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CENTRO DE MATERIAL E

ESTERILIZAÇÃO – PARTE 2
PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS
CONTROLE E VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS

Prof. M.Sc. Simone Souza


Esterilização de artigos
• É o processo pelo qual os microorganismos
são mortos a tal ponto que não se possa mais
detectá-los no meio-padrão de cultura em que
previamente os agentes haviam se
proliferado.

• Probabilidade de sobrevivência: 1:1.000.000


Tipos de processo de esterilização
• PROCESSOS FÍSICOS
– Autoclave
– Estufa
– Esterilização por cobalto 60
• PROCESSOS QUÍMICOS-FÍSICOS
– Esterilização por vapor de baixa temperatura e
formaldeído gasoso (VBTF)
– Esterilização por óxido de etileno (ETO)
– Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio
– Esterilização por pastilhas de paraformaldeído
• PROCESSOS QUÍMICOS
Esterilização por vapor saturado
sob pressão
• câmara de aço inoxidável, com
uma ou duas portas, contendo ainda uma
válvula de segurança, manômetro de pressão
e indicador de temperatura.
• Mais econômico
TIPOS DE AUTOCLAVE
a injeção de vapor na câmara
força a saída do ar frio por uma válvula
localizada em sua parte inferior. Pode haver a
formação de bolhas de ar no interior do
pacote.
por meio da bomba de vácuo ou
sistema de Venturi contido no equipamento,
o ar é removido do artigo e da câmara. O
processo pode ser único ou fracionado. Mais
eficiente.
MECANISMO DE AÇÃO
• Transformação das partículas de água em
vapor sob a mesma temperatura.

Morte
celular
Coagulação
das
proteínas
Calor
PARÂMETROS DO PROCESSO

Vapor Temperatura Tempo


• Esporos e pressão • 3 a 30
necessitam de • T=121o C a minutos
calor e 132o C
umidade • 1 a 1,80 atm
CONTROLE DO PROCESSO
• Manutenção preventiva/corretiva
• Registro dos parâmetros(tempo, temperatura
e manovacuômetro de pressão).
• Teste de Bowie & Dick(uso diário no primeiro
ciclo).
• Uso de indicadores químicos externos e
internos(fita zebrada e etiqueta).
• Indicadores biológicos (semanal/diária).
VANTAGENS
• Facilidade de uso
• Custo acessível
• Eficácia
• Rapidez
• Ausência de toxidade
DESVANTAGENS
• Não serve para esterilizar pós e líquidos

• Causa oxidação em alguns artigos


RECOMENDAÇÕES
• Fazer com que o
vapor penetre em
todas as regiões;
• Não apertar muito
os pacotes;
• Dispor os pacotes
de modo vertical;
RECOMENDAÇÕES
• Utilizar apenas 80% da
capacidade;
• Não colocar as
embalagens após a
esterilização em
superfícies frias;
• Limpar a câmara
interna do
equipamento no
mínimo
semanalmente.
ESTERILIZAÇÃO RÁPIDA (FLASH)
• Tempo reduzido

• Utiliza-se a própria bandeja do equipamento


como invólucro

• Não recomendado
Esterilização por calor seco
• Estufa

• Temperatura: 121º C a 170º C, de 60 min. a


12h.

• Não recomendado
PROCESSO FÍSICO (CONT.)
Esterilização por cobalto 60 Radiação gama
Risco de exposição ambiental
PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO
Esterilização por vapor de baixa Autoclave
temperatura e formaldeído gasoso Irritação da conjuntiva e mucosa, dores
(VBTF) de cabeça e fadiga.
Pneumonia, edema pulmonar e hepatite
tóxica.
Esterilização por óxido de etileno Autoclave (temp. entre 50 a 60 graus)
(ETO) Gás incolor, altamente explosivo e
inflamável

Esterilização por plasma de peróxido Menor risco de exposição ocupacional e


de hidrogênio ambiental
O processo gera apenas água
Esterilização por pastilhas de Não recomendado
paraformaldeído Dificuldade de controle e de validação
PROCESSOS QUÍMICOS
• Esterilização a frio

Ácido
paracético

Glutaraldeído
VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS
• É o procedimento documentado para a
obtenção de registro e interpretação de
resultados desejados para o estabelecimento
de um processo.
CONTROLE DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
• CONTROLES QUÍMICOS
• CONTROLES MICROBIOLÓGICOS
• TESTES MICROBIOLÓGICOS PARA AVALIAR A
PENETRAÇÃO DO AGENTE ESTERILIZANTE
• TESTE DE ESTERILIDADE DOS ARTIGOS
– Inoculação direta ou indireta
– Esterilização por óxido de etileno
• MONITORAMENTO ELETRÔNICO
CONTROLES QUÍMICOS
– indicadores de processo: mostram se o material
foi exposto a esterilização e distinguem o artigo
processado do não processado. Ex. fita zebrada.

– indicadores para uso em testes


específicos/ autoclave. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C
por 3,5 a 4 min sem secagem. Teste de Bowie & Dick.
CONTROLES QUÍMICOS
• Teste de Bowie & Dick.
CONTROLES QUÍMICOS
– indicadores de um parâmetro (temperatura pré-
estabelecida).

– indicadores de dois ou mais parâmetros (controla


temperatura e tempo).

– indicadores integradores: rastreiam todos os


parâmetros(controla temperatura, tempo e qualidade do
vapor).

– indicadores de simulação (intervalo de confiança


maior que a classe 5).
DOCUMENTAÇÃO DOS CONTROLES
• O resultado do teste de Bowie & Dick da
autoclave no primeiro ciclo do dia;
• O número do lote;
• Os parâmetros físicos de cada processo;
• Conteúdo do lote;
• Nome do operador responsável;
• Resultado dos indicadores biológicos e químicos;
• Resultado do teste de hermeticidade;
• Quaisquer intercorrências.
• Arquivar durante 20 anos
REFERÊNCIAS
• SOBECC. Práticas recomendadas – SOBECC. 4ª
ed.2007.

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