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Por Emerson Santiago
A partir do século XIX, com a predominância dos costumes ocidentais e cristãos no mundo, o
canibalismo foi gradualmente sendo abandonado por todos os povos que iam tendo contato
com os exploradores, colonizadores e comerciantes europeus, presentes àquela altura em
todas as partes do globo. Além dos conceitos morais e religiosos, estudos feitos nos anos 60
em tribos da ilha de Papua-Nova Guiné, um dos últimos locais isolados do planeta,
verificaram que povos que até então tinham a prática de comer os tecidos e cérebros de seus
parentes mortos estavam transmitindo uma doença degenerativa aos seus filhos, algo
semelhante à doença da vaca louca, e nesse caso, por motivos de saúde, a prática foi
suprimida.
Bibliografia:
BELL, Rachael. Cannibalism: The Ancient Taboo in Modern Times (em inglês). Disponível
em <http://www.trutv.com/library/crime/criminal_mind/psychology/cannibalism/index.html>.
Acesso em: 18 abr. 2012.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/sociedade/antropofagia/
A pobreza no Brasil
A pobreza no Brasil vem diminuindo nos últimos anos, mas o país ainda apresenta
uma grande quantidade de pessoas em condições de miséria.
É preciso dizer, porém, que a pobreza não é uma condição exclusiva de uma região
ou outra, como se costuma pensar. Praticamente todas as cidades do país
(principalmente as periferias dos grandes centros metropolitanos) contam com
pessoas abaixo da linha da pobreza.
No entanto, é válido ressaltar que, apesar dos problemas históricos, o Brasil vem
avançando na área de combate à fome e à pobreza no país. Segundo um relatório
divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o número de
pessoas que abandonaram a pobreza no Brasil em 2012 ultrapassou os 3,5 milhões.
Nesse estudo, o critério para pobreza extrema era, inclusive, mais alto que o acima
mencionado: R$75,00 por membro da família.
Por outro lado, há uma grande quantidade de pessoas que ainda vivem à margem
da sociedade no Brasil, problema que dificilmente se resolverá somente com a
promoção de programas assistencialistas. Os principais desafios estão em vencer os
problemas nas áreas de saúde e educação, que vêm recebendo tímidos avanços, e
ampliar a qualificação profissional e a oferta de emprego no país.
Além disso, para muitos especialistas, diminuir o número de pessoas que vivem com
menos de US$1,25 por dia – critério elaborado pelo Banco Mundial e pela ONU para
definir a pobreza extrema – não é o suficiente. A ideia seria a de elevar esse valor
na definição de miséria e traçar uma nova meta para a redução da pobreza no
Brasil, principalmente através de medidas que não taxem tanto as classes média e
baixa e que consigam encontrar formas de diminuir a desigualdade social e a
concentração de renda, que ainda são muito acentuadas no Brasil.
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[2] The World Bank, 22/03/2014. Como reduzir a pobreza: uma nova lição do Brasil
para o mundo?