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"O povo de Parintins sofre com a dor da fome, o povo de Parintins amarga o gosto do

desemprego”. A frase é do vereador Marcos da Luz (PRB) durante avaliação dos


indicadores atuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE/2017, sobre
a cidade de Parintins.
Segundo ele, Parintins tem uma população de 113.832 habitante e apenas 6.536 pessoas
registradas no IBGE como pessoas ocupadas. Isso corresponde a 5,9 % dos habitantes.
Como Parintins registra que um salário médio dos trabalhadores formais na ordem de 1,6
salários mínimos, algo aproximado de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), tal renda
coloca Parintins na posição de 4.253 município do país e o 34º entre os 62 Municípios do
Amazonas. Atualmente o Brasil tem 5570 municípios. “ A população ocupada são aquelas
pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho.
Sendo assim, os números do IBGE revelam que Parintins possui 107.296 pessoas na
condição de população desocupada”, disse.
Para o IBGE, a população ocupada são os empregados, os empregadores, as pessoas que
trabalham por conta própria e as pessoas não remuneradas, ou seja, aquelas pessoas que
exercem uma ocupação econômica, sem remuneração, pelo menos 15 horas na semana,
em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou em ajuda a
instituições religiosas, beneficentes ou de cooperativismo, ou, ainda, como aprendiz ou
estagiário.
Os estudos do IBGE indicam que neste universo 46,8 % da população de Parintins possui
renda média de meio salário mínimo, que comparados aos outros 62 Municípios do
Estado do Amazonas, põe a Ilha de Tupinambarana na 55º colocação no ranking estadual.
Ilustrando de forma didática o que os números do IBGE representam, o vereador Marcos
relatou na tribuna da Câmara, durante a sessão de terça-feira, 17 de abril, ter presenciado
num bairro periférico da cidade, dentro de um comércio, chegar uma senhora de mais de
60 anos,acompanhada de três crianças. Segundo ele, as crianças aparentemente
desnutridas e sujas. A senhora pede ao comerciante: “o senhor veja pra mim três pães,
quatro ovos, 0,50 centavos de óleo, quatro salsichas e 0,50 centavos de sabão. A velhinha
passou R$ 10,00 (dez reais) ao comerciante e disse graças a Deus recebi minha
aposentadoria e hoje vou dá algumas coisas pros meus netinhos que ainda não almoçaram,
o pai e mãe saíram atrás de trabalho e ainda não voltaram, o comerciante deu o troco e a
senhora em seguida se retirou. Observem senhoras e senhores, qualquer pessoa pode
vivenciar um episódio semelhante ao relatado. Basta ir nas mercearias nos bairros da
cidade, prestar atenção no comércio retalhista de gêneros alimentícios, prestar atenção
nas condições de vida daquelas pessoas e tirar suas conclusões”, relatou.
Para da Luz, sem dúvidas, a realidade que vivemos confirmam as verdades dos números
do IBGE. O parlamentar não tem dúvidas também de que tal crise de desemprego e o
consequente empobrecimento da população são resultados da quebra do sistema
produtivo, da quebra da matriz produtiva da juta no começo do século 19 e dos demais
produtos do setor primário nas décadas seguintes

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