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MÁQUINAS ELÉTRICAS

Profa Maria das Neves


Tipos de máquinas

 As máquinas elétricas
podem ser divididas em:
 Máquinas Estáticas Transformador de
Potência
Transformador
para Instrumentos

 Máquinas Rotativas Motor CC, CA


Gerador CC, CA

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Tipos de máquinas Rotativas

Motor CC

 Máquinas CC Gerador CC ( dínamo)

Gerador (alternador)
 Máquinas CA Síncronas Motor CA

Assíncronas
Gerador de indução
Motor e Indução

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Maquinas CC

São Máquinas são alimentadas ou que geram Corrente Continua

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Motor CC- Principais Características

• Fácil controle de velocidade;


• Altamente flexível e
controlável;
Caras e frágeis devido ao
comutador ;
• Cuidados na partida;
• Uso em declínio.
• Geradores e Motores

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Motor CC- Aplicações
Devido à simplicidade com que podem ser controlados, os
motores CC são usados freqüentemente em aplicações
que necessitam de uma gama razoável de velocidades de
rotações ou controle preciso do desempenho
• Máquinas de Papel
• Bobinadeiras e Laminadores
• Máquinas de Impressão
• Prensas
• Elevadores
• Movimentação e elevação de cargas
•Trens e Metrôs
• Veículos em geral
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Motor CC- Principais partes
O motor de CC é composto de duas estruturas magnéticas:

• Estator (enrolamento de campo ou ímã permanente);

• Rotor (enrolamento de armadura).

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Motor CC – Princípio de Funcionamento

(a) a bobina
apresenta-se
horizontal. Como os
pólos opostos se
atraem, a bobina
experimenta um
torque que age no
sentido de girar a
bobina no sentido
anti-horário. A bobina
sofre aceleração
angular e continua seu
giro para a esquerda,
como se ilustra em
(b).
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Motor – Princípio de Funcionamento

Esse torque continua até


que os pólos da bobina
alcance os pólos opostos
dos ímãs fixos (estator).
Nessa situação (c) – a
bobina girou de 90
– não há torque algum,
o rotor está em
equilíbrio estável (força
resultante nula e torque
resultante nulo). Esse é
o instante adequado
para inverter o sentido
da corrente na bobina.

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Motor – Princípio de Funcionamento
Agora os pólos de mesmo nome
estão muito próximos e a força
de repulsão é intensa. Devido à
inércia do rotor continua girando
no sentido anti-horário e o novo
torque (agora propiciado por
forças de repulsão), como em
(d), colabora para a
manutenção e aceleração do
movimento de rotação. Mesmo
após a bobina ter sido girada de
180o o torque novamente se
anula, a corrente novamente
inverte seu sentido, a bobina
chega novamente à situação (a)
– giro de 360o.
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Funcionamento de Motor CC

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Partes integrantes de uma máquina CC

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Estator (Campo ou excitação)

 Parte estática da máquina, que pode conter um ou mais


enrolamentos por pólo, todos alimentados com corrente
contínua e fornecendo o campo magnético fixo.
 É montada em volta do rotor, de forma que o mesmo
possa girar internamente.
 É constituído de material ferromagnético, envolto em um
enrolamento de baixa potência chamado de enrolamento
de campo que tem a função apenas de produzir um
campo magnético fixo para interagir com o campo da
armadura.
 Os enrolamentos de campo são formados por bobinas
de muitas espiras e de fio relativamente fino.
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Motor CC- Estator

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Armadura ou Rotor

 Parte girante, montada


sobre o eixo da máquina,
construído de um material
ferromagnético envolto em
um enrolamento chamado
de enrolamento de armadura
e o anel comutador.
 Apresenta bobinas que serão
alimentadas com corrente
contínua e produzirão o
campo magnético que irá
reagir com o campo
magnético do estator,
criando torque e movimento.

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Motor CC- Principais partes

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Anel Comutador

 Responsável por realizar a inversão


adequada do sentido das correntes
que circulam no enrolamento de
armadura,
 É constituído de um anel de material
condutor, segmentado por um
material isolante de forma a fechar o
circuito entre cada uma das bobinas
do enrolamento de armadura e as
escovas no momento adequado.
 O anel é montado junto ao eixo da
máquina e gira junto com a mesma.
 O movimento de rotação do eixo
produz a comutação entre os
circuitos dos enrolamentos.
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Comutação

 É o conjunto
comutador/escovas, que
constitui a parte frágil dos
motores de CC.

 Para haver uma boa


comutação, além de escovas
adequadas, pressão de
contato correto, porta
escovas adequados, é
necessária uma manutenção
constante e especializada.
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Comutador e as escovas

O comutador é responsável por fazer a


inversão da corrente, mantendo a corrente
na carga sempre no mesmo sentido.

Toda vez que ocorre a


comutação as escovas
curto circuitam a espira,
pois a escova fica em
contato com duas
partes do anel
comutador.
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Comutador e as escovas

Uma importante limitação no funcionamento satisfatório


de uma máquina CC é a sua capacidade
de transferir a corrente de armadura através do
contato das escovas no comutador, sem faiscamento.

O faiscamento produz, enegrecimento, corrosão e o


desgaste destrutivo do comutador e das escovas. Ele
pode ser provocado por condições mecânicas
defeituosas (trepidação das escovas, comutador
áspero, ou gasto irregularmente) ou por problemas
elétricos (principal – reação de armadura).

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Motor CC- comutadores

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Partes integrantes de uma máquina CC

Rolamentos

Comutador Escovas Porta-escovas Armadura Enrolamento de


campo 22
Equações da máquina CC

Ea  K a    m

2  n
T  K a   I a m 
60
Potencia de Entrada:
Ea – Tensão (V) Ka= Constante

Ea  I a  T  m T- Torque(N.m)
angular(rpm)
Wm- Velocidade

Ø – fluxo (Wb) 23
Exemplo1

Considere uma máquina de corrente contínua de


quatro pólos, funcionando a 150 rotações por minuto,
com constante de máquina igual a 73,53 e fluxo por
pólo igual a 27,6mWb. Determine a tensão gerada e o
torque desenvolvido pelo motor quando a corrente de
armadura for igual a 400A. Qual a potência de
entrada para esta máquina?

2  n
T  K a   I a m 
60

Ea  K   Ea Ia Tm
a m 24
Resolução
Ea  K a   m
2 150
3
Ea  73,53  27,6 10   31,86V
60
T  K a   I a
3
T  73,53  27,6 10  400  811,8 N  m

Ea  I a  31,86  400  12,7 kW 25


Circuito Equivalente de motor CC
Ia = corrente de armadura (rotor)
Ua = tensão de alimentação na
armadura
Ra = resistência da armadura
La = indutância da armadura
If = corrente de excitação (campo)
Uf= tensão de excitação (campo)
Rf= resistência do enrolamento de
excitação
Lf= indutância do enrolamento de
excitação • F = fluxo magnético
entre armadura e estator

26
Classificação dos motores de
corrente contínua

Motor derivação .

Motor série.

Motor de excitação composta.

27
Tipos de Excitação

28
Escolha de Motor CC

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Motor derivação

Vt  I a  Ra  E a
Vt

It  Ia  I f

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Excitação shunt ou em derivação
 O circuito do enrolamento de
campo que produz a
excitação está em paralelo
ou em derivação com o
circuito de armadura. Nesta
configuração, é necessário
apenas uma fonte de
corrente contínua para
alimentar o circuito de
armadura e de campo, pois
ambos os circuito estão em
paralelo.
 Velocidade praticamente
constante e ajustável através
de variação de tensão da
armadura

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Motor série

Vt Vt  Ea  I a  ( Ra  R f )

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Excitação Série
 a corrente que circula no
enrolamento de campo que
produz a excitação é a
mesma corrente que circula
no enrolamento da armadura,
é necessário um
enrolamento próprio para o
circuito de excitação, capaz
de suportar correntes
relativamente altas da
armadura
 Conjugado elevado em baixa
rotação – Potência constante

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Motor de excitação composta

Vt  Ea Ia (Ra)It (Rfs)

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Motor série paralelo (Compound)

 Com dois enrolamentos de


excitação, um em série e
outro em derivação,
podendo existir o esquema
de ligação longo ou curto e
composto aditivo ou
subtrativo. Neste esquema
de ligação utiliza-se uma
combinação da excitação
série e shunt, de forma a
aproveitar os benefícios de
ambas as ligações.
 Excelente regulação de
velocidade com excelente
torque de partida

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EXEMPLO 2

Vt  Ra  ia  E a
Um motor de derivação possui
uma resistência de armadura igual
a 0,2 Ω, uma resistência de
campo igual a 100 Ω, uma força Ea  K a     m
contra eletromotriz igual a 100V e
uma tensão de alimentação igual
a 110V. Determine a corrente de
armadura,
a corrente de campo e a
constante Ka, se o fluxo por pólo
é igual a 0,02wb e 1200rpm.

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RESOLUÇÃO EX 2
Vt  Ra  ia  E a
ia  50 A
110  0,2  ia  100
110
icampo   1,1 A
100
Ea  K a     m
2 1200 K a  39,81
100  K a  0,02 
60 37
EXEMPLO 3

Considere um motor série cujo enrolamento de campo possui uma


resistência igual a 0,1 Ω e o enrolamento de armadura possui uma
resistência igual a 0,25 Ω. Se a tensão de alimentação for igual a
230V, determine a corrente de armadura e a corrente de campo
sabendo que a tensão gerada é igual a 225V. Determine a potência e o
torque desenvolvido pelo motor sabendo que a velocidade é igual a
1200 rpm.

Vt  ( Ra  Rcampo )  ia  E a

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RESOLUÇÃO EX 3
Vt  ( Ra  Rcampo )  ia  E a
230  0,35  ia  225 ia  14,29 A

icampo  ia  14,29 A

P  E a  ia  225 14,29  3,21kW


P3214  60
T   25,6 Nm
 2 1200 39
Motor universal
Esse motor pode funcionar tanto
com alimentação CC como AC.
Teremos um motor universal se
substituirmos os ímãs
permanentes dos estatores dos
motores CC por eletroímãs e
ligarmos (em série) esses
eletroímãs no mesmo circuito do
rotor e comutador.
Motores universais são usados,
por exemplo, em batedeiras
elétricas, aspiradores de pó etc.
Em tais motores, com o tempo de
Nos motores universais, tanto estator
como rotor são eletroímãs uso, haverá desgastes nas
com bobinas em série escovas de carvão e deverão ser
substituídas 40
Velocidade do motor

 A velocidade de um motor de corrente contínua


depende da intensidade de campo magnético, do
valor da tensão aplicada e da carga.
 A velocidade de um motor de corrente contínua
depende da carga que ele movimenta.
 Se a intensidade de campo diminui, a velocidade
aumenta, tentando manter o valor de força contra
eletro motriz.

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Gerador CC

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Gerador CC
Principio de funcionamento
•a energia mecânica é suprida pela
aplicação de um torque e da rotação do
eixo da máquina, uma fonte de energia
mecânica pode ser ,Ex: uma turbina
hidráulica, uma turbina eólica, etc.

•A fonte de energia mecânica produz o


movimento relativo entre os condutores
elétricos dos enrolamentos de armadura
e o campo magnético produzido pelo
enrolamento de campo e provocar uma
variação temporal da intensidade do
mesmo, e assim pela lei de Faraday
induzir uma tensão entre os terminais do
condutor. 43
Gerador CC

44
Gerador CC

45
Diferença entre Dinamos e Alternadores

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Melhoria de forma de onda gerador CC

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Geradores CC

 Gerador com excitação de campo independente

 Gerador com excitação de campo paralela

 Gerador com excitação de campo serie

 Gerador com excitação de campo


composta
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Gerador com excitação independente

Vt  Ea  I a  Ra
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Gerador com excitação de campo
paralela

Vt  Ea  I a  Ra

Ia  It  I f

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Gerador com excitação de campo série

Vt  Ea  I a  ( Ra  R fs )

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Gerador com excitação de campo
composta

Vt  Ea  I a  Ra  I c arg a  R fs

Ia  It  I f
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Exemplo 4
Um gerador CC com enrolamento de campo em paralelo
cuja resistência é igual a 80Ω. A resistência do
enrolamento de armadura é igual a 0,1 Ω. A potência
nominal da armadura é igual a 12kW, a tensão gerada igual
a 100V. Determine:
a)O circuito elétrico equivalente.
b)A tensão nos terminais do gerador.
c) corrente de campo e total

Pa  Ea  I a
Vt  Ea  I a  Ra I a  I campo  I c arg a
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.
Resolução do Ex 4

Pa  E a  I a 12 .000
Ia   120 A
100
Vt  Ea  I a  Ra

Vt  100  0,1 120  88V


88 I a  I campo  I c arg a
I campo   1,1A
80
I c arg a  120  1,1  118,9 A 54

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