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PREPARATÓRIO para concursos

HISTÓRIA

2º SIMULADO

No primeiro capítulo, em que procurei destacar o sentido da colonização brasileira, já se encontra o essencial do que
precisamos para compreender e explicar a economia da colônia. Aquele "sentido" é o de uma colônia destinada a fornecer
ao comércio europeu alguns gêneros tropicais ou minerais de grande importância: o açúcar, o algodão, o ouro... Vê-los-
emos todos, com pormenores, mais adiante. A nossa economia se subordina inteiramente a esse fim, isto é, se organizará
e funcionará para produzir e exportar aqueles gêneros. Tudo mais que nela existe, e que é aliás de pouca monta, será
subsidiário e destinado unicamente a amparar e tornar possível a realização daquele fim essencial.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das letras, 2011, p.123.

Considerado os aspectos econômicos da colonização do Brasil, marque a opção correta.

(A) O sentido da colonização a que se refere o autor inscreve-se nos quadros do antigo sistema colonial e se orientava
segundo as diretrizes da política colonial mercantilista.
(B) A grande lavoura se estruturou como centro da atividade econômica colonial e impediu o surgimento de outros
setores de produção que pudessem atender demandas internas.
(C) O monopólio exercido por Portugal sobre sua colônia na América foi marcado pela rigidez e dependência do
mercado externo sem possibilidade de trabalho que não fosse livre.
(D) A exploração colonial portuguesa da América não conseguiu atingir seus objetivos prioritários tendo em vista o
atraso político do Estado português e sua má gestão de recursos.
(E) O desenvolvimento do mercado interno após transcorridos três séculos de colonização sobrepujou a grande
lavoura e sua orientação voltada para as demandas do mercado internacional.

10. O traço essencial das grandes lavouras é, como já afirmei, a exploração em larga escala. Cada unidade
produtora, conjugando áreas extensas e numerosos trabalhadores, constitui-se como uma usina, com
organização coletiva do trabalho e mesmo as especializações. Isso se observa em particular na produção
típica da agricultura colonial: a do açúcar, onde o engenho, com seu conjunto de máquinas e
aparelhamentos, forma uma verdadeira organização fabril. Mas não é só nas indústrias anexas da agricultura
que vamos encontrar tais características. Embora menos acentuados, eles aparecem na própria lavoura do
campo. O preparo do terreno, a semeadura, os cuidados com a planta, a colheita, bem como outras operações
conexas, se realizam sempre na base do trabalho coletivo.
JUNIOR, Caio Prado. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das letras, 2011, p. 149

O trabalho agrícola, no contexto da economia colonial, conforme explícito pelo autor, é indicativo de que a estrutura de
produção nesse setor foi marcada

(A) pelo predomínio do abastecimento do mercado interno, uma vez que a colônia foi dotada de interesses múltiplos.
(B) pela tendência geral de se atender as demandas do mercado externo uma vez que baseava no sistema de
plantation.
(C) pela complexidade uma vez que articulou elementos arcaicos e modernos como a produção agrícola e industrial.
(D) pela dependência da mão-de-obra livre uma vez que necessitava de desenvolver o mercado consumidor interno.
(E) pela desarticulação com o mercado externo devido a rigidez do chamado exclusivo metropolitano.

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11. A agricultura é o nervo econômico da colonização. Com ela se inicia - se excluirmos o insignificante ciclo
extrativo do pau-brasil - e a ela deve a melhor porção de sua riqueza. Numa palavra, é propriamente na
agricultura que assentou a ocupação e exploração da maior e melhor parte do território brasileiro. A
mineração não é mais que um parêntese; de curta duração, aliás. E particularmente no momento que nos
interessa aqui, passara já nitidamente para o segundo plano: a cultura da terra voltava a ocupar a posição
dominante dos dois primeiros séculos da colonização.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das letras, 2011, p.135

Sobre os aspectos econômicos do Brasil colonial, notadamente com relação ao papel da agricultura, marque a opção
correta.

(A) A agricultura desenvolvida na pequena e média propriedade, articulada ao trabalho livre foi a força motriz do
processo de ocupação e exploração colonial do Brasil.
(B) A mineração constituiu-se da fase mais longeva de todo o processo colonial, se pensado em seu conjunto e
produziu profundas transformações socioeconômicas.
(C) A produção agrícola possibilitou a colonização do Brasil de maneira efetiva somente no final do século XVIII,
o que demonstra suas dificuldades de estabilização.
(D) A singularidade da grande propriedade rural voltada para o mercado externo foi a de ter se valido exclusivamente
do trabalho indígena no processo produtivo.
(E) A grande propriedade monocultura e escravista foi a base do sistema colonial português na América e sua
implementação consolidou um modelo agroexportador de longa duração no país.

12. Assim, de um modo geral e em princípio, pode-se dizer que a população rural da colônia ocupada nas grandes
lavouras e nas fazendas de gado, e que constitui a maior parte do total dela, provê suficientemente à sua subsistência com
culturas alimentares a que se dedica subsidiariamente, sem necessidade de recorrer para fora.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das letras, 2011, p.166

Considerando os aspectos da agricultura no contexto colonial, marque a opção correta.

(A) A produção da agrícola da grande lavoura não possuía condições estruturais para dedicar-se a diferentes gêneros
devido à sua estrutura e orientação.
(B) A agricultura de subsistência desenvolvida na colônia não conseguia atender às demandas internas por ser
também destinada ao comércio externo.
(C) A produção de gêneros alimentícios poderia variar indo desde a grande propriedade às roças, chácaras ou sítios
e admitia trabalhadores livres.
(D) A agricultura voltada para a produção de alimentos conseguiu ter êxito no sentido de atender as demandas dos
núcleos urbanos mais densos.
(E) A cultura de diferentes gêneros alimentícios na colônia foi estimulada pela coroa portuguesa tendo em vista que
seu projeto prioritário era a colonização de povoamento.

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13. Do lado da oferta não existiam, portanto, fatores limitativos à expansão da economia criatória. Esses fatores
atuavam do lado da procura. Sendo a criação nordestina uma atividade dependente da economia açucareira, em princípio
era a expansão desta que comandava o desenvolvimento daquela. A etapa de rápida expansão da produção de açúcar, que
vai até a metade do século XVII, teve como contrapartida a grande penetração nos sertões.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 2007,p.99

Considerando o papel da pecuária no contexto colonial, marque a opção correta.

(A) A pecuária foi uma atividade que se desenvolveu segundo as regras do mercantilismo e se voltava para atender
as demandas do mercado externo.
(B) A criação de gado na região do atual nordeste brasileiro se desenvolveu vinculada às demandas da economia de
subsistência e não era dependente do trabalho escravo.
(C) A função exclusiva do gado no conjunto da economia colonial era a de atender às demandas alimentares dos
colonos não tendo para além disso outra função.
(D) A dependência da atividade criatória com a produção açucareira impediu sua expansão no conjunto do território
brasileiro configurando-se como atividade subsidiária.
(E) A expansão do território brasileiro não foi possível no contexto colonial devido aos entraves impostos pela coroa
à criação de gado concentrando-a no litoral.

14. O tabaco não era, entretanto, exclusivamente exportado para a Metrópole: grande parte se dirigia para a Costa
da Mina e Angola, onde era trocado por escravos, embora parte relevante da carga dos navios fosse contrabandeada com
os holandeses, estabelecidos em vários pontos do litoral entre a Nigéria e Angola. Com a retomada da produção açucareira
e a demanda de escravos para a mineração, o fluxo de navios carregados de tabaco aumenta sensivelmente na carreira
d’África.
SILVA,Francisco Carlos Teixeira da. Conquista e colonização da América Portuguesa – O Brasil colônia – 1500/1750. In.; LINHARES,Maria Yeda (org). História Geral
do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990,p. 79

O desenvolvimento da produção de tabaco no Brasil colonial esteve diretamente associado

(A) com as demandas da metrópole, uma vez que sua produção era exclusivamente voltada para o mercado europeu.
(B) ao setor de exploração do ouro, uma vez que seu uso se expandiu devido às suas propriedades estimulantes das
atividades laborais.
(C) ao mercado externo vinculado ao tráfico negreiro, tendo em vista que era utilizado como importante moeda de
troca.
(D) ao setor açucareiro, atendendo apenas às demandas dos senhores de engenho, sendo consumido como produto
de luxo.
(E) ao domínio holandês que disseminou a cultura do fumo no nordeste colonial articulando com o mercado africano.

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