministros de Estado, ocupantes de cargos de
natureza especial, ocupantes de cargo de nível 6 do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS e presidentes e diretores de autarquias,
inclusive as especiais, e de fundações públicas ou autoridades de hierarquia
equivalente; e
ü IV - gestão de riscos - processo de natureza permanente, estabelecido,
direcionado e monitorado pela alta administração, que contempla as
atividades de identificar, avaliar e gerenciar potenciais eventos que possam
afetar a organização, destinado a fornecer segurança razoável quanto à
realização de seus objetivos.
§ São princípios da governança pública:
ü I - capacidade de resposta;
ü II - integridade;
ü III - confiabilidade;
ü IV - melhoria regulatória;
ü V - prestação de contas e responsabilidade; e
ü VI - transparência.
§ São diretrizes da governança pública (principais):
ü direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade, encontrando
soluções tempestivas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e
com as mudanças de prioridades;
ü fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta administração
para orientar o comportamento dos agentes públicos, em consonância
com as funções e as atribuições de seus órgãos e de suas entidades;
ü implementar controles internos fundamentados na gestão de risco, que
privilegiará ações estratégicas de prevenção antes de processos
sancionadores;
ü manter processo decisório orientado pelas evidências, pela
conformidade legal, pela qualidade regulatória, pela desburocratização
e pelo apoio à participação da sociedade;
ü promover a comunicação aberta, voluntária e transparente das
atividades e dos resultados da organização, de maneira a fortalecer o
acesso público à informação.
§ Condições mínimas para o exercício da boa governança:
ü a) integridade; b) competência; c) responsabilidade; e d) motivação;
180
PROMOÇÃO DA ÉTICA E DE REGRAS DE CONDUTA PARA
SERVIDORES. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO
FEDERAL (DECRETO Nº 1.171/1994)
181
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim.
o Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
o Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu
serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
o Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente.
§ Comissão de ética:
o Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta,
indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que
exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma
Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio
público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
o A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura
e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os
seus integrantes, com ciência do faltoso.
o Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor
público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico,
preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda
que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a
qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas,
as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
182
pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes,
permitida uma única recondução.
ü A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação
de relevante serviço público.
§ À CEP compete (principais competências):
ü atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros de
Estado em matéria de ética pública;
ü administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração
Federal, devendo:
§ a) submeter ao Presidente da República medidas para
seu aprimoramento;
§ b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando
sobre casos omissos;
§ c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo
com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a
ele submetidas;
ü dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal de que
trata o Decreto no 1.171, de 1994;
ü coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública
do Poder Executivo Federal.
§ Comissão de ética: cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994,
será integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores e
empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente máximo da
respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de três anos.
§ Compete às Comissões de Ética:
ü I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de
seu respectivo órgão ou entidade;
ü II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo:
§ a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu
aperfeiçoamento;
§ b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar
sobre casos omissos;
§ c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com
as normas éticas pertinentes; e
§ d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade
a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a
disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e
disciplina;
ü III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder
Executivo Federal;
183
ü V - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta
Administração Federal e comunicar à CEP situações que possam
configurar descumprimento de suas normas.
§ Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos
com celeridade e observância dos seguintes princípios:
ü I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
ü II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob
reserva, se este assim o desejar; e
ü III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos
fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto.
§ Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou
entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão de Ética,
visando à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou setor
específico de ente estatal.
ü Entende-se por agente público, para os fins deste Decreto, todo aquele
que, por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda que sem
retribuição financeira, a órgão ou entidade da administração pública
federal, direta e indireta.
§ Ao se apurar uma falta ética, se a conclusão for pela existência de falta ética, além das
providências previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as
Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no que couber:
ü I - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de
confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão
de origem, conforme o caso;
ü II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da
União ou unidade específica do Sistema de Correição do Poder Executivo
Federal de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005, para
exame de eventuais transgressões disciplinares; e
ü III - recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a
gravidade da conduta assim o exigir.
184
A insatisfação social com a conduta ética do governo – Executivo, Legislativo e
Judiciário – não é um fenômeno exclusivamente brasileiro e circunstancial. De modo
geral, todos os países democráticos desenvolvidos, conforme demonstrado em recente
estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE,
enfrentam o crescente ceticismo da opinião pública a respeito do comportamento dos
administradores públicos e da classe política. Essa tendência parece estar ligada
principalmente a mudanças estruturais do papel do Estado como regulador da atividade
econômica e como poder concedente da exploração, por particulares, de serviços
públicos antes sob regime de monopólio estatal.
Além disso, buscou-se criar mecanismo ágil de formulação dessas regras e de sua
difusão e fiscalização, além de uma instância à qual os administradores possam recorrer
em caso de dúvida e de apuração de transgressões – no caso, a Comissão de Ética
Pública.
Não basta ser ético. É necessário também parecer ético, em sinal de respeito à
sociedade.
185
ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA CIDADANIA.
PROMOÇÃO DA TRANSPARÊNCIA ATIVA E DO ACESSO À
INFORMAÇÃO (LEI Nº 12.527/2011 E DECRETO Nº
7.724/2012).
§ Não sendo possível conceder o acesso imediato, o órgão ou entidade que receber
o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
ü I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão;
ü II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do
acesso pretendido; ou
ü III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o
requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da
remessa de seu pedido de informação.
ü O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias,
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
§ O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos
de obter:
ü I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem
como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação
almejada;
ü II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos
públicos;
ü III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade
privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades,
mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
ü IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
186
ü V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades,
inclusive as relativas à sua política, organização e serviços;
ü VI - informação pertinente à administração do patrimônio público,
utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e
ü VII - informação relativa:
§ a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas,
projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e
indicadores propostos;
§ b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de
contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
§ § 1º O acesso à informação previsto não compreende as informações
referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou
tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.
§ § 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser
ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa
por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob
sigilo.
§ O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados
como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado
com a edição do ato decisório respectivo.
§ A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e
entidades referidas no art. 1º , quando não fundamentada, sujeitará o responsável
a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei.
§ Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à
autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o
desaparecimento da respectiva documentação.
187
ü V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das
Forças Armadas;
ü VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento
científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou
áreas de interesse estratégico nacional;
ü VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades
nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
ü VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a
prevenção ou repressão de infrações.
§ A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor
e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação
prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:
ü I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
ü II - secreta: 15 (quinze) anos; e
ü III - reservada: 5 (cinco) anos.
§ As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-
Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como
reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último
mandato, em caso de reeleição.
DECRETO Nº 7.724/2012
Você, como PRF, irá se deparar bastante com os termos abaixo. Por isso, é
importante ter uma noção:
§ informação sigilosa - informação submetida temporariamente à restrição de acesso
público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do
Estado, e aquelas abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo;
§ informação pessoal - informação relacionada à pessoa natural identificada ou
identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem;
§ documento preparatório - documento formal utilizado como fundamento da tomada
de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de pareceres e notas técnicas.
§ tratamento da informação - conjunto de ações referentes à produção, recepção,
classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da
informação;
§ informação - dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
§ autenticidade - qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida,
recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
188
§ integridade - qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem,
trânsito e destino;
§ primariedade - qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
detalhamento possível, sem modificações;
LEI Nº 12.813/2013
§ Art. 4º O ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo federal deve agir de
modo a prevenir ou a impedir possível conflito de interesses e a resguardar
informação privilegiada.
§ § 1º No caso de dúvida sobre como prevenir ou impedir situações que configurem
conflito de interesses, o agente público deverá consultar a Comissão de Ética
Pública, criada no âmbito do Poder Executivo federal, ou a Controladoria-Geral da
União, conforme o disposto no parágrafo único do art. 8º desta Lei.
§ § 2º A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao
patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer vantagem ou ganho pelo
agente público ou por terceiro.
189
§ III - exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja
incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal,
inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas;
§ VII - prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada,
fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o agente público está vinculado.
§ Art. 12. O agente público que praticar os atos previstos nos arts. 5º e 6º desta Lei
incorre em improbidade administrativa, na forma do art. 11 da Lei nº 8.429, de 2
de junho de 1992, quando não caracterizada qualquer das condutas descritas nos
arts. 9º e 10 daquela Lei.
190
DECRETO Nº 7.203/2010 (PRINCIPAIS REGRAMENTOS)
§ Art. 4º Não se incluem nas vedações deste Decreto as nomeações, designações ou
contratações:
§ I - de servidores federais ocupantes de cargo de provimento efetivo, bem como de
empregados federais permanentes, inclusive aposentados, observada a
compatibilidade do grau de escolaridade do cargo ou emprego de origem, ou a
compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a complexidade inerente ao cargo
em comissão ou função comissionada a ocupar, além da qualificação profissional
do servidor ou empregado;
§ II - de pessoa, ainda que sem vinculação funcional com a administração pública,
para a ocupação de cargo em comissão de nível hierárquico mais alto que o do
agente público referido no art. 3º;
§ III - realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente público e o
nomeado, designado ou contratado, desde que não se caracterize ajuste prévio para
burlar a vedação do nepotismo; ou
§ IV - de pessoa já em exercício no mesmo órgão ou entidade antes do início do
vínculo familiar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível
hierárquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado.
§ Parágrafo único. Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante
de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação direta do agente
público.
191
GEOPOLÍTICA
Geopolítica é uma matéria bastante longa. Contudo, traremos para cá os tópicos mais
essenciais que servirão de base para raciocinar na hora da prova.
Nação x Território
PIB:
192
ampliação de diversos serviços relacionados aos diferentes momentos do
processo de produção/consumo, como os setores de tecnologia, transporte e
finanças”.
Brasil e globalização:
193
Zona franca de Manaus (fonte - suframa.gov.br):
Tópicos gerais:
194
Estrutura urbana brasileira e as grandes metrópoles:
§ Metrópoles:
ü Conceito: cidade ou aglomeração caracterizada por apresentar um elevado
grau de urbanização em seus espaços, centralizando em torno de si capital,
trabalho, serviços e outros elementos, além de polarizar outras regiões, seja
em um raio próximo, ou até de forma internacional.
ü As metrópoles estabelecem em torno de si uma rede de transportes e
comunicações geralmente muito articulada.
ü Conurbação: junção do espaço urbano de uma ou mais cidades.
ü No Brasil: a quantidade de metrópoles aumentou a partir da década de 1960,
quando o país deixou de ser rural para tornar-se majoritariamente urbano.
Atualmente, com mais de 80% da população residindo em centros urbanos e
capitais.
Movimento migratório:
§ Há um predomínio migratório dentro do próprio estado de origem, existindo ainda
forte movimento migratório interestadual do Nordeste para o Sudeste.
§ Com a expansão agrícola, as regiões Norte e Centro-Oeste, que já captavam alguma
parcela desse movimento, tornaram-se destinos da migração interna do Brasil.
Transporte:
Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), 61,1% de toda a carga
transportada no Brasil usou o sistema modal rodoviário; 21,0% passaram por ferrovias,
14% pelas hidrovias e terminais portuários fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via
aérea.
§ Rodoviário:
ü É o sistema mais oneroso de transporte (consome 90% do diesel utilizado em
transportes no país).
ü Mais de 60% da carga transportada no Brasil circula pelo transporte rodoviário.
ü Concentram-se principalmente no Centro-Sul do país, com destaque para SP.
§ Ferrovias:
ü Transportam minério de ferro e granéis, principalmente, sobretudo da região
norte para os portos, com destino à exportação.
ü É utilizada principalmente para o transporte de commodities.
195
§ Transporte aquaviário:
ü Muito subutilizado no Brasil.
ü A região Norte é a que mais utiliza hidrovias.
§ Infraestrutura de SP de transportes:
ü SP é o único Estado que conecta o interior à capital por uma vasta rede,
incluindo rodovias (duplicadas), ferrovias e a hidrovia Tietê.
ü Comporta o maior aeroporto e o porto com maior movimentação de carga do
País.
ü SP concentra quase metade dos portos secos do país.
§ Portos:
ü Exportação de soja, petróleo (e derivados) e minério de ferro.
§ Rodovias estruturantes do território (observe, em marrom escuro, os locais com
maior densidade da rede de transportes, conforme o IBGE):
196
LÍNGUA ESTRANGEIRA
A proposta do Resumão é trazer temas essenciais, de fácil aprendizagem. Para
idiomas, não temos essa correlação. Contudo, achamos por bem trazer aqui alguns
tópicos que podem ajudar você na interpretação dos textos. Como dica adicional, utilize
o aplicativo duolingo (ou similares).
INGLÊS
197
ESPANHOL
198