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O sucesso da reprodução depende de um ajuste temporal que garanta que a

desova ocorra no melhor local e no momento exato em que as condições ambientais se


apresentem favoráveis para a sobrevivência dos descendentes.
Dessa forma, a sincronia entre os processos fisiológicos da maturação gonadal
com as condições ambientais são determinantes para o sucesso reprodutivo.

QUAIS SÃO OS PADRÕES E ESTRATÉGIAS REPRODUTIVAS UTILIZADOS


PELAS DIFERENTES ESPÉCIES DE PEIXES?
Padrões:
Ovíparos: “que nascem do ovo”, a fertilização pode ser interna ou externa. Pode ou não
existir cuidado parental.
Ovovivíparos: “que nascem vivos de ovos”, fertilização interna.
Vivíparos: “que nasce vivo”, fertilização interna.
Estratégias:
Desova em substratos, ninhos escavados – ninhos de tilápias
Desova em substrato, ovas aderentes em forma de massa – bagre do canal Desova em
substrato flutuante – carpas do gênero Cyprinus sp.
Migração reprodutiva – típico de Characiformes sul-americanos e salmões.

O barramento dos rios para fins de geração de energia poderia levar a extinção
das espécies de peixes brasileiras.
Desenvolvimento de técnicas de desova induzida e propagação artificial de
peixes migradores.
Alternativa: Construção de escadas de peixes para tentar contornar a interrupção
do ciclo reprodutivo (piracema) impostos pelos reservatórios da UHE.
Vias de administração dos hormônios: oral, injeção intra-muscular, base das
nadadeiras, intra-peritoneal

ETAPAS DA PROPAGAÇÃO ARTIFICIAL:


1 seleção, pesagem e marcação dos reprodutores
2 Dose do hormônio: Varia com a espécie! Extrato bruto de hipófise: 4,5 a 5,5
mg/kg para as fêmeas e 0,5 a 2,0 mg/kg para machos, em intervalos de 12 horas.
3 Extrusão dos gametas: A ovulação ocorre em geral 8 a 12 horas após a segunda
aplicação de hormônios; A coleta dos ovócitos deve ser realizada com a fêmea
anestesiada, seca, em recipiente limpo e seco.

O esperma é coletado num recipiente pequeno, limpo e seco e depois adicionado


aos ovócitos;
Cerca de três minutos após a mistura, faz-se a fertilização e hidratação pela
adição de água limpa;
Os ovos devem ser deixados em hidratação por 5 minutos , e então colocados em
incubadoras (1.000 ovos/ litro);
Tempo de incubação de 30-36 horas.
HÍBRIDOS: Cruzamento entre indivíduos de espécies diferentes; Hibridação
interespecífica.
OBJETIVOS: Combinar características vantajosas provenientes das duas
espécies;“Vigor Híbrido”; Exemplos: “cachapinta” (ponto e vírgula), tambacu, patinga.
Problema: Híbridos férteis (cachapinta, p. ex.), Risco ambiental; Identificação
dos híbridos; Aparecimento de linhagens híbridas “pós F1”

REPRODUÇÃO INDUZIDA:
Hipofisação (extrato de hipófise) Consiste na retirada da hipófise de peixes
doadores maduros, maceração, produção do “soro hipofisário” contendo gonadotropinas
e aplicação desses hormônios nos reprodutores.
Procedimento realizado em duas etapas: i) injeção de 10% da dose total; ii)
Segunda dose com 90% da dose total que induz a ovulação e desova (intervalo de
aplicação geralmente de 12h).
Os machos recebem uma única dose ao mesmo tempo em que a segunda dose é
aplicada nas fêmeas.

CONCEITUE VIVEIRO, TANQUES, TANQUES REDES E GAIOLAS E


RACEWAYS.
VIVEIROS- reservatórios naturais de fundo ou paredes de terra, apresentam condições
mais próximas daquelas em que os peixes vivem em seu ambiente.
TANQUES- reservatórios de pequenas dimensões que são construídos de alvenaria de
tijolos ou concretos, ou de qualquer outro material disponível.
GAIOLAS E TANQUES REDES- estruturas fechadas com telas ou grades de todos os
lados que retem os peixes e permitem a troca de agua na forma de fluxo continuo.
RACEWAYS- tanques retangulares, consideravelmente mais longos do que largos,
rasos, pelos quais passa alto fluxo de agua.

A CONCENTRAÇÃO ÓTIMA DE PROTEÍNA EM DIETAS PARA PEIXES


ESTA MARCADA POR UM DELICADO BALANÇO ENTRE ENERGIA
DIGESTÍVEL E PROTEÍNA BRUTA. DISCORRA.
R: Relação energia: proteína na dieta de peixes;
Relacionado à qualidade da carcaça: A relação E:P de alimentos utilizados em
piscicultura é mais alta (8~10 kcal ED g-1 PB) que na fauna nutritiva aquática – insetos,
larvas, crustáceos etc. (5~6 kcal ED g-1 PB);
Dessa forma, o pescado originado de peixes extraídos do ambiente natural é mais magro
que o pescado originado de peixes produzidos em confinamento.
A utilização e retenção de proteína consumida no peixe aumentam conforme aumentam
os níveis de lipídios e amido no alimento => efeito economizador de proteína;
Peixes se alimentam procurando satisfazer suas exigências em energia!
O consumo de alimento é regulado pelo conteúdo de energia na ração.

Peixes necessitam de maior proporção de proteína na dieta que animais homeotérmicos,


porém a quantidade de proteína exigida pelos peixes por unidade de ganho de peso é
menor; Peixes podem obter energia do alimento ingerido ou das reservas corporais de
proteínas, lipídios ou glicogênio;
Energia não é um nutriente; é liberada durante a oxidação metabólica de carboidratos,
gorduras e aminoácidos.
Peixes utilizam CHO, lipídios e proteínas como fontes de energia;
Peixes se desenvolvem num ambiente escasso em carboidratos;
São melhor adaptados a utilizar lipídios e proteínas como fonte de energia.
Peixes excretam os produtos nitrogenados do metabolismo diretamente na forma de
amônia. Os demais vertebrados excretam os produtos nitrogenados do metabolismo na
forma de uréia ou ácido úrico.
QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE A RAÇÃO PELETIZADA E EXTRUDADA?
O QUE ISSO INFLUENCIA NO MANEJO ALIMENTAR E NA
DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES.
Produção de rações extrudadas
A extrusão é uma moldagem termo-plástica, e aliada ao processo de cocção do
alimento sob alta temperatura e vapor, permite a total gelatinização do amido e a
agregação das partículas alimentares por matriciamento em novos grânulos estáveis;
A extrusão permite maior versatilidade no uso de ingredientes de alta capacidade
de produção, de grânulos expandidos tanto de baixa (flutuantes) como de alta
(sedimentares) densidade.
A ração extrusada tem maior digestibilidade dos nutrientes, aumenta o
rendimento da prensa granuladora, obtenção de grânulos mais estáveis e uniformes. Fica
na superfície da água. Diminui as perdas e possibilita visualizar os peixes na superfície.
Diminui o processo de perdas físicas devido a extrusão.

Produção de ração peletizada:


A peletização é o processo básico de processamento que visa melhorar a
qualidade dos alimentos para animais. O processo de peletização agrega (aglutina) os
ingredientes de uma fórmula alimentar em grânulos densos por meio da prensagem ou
compactação.
Os pélets fazem a diminuição de perdas físicas;
Elimina alimentação seletiva;
Melhora eficiência alimentar;
Facilita o manuseio do alimento;
Degradação de microorganismos indesejáveis;
Menor volume da ração diária (aumento da densidade).

VANTAGENS DO USO DE RAÇÕES COMERCIAIS:

1. Economia com remuneração de mão de obra;

2. Precisão na formulação;

3. Qualidade do produto e tecnologia empregada;

4. Segurança alimentar e ambiental;


5. Maior lucratividade;

Alimento de má qualidade causa:

Deficiência nutricional; Intoxicações; Baixa resistência a doenças; Baixo desempenho;


Baixa produtividade; Baixa qualidade do pescado.

Alimento de boa qualidade garante:

Crescimento uniforme e rápido do estoque; Higidez do plantel; Sucesso produtivo;


Resistência à baixa condição de qualidade de água; Maior lucratividade.

O baixo desempenho em piscicultura é geralmente ligado a falhas no programa


nutricional, que depende não só da qualidade do alimento, como também da habilidade
do responsável técnico da criação.

O comportamento alimentar é o melhor indicador do estado de saúde dos peixes.


Peixes se alimentando bem; estão em boa saúde e as condições do meio também.

Benefícios da granulação dos alimentos:

Elimina alimentação seletiva – os animais consomem quantidade balanceada de


nutrientes a cada refeição;

A maior estabilidade dos alimentos granulados aumenta a disponibilidade de


nutrientes das rações;

A granulação aumenta a aceitabilidade (palatabilidade) do alimento e melhora a


eficiência alimentar.

Maior estabilidade das rações prolonga seu tempo de armazenamento;

As rações se mantém estáveis por mais tempo na água, permitindo que os peixes
consumam mais alimento, reduzindo as perdas e minimizando problemas com
eliminação de resíduos no ambiente;

Perda de nutrientes por segregação e lixiviação são praticamente eliminadas.

Características de uma boa ração granulada:


Mais digestíveis – ação combinada do calor e umidade gelatinizam o alimento e
permitem melhor utilização pelos animais;

Maior segurança – contaminantes biológicos são total ou parcialmente destruídos no


processo;

São mais densas – facilidade de manuseio e transporte, sem segregação de partículas


alimentares.

Exigências Nutricionais de Peixes

Como quaisquer outros animais confinados, os peixes precisam consumir


proteínas, minerais, vitaminas e uma fonte de energia em níveis que garantam um
desempenho ótimo.

A produção de uma dieta nutricionalmente completa para determinada espécie


de peixe, exige conhecimentos sobre as exigências nutricionais da espécie, controle de
qualidade no processo de fabricação e avaliação biológica do alimento.

Fatores que afetam as exigências nutricionais em peixes :


Espécie

Idade (fase de desenvolvimento)

Sexo e estádio de maturação sexual

Sistema e regime de produção

Disponibilidade de alimento

Teor de oxigênio dissolvido na água

Temperatura da água

Frequência de arraçoamento

Qualidade da dieta

Exigências em proteína
As exigências em proteína de determinada espécie são influenciadas por diversos
fatores:

Porte e idade do peixe;

Qualidade da proteína;

Exigências em proteína

Importante nutriente para o desenvolvimento do peixe;

Constituintes principais das proteínas: aminoácidos;

Peixes exigem maiores quantidades de proteínas!

Exigência de 24 a 50% de proteína. Pq? Peixes são animais heterotérmicos; Menor


consumo de energia; Capazes de utilizar a proteína como fonte de energia.

O que parece ser uma alta exigência em proteína dietética pelos peixes é, na realidade,
uma baixa exigência em energia.

NÍVEIS DE PROTEÍNA DIETA SÃO EM FUNÇÃO DO HÁBITO ALIMENTAR E


FASE DE DESENVOLVIMENTO!!

O incremento calórico para os animais domésticos varia entre 20 e 30% do total de


energia consumida como alimento;

O incremento calórico em peixes varia entre 5 e 15 % do total de energia (energia bruta)


consumida como alimento.

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