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UFPE
Diogo Souto
Professor: Sílvio Romero Beltrão
Matrícula: 102.640.374-05
Não obstante, não podemos nos esquecer de que o objeto do ato de renúncia é
o direito à sucessão aberta, o qual, conforme o art. 80, II do Código Civil, considera-se,
para efeitos legais, um bem imóvel.
Logo, não se pode negar que o ato de renúncia implica uma alienação, vez que
o que fora por lei atribuído ao renunciante deixará de a ele pertencer. E, tendo tal
alienação por objeto um bem imóvel — o direito à sucessão aberta —, inescapável a
conclusão no sentido de ser necessária a autorização do cônjuge, por aplicação do art.
1.647, I, salvo se o regime de bens do casamento for o da separação convencional.
Questão 02:
Entende-se que essa espécie não é renúncia, mas sim uma cessão de direitos,
pois necessita da aceitação do beneficiado para se aperfeiçoar, é a rigor uma cessão
de direito hereditário a título gratuito. A relevância prática do caso está na incidência
ou não do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação (ITCMD). Isso porque
entende-se que a renúncia translativa é uma espécie de doação, incidindo, portanto, o
ITCMD sobre a “doação”.