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0. INTRODUÇÃO
0.1. Generalidades
Aqui está uma visão geral da adoção de um sistema de gestão da qualidade, que é uma
decisão estratégica para uma organização que pode ajudar a melhorar seu desempenho
geral e fornecer uma base sólida para iniciativas de desenvolvimento sustentável.
Esta norma adota a abordagem por processos, que incorpora o ciclo PDCA (Plan-Do-
Check-Act) e o pensamento baseado em risco.
O ciclo PDCA permite a uma organização assegurar que os processos são dotados com
recursos adequados e devidamente geridos e que as oportunidades de melhoria são
determinadas e implementadas.
A seção 0.2 cita os princípios de gestão da qualidade descritos na norma ISO 9000, que
são os seguintes:
Foco no cliente;
Liderança;
Compromisso das pessoas;
Abordagem por processos;
Melhoria;
Tomada de decisão baseada em evidências;
Gestão das relações.
A seção 0.3, dedicada à abordagem de processo, indica que esta norma promove a
adoção de uma abordagem de processo ao desenvolver, implementar e melhorar a
eficácia de um sistema de gestão da qualidade, para aumentar a satisfação do cliente por
meio do cumprimento dos requisitos do cliente. Estes requisitos específicos são
desenvolvidos no ponto 4.
Esta norma especifica os requisitos para um sistema de gestão da qualidade quando uma
organização:
Todos os requisitos desta norma são genéricos e destinam-se a ser aplicáveis a todas as
organizações, independentemente do tipo ou tamanho, ou dos produtos e serviços
fornecidos.
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
3. TERMOS E DEFINIÇÕES
Neste ponto são detalhados os termos e definições a serem utilizados, que são os
mesmos utilizados na norma ISO 9000:2015.
4. CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO
A seguir, será descrita cada uma das seções da epígrafe 4 da norma 9001:2015.
Os processos que compõem o SGQ devem ser mostrados graficamente, bem como a
relação (sequência e interação) entre esses processos, pois fazem parte de um sistema
em que cada processo e seus resultados podem influenciar os demais. Essa
representação gráfica dos processos e seus relacionamentos é conhecida como mapa de
processos do SGQ.
Recomenda-se também que os processos do SGQ sejam documentados (por exemplo,
descrições literais da metodologia, fluxogramas, arquivos de processos, etc.) e possuam
métodos adequados (por exemplo, indicadores) que permitam monitoramento e
medição.
Recomenda-se que a preparação da documentação não se torne um fim em si, mas sim
uma atividade que agrega valor. O grau de detalhamento com que os processos são
descritos deve estar relacionado à sua complexidade e estabilidade.
Mapa de processos
Diagrama de processos, fluxogramas e/ou descrição de processos
Instruções de trabalho
Formatos de registos
Documentos contendo comunicação interna
Documento quer contenha o planeamento do SGQ
Programa de produção
Lista de fornecedores aprovados
Manual/ Plano de Qualidade
O manual de qualidade pode ser usado para fornecer uma visão geral do SGQ. Seu
formato e estrutura são de decisão da organização e dependerão de seu tamanho, cultura
e complexidade. Além disso, algumas organizações podem optar por usá-lo para outros
fins (por exemplo, fins comerciais). Em última análise, deve ser um verdadeiro
documento de trabalho. Portanto, todos os documentos que fazem parte do SGQ devem
ser controlados de acordo com a seção 4.4.2. da norma ISO 9001:2015.
5. LIDERANÇA
A norma destaca a importância que o cliente tem para a organização e, por isso, coloca
esse requisito sob responsabilidade da gestão, com foco no cliente. A alta administração
deve demonstrar liderança e compromisso com o foco no cliente, garantindo que:
6. PLANEAMENTO
A organização deve planejar ações para lidar com riscos e oportunidades e como
integrar e implementar as ações em seus processos de sistema de gestão da qualidade,
bem como avaliar a eficácia dessas ações. As ações empreendidas para tratar riscos e
oportunidades devem ser proporcionais ao impacto potencial na conformidade dos
produtos e serviços.
Evitar os riscos
Assumir o risco tendo em vista perseguir uma oportunidade
Eliminar a fonte do risco
Alterar a verosimilhança ou s consequências
Partilhar o risco ou decidir manter o risco por decisão informada
Quando houver mudanças no sistema de gestão da qualidade, elas devem ser realizadas
de forma planeada e a organização deve considerar:
Os objetivos não devem ser confundidos com as ações ou metas a serem realizadas
para alcançá-los. Por exemplo, o objetivo de comprar um novo camião pode não ser o
objetivo em si, mas sim uma meta (uma etapa para atingir um objetivo) para o alcance
do verdadeiro objetivo, que pode estar relacionado à melhoria da qualidade, prazos de
entrega ou aumento da distribuição capacidade em face da crescente procura.
Além dos objetivos da qualidade, devem ser planeados marcos importantes na vida do SGQ,
para que ocorram conforme exigido pela norma e cumpram os objetivos da qualidade.
As descrições não precisam ser complexas ou elaboradas. É importante que reflitam claramente
a situação da vida real e deixem espaço para flexibilidade.
Para que o SGQ funcione de forma eficaz, uma boa comunicação é essencial. Para que esses
processos de comunicação sejam eficazes, eles devem equipar a administração e a equipe com a
capacidade de:
A informação deve ser clara e compreensível, e deve ser adaptada à pessoa a quem se destina.
Alguns métodos de comunicação são informações em quadros de avisos, reuniões ou
transmissão de informações por meio eletrônico (por exemplo, e-mail).
7. SUPORTE
7.1. Recursos
7.1.1. Generalidades
A organização deve ter os recursos necessários para realizar o sistema de gestão da qualidade,
considerando se os recursos internos são suficientes e se deve contar com recursos externos.
Aqui a palavra recurso deve ser entendida em sentido amplo, o que equivale a dizer que os
recursos podem ser:
É aconselhável rever os recursos regularmente. Um momento ideal é fazer isso como parte
de uma revisão gerencial do sistema.
Pessoas, infraestrutura, meio ambiente, recursos de monitorização e medição devem ser levados
em consideração, e devem ser determinados os conhecimentos necessários para a operação de
seus processos e para alcançar a conformidade de seus produtos e serviços.
7.1.2. Pessoas
Dentro do ambiente certo para atingir os objetivos está a combinação de fatores humanos e
físicos, tais como: social, psicológico e físico.
Se considerarmos que boa parte da vida das pessoas acontece no ambiente de trabalho, fica
claro que tudo o que as cerca deve influenciá-las positivamente no desenvolvimento de suas
tarefas. A criação de um ambiente de trabalho adequado pode exigir:
7.2. Competências
A organização deve elaborar perfis para cada cargo e recolher, em cada perfil, tanto a formação
(entendida como formação académica regulamentada) como a formação complementar,
competências e experiência necessárias para ocupar o cargo.
Na maioria dos casos, as pessoas que ingressam na organização não trazem consigo as
habilidades ou conhecimentos suficientes necessários, mas são incorporadas pelos valores
humanos que devem contribuir (e que são impossíveis de adquirir por meio de um processo de
treinamento, como disciplina, seriedade, etc.).
Com essa comparação da competição atual com o que é necessário, serão detetadas lacunas que
precisarão ser preenchidas por meio de treinamentos ou outras ações.
A organização deve estabelecer um plano que combine a competência dos colaboradores com o
perfil necessário para atingir os objetivos propostos. Não basta apenas ministrar e registar o
treinamento, ele também deve ser avaliado.
Caso os resultados obtidos não cumpram os objetivos da formação, será necessário tomar
medidas para resolver esta situação. Por este motivo, é aconselhável definir a finalidade e o
objetivo das ações de formação a realizar para que, uma vez realizadas, seja possível verificar se
as mesmas foram cumpridas.
7.3. Consciencialização
É importante que as pessoas que fazem parte da organização estejam cientes de:
A política de qualidade.
Os objetivos de qualidade relevantes.
Sua contribuição para a eficácia do sistema de gestão da qualidade.
As implicações do não cumprimento dos requisitos do sistema de gestão da qualidade.
7.4. Comunicação
Esta seção indica as comunicações que as organizações internas e externas devem realizar. Para
isso, você deve responder às seguintes perguntas:
O que comunicar;
Quando comunicar;
A quem comunicar;
Como comunicar;
Quem comunica.
Este padrão internacional requer informações documentadas e deve incluir o que a organização
determina ser necessário para a eficácia do sistema.
As informações documentadas devem ser controladas para garantir que estejam disponíveis e
apropriadas onde e quando forem necessárias. Além disso, você deve garantir que ele esteja
adequadamente protegido, protegido contra modificações não intencionais e controlado.
7.5.2. Criação e atualização
8. OPERACIONALIZAÇÃO
A organização deve planear todos os processos necessários para atender aos requisitos
estabelecidos para o fornecimento de produtos e serviços. O planeamento é feito, conforme
indicado pela norma, por:
As mudanças planeadas devem ser controladas e as mudanças imprevistas devem ser revisadas,
tomando-se medidas, se necessário, para controlar quaisquer efeitos adversos. Na verdade, o
que a norma exige é o planeamento dos processos operacionais que permitem a entrega do
bem ou serviço contratado ao cliente.
A organização deve estabelecer como vai ser feito para cumprir o que foi contratado pelo
cliente, o que é necessário para cumprir o que foi prometido, como vai verificar ou controlar se
o serviço ou produto realmente corresponde ao solicitado pelo cliente, e quais documentos
mostrarão que tudo correu conforme o planeado e as necessidades do cliente foram atendidas.
No primeiro caso, o planeamento pode ser realizado ao mesmo tempo que o manual da
qualidade e os documentos são produzidos e, posteriormente, fazer referência à documentação
associada. Seria o caso de uma produção padronizada, cujo planeamento também está
padronizado na documentação do SGQ. (ex: produção de refrigerantes).
Uma boa comunicação com o cliente é essencial para esclarecer mal-entendidos. Sempre
que possível, alguém deve ser designado como ponto de contato com os clientes (gerente de
atendimento ao cliente), para identificar e resolver quaisquer problemas que possam surgir.
A comunicação com o cliente deve:
O cliente pode nem sempre estar certo, mas ele é sempre um cliente. As organizações
devem fazer uma proposta formal ao cliente para análise e aceitação, evitando assim
surpresas desagradáveis de ambos os lados.
A revisão do que o cliente deseja não se refere apenas a contratos ou pedidos, mas a toda a
documentação gerada, como ofertas, orçamentos, etc. Além disso, a organização deve
garantir que pode atender a todos os requisitos do cliente relacionados ao produto ou serviço
ou compromissos adicionais, como quantidade, prazo, forma e local de entrega, etc.
Os pedidos feitos por escrito ou em formato eletrônico, como os recebidos por correio, e-
mail ou fax, podem fornecer um registo permanente dos detalhes do produto ou serviço
solicitado. Nos casos em que as encomendas são recebidas por telefone ou verbalmente,
devem ser tomadas medidas especiais para registar e confirmar as referidas encomendas, de
forma a garantir que não ocorrerão problemas posteriores, derivados de diferenças entre o
que o cliente expressou e o que foi entendido pela pessoa. que tratou do pedido do cliente.