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Curso Básico de

Teoria Musical
Conteúdo extraído pela internet

Essas Aulas ao apenas um resumo para a didática


domiciliar, ou seja, aprendendo musica em casa.

LEONARDO S. D. FARIAS
24/05/2011
CURSO BASICO DE TEORIA MUSICAL

Introdução aos conceitos de teoria musical:

O que é Teoria musical?

Teoria musical ou Teoria da Música é o nome que se dá a qualquer sistema ou conjunto de


sistemas destinado a analisar, classificar, compor, compreender e se comunicar a respeito da
música.

Uma definição sintética seria: a descrição, em palavras, de elementos musicais e a relação


entre a simbologia da música e seu desempenho prática.

A teoria musical tem um funcionamento ambíguo, tanto descritivo como perceptivo. Tenta-se
com isso definir a prática e, posteriormente, a influência.

Tem por concepção e intenção transmitir, informar os conceitos musicais de forma escrita,
para se codificar e analisar uma execução musical, o fazer musical surge primeiro, em
segundo plano, aparece sua escrita, teorização e estruturação analítica.

Assim como em qualquer área do conhecimento, a teoria musical possui várias escolas, que
podem possuir conceitos divergentes.
A própria divisão da teoria em áreas de estudo não é consenso, mas de forma geral,
qualquer escola possui ao menos:

A Análise musical, que estuda os elementos do som e estruturas musicais e também as


formas musicais, compreendendo: harmonia, melodia, contraponto, ritmo, forma,
andamento, técnica composicional, solfejo, percepção e ditado.

Estética musical, que inclui a divisão da música em gêneros e a Crítica musical.

Notação musical, que estuda os sistemas de escrita utilizados para representar graficamente
uma peça musical, permitindo que um intérprete a execute da maneira desejada pelo
compositor ou arranjador, e cujas formas mais populares atualmente são a Partitura e a
Cifra.
Nos campos da teoria musical muitos foram os grandes analistas, destacam-se: Schönberg,
Rameau, Strauss e Wagner.

O estudo acadêmico da música também é feito pela musicologia. Essa, no entanto, difere-se
da teoria musical, pois estuda o ponto de vista histórico e antropológico da música,
estudando a notação, os instrumentos, os métodos didáticos, a acústica, a história da música
e a própria teoria musical sob o ponto de vista histórico evolutivo dos instrumentos e seus
músicos.

Está em suas mãos a teoria, escrita, harmonia, intervalos, acordes, e muito mais comece
neste mundo maravilhoso da música e aprender sobre este universo sonoro.

Musica é a arte dos sons. É constituída de melodia, ritmo e harmonia.


Melodia: é uma sucessão de sons musicais combinados.
Ritmo: é a duração e acentuação dos sons e pausa.
Harmonia: é a combinação dos sons simultâneos
Representação do violão ou guitarra Gráfica do braço.

Clave

Clave é um sinal usado no início da pauta para determinar o nome e a altura das notas. Por
enquanto, basta saber que ela é designada para anotar os sons dos instrumentos. Existem
três tipos de clave mas para nós só interessa uma: a clave de sol.
A clave de sol é designada para anotar os sons de instrumentos agudos como:Violino, flauta,
trompete, gaita, violão, bandolim, clareinete, óboe e cavaquinho.

ou seja…

As claves servem para indicar ao músico como ler o pentagrama. Como a notação musical é
relativa, cada nota pode ocupar qualquer linha ou espaço na pauta. A clave indica qual a
posição de uma das notas e todas as demais são lidas em referência a essa nota. Cada tipo
de clave define uma nota diferente de referência. A figura abaixo mostra as claves mais
freqüentes e as notas que elas definem. A nota destacada ao final de cada pauta é a nota de
referência.

Tipos de claves

As várias claves existem para permitir a escrita para instrumentos musicais ou vozes, que
possuem tessituras diferentes, ou seja, alguns são muito mais graves ou agudos do que os
outros. Quando se utilizam apenas as cinco linhas e quatro espaços da pauta, só é possível
representar nove notas musicais, mas a maior parte dos instrumentos possui uma extensão
muito maior, exigindo a utilização de linhas e espaços suplementares acima ou abaixo da
pauta. O uso de até três linhas suplementares acima ou abaixo é praticamente inevitável na
maior parte das composições, mas se usarmos muitas linhas suplementares a leitura se
torna muito difícil. Ao utilizar claves diferentes podemos fazer com que a maior parte das
notas utilizadas pelo instrumento estejam representadas dentro da pauta e que o mínimo de
linhas suplementares sejam utilizadas.

Figuras e valores das notas e pausas

Observe que os sons musicais têm durações diferentes. Essas durações são os valores,
representados por figuras gráficas de notação musical. Temos, para cada figura, uma
correspondente indicando silêncio. São as pausas.

Nº de
Nome das Figuras Notas Pausas
Referencia

1 Semibreve

2 Mínima

4 Semínima

8 Colcheia

16 Semicolcheia

Compasso

É a duração de um trecho musical em pequenas partes de duração com séries regulares de


tempo. São separados por um traço vertical chamado barra simples.

Os compassos são denominados de acordo com o número de tempos:

 Binário à 2 tempos
 Ternário à 3 tempos
 Quaternárioà 4 tempos

Ele é representado por uma fração onde, o numerador indica o número de tempos, em cada
compasso, e o denominador é o símbolo do valor de cada tempo.

– BARRA de COMPASSO-

a)Simples – Separa os compassos

b) Dupla – Separa um trecho do outro

c) Final – Término de uma música

Intervalo, tom, semitom

Intervalo é a distância entre dois sons.


Semitom é o menor intervalo entre dois sons.
Tom é o intervalo formado por dois semitons

Acidentes musicais

Sustenido ( # ) à Eleva o som em um semitom.


Bemol ( b ) à Abaixa o tom em um semitom.
Dobrado-sustenido ( x ) à Eleva o som em um tom.
Dobrado-bemol ( bb ) àAbaixa o som em um tom.

Escala

É uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual o último será a repetição do


primeiro uma oitava acima ou abaixo. A escala pode ser maior ou menor.
Este é o exemplo da escala de Dó maior tomada como padrão por não possuir acidentes.
Para construir a escala maior nas demais alturas, basta seguir o mesmo modelo em relação
aos intervalos de um grau para outro:

Intervalos de semitom entre os graus III—IV e VII—VIII e de tom entre os demais graus.

Este é o exemplo da escala de Lá menor que também é tomada por base por não possuir
acidentes. A diferença é que os Graus III, IV e VII são abaixados.

Escalas relativas

O sexto grau da escala maior é a sua relativa na escala menor. Possuem acidentes iguais
mas tônicas diferentes. É o exemplo das escalas de Dó maior e Lá menor.

Acorde

É o conjunto de três ou mais sons ouvidos simultaneamente. Pode ser também arpejado
quando as notas são ouvidas sucessivamente.

Cifra

Símbolos criados para representar o acorde de uma maneira prática. É composta de letras,
números e sinais. É o sistema predominante usado em música popular para qualquer
instrumento.
Em cifra, os nomes Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá e Sol são substituídas pelas sets primeiras letras do
alfabeto.

A – Lá
B – Si
C – Dó
D – Ré
E – Mi
F – Fá
G – Sol

Os números e sinais usados na cifra representam os intervalos da escala, a partir da


fundamental, em que são formados os acordes.
Tomemos o exemplo de C7(#9).
C quer dizer Dó. O número 7, o intervalo de sétima menor a partir da fundamental Dó. E o #
ao lado do 9, a nona aumentada.
Na tabela de intervalos, dada no final dessa apostila, constam a lista com todos os intervalos
e seus respectivos nomes.

*Você poderá encontrar sons iguais com sons diferentes. A esse fenômeno chamamos
Enarmonia.

O que a Cifra estabelece


1. Tipo dos acordes [maiores, menores (indicados por um ´´m´´minúsculo ao lado da
letra maiúscula)].
2. Eventuais alterações (5ª aumentada ou diminuta, 9ª menor)
3. Inversão do acorde (3ª, 5ª ou 7ª no baixo)

*Baixo é a nota mais grave do acorde.


O que a Cifra não estabelece( livre escolha do executante)

1. A posição do acorde
2. Ordem vertical ou horizontal
3. Dobramentos e supressões de notas do acorde.

Pode-se dobrar, triplicar ou suprimir: 5 justa e a fundamental. O dobramento da Terça deve


ser evitado (enfraquece o acorde) e a fundamental só pode ser suprimida se um outro
instrumento tocar o baixo.

FORMAÇÃO DE ACORDES – TRÍADES, TÉTRADES E INVERSÕES


O acorde pode ser formado por três ou mais notas.
Tríade: é o acorde consistido de três notas, organizadas para formarem intervalos de terças
superpostas.
Principais Tríades:

 Maior – T 3M 5J
 Menor – T 3m 5J
 Diminuta – T 3m 5dim
 Aumentada – T 3M 5aum

Tétrade: é o acorde consistido de quatro notas, organizados para formarem intervalos de


terças superpostas.
Exemplo em Do maior:
C7M – T 3M 5J 7M
Am7 – T 3m 5J 7m
Um acorde está em seu estado fundamental, quando a tônica (ou fundamental) está no
baixo (nota mais grave do acorde).
Inversão: ocorre quando as notas são reorganizadas de modo que, a nota mais grave do
acorde não seja a tônica (ou fundamental). Podemos dividir essa reorganização das notas
em três inversões:
1ª Inversão – quando a terça vai para o baixo.

2ª Inversão – quando a quinta vai para o baixo.

3ª Inversão – quando a sétima vai para o baixo.

Tríade

Formada pelo agrupamento de 3 notas separadas por intervalos de terças e pode ser maior,
menor, diminuta ou aumentada.

1. Formação da tríade maior


É formada pela fundamental (1), Terça maior (3M) e Quinta justa (5J) e se caracteriza pela
superposição de uma Terça maior e de uma menor.

2. Formação da tríade menor

É formada pela fundamental, Terça menor (3m) e Quinta justa e se caracteriza pela
superposição de uma Terça menor e uma maior.

3. Formação da tríade diminuta

É formada pela fundamental, Terça menor e Quinta diminuta(5b) e se caracteriza pela


superposição de terças menores.

4. Formação da tríade aumentada

Formada pela fundamental, Terça maior e Quinta aumentada (5#) e se caracteriza pela
superposição de terças maiores.

Tétrade
É o agrupamento de quatro sons separados por intervalos de terças superpostas.

Ex.C7M ou C7*Usa-se o parênteses na cifra para separar o som básico da tríade, ou mesmo
para uma melhor visualização.Acorde no seu estado fundamental: É quando o baixo é a
fundamental ou tônica.

Acorde invertido: É quando a quinta, terça ou sétima vai para o baixo. Dizemos que ele
está na 1º, 2º e 3º inversão respectivamente.

Ex. C/E C/G C/Bb


O numerador indica a fundamental e o denominador a nota do baixo.

Categoria dos Acordes

Maior

Se caracterizam pela fundamental, Terça maior, Quinta justa e nunca possuem a sétima
menor.

Menor

Se caracterizam pela fundamental, Terça menor e Quinta justa.

Sétima dominante

Os acordes de sétima dominante se caracterizam pelo intervalo formado entre a Terça maior
e a sétima menor, dando origem ao som preparatório ou de tensão. Ainda nessa categoria,
encontramos o SubV7 que é o acorde substituto do V7. É encontrado um semitom acima do
acorde que se quer resolver.
Ex. No campo de Dó:

C | Em | G7 | C || C | Em | Db7 | C ||
Sétima diminuta

Caracterizado pela fundamental, Terça menor, Quinta diminuta e é construído sobre o VII
grau da escala.
Pelo fato do acorde diminuto estar separado por intervalos de Terça menor (dividindo a
oitava em quatro partes iguais), um mesmo acorde diminuto pode se desdobrar em quatro,
isto é, cada uma das quatro notas pode ser a fundamental de um novo acorde diminuto,
sendo acordes equivalentes.
São três os acordes diminutos( B°, C° e Db°). Os demais são desdobramentos ou inversões
desses.

Função tonal ou harmônica dos acordes

Em música temos momentos instáveis, estáveis e menos instáveis, e são essa variações que
motivam a continuidade da música até o repouso final.

Função Tônica

Função de sentido conclusivo (estável). Geralmente é o acorde que finaliza uma música. O
acorde principal é o I grau e pode ser substituído pelo III e VI graus.

Função Dominante

Função de sentido suspensivo (instável) e pede resolução na tônica. O principal acorde é o V


e pode ser substituído pelo VII.

Função Subdominante

Função de sentido meio suspensivo, pois se apresenta de forma intermediária às outras


funções.O principal acorde é o IV e pode ser substituído pelo II.

Seqüências harmônicas formadas sobre os graus da escala

 Tríades diatônicas

Formadas apenas com as notas da escala ou de uma tonalidade.

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