Adolf Hitler / Alemanha Antônio Oliveira Salazar E
Francisco Franco
Getúlio Dorneles Vargas
Benito Mussolini e Adolf Francisco Franco Antônio O. Salazar
Hitler Espanha Portugal FASCISMO Considerado um radicalismo político autoritário nacionalista; Ganhou destaque no início do século XX no cenário europeu; Os fascistas buscam: Unificar a nação através de um Estado Totalitário; Promove a mobilização das massas, da comunidade nacional; Confia o início da revolução a um partido de vanguarda que organizará a nação em princípios fascistas; Rejeita os princípios liberais democráticos, o socialismo e o comunismo;
Os Estados Fascistas possuem características semelhantes:
culto a imagem do líder; devoção ao líder; veneração ao Estado; ênfase ao ultranacionalismo, etnocentrismo e ao militarismo;
Vê na violência política, guerra e imperialismo meios para o
rejuvenescimento nacional;
Afirmam que as raças superiores devem obter espaço eliminando ou
dominando aquelas consideradas fracas ou inferiores; Emprestou teorias e termos do socialismo, aplicando-as sob o ponto de vista que o conflito entre nações e raças é mais significativo que os conflitos de classes, buscando assim eliminar os conflitos de classes dentro das nações;
Defendeu uma economia mista com o objetivo de atingir auto-suficiência,
e a independência nacional através de políticas econômicas protecionistas, intervencionismo e privatizações. O fascismo sustenta o que é denominado por muitos como terceira posição entre o capitalismo e o socialismo;
Recebeu influência dos movimentos sindicais;
Suas primeiras representações surgiram na Itália, no contexto da
Primeira Guerra Mundial;
Combinou elementos da esquerda com os elementos políticos e
econômicos da direita como forma de fazer oposição ao comunismo, liberalismo democrático e socialismo e, em alguns casos, combatendo até o conservadorismo da direita tradicional;
Embora seja denominado tradicionalmente como um regime de extrema
direita, os fascistas em si, e alguns comentaristas discordam. A sociedade liberal do século XIX, organizada segundo a filosofia iluminista do século XVIII, que tem como princípios o racionalismo, o individualismo e a idéia de progresso;
Entendem a Democracia como incapaz de defender os interesses da
pátria. Consideram-na como instrumento de pressão dos grupos econômicos hegemônicos. Tambem consideram o Parlamentarismo como inútil. O pluralismo partidário é entendido como causador de dissensões e divisões na sociedade; Consideram que o poder do povo em relação a escolha de seus governantes é inútil, podendo ser até mesmo nocivo, já que os escolhidos, não necessariamente, são os mais competentes, melhores ou mais capazes.
O individualismo, defendendo a idéia de que o homem só adquire valor
para a pátria quando parte integrante do grupo. Assim, os direitos individuais e, por extensão, os direitos humanos, são rejeitados. “O homem e seus direitos individuais devem se subordinar ao Estado”. O Liberalismo é visto como instrumento de enfraquecimento do bem maior que é o grupo. O grupo tem o direito de usar da força, se necessário, para enquadrar aqueles que baseados no liberalismo se recusem a fazer parte de algo maior;
O Marxismo, obviamente por que este está fundamentado na luta de
classes e, segundo a ótica fascista, resulta em enfraquecimento e divisão da sociedade.
Nacionalismo exacerbado: consideram que a nação é o bem supremo,
exigindo em nome dela qualquer tipo de sacrifício por parte dos indivíduos. Desenvolve-se o Culto a Nação e a sua mitificação. (É preciso recuperar as raízes, preservar as origens e manter a “pureza” da raça;
Racismo: defende-se a purificação do elemento nacional – eliminação
de qualquer tipo de contaminação do sangue. Cultua-se, dependendo do caso, as origens Germânica (alemães, austríacos, etc.); Latina (italianos); Hispânicas (espanhóis); Lusitana (portugueses); Helênicas (gregos); OBS: O racismo alimenta-se do nacionalismo e o nacionalismo alimenta-se do racismo. Expansionismo: considera-se uma necessidade básica para os “povos vigorosos e dotados de vontade”. Defende-se o alargamento das fronteiras com intuito de conquistar o “espaço vital”.
Militarismo: vital para à expansão e à afirmação do elemento nacional e
racial. A vida militar passa a ser sinônimo de cooperação em grupo e o militarismo algo inerente aos “povos vigorosos” na sua marcha sobre os “fracos e degenerados”. O militarismo reforça os laços entre o poder econômico e o militar, desdobrando-se necessariamente no expansionismo.
Submissão ao Estado: o Estado deve ser forte, centralizador,
inquestionável e representante da vontade nacional. É o elemento de preservação da identidade nacional e da “vontade coletiva”. A subordinação do indivíduo ao Estado é o passo seguinte é a implantação do totalitarismo , regime no qual o que conta são os deveres do indivíduo para com o Estado.
Uni partidarismo: rebate o pluripartidarismo que gera a divisão da
nação. O partido único representa a vontade nacional, preserva e confunde-se com o próprio Estado e, por extensão, com a própria vontade nacional. Culto a Imagem do Líder: é considerado o guia infalível, aquele que encarna em si a vontade nacional, zela pela pureza da raça e integridade do Estado, ou seja, do Partido Estado. Transforma-se o Culto ao Líder em uma ponte mística pois o “Führer não falha”, o “Duce é infalível”. Hierarquização da Sociedade: a elite do Partido manda, cabendo aos demais a obediência cega, desenvolvendo-se a hierarquia. O elitismo é o desdobramento natural dessa linha de raciocínio, pois o fascismo constrói uma visão de mundo que defende caber aos mais fortes, aptos e vigorosos comandar, tudo em nome da vontade nacional. Não se permite contestações, mas exige-se a cooperação. O Estado zela por todos e através do corporativismo defende os interesses dos trabalhadores, dos mais fracos economicamente contra os mais poderosos. Chega-se, dessa maneira, ao que os fascistas alemães definiam como “Nacional Socialismo”. Construção do novo homem: Moldado segundo a ótica do partido, do Estado e do líder. Deve ser viril, insensível em relação aos fracos, porta- voz da vontade nacional, etnicamente puro, instintivo, primário, corajoso, disciplinado, solidário com aqueles que lhes são iguais, obediente, hierarquizado, capaz de executar, sem discutir, qualquer ordem emanada, sobretudo do líder. Segundo o Historiador Henri Michel, em sua obra Os Fascismos, este “novo homem” foi quase atingido nas SS hitlerianistas. O FASCISMO NA ITÁLIA
Regime político de caráter autoritário que surge na Europa no período
entre - guerras (1919-1939);
Originalmente é empregado para denominar o regime
político implantado por Benito Mussolini, no período de 1919 a 1943, na Itália;
Suas principais características são:
Totalitarismo, que subordina os interesses do indivíduo ao Estado; Nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de desenvolvimento; Corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas são os mediadores das relações entre o capital e o trabalho.
Surge oficialmente em 1919, quando Mussolini funda, em Milão, o
movimento intitulado Fascio de Combatimento, cujos integrantes, os camisas pretas (camicie nere), opõem-se à classe liberal. Em 1922, as milícias fascistas desfilam na Marcha sobre Roma, e Mussolini é convocado para chefiar o governo em uma Itália que atravessa profunda crise econômica, agravada por greves e manifestações de trabalhadores urbanos e rurais.
Em 1929 há um endurecimento do regime, que significa:
Cerceamento à liberdade civil e política; Derrota dos movimentos de esquerda; Limitações ao direito dos empresários de administrar sua força de trabalho; Unipartidarismo. A política adotada, entretanto, é eficiente na modernização da economia industrial italiana e na diminuição do desemprego.
Outras formas – Regimes semelhantes surgem em outros países. Na
Alemanha (1933-1945), com Hitler , nasce o nazismo ; na Espanha (1939- 1975), com o general Francisco Franco , surge o franquismo, e em Portugal (1929-1974), com o então primeiro-ministro António de Oliveira Salazar, desenvolve-se o salazarismo. No Brasil, o fascismo acompanha o Estado Novo (1937-1945). O NAZISMO
Regime político autoritário alemão desenvolvido durante as sucessivas
crises da República de Weimar (1919-1933). Baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler (1889-1945), que orienta o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). A essência da ideologia nazista encontra-se no livro de Hitler, Minha Luta(Mein Kampf). As condições favoráveis para o surgimento e expansão do Nazismo se devem: Após a humilhação imposta pelas nações vencedoras da 1ª Guerra Mundial através do Tratado de Versalhes; Crescimento da dívida externa comprometendo os investimentos internos gerando falência, inflação e desemprego em massa. As tentativas frustradas de revolução socialista (1919, 1921 e 1923) As sucessivas quedas de gabinetes de orientação social- democrata. Utilizando-se de: Espetáculos de massa (comícios e desfiles); Meios de comunicação (jornais, revistas, rádio e cinema); O partido nazista consegue mobilizar a população por meio do apelo à ordem e ao revanchismo. Em 1933, Hitler chega ao poder pela via eleitoral, sendo nomeado primeiro-ministro com o apoio de nacionalistas, católicos e setores independentes. Com a morte do presidente Hindenburg (1934), Hitler torna-se chefe de governo (chanceler) e chefe de Estado (presidente). Interpreta o papel de führer, o guia do povo alemão, criando o 3º Reich (Terceiro Império).
Hitler, com poderes excepcionais:
Instala o unipartidarismo; Dissolve os sindicatos e cassa o direito de greve; Fecha os jornais de oposição e estabelece a censura à imprensa; Apoiando-se em organizações paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial) e Gestapo (polícia política), implanta o terror com a perseguição aos judeus, dos sindicatos e dos políticos comunistas, socialistas e de outros partidos. O intervencionismo e a planificação econômica adotados por Hitler: Eliminam o desemprego e provocam o rápido desenvolvimento industrial; Estimula a indústria bélica e a edificação de obras públicas, além Passa a impedir a retirada do capital estrangeiro do país; Esse crescimento deve-se em grande parte ao apoio dos grandes grupos alemães, como Krupp, Siemens e Bayer, a Adolf Hitler.
Hitler desrespeita o Tratado de Versalhes e:
reinstitui o serviço militar obrigatório (1935), Remilitariza o país e envia tanques e aviões para amparar as forças conservadoras do general Franco na Espanha, em 1936. Cria em 1936 o Serviço para a Solução do Problema Judeu, sob a supervisão das SS, que se dedica ao extermínio sistemático dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração. Anexa a Áustria (operação chamada, em alemão, de Anschluss) e a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia (1938). Ao invadir a Polônia, em 1939, dá início à 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Terminado o conflito, instala-se na cidade alemã de Nuremberg um Tribunal Internacional para julgar os crimes de guerra cometidos pelos nazistas;
Realizam-se 13 julgamentos entre 1945 e 1947;
Juízes norte-americanos, britânicos, franceses e soviéticos, que
representam as nações vitoriosas, condenam à morte 25 alemães, 20 à prisão perpétua e 97 a penas curtas de prisão. Absolvem 35 indiciados.
Dos 21 principais líderes nazistas capturados, dez são executados por
enforcamento em 16 de outubro de 1946. O marechal Hermann Goering suicida-se com veneno em sua cela, pouco antes do cumprimento da pena. O ESTADO NOVO 1937 a 1945 Getúlio Vargas -Estado Novo, regime autoritário de características fascistas;
-Embora possua características
fascistas o Estado Novo não pode ser considerado um regime fascsita, pois no Brasil não ocorreu a expansão do espaço vital (expansionismo territorial); não estabeleceu-se um regime de partido único (unipartidarismo). Durante o estado novo nem partido político teve no Brasil; Não ocorreu a militarização da população. Estas características são essenciais para se denominar um regime político totalitário como sendo fascista. http://www.infoescola.com/historia/fascismo/