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[editar] Vida
Originário do norte de Portugal, Viana do Castelo, nascido por volta de 1475, arribou ao
litoral da Bahia entre 1509 e 1510 como náufrago de uma embarcação francesa. Há
historiadores que dizem:
Viajando para São Vicente por volta de 1510, o fidalgo da Casa Real Diogo
Álvares naufragou nas proximidades do rio Vermelho, em Salvador-BA.
Seus companheiros foram mortos pelos índios tupinambás, mas ele
conseguiu sobreviver e passou a viver entre os índios, de quem recebeu a —
alcunha de Caramuru, que significa "moreia". '
A versão mais conhecida no Brasil para o significado da palavra Caramuru, seria "pau
que cospe fogo" ou ainda "Homem trovão da Morte Barulhenta" (ou suas variações),
que tem como base a lenda sobre Diogo Álvares Correia, que recebeu o apelido ao
afugentar índios que queriam lhe devorar, matando um pássaro com um tiro de
mosquetão.
Correia foi bem acolhido pelos índios Tupinambás, cujo morubixaba Taparica lhe deu
uma das filhas, chamada Paraguaçu. Segundo o filme de 2001 de Guel Arraes,
Paraguaçu tinha como irmã a lendária índia Moema, originariamente citada (sem a
relação de parentesco) no poema Caramuru do Frei Santa Rita Durão.
Ao longo de quarenta anos Correia manteve contatos com navios europeus que
aportavam à Bahia. As relações comerciais com normandos levaram-no, entre 1526-
1528, a visitar a França, onde a mulher foi batizada em Saint-Malo, passando a chamar-
se Catarina Álvares Paraguaçú (Catherine du Brésil), em homenagem a Catherine des
Granches, esposa de Jacques Cartier, que foi sua madrinha. Na mesma ocasião foi
batizada outra índia tupinambá, Perrine, o que fundamenta a lenda de que várias índias,
por ciúmes, se jogaram ao mar para acompanhar Caramuru quando este partia para a
França com Paraguaçu.
Conhecedor dos costumes nativos, Correia contribuiu para facilitar o contato entre estes
e os primeiros missionários e administradores. Em 1548, tendo D. João III a intenção de
instituir o Governo Geral, recomendou-lhe que criasse condições para que a expedição
inicial fosse bem recebida, facto revelador da importância que alcançara.
Três dos seus filhos (Gaspar, Gabriel e Jorge) e um dos seus genros (João de
Figueiredo) foram armados cavaleiros por Tomé de Sousa pelos serviços prestados à
Coroa Portuguesa.