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Índice

1.Introdução.......................................................................................................................2

1.1. Contextualização.....................................................................................................2

1.2. Problematização......................................................................................................2

1.3.Objectivos................................................................................................................3

1.3.1.Objectivos Gerais..............................................................................................3

1.3.2.Objectivos Específicos......................................................................................4

1.4.Metodologia.............................................................................................................4

1.4.2. Descrição do local...................................................................................................4

2. Revisão da Literatura.....................................................................................................5

2.1. Testes psicológico...................................................................................................5

2.2. Tipos de testes psicológicos....................................................................................5

2.2.1 - Testes Coletivos Versus Testes Individuais....................................................5

2.3. Categoria dos Testes...............................................................................................6

3. Descrição do Dados recolhidos.....................................................................................7

3.1.Dados recolhidos......................................................................................................7

3.2. Queixa Principal.....................................................................................................7

3.3. Genograma..............................................................................................................7

3.4. Procedimento de avaliação.....................................................................................7

3.5. Observação comportamental...................................................................................9

3.6. Diagnóstico provisório..........................................................................................10

3.7. Informações relevantes e exames físicos gerais...................................................10

3.8. Plano de intervenção.............................................................................................10

4.9. Analise das sessões...............................................................................................15

4. Análise do trabalho de campo.....................................................................................17

4.1. O positivo profissional do trabalho de campo......................................................17


4.2. Desafios encontrados..........................................................................................17

5. Considerações Finais...................................................................................................17

6. Bibliografia..................................................................................................................19

Anexos.............................................................................................................................20

1.Introdução

Este relatório de práticas pedagógicas possui a finalidade de apresentar a implantação


do conhecimento teórico, abordado durante o curso de psicologia educacional, em
prática através do desenvolvimento do programa de trabalho de campo. Diante de tal
conjuntura, com o objectivo de tornar claro esse documento o trabalho está dividido em
dois capítulos.
No primeiro, encontra -se a exposição da organização onde foi realizado o trabalho de
campo: no Centro Hakumana que é uma unidade orgânica do Instituto Superior Maria
Mãe de África. São exibidas de forma objectiva suas características, como por exemplo:
fundação, ramo, total de colaboradores, principais atividades realizadas e a sua
localização.
Para obter uma melhor compreensão do segundo capítulo, o mesmo depara -se
ratificado em duas partes: A primeira parte fala das crianças adolescentes; a segunda
parte será abordada sobre um caso.

1.1. Contextualização

Embora se associe a psicologia ao uso de teste psicológico, no entanto é apenas uma


minoria dos psicólogos que aceitam testes psicológicos na sua práxis. Muitos
desprezam esses instrumentos, mais por não saber ou não querer utilizá-los com base no
conhecimento dos mesmos. Como diz Nascimento (2005), os testes continuam sendo
alvos de críticas por muitos colegas e, em certos meios, a psicometria chega a ser
considerada uma modalidade desprestigiada da psicologia. Ainda segundo a autora, a
depreciação mais contundente parte das correntes humanística e psicanalítica que vêem
no psicodiagnóstico uma forma de classificar personalidades. Essas abordagens

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consideram que essa modalidade avaliativa discrimina, estigmatiza e reduciona, em vez
de considerar a pessoa na suas singularidade e dinâmica.

Em sua pesquisa realizada com psicólogos sobre o uso de testes psicológicos, Venturi &
Silva (apud PACHECO, 2005), concluíram que os entrevistados concebem o uso dos
testes como de importância na sua prática, ao mesmo tempo em que identificam
desinteresse por esse instrumental por causa do preconceito e ceticismo generalizados.
Ademais, acreditam ser necessário rever o ensino das técnicas de avaliação psicológica.

1.2. Problematização

A família é uma instituição base da estrutura social. Nesse sentido, apesar dos diferentes
paradigmas familiares existentes ao longo do processo histórico nenhuma sociedade
prescindiu dessa importante instituição. Na realidade, mesmo diante da complexa
tecnologia que aproxima os indivíduos e torna a cultura determinante na sociedade, a
família vem sendo revalorizada e solicitada como parceira de instituições como o
Estado, a igreja e a escola no exercício de funções como a socialização dos indivíduos.
Desse modo, o sucesso da educação formal no mundo actual está associado à
participação da família nesse processo. Escolas e instituições educacionais de todos os
níveis, no mundo inteiro, têm procurando estabelecer parcerias com as famílias
objectivando aperfeiçoar o processo educacional. Segundo Carvalho: “Espera-se da
família uma maior parceria. Participando com a escola do projecto educacional
destinado a seus filhos. Fala-se igualmente em comunidade presente na escola”
(Carvalho, 2002, p. 18).
Dessa maneira, a instituição familiar é muitas vezes designada como o primeiro grupo
social do qual o indivíduo faz parte, sendo vista, portanto, como a célula inicial e
principal da sociedade na maior parte do mundo ocidental, ou ainda como a unidade
básica da interação social (Osório, 1996) e como o núcleo central da organização
humana.
Além disso, a família exerce um papel importante na vida dos indivíduos (Osório,
1996), sendo um modelo ou um padrão cultural que se apresenta de formas
diferenciadas nas várias sociedades existentes e que sofre transformações no decorrer do
processo histórico social. Assim, a estruturação da família está intimamente vinculada
com o momento histórico que atravessa a sociedade da qual ela faz parte, uma vez que
os diferentes tipos de composições familiares são determinados por um conjunto
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significativo de variáveis ambientais, sociais, económicas, culturais, políticas, religiosas
e históricas.
A entidade familiar de início é constituída pela figura do marido e da mulher. Depois se
amplia com o surgimento da prole. Sob outros prismas, a família cresce ainda mais: ao
se casarem, os filhos não rompem o vínculo familiar com seus pais e estes continuam
fazendo parte da família, os irmãos também continuam, e, por seu turno, casam-se e
trazem os seus filhos para o seio familiar. Dai a necessidade de se perceber ate que
ponto o afecto familiar influencia no processo de aprendizagem?

1.3.Objectivos

1.3.1.Objectivos Gerais

 Compreender o processo do funcionamento do Centro Hakumana relação ao


caso de afecto familiar no processo de aprendizagem.

1.3.2.Objectivos Específicos

 Identificar as actividades realizadas e os problemas psicológicos enfrentados


pelos utentes do Centro Hakumana;
 Analisar os resultados encontrados do tratamento, mediante as técnicas usadas;
 Desenvolver técnicas de actividades de apoio, aconselhamento psicológico, e
participação nas palestras para os utentes.

1.4.Metodologia

Para elaboração deste relatório de trabalho de campo, baseou-se na observação directa,


visitas domiciliares, visita as escolas, entrevista, diários de campo e a intervenção
psicológica realizada no centro Hakumana.

1.4.2. Descrição do local

A CIRM-COFEREMO(Conferência de Religiosos e Religiosas de Moçambique)-Centro


Hakumana situada na av.Vladimir Lenine 3621, perante a realidade preocupante do
HIV-Sida nonosso pais elaborou um projecto : ʺo Bom Samaritanoʺ,pensando no
sentido da integração, acompanhamento e solidariedade, muito mais que material que
permitam a dignidade humana aos que se vêm confrontando com esta doença. Reflecte e
representa a união de forças dos religiosos e religiosas em resposta a esta problemática
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considerada prioritária por todas as congregações no ano 2005. Assim, depois de uma
fase de formação e informação promovida a nivel de todo o país, a CIRM-
CONFEREMO assume uma segunda fase do projecto , com um espaço fisico próprio
onde se procura oferecer um serviço de acção social á comunidade local; promovendo
acções de informação, formação, oriewntação, assessoria, integração sociale pesquisa
relacionada com a pandemia do HIV-SIDA, a funcionar há 6 anos.
Ao longo do tempo foram trabalhando neste centro vários (as),religiosos (as), dando
corpo a este desafio. Actualmente, somos 3 as Congregações (Irmãs Mercedárias da
Caridade, Dminicanas do Rosário e Franciscanas de N. Sra., Mãe de África) que
assumimos a responsabilidade de coordenar o Projecto O Bom Samaritano através do
Centro Hakumana.

2. Revisão da Literatura

2.1. Testes psicológico

Os testes psicológicos, da forma que se conhece hoje, são relativamente recentes, datam
do início do século XX. Um teste psicológico no sentido epistemológico consiste numa
tarefa controvertida, porque dependerá de posições e suposições de caráter filosófico.
Para Cronbach (apud PASQUALI, 2001, p.18), “um teste é um procedimento
sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas
numéricas ou categorias fixas”.

Em outras palavras, um teste psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva


e padronizada de uma amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura
dos potenciais do sujeito. O parâmetro fundamental da medida psicométrica são as
escalas, os testes, é a demonstração da adequação da representação, isto é, do
isomorfismo entre a ordenação dos procedimentos empíricos e teóricos.

2.2. Tipos de testes psicológicos

Os testes psicométricos se baseiam na teoria da medida e, mais especificamente, na


psicometria, usam números para descrever os fenômenos psicológicos, ao passo que os

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testes impressionistas, ainda que utilizem números, se fundamentam na descrição
linguística. Os testes psicométricos usam a técnica da escolha forçada, escalas em que o
sujeito deve simplesmente marcar suas respostas. Primam pela objetividade: tarefas
padronizadas.

A correção ou apuração é mecânica, portanto, sem ambiguidade por parte do avaliador.


Os testes impressionistas requerem respostas livres, sua apuração é ambígua, sujeita aos
vieses de interpretação de quem os avalia. O psicólogo impressionista trabalha com
tarefas pouco ou nada estruturadas, a análise dos conteúdos projetados dá margem para
interpretações subjetivas do próprio avaliador, e os resultados são totalmente
dependentes da sua percepção, dos seus critérios de entendimento e bom senso.

2.2.1 - Testes Coletivos Versus Testes Individuais

Os testes coletivos são planejados, basicamente, para exame em massa. Em comparação


aos testes individuais, têm suas vantagens e desvantagens. Do lado positivo, podem ser
aplicados simultaneamente em grandes grupos, como por exemplo, em concurso
público. Em cada escala torna-se possível desenvolver técnicas de testes coletivos. Ao
utilizar apenas itens escritos, e respostas simples que são registradas nas folhas de
respostas. Isso facilita o exame, e o papel do examinador é bastante simplificado, uma
vez que elimina a necessidade da relação direta com o examinando. Em contraste com o
treinamento intensivo e a experiência exigida para aplicar os testes individuais, a
exemplo do Rorschach (teste projetivo de personalidade).

A maioria dos testes coletivos exige somente a habilidade de ler as instruções simples
para os examinandos e manter o tempo exato. Dão mais uniformidade de condições,
uma vez que difere dos individuais, tanto na forma de disposição dos itens quanto na
característica de recorrer a questões de múltipla escolha, e a aferição dos seus
resultados, geralmente, é mais objetivo.

Diferente da aplicação dos testes coletivos, os individuais são quase inevitáveis às


observações complementares do comportamento do sujeito, a exemplo de identificar as
causas da má realização em determinados itens, ou de qualquer indisposição
momentânea, fadiga, angústia, etc., que possa interferir na sua realização, o que é pouco
ou nunca identificado no exame coletivo.

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O tipo de resposta mais utilizada em testes psicométricos, praticamente em sua
totalidade é a escrita, a saber, lápis-e-papel. A grande vantagem desta técnica é que os
testes podem ser aplicados coletivamente a grandes amostras de sujeitos, ocorrência
difícil de acontecer em situações nas quais as respostas são dadas verbalmente ou exige
uma observação mais direta do comportamento pessoal do testando.

2.3. Categoria dos Testes

 Os testes podem ser divididos e subdivididos nas seguintes categorias:


 Objetividade e Padronização: Testes psicométricos e impressionistas;

Construto (processo psicológico) que Medem:

 Testes de capacidade intelectual (inteligência geral - Q.I.);


 Teste de aptidões (inteligência diferencial: numérica, abstrata, verbal, espacial,
mecânica, etc.); Testes de aptidões específicas (música, psicomotricidade, etc.);
 Testes de desempenho acadêmico (provas educacionais, etc.);
 Testes neuropsicológicos (testes de disfunções cerebrais, digestivos,
neurológicos, etc.);
 Testes de preferência individuais (personalidade; atitudes: valores; interesses;
projetivos; situacionais: observação de comportamento, biografias).

3. Descrição do Dados recolhidos

3.1.Dados recolhidos

Nome: CS
Idade: 8 anos
Sexo: Masculino
Residência: Maxaquene "C".
Etnia: Changana
Escolaridade: 2a classe
Data da última avaliação: 03/01/21

3.2. Queixa Principal

O CS iniciou o seguimento devido as queixas frequentes da direcção pedagógica da sua


escola de baixo rendimento escolar, problemas com a leitura e a escrita, falta de atenção

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e concentração e faltas as aulas associadas a comportamentos desadaptativos e por vezes
de abandona da escola com os colegas da escola.

3.3. Genograma

CS
Legenda
- Mulher
- Homem
Nota: O genograma construído não contém as 3 gerações devido a falta de informação
suficiente para compor. Contudo, devido a exigência das normas da faculdade, fez-se
apenas a representação da família nuclear do CS.

3.4. Procedimento de avaliação

CS foi submetido ao Teste de Inteligência e obteve uma pontuação bruta total de 6


ponto(s), que corresponde ao percentil 20. Esse resultado significa que CS dispõe de
inteligência médio inferior, se comparado(a) às pessoas da amostra normativa, o que
indica dificuldade para solucionar problemas, relacionar ideias e adquirir novos
conhecimentos. Considerando as atribuições da função na qual essa pessoa atua (ou
atuará), é interessante verificar até que ponto essa dificuldade pode interferir em suas
atividades diárias.
O Teste de Inteligência para crianças tem por objetivo avaliar o potencial de inteligência
(fator g) da criança.
O Teste de Inteligência para Crianças apresenta uma variedade de tarefas que se
pressupõe serem uma amostragem adequada das funções intelectuais mais importantes,
segundo seu autor, Rynaldo de Oliveira.
Em especial, na área educacional, a inteligência tem sido avaliada para diagnóstico e
acompanhamento de crianças com problemas de aprendizagem, com deficiência
intelectual e superdotadas.  Instrumentos adaptados à nossa realidade, como o Teste de
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Inteligência, auxiliam a prática profissional dos psicólogos nos mais diversos setores,
tais como no atendimento clínico (público e particular), na escola e junto às diversas
instituições sociais, etc.
Não possui limite de tempo para sua aplicação, uma vez que se trata de um teste
de capacidade/poder, tendo sido registrado na amostra de padronização um tempo
médio de oito minutos para sua realização.
O teste Teste de Inteligência é composto por 30 pranchas, ou cartões, com figuras
coloridas, a serem aplicadas na sequência de sua numeração, com figuras de objetos
concretos ou figuras abstratas.  As pranchas são apresentadas pelo psicólogo à criança,
uma de cada vez, sucessivamente. 
 A tarefa a ser realizada pela criança é completar com uma das alternativas apresentadas
abaixo da figura, o desenho da figura grande, usando para isso o tipo de raciocínio
envolvido naquele item.  A opção escolhida é registrada pelo psicólogo na folha de
respostas apropriada.  Alguns itens apresentam seis alternativas, outros oito, sendo
somente uma a correta.
A avaliação é feita com uso do crivo de correção e atribuindo-se um (1) ponto para cada
resposta certa.  Obtém-se o percentil correspondente ao total de pontos ao consultar a
tabela apropriada, verificando-se a coluna correspondente à idade da criança.  O manual
apresenta três tabelas de percentis:  para população geral, escolas públicas e escolas
particulares.

3.5. Caracterização do WAIS-III

A elaboração da terceira revisão do WAIS teve como propósito a integração dos


recentes avanços na psicologia cognitiva e na neuropsicologia, a atualização das
normas, a modificação de itens (conteúdo e forma), o aumento de sua utilidade clínica
através da inclusão de novos procedimentos diagnósticos, a diminuição de ênfase no
tempo de execução para não prejudicar pessoas com mais idade, através da criação do
subteste Raciocínio Matricial (sem limite de tempo), diminuição do número de itens,
com bônus por tempo de execução de alguns subtestes existentes, revisar a mensuração
do raciocínio fluido, através da criação de novo subteste (Raciocínio Matricial),
fortalecer as bases teóricas e investigar a estrutura fatorial (Nascimento, 1998).

Além dos QI tradicionais, o funcionamento intelectual avaliado pelo WAIS-III pode ser
decomposto em quatro fatores ou índices de habilidades mais discretas: Índice

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Compreensão Verbal (ICV), Índice Organização Perceptual (IOP), Índice de Memória
Operaciona (IMO) e Índice de Velocidade de Processamento (IVP). Estes índices foram
incluídos após inúmeras análises fatoriais exploratória e confirmatória. Desta forma, o
WAIS-III apresenta os três escores de Ql tradicionais – Total, Verbal e de Execução -,
como também quatro Índices Fatoriais - Compreensão Verbal, Organização Perceptual,
Memória Operacional e Velocidade de Processamento.

É importante ressaltar os aspectos essenciais que diferenciam os subtipos de inteligência


são importantes ressaltar. Essa breve diferenciação justifica-se por o tópico central na
história da psicologia e ainda nos dias atuais, sendo um dos assuntos mais debatidos e
investigados no campo da testagem psicológica.

Inteligência Fluída: está relacionada com a solução de problemas que implicam


adaptação e flexibilidade para enfrentar estímulos desconhecidos. A forma como a
pessoa consegue funcionar diante de uma situação que nunca vivenciou. A Inteligência
Fluída compreende um processo de perceber relações, formas conceitos, raciocínio e
abstração. É considerado um tipo de inteligência como dependente do desenvolvimento
neurológico e relativamente livre das influencias educacionais e culturais. Está
relacionada com tarefas na qual o problema proposto é novo para o paciente sendo um
elemento cultural extremamente comum. Desta forma, a pessoa pode agrupar letras e
números, fazer pares com palavras relacionadas ou recordar uma série de dígitos. A
Inteligência Fluída pode ser medida através destes instrumentos e alcança seu
desenvolvimento completo nos últimos anos da adolescência e começa a declinar nos
primeiros da vida adulta. Portanto, a Inteligência Fluída refere-se à habilidade de
manejar materiais novos e novas situações.

Inteligência Cristalizada: Relaciona-se com funcionamento intelectual em tarefas que


implicam educação, treinamento prévio, isto é, com o que foi previamente aprendido ou
seja, a inteligência se desenvolveu a partir da aprendizagem acidental e está relacionado
com as experiências da vida. Esta compreende a habilidade de recordar e utilizar a
informação aprendida e depende mais da educação e experiência cultural. Este tipo de
inteligência pode ser medida por provas de vocabulário, informação geral e respostas
dos dilemas sociais. Deste modo, a inteligência cristalizada refere-se à habilidade de
solucionar problemas com base no processamento automático da informação
armazenada, sendo que frequentemente se eleva durante a meia idade. Assim sendo, as
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habilidades verbais se ascendem, principalmente por pessoas que utilizam suas
capacidades intelectuais regularmente, podendo ser no trabalho ou através da leitura e
outro exercício mental. Após essa breve diferenciação, abordaremos agora as
características particulares da escala de inteligência para adultos WAIS-III, pontuando
as alterações observadas após as consecutivas modificações feitas nas escalas no
decorrer dos anos

3.5. Instrumento

A validade das Escalas Wechsler de Inteligência nos contextos clínico,


psicoeducacional e de pesquisa é amplamente compreendida pelos profissionais, pois
possibilita a avaliação minuciosa das capacidades cognitivas de adolescentes e adultos.
Por outro lado, exige que o profissional seja altamente treinado tanto para a aplicação
quanto para a correção.

O WAIS-III é composto de 14 subtestes organizados em duas escalas (Verbal e de


Execução). A escala Verbal é constituída dos seguintes subtestes: Vocabulário,
Informação, Semelhanças, Aritmética, Compreensão, Dígitos e Seqüência de Números
e Letras. A escala de Execução é composta dos subtestes Completar Figuras, Arranjo de
Figuras, Cubos, Códigos, Raciocínio Matricial, Procurar Símbolos e Armar Objetos. Os
procedimentos de aplicação e correção do WAIS-III são semelhantes aos adotados em
todas as Escalas Wechsler de Inteligência.

Os subtestes verbais avaliam a linguagem e os raciocínios verbal e abstrato, tendo


correspondência próxima com a inteligência cristalizada. Os de execução analisam a
organização visoperceptual, velocidade de processamento e resolução de problemas que
envolvem a ação motora, tendo relação com a inteligência fluida.

5.5. Subtestes Verbais

Vocabulário

Este subteste avalia os domínios cognitivos específicos, os antecedentes educacionais, o


conhecimento semântico, a inteligência geral (verbal), a estimulação do ambiente e/ou
curiosidade intelectual.

Informação

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É o subteste que visa medir conhecimentos gerais, e que exige memória imediata e
compreensão. Entende-se que este teste possa fornecer dados sobre a adaptação da
personalidade do sujeito na medida em que certo grau de reserva, falta de
espontaneidade, certa apreensão ou até mesmo sinais mais acentuados de timidez e
ansiedade mostram o modo adaptativo frente a uma situação desconhecida.

Semelhanças

O subteste Semelhanças determina o aspecto qualitativo dos relacionamentos que o


sujeito consegue abstrair do meio, assim como o pensamento muito concreto, que não
consegue abstrair ou que está limitado a um nível de formação de conceitos superficiais.
É uma prova que exige memória imediata, compreensão e capacidade de pensamento
associativo. A qualidade de generalização da resposta é importante na contagem de
pontos, pois mede o nível de formação de conceitos.

Aritmética

O subteste Aritmética tem como finalidade medir a habilidade de usar conceitos e


operações numéricas abstratas e medir o desenvolvimento cognitivo, além de permitir
levantar indícios sobre atitudes a respeito da aprendizagem Esse teste também se propõe
a avaliar a capacidade de concentração e atenção - fatores não-cognitivos.

Compreensão

Este subteste tem por objetivo verificar a capacidade de verbalização do sujeito, a


habilidade de usar julgamento prático na vida diária e a observação da sociabilidade e
da maturidade, além de serem mobilizadoras de conteúdos emocionais e refletirem a
estabilidade emocional. É comum que se respostas que sejam socialmente aceitas em
suas experiências anteriores.

Dígitos

Consiste na repetição oral de sequências numéricas em ordem direta (16 itens) e inversa
(14 itens), perfazendo 30 pontos. Esse subteste investiga as habilidades de recordação e
repetição imediata (memória de trabalho). A suspensão da tarefa é feita após 2 erros
dentro de uma mesma série de repetição.

Sequência de Números e Letras

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Neste subteste, a tarefa requer que o examinando organize e repita, oralmente, uma
série de números e letras apresentadas verbalmente, colocando os números em ordem
crescente e as letras em ordem alfabética. O subteste é composto de sete séries de
números e letras, com três tentativas cada. O número de elementos em cada série
aumenta progressivamente, sendo que a primeira é composta de dois elementos e a
última de oito, sendo a aplicação suspensa após o fracasso nas três tentativas de um
item (série).

Este subteste tem como objetivo auxiliar na avaliação da atenção e memória de


trabalho. As habilidades investigadas e compartilhadas com outros subtestes são:
percepção auditiva de estímulo verbal simples, memória de trabalho, inteligência fluida,
visualização, aquisição e recuperação de curto prazo, memória do estímulo simbólico,
processamento sequencial, codificação da informação para posterior processamento
cognitivo, facilidade com números, memória de curto prazo (auditiva), habilidade de
aprendizagem, de planejamento e verbalização.

3.6. Subtestes de Execução

Nestes subtestes procura-se avaliar os domínios cognitivos referente, o grau e a


qualidade do contato não verbal do indivíduo com o ambiente, a capacidade de integrar
estímulos perceptuais e respostas motoras pertinentes e a capacidade de trabalhar em
situações concretas, de trabalhar rapidamente e de avaliar informações visuoespaciais.

Completar Figuras

Este subteste compõe-se de um conjunto de figuras coloridas de objetos e cenas


comuns, cada um com uma parte importante faltando, a ser identificada pela criança.
Busca fazer avaliação de reconhecimento e memória visual, organização e raciocínio;
interesse e atenção ao ambiente, concentração e percepção das relações do todo;
discriminação de aspectos essenciais de não-essenciais.

Arranjo de Figuras

Compõe-se de um conjunto de gravuras coloridas, apresentadas desordenadamente,


sendo solicitado ao indivíduo sua reorganização em uma estória com sequência lógica.
Visa fazer a avaliação da capacidade para organizar e integrar lógica e sequenciar
estímulos complexos; compreensão da significação de uma situação interpessoal,

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julgamento de suas implicações, determinando prioridades e antecipando suas
consequências, num certo âmbito sociocultural e, por fim, processamento visual.

Cubos

Esse subteste consiste em reproduzir 14 modelos apresentados como padrões com cubos
geométricos, bidimensionais e bicolores, e apresenta limite de tempo para execução em
todos os níveis, tendo a aplicação suspensa após 3 erros consecutivos. Sendo assim,
investiga as habilidades de organização perceptual e visual, a conceitualização abstrata,
a visualização espacial, a inteligência fluida e a velocidade de processamento mental.

Códigos

Uma série de formas simples (Código A) ou números (Código B), cada um pareado
com um símbolo simples. O sujeito desenha o símbolo na sua forma correspondente
(Código A) ou sob seu número correspondente (Código B), de acordo com uma chave.
Os Códigos A e B estão incluídos em uma única folha destacável, no Protocolo de
Registro.

Avalia os seguintes domínios cognitivos: velocidade de processamento, capacidade de


seguir instruções sob pressão de tempo, atenção seletiva, concentração (resistência à
distratibilidade) e persistência motora numa tarefa sequencial, capacidade de aprender e
eficiência mental, flexibilidade mental e memória de curto prazo.

Raciocínio Matricial

Esse subteste foi inspirado no teste Matrizes Progressivas de Raven, sendo


relativamente livre de cultura e da linguagem. O subteste possui 26 itens, além dos três
que servem como exemplos. É composto de quatro tipos de itens: padrões contínuos e
discretos, classificação, raciocínio analógico e serial. A tarefa solicitada ao examinando
consiste em completar uma série de padrões incompletos, apontando ou dizendo o
número da resposta correta entre as cinco alternativas apresentadas. Após quatro erros
consecutivos (na versão adaptada) a aplicação do subteste é suspensa. O fato de não
apresentar limite de tempo tem se mostrado favorável para pessoas de mais idade que
apresentam velocidade de resposta lenta.

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Este subteste foi incluído com o objetivo de aprimorar a investigação do processamento
da informação visual e raciocínio abstrato (analógico). Entre as habilidades investigadas
e compartilhadas com outros subtestes estão: percepção visual de estímulo abstrato,
percepção auditiva do estímulo verbal complexo (seguir as instruções), capacidade de
distinguir os detalhes essenciais dos não-essenciais, organização perceptual, inteligência
fluida, produção convergente, processamento holístico, habilidade de aprendizado,
raciocínio não-verbal, processamento simultâneo, visualização espacial e organização
visual. - Procurar Símbolos

No subteste Procurar Símbolo, a tarefa consiste em identificar se um dos símbolos


mostrados no grupo alvo está presente no grupo de busca, marcando a resposta no
campo apropriado. Cada item apresenta dois símbolos no grupo alvo e cinco no grupo
de busca. É constituído de 60 itens e o tempo limite para execução da tarefa é de 120
segundos. Destacam-se como habilidades específicas investigadas por esse subteste a
velocidade de processamento mental e velocidade de inspeção visual. Entre as
habilidades investigadas e compartilhadas com outros subtestes estão: percepção visual
de estímulo abstrato, percepção auditiva do estímulo verbal complexo (seguir as
instruções), organização perceptual, produção convergente e avaliação do estímulo
simbólico, planejamento, codificação da informação para processamento cognitivo
posterior, habilidade de aprendizado, memória visual de curto prazo, visualização
espacial, velocidade do processamento mental, habilidade com lápis e papel,
coordenação visomotora e acurácia.

Armar Objetos

O subteste Armar Objetos propõe-se verificar a percepção das partes para a sua
construção num todo significativo. Avalia o processamento visual, velocidade
perceptual e capacidade de síntese de um conjunto integrado. Altos escores sugerem
adequada coordenação motora e boa organização visual.

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4. Análise do trabalho de campo

4.1. O positivo profissional do trabalho de campo

Ajuda na interação com os utentes do centro, aprendemos a lidar crianças com o apoio
no desenvolvimento escolar da criança e adolescentes, encontramos crianças e
adolescentes que não sabiam ler e nem escrever e hoje já sabem.
Os temas debatidos com as mães ajudou- nos muito profissionalmente nos aprendemos
delas e elas de nós.
4.2. Desafios encontrados
 Apoiar as crianças a aprenderem a ler e escrever;
 Reintegração das crianças que não assistiam as aulas;
 Lidar com uma casa de abuso de menores;
 Dificuldades de interacção nos atendimentos.

5. Considerações Finais

O estágio no centro Hakumana proporcionou uma grande experiência e oportunidade de


por em prática o que foi ensinado na faculdade durante o período do estágio foi possível
juntar a teoria e a prática.
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O estágio deu a oportunidade da visão de como é trabalhar com ética, respeito e
dedicação, numa área da psicologia que tende a crescer no mercado atual de trabalho,
sem contar que esses ganhos serão, sem dúvida empregados futuramente.
Quanto aos trabalhos de grupo, as pessoas não se integrarão em um grupo se ele não
trouxer a satisfação de certas necessidades fundamentais, que são: necessidade de
afeição porque todas as pessoas que se reúnem em qualquer grupo as sentem, e são,
interpessoais porque serão satisfeitas apenas em grupo e pelo grupo. Sendo assim,
espero que o trabalho de psicologia no centro Hakumana possa atingir a satisfação das
necessidades dos utentes, e contribuir com a promoção de saúde.

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6. Bibliografia

CARVALHO, M. do C. B. A família contemporânea em debate. São Paulo. EDUC/


Cortez, 2002
ANASTASI, A. (1977). Testes psicológicos. Tradução D. M. Leite. 2. ed. São Paulo:
EPU.
CALEGARO, M. (2002). Avaliação psicológica do transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH). In: CRUZ, R. M. et al. (Orgs.). Avaliação e medidas
psicológicas:
produção de conhecimento e de intervenção profissional. São Paulo: Casa do Psicólogo.
CUNHA, J. A. et al. (1993). Psicodiagnóstico – R. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas.
CRUZ, R. M. (2002). O processo de conhecer em avaliação psicológica. In: CRUZ, R.
M et al. (Orgs.). Avaliação e medidas psicológicas: produção de conhecimento e de
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Anexos

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